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terça-feira, 14 de agosto de 2018

Principais tipos de manchas: Como tratar?


No Brasil, o número de pessoas que não aplica protetor solar diariamente é de 72, 5%, o que corresponde a quase 3/4 da população, segundo pesquisa cientifica do Instituto de Cosmetologia e Ciências da Pele. De acordo com a pesquisa, em 2016, o percentual era de 65%, em 2015 foi de 53% e em 2014 de 57%.  Mesmo com a comprovação de que o sol pode ser um dos principais implicadores no surgimento e desenvolvimento de manchas na pele, o costume de se proteger contra os raios solares ainda não atingiu níveis satisfatórios dentre os brasileiros.

Assim como o sol, outros fatores como o envelhecimento, alergias, predisposição genética, alterações hormonais, e hiperpigmentação após inflamações são alguns dos principais fatores que podem influenciar na piora ou no aparecimento de manchas na pele. Algumas manchas podem afetar somente a estética dos pacientes, outras podem ser sinais de doenças subjacentes. 

De acordo com a dermatologista Monalisy Rodrigues, os principais tipos de manchas na pele se dividem entre as cores marrom, preta, branca, roxa e vermelha.  As manchas marrons abrangem condições como a melanose ou mancha senil (possui ligação direta com o excesso da luz solar e aparece com maior frequência no dorso das mãos, colo e costas), fitofotodermatose (queimadura resultante da reação de um componente químico presente em frutas cítricas com o sol), e o melasma (com maior incidência durante a gravidez ou em mulheres que fazem uso de pílula anticoncepcional, este tipo de mancha pode estar relacionado a fatores genéticos, hormonais e ao sol).

A dermatologista explica que cada tipo de mancha de tom amarronzado possui processos terapêuticos específicos. “No caso da melanose, o paciente pode tratar suas manchas por meio da criocirurgia, cauterização química, peelings químicos, procedimentos de dermoabrasão ou optar pelo uso de luz pulsada. Já para o tratamento da fitofotodermatose, o paciente deve lavar a área, hidratar a pele e aplicar o protetor solar.  O melasma não tem cura, mas tem tratamento que pode ser feito por meio de cremes clareadores, pellings, laser, microagullhamento robótico e intradermoterapia. No geral, os pacientes que possuem qualquer uma destas manchas deve evitar a exposição excessiva ao sol, principalmente nos horários entre 10h e 16h, fazer uso do filtro solar diariamente e de cremes hidratantes, mas sempre sob a orientação de um dermatologista”, aconselha.

Dentre as manchas pretas podemos identificar o nevo, nevo melanocítico congênito e a queratose seborreica escura. Os nevos se traduzem em pequenas pintas ou manchas de formato arredondado e regular, que podem ser planas ou elevadas, aparecendo nas primeiras décadas de vida de quase todas as pessoas.  As queratoses ou ceratoses seborreicas são lesões de bordas irregulares, sobrelevadas e altas, com um aspecto verrucoso e superfície áspera, que pode se destacar ou descolar em decorrência de pequenos traumas.  Estes três primeiros tipos de manchas pretas não possuem caráter maligno, por isso, a retirada das mesmas depende dos anseios dos pacientes.

As manchas brancas abrangem a leucodermia solar ou sardas brancas, pitiríase versicolor ou pano branco (micose de praia) e o vitiligo.  A leucodermia solar ou gutata, são pequenas manchas esbranquiçadas na pele, com tamanho entre 1 a 10 mm, sendo causadas pela exposição excessiva aos raios ultravioleta. Já a pitiríase versicolor ou micose de praia é uma infecção de origem fúngica, que interfere na pigmentação normal da pele e acaba por gerar pequenas manchas espalhadas pelo corpo. Por último, o vitiligo é uma doença com uma possível origem genética, mas que ainda não tem suas causas definidas. A doença leva ao aparecimento de manchas brancas na pele, principalmente, em locais como os órgãos genitais, cotovelos, joelhos, rosto, pés e mãos.

Para o tratamento da leucodermia, Monalisy explica que além do uso do protetor solar, é possível fazer uso de lasers, crioterapia com nitrogênio líquido e dermoabrasão. Já para a recuperação de manchas causadas pelo pano branco, podem ser indicados cremes, loções ou xampus antifúngicos, mas em casos mais extremos, ainda podem ser receitados comprimidos para uso via oral. Já o vitiligo, mesmo não possuindo uma causa especifica, também possui tratamento que pode ser realizado por meio do uso da fototerapia por LED, aplicação de cremes e pomadas a base de corticoides e/ou imunomoduladores.

No grupo das manchas roxas se encontram os hematomas (causados por pequenos traumas, batidas ou topadas em objetos, que provocam o rompimento de vasos sanguíneos da pele) e a purpura senil, que são petéquias, equimoses, ou hematomas, que aparecem no dorso, punhos, antebraços ou das mãos, em decorrência do afinamento da pele, sendo comum em pessoas idosas. “O tratamento de hematomas no primeiro momento se baseia no resfriamento da área com a ajuda de compressas frias, em alguns casos podem ser indicados cremes à base de arnica, heparina ou polissulfato de mucopolissacarídeo. Em casos mais graves, o tratamento destas lesões pode ser feito com o uso de aparelhos de LED, lasers, luz intensa pulsada e alguns ultrassons estéticos. Quanto a purpura senil, o tratamento para essas manchas tem o objetivo de tornar a pele mais espessa, sendo mais indicado o uso de hidratantes a base de Vitamina C e K para amenizar o quadro”, orienta.

Ainda existem os nevos rubi ou pintas de sangue que se enquadram no grupo de manchas vermelhas.  De origem genética, essas pintas são um agrupamento de pequenos vasos sanguíneos dilatados na superfície da pele. Este tipo de mancha não é maligno, porém o paciente pode optar pela retirada por motivos estéticos.

Por fim, a dermatologista aconselha que todas as manchas sejam examinadas por um dermatologista regularmente para assegurar a saúde da pele ou o diagnóstico e tratamento precoce de alguma patologia.



Protetor solar durante o inverno, sim! Atenção ao câncer de pele



Dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Teresa Noviello, explica porque o protetor solar deve ser mantido durante a estação mais fria do ano


Costuma-se associar o uso do protetor solar ao verão, devido à alta incidência solar. No entanto, o que muitos não sabem ou não dão a devida importância é que a emissão de raios ultravioleta ocorre durante todo o ano, independente da estação climática do país. Por ser o principal responsável pelo câncer de pele, especialistas chamam à atenção para a importância da proteção diária da pele contra os raios UV.

A dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Teresa Noviello, explica que há a falsa impressão que durante o inverno – que iniciou em junho e durará até setembro – o uso do protetor solar deve ser deixado de lado, já que as temperaturas são mais baixas e a incidência dos raios solares reduzem. No entanto, os raios UV continuam sendo emitidos e podem atingir a pele, caso ela não esteja protegida. “Aquele ditado  que fala ‘Sol de inverno não queima’ está completamente errado. Essa falsa idéia faz as pessoas se exporem sem proteção durante períodos críticos, como de 10h às 16h”, conta.

Todos as pessoas devem se proteger com o protetor solar, sendo que os fototipos de maior risco são o I e II, que enquadram as pessoas de pele branca, com sardas, cabelo claro ou ruivo e olhos claros. “Além desses grupos de risco, quem possui histórico familiar de câncer de pele também deve redobrar a atenção”, aponta Teresa.

De acordo com a SBD, o câncer de pele representa cerca de 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, aproximadamente 180 mil novos casos. O tipo não melanoma, apesar de atingir um número maior de pessoas, é menos grave do que o melanoma. “O não melanoma é caracterizado pelo crescimento descontrolado das células da pele, podendo gerar dois tipos de cânceres: o carcinoma basocelular, que atinge as células basais e se encontra na camada mais profunda da epiderme, e o carcinoma espinocelular, que surge nas células escamosas e se encontra na derme, que é camada superior”, explica Teresa. A dermatologista esclarece que apesar de surgir em diversas áreas do corpo, as mais expostas, como orelhas, couro descoberto, rosto, pescoço e braços, são as com maior incidência. Já o melanoma é o tipo mais grave da doença, sendo capaz de atingir outros órgãos através da metástase. 

As principais características que podem sinalizar um possível câncer de pele são o surgimento de manchas e pintas. Segundo a SBD, uma lesão elevada, brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta e que sangra; uma pinta preta ou castanha que muda de cor, textura e tamanho, e uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer, apresentando crosta, coceira, erosões ou sangrando podem ser indícios da doença. Lembrando sempre que apenas avaliação clínica com dermatologista e biópsia poderão confirmar o diagnóstico.

Além do câncer de pele, como o inverno é uma época propensa à tratamentos estéticos, o uso do protetor solar torna-se ainda mais impressindível, a fim de evitar queimaduras, manchas e  alterações no resultado do tratamento. “Protetor solar deve ser usado diariamente, com manutenção ao longo do dia. Pois, até mesmo as lâmpadas são capazes de agredir nossa pele, por isso a proteção deve ser seguida à risca”, aponta Noviello. A dermatologista aconselha uma avaliação dermatológica para estipular um protetor solar indicado para o tipo de pele e alteração patológica.






Teresa Noviello – CRM 36821 - Dermatologista, Teresa Noviello é graduada em medicina pela Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, realizou residência em Clínica Médica pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais FHEMIG e em Dermatologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO. É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia SBD e Regional MG .




segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Laramara apoia caminhada Bengala Verde na Av. Paulista


A Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual é uma das apoiadoras da Caminhada Bengala Verde, que acontece no dia 18 de agosto, com saída a partir das 9h30, na Av. Paulista, em frente ao prédio da FIESP. O encontro tem como objetivo levar conhecimento à população sobre o uso da bengala verde e sua funcionalidade: identificar as pessoas com baixa visão e auxiliá-las na mobilidade, na autonomia e na inclusão social.

Promovida pelo “Movimento Bengala Verde”, que é impulsionado pelo Grupo Retina São Paulo com a colaboração de importantes instituições da área da deficiência visual, como a Organização Nacional de Cegos do Brasil, a caminhada reunirá importantes nomes ligados à luta das pessoas com deficiência visual, como Perla Mayo, idealizadora da bengala verde.

Durante o encontro também serão feitas doações das bengalas, para incentivar o uso do recurso, que conta, também, com um material elaborado pelo grupo de Orientação e Mobilidade da Laramara, com orientações básicas para iniciar a utilização do mesmo. Lembrando, ainda, que a Laramara é a única instituição que fabrica a bengala verde no Brasil.





Data: 18 de agosto, sábado
Horário: das 9h30 às 12h
Local: Av. Paulista, 1313 - São Paulo/SP (em frente ao prédio da FIESP - acesso pela estação Trianon-Masp do metrô)
Para mais informações, entrar em contato pelo e-mail: contato@bengalaverde.org.br ou pelo telefone: (11) 5549-2230.
Evento aberto ao público.


 



Sobre o Movimento Bengala Verde:
O projeto “Bengala Verde” foi criado em 1996 pela professora de educação especial Perla Mayo, que atua em Buenos Aires, na Argentina. No Brasil, desde 2014, a Bengala Verde é difundida após uma grande mobilização nas redes sociais, com a participação em conselhos de pessoas com deficiência, eventos, feiras e aproximação com grandes instituições, entre elas, a Associação Laramara, o Coletivo Bengala Verde e a Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), que representa 86 entidades espalhadas por todo o território nacional. O projeto também existe em países como Nicarágua, Colômbia, Paraguai, México, Equador, Bolívia, Costa Rica, Venezuela e Uruguai.



Laramara

www.laramara.org.br

 

 

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