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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Os consumidores querem Inteligência Artificial e personalização nas lojas físicas


A última edição do relatório anual Connected Shoppers, elaborado pela Salesforce, em oito países - incluindo o Brasil, para investigar os hábitos de consumo e como as pessoas usam a tecnologia como parte do processo de compra trouxe índices interessantes para o varejo. Dos entrevistados brasileiros, 75% disseram que aceitariam compartilhar suas preferências e outros dados pessoais em troca de uma personalização que oferecesse um serviço mais rápido e conveniente nas lojas físicas, enquanto que 80% afirmaram que gostam de receber recomendações de produtos com base em seu histórico de compra.

O que já é comum no mundo digital, traz à tona uma carência no varejo físico: a necessidade de personalização e recomendação de produtos. Com o empoderamento do consumidor, independente do seu canal de compra, ele quer se sentir único, e não apenas mais um. Ele não quer ser encarado como uma cifra, mas como um cliente exclusivo. Os varejistas, por sua vez, precisam satisfazer os desejos desses compradores, com experiências mais inteligentes e cada vez mais personalizadas e, assim, manter sua competitividade.

Embora os e-commerces ofereçam muitas praticidades, as lojas físicas ainda têm um papel importante no varejo. Nele, o consumidor tem a possibilidade de comprar e levar o produto na hora, além de negociar descontos; pode tocar e testar o produto. Brasileiro tem essa mania de "ver com as mãos", é cultural. Também é possível evitar taxas de entrega, uma vez que o frete é um dos entraves do e-commerce.

A tecnologia, associada ao uso de Inteligência Artificial, pode ser uma forte aliada para dar suporte às vendas do varejo tradicional. Da mesma maneira que o e-commerce tem acesso direto aos dados de consumo dos clientes, a tendência é que as lojas físicas comecem a fazer isso também, com o uso de dispositivos já disponíveis no mercado, como o foot tracking, que permite entender e analisar o caminho que os consumidores fazem dentro de uma loja.

Outro ponto importante para considerar é que todos os canais de venda precisam estar conectados e se complementar, com a possibilidade de trocas nas unidades físicas de compras feitas no e-commerce, por exemplo, ou a implementação de conceitos como "click and collect" e "pick-up in store", que permitem recolher na loja uma mercadoria adquirida na internet.

Em um futuro próximo, as lojas farão sugestões de produtos para seus clientes de maneira semelhante ao que é feito nos e-commerces, por meio de vitrines personalizadas e e-mail comportamental, por exemplo. Para isso, também serão utilizadas tecnologias diversas, como espelhos inteligentes, aplicativos sincronizados e cadastro universal.

Toda experiência positiva cativa e fideliza clientes, além de atrair novos consumidores, por meio do famoso "boca a boca" - que nunca sai da moda e funciona como uma eficaz ferramenta de propagação (gratuita) da marca. No mundo "real", essa experiência tem a vantagem do "tête-à-tête", pois todo mundo gosta de um cumprimento, de um sorriso, de receber uma atenção especial. E se a tecnologia pode melhorar essa relação, então o objetivo de proporcionar uma experiência completa será concluída com sucesso.






Alan Prando - CTO e cofundador da Biggy, plataforma especializada em Big Data e Inteligência Artificial, com foco em personalização e recomendação de e-commerce.


Kaspersky Lab registra aumento de 60% em ataques cibernéticos na América Latina



Venezuela, Bolívia e Brasil são os países com maior número de ataques


Cidade do Panamá A Kaspersky Lab registrou mais de 746 mil ataques de malware diários durante os últimos 12 meses na América Latina – o que significa uma média de nove ataques de malware por segundo. Além disso, os ataques de phishing – e-mails fraudulentos para o roubo de informação pessoal dos usuários – são constantes na região, principalmente no Brasil. Os resultados, apresentados durante a 8ª Conferência de Analistas de Segurança para a América Latina, que está sendo realizado na Cidade do Panamá, mostram que toda a região tem experimentado uma quantidade considerável de ciberameaças, com a grande maioria concentrada no roubo de dinheiro.  

Segundo Dmitry Bestuzhev, Chefe da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky Lab para América Latina, houve um crescimento de 60% em ataques cibernéticos na região, na qual a Venezuela registrou um número maior de ataques em proporção à sua população, com um total de 70,4%, seguido pela Bolívia (66,3%) e pelo Brasil (64,4%). Assim como em 2017, o Brasil continua liderando os países da América Latina em termos de hospedagem de sites maliciosos, uma vez que 50% dos hosts que da região e que foram usados em ataques contra usuários de todo o mundo estão localizados no país.
De acordo com dados da empresa, a maioria desses ataques ocorre online - enquanto o usuário navega, faz download de arquivos ou recebe anexos de e-mail enganosos - e afeta mais usuários domésticos do que empresas. No entanto, a pesquisa também revelou que as empresas são mais propensas a ataques via e-mail (60%) e vetores off-line (43%); ou seja, por meio de USBs contaminados, pirataria de software ou outros meios que não exijam o uso obrigatório da Internet.

"É importante ressaltar que, tanto nos ataques via e-mail, como na Web, existe uma família de malware cujo nome é Powedon. Esta família é caracterizada por usar o Porwershell para se espalhar e operar em computadores infectados. O Powershell faz parte dos sistemas operacionais Windows e é usado diariamente pelos administradores de rede para automatizar tarefas, gerenciando computadores. Criminosos cibernéticos estão abusando dessa funcionalidade, usando-a para cometer um crime”, alerta Bestuzhev.

MALWARE MÓVEL
Um dos maiores riscos de segurança para a região é representado por ameaças móveis. Durante os últimos 12 meses, a Kaspersky Lab registrou um crescimento de 31,3% dos ataques focados neste tipo de dispositivo. É importante observar que a grande maioria das ameaças detectadas foi projetada para infectar aparelhos que utilizam a plataforma Android.

Na América Latina, as ameaças móveis mais difundidas são os Trojans Boogr.gsh que se especializam em cometer crimes por meio de anúncios não solicitados (adware), roubar o plano de dados das vítimas, a energia de suas baterias e obstruir o trabalho normal do dispositivo móvel. Também foram detectados trojans, como o Backdoor.AndroidOS.GinMaster.b, que, por meio de acesso remoto, permite que o invasor se conecte ao dispositivo da vítima e explore seu conteúdo, extraindo informações valiosas ou simplesmente fazendo o que quiser.


MALWARE PARA MAC
Durante o período desta investigação, a Kaspersky Lab detectou uma diminuição de 14,9% nos ataques a usuários do MacOS. Isso, segundo os analistas, é o alto custo dos dispositivos da Apple na região. No entanto, a ameaça "Trojan, JS.Miner.m", que ocupa o primeiro lugar, é uma ameaça universal porque representa perigo para os usuários de MacOS e Windows, e até mesmo para usuários móveis e Android iOS. Todo o processo de carga útil acontece no navegador do usuário – portanto, a plataforma usada pela vítima é irrelevante. Também é importante destacar a presença da ameaça "Trojan.PDF.Phish", que é igualmente relevante para usuários de qualquer sistema operacional, pois os arquivos PDF podem ser abertos de qualquer dispositivo. Nesse caso, o anexo malicioso do PDF é acompanhado por uma forma especial de phishing que convence a vítima a enviar suas credenciais para ver o conteúdo do documento.
 

PHISHING
 
Mais uma vez, o Brasil está entre os 20 países mais atacados por phishing em todo o mundo, acompanhado por outros países da América Latina, como Argentina, Venezuela, Guatemala, Peru e Chile.

De acordo com Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab, isso não é novidade. "No ano passado o Brasil também esteve entre os 20 países mais atacados. Isso se deve, em grande parte, ao fato de que os cibercriminosos usam e-mail, mensagens SMS, telefonemas, anúncios de mídia social, entre outros, com nomes de empresas conhecidas – o que significa que os usuários não desconfiam dessas mensagens, aumentando a probabilidade de que estes sejam compartilhados com sua rede de amigos", alerta. "Para se ter uma ideia, só neste ano, bloqueamos 40 milhões de ataques na América Latina, com o Brasil sendo o país mais afetado".
 
 Segundo Assolini, o período preferido para os cibercriminosos realizarem ataques desse tipo na América Latina é a Black Friday. Somente em 2017, mais de 380.000 ataques de phishing foram bloqueados durante a data - quase 4 vezes mais do que em um dia normal. A tática é fácil e eficaz: milhares de e-mails falsos, com ofertas tentadoras de aparelhos, smartphones, entre outros produtos, são enviados para chamar a atenção das vítimas. A partir daí, se o usuário clicar no link, ele será redirecionado para um site falso, onde colocará os dados do cartão para fazer a compra, fornecendo seus dados aos criminosos cibernéticos sem desconfiar de nada.


Para mais informações, visite https://securelist.lat/







Kaspersky Lab
www.kaspersky.com.br

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