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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Gravidez na adolescência em SP cai ao menor nível em quase duas décadas


Número de partos de jovens com menos de 20 anos caiu pela metade, comparando-se balanços de 2017 e 1998; índice atual é de 12,2%, contra 20% há 19 anos


Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que a gravidez na adolescência no Estado caiu 50% em 20 anos e atingiu, em 2017, o menor nível da história. 

Em 2017, 73.966 gestantes menores de 20 anos tiveram filhos no Estado, equivalente a 12,2% do total de nascidos vivos em SP. Em 1998, o índice foi de 148.018 mães nessa faixa etária, e o percentual foi de 20,2%. A queda é gradativa. Há dez anos, 16,3% das gestantes tinham menos de 20 anos. Em 2007, 97 mil mães estavam nessa faixa etária.

Em 96% dos casos de gravidez na adolescência, as jovens tornaram-se mães com idade entre 15 e 19 anos. Nessa faixa etária, a redução do índice de gravidez na adolescência também caiu pela metade. Em 2017, esse grupo abrangeu 71.535 gestantes, equivalente a 11,7% do total de partos em SP. Em 1998, o percentual foi de 20% ou 143.490, em números absolutos.

Para Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria, os números representam o êxito de políticas públicas adotadas no Estado de São Paulo e da qualificação de equipes nos serviços de saúde. “É um resultado importante, que foi possível graças a ações integradas do Estado, em parceria com os municípios. Iniciativas que ampliam o conhecimento e o debate, auxiliam os profissionais a qualificar o atendimento à esses jovens e sensibilizam gestores para criação de novas ações de atenção à saúde do adolescente”, afirma.

A médica também ressalta que as iniciativas de conscientização coletiva e a consolidação de serviços específicos sobre esse público, a exemplo das Casas do Adolescente, bem como a distribuição gratuita de preservativos e contraceptivos em todo o Estado, foram fundamentais para a redução dos casos.

Os preservativos começaram a ser distribuídos no Estado de forma regular a partir de 1994. Atualmente, São Paulo distribui uma média de 60 milhões de camisinhas masculinas e 2,7 milhões de preservativos femininos por ano. No ano de 2017 foram distribuídas mais de 75 milhões de camisinhas masculinas e 2,4 milhões de femininas.


Casas do Adolescente

Desde 1996, a Secretaria adotou um modelo de atendimento integral à adolescente, que contempla o aspecto físico, psicológico e social, e que começou a mostrar resultados dois anos depois. Por isso a Secretaria usa 1998 como base de comparação.

Além de informação e orientação, o trabalho busca identificar as emoções, medos e dúvidas dos adolescentes sobre afetividade, relacionamentos e sexo seguro. Rotineiramente, a Secretaria investe em capacitação, organizando palestras e cursos a profissionais médicos que cuidam de adolescentes por todo o Estado. 

A Casa do Adolescente de Pinheiros, na capital, serviu como espécie de laboratório da nova política de saúde para jovens, oferecendo atendimento multidisciplinar, com médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores. Há oficinas, bate-papos e terapias em grupo para que os jovens exponham seus sentimentos, recebendo orientação especializada.

O sucesso do trabalho levou o Estado ampliar o projeto da Casa do Adolescente. Hoje, são 30 unidades em todo o Estado.

 “É necessário estarmos atentos não apenas à prevenção, mas também nos aspectos emocionais e psicoafetivos deste grupo de adolescentes, que passa por uma fase repleta de novos conhecimentos e dúvidas. Por esse motivo, garantimos cada vez mais a capacitação e o atendimento multiprofissional, para contribuir não apenas na redução destes índices, mas também na prevenção e tratamento de doenças”, conclui Albertina Duarte.

Na Casa do Adolescente do bairro de Heliópolis, inaugurada em 2009, há mais de 300 adolescentes cadastrados atualmente, que passam por atendimentos médicos diariamente e realizam atividades em grupos sobre diversos temas, incluindo rodas de conversa, orientações sobre nutrição e grupos voltados especialmente a jovens gestantes, que são orientadas e acompanhadas multiprofissionalmente. Diariamente, conta com um grupo de apoio ao público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) desde 2011 e foi a primeira a encaminhar adolescentes transexuais para tratamento de redesignação sexual, a partir de 2013. Desde então, já foram encaminhados 16 jovens com o perfil.   


Série histórica:

ANO
TOTAL DE PARTOS
% DE MÃES ADOLESCENTES
1998
     734.571
20,2
1999
     729.948
19,8
2000
     699.326
19,5
2001
     646.005
19,2
2002
     631.827
18,5
2003
     622.171
17,6
2004
     626.804
17
2005
     619.107
17
2006
     604.085
16,7
2007
     595.509
16,3
2008
     601.872
15,7
2009
     598.909
15,5
2010
     601.561
14,8
2011
     609.778
14,8
2012
     617.370
14,9
2013
     611.227
14,9
2014
     625.094
14,6
2015
     633.253
13,8
2016
600.300
13,2
2017
611.133
12,1

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo


O que causa a falta de controle financeiro dos jovens?



O número de jovens com menos de 25 anos de idade que já estão com o "nome sujo" é preocupante, são pelo menos 9 milhões! Por que isso tem causado isso?
Qual seria a solução mais prática e viável para este problema? No infográfico a seguir, a Barkus abordará esse assunto e explicar as supostas causas.




Poluição nas cidades europeias faz turistas ‘fumarem’ neste verão


Férias supostamente devem ser revigorantes. Mas quando destino é uma capital europeia, o resultado pode ser diferente: passar um longo fim de semana nas 10 cidades mais poluídas e mais populares da Europa pode ter os mesmos efeitos sobre a saúde que fumar entre um e quatro cigarros.

A T & E analisou números de várias fontes para revelar o impacto na saúde de visitar as 10 cidades europeias mais populares da Europa neste verão. A T & E acredita que esta é a primeira vez que dados do turismo e dados de qualidade do ar em tempo real foram combinados para dar aos turistas um alerta sobre o risco que enfrentam neste verão.

O coordenador de assuntos relacionados a  qualidade do ar e óleo diesel da T & E, Jens Müller, alerta: “Quando a poluição do ar é ruim, somos aconselhados a evitar fazer refeições ou exercícios ao ar livre. Mas andar pelas cidades e comer nos terraços dos restaurantes é o que mais se faz nas férias na Europa. Neste momento, turistas, incluindo crianças, são mais ou menos forçados a fumar, em termos de impactos na saúde.”

Mesmo pequenas quantidades de poluição do ar podem prejudicar nossos corações, de acordo com uma pesquisa publicada na semana passada. Ainda assim, a poluição pode ser muito pior do que a reconhecida oficialmente. Isso ocorre porque as autoridades costumam equipar as estações de monitoramento para ocultar resultados ruins, colocando-os em parques, ruas calmas ou desligando-os completamente. A Comissão Européia está processando os governos romeno e belga por tal comportamento. Grupos de cidadãos lançaram projetos de monitoramento em resposta. Eles revelam qualidade do ar muito pior do que os dados oficiais na Itália, Alemanha, Bulgária e Bélgica. Países como Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Hungria e Romênia foram multados em bilhões de euros por violar os padrões de poluição do ar da UE.

Lideres do setor de turismo devem ficar atentos. A poluição do ar é a segunda maior preocupação ambiental para os europeus (veja a página 8) e pesquisa sugere que os turistas estão evitando Hong Kong devido ao seu ar ruim. O verão é o período mais movimentado para viagens pela cidade em Barcelona e Londres.

O paralelo entre a poluição do ar e o consumo de cigarros é baseado na pesquisa de Berkeley Earth, que se concentra em matéria particulada, um tipo comum de poluição do ar.

Os carros são a principal fonte de material particulado nas cidades durante os meses de verão. As montadoras constantemente violam as leis de eficiência de combustível, liberando veículos mais poluentes do que deveriam. A indústria afirma que os veículos modernos a diesel são limpos, mas checagens revelam que isso é falso, com a maioria emitindo até 18 vezes o limite legal de poluição NO2. Como resultado, cidades como Paris, Londres, Hamburgo e Milão começaram a restringir os motores diesel.

Jens disse: “Os gestores urbanos precisam controlar a poluição do ar ou arriscar uma reação dos turistas. Os carros são a pior causa da poluição do ar nas cidades durante o verão. Os fabricantes de carros devem ter um prazo para realmente limpar a bagunça que criaram. Se eles falharem, os carros poluentes devem ser rapidamente banidos das cidades para proteger os moradores ”.








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