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terça-feira, 17 de julho de 2018

Motivação é o impulso que move para a satisfação e a paz interna


A respeito do desenvolvimento humano, especialmente às mulheres, a doutora em gêneros Alice Schuch sugere: “investigue quem você é, pois não há nada que você deva fazer ou mudar para ser aquilo que você é. Existem coisas porém que convém você reconhecer para deixar de buscar ser aquilo que você não é”.

A reflexão objetiva responder: “qual é o motivo da minha ação?”.

Alice explica que motivação é aquele movimento interno que nos leva à ação, um impulso que faz com que ajamos para atingir uma meta, um conjunto de motivos que se manifesta e influencia a nossa conduta ou ainda é a causa ou razão que ativa um resultado.

A motivação envolve fenômenos emocionais, biológicos e sociais, sendo o processo responsável por iniciar, direcionar e manter comportamentos relacionados ao cumprimento de objetivos. Pesquisadores como Skinner, Maslow, Kurt Lewin e Herzberg teorizaram sobre o tema.

“Aquilo que estou querendo dizer a vocês é o seguinte: assim como o artista, também nós realizamos constantemente obras, escolhas”, reforça a pesquisadora. Significa que se o projeto iniciado está de acordo com aquilo que se é, sentimos algo que plana, se aquieta, caminha bem. Se, ao invés não é assim, surge a insatisfação, a ideia de estar ficando para trás, que se perde algo. 

“Somos movimento, pensamos, agimos, pois, como refere Meneghetti: “se o pensante não fala, não existe lógica, técnica, história, realização. Falar significa formalizar, arquitetar, constituir”. 

Convém, com simplicidade, perceber que ao realizar um trabalho, grande ou pequeno que este seja, algo impulsiona em direção a ele e, se está presente a motivação, o amor por aquela atividade, o único preço pago é o empenho diligente no exercício daquela ação.

“O que ganhamos?  Satisfação, alegria, paz”, finaliza Alice.





Alice Schuch - escritora, palestrante, pesquisadora e doutora do universo feminino


Por que os elogios nos deixam felizes, mas com um pé atrás?


Uma pesquisa realizada recentemente pela consultoria da qual sou sócia-diretora mostra que cada pessoa recebe o elogio a sua maneira. Algumas pessoas recusam ou desfazem imediatamente ao recebê-lo. Outras se colocam em posição de desmerecimento. Quer um exemplo?

Alguém diz: - Que blusa bonita!
O elogiado responde: – Ah! Obrigado. É velha...

Lembrou-se de alguém assim, leitor?
Pois é, no quesito elogio somos muito exigentes. Afinal, queremos elogios, mas que sejam sinceros e verdadeiros. Queremos os elogios das crianças, puros. A consequência mais triste desse comportamento é que, depois de algum tempo deixamos de acreditar, assim recusamos informações importantes sobre quem realmente somos.

Mas o que realmente queremos das pessoas? Elogios, reconhecimento, favores... O problema é que muitas vezes um elogio não basta, queremos mais, e mais, muito mais. E é como se internamente respondêssemos ao elogio – “Obrigado! Eu já sei, e daí?!” Daí, é que já nos preparamos para lidar com as “segundas intenções” do tal elogio. Somos assim, somos humanos.

Outro dado importante que apontou a pesquisa é a falta de palavras de agradecimento, isso mesmo, muitas pessoas não sabem o que dizer quando são elogiadas. Na parte intelectual, de habilidade, aspecto físico ou vestimenta, sejam quais forem os itens, muitas pessoas simplesmente ficam mudas. Um entrevistado perguntou – Devo agradecer?

Mas voltando ao tema... O melhor modo de aproveitar esse “afagar de ego” é criar uma conexão mente coração para receber melhor um elogio. O mais importante é capacitar a mente para receber tais informações e permiti-las chegar carinhosamente e, sem prejulgamentos ao coração. Só assim será possível ficar verdadeiramente feliz ao receber um elogio.

Disse Sêneca: "Podes conhecer o espírito de qualquer pessoa, se observares como ela se comporta ao elogiar e receber elogios".








Estudos concluem que quem aposenta mais cedo vive mais


 No Brasil, reforma da Previdência leva em consideração critérios políticos e não garante a cobertura das despesas previdenciárias


Alguns estudos têm mostrado os benefícios de se aposentar mais cedo. Um deles, feito com base nos dados dos aposentados do fundo de pensão da Boeing Aerospace, chegou à seguinte conclusão ao cruzar o tempo de vida versus a idade de aposentadoria:

Idade da Aposentadoria          49,9    52,5     55,1     58,3       60,1       63,1     65,2
Média de Idade do óbito          86      84,6      83,2     80         76,8        69,3     66,8


Já um outro estudo, divulgado no site da faculdade King Fahd of Petroleum Et Minerals, da Arábia Saudita, justifica a longevidade dos que se aposentam mais cedo, mesmo que continuem trabalhando, pelo fato de se darem o luxo de escolherem os tipos de trabalho e as horas trabalhadas, ou seja, o ritmo é mais prazeroso. O mesmo estudo ainda mostra que os que trabalham até idade avançada, provavelmente, colocam muito estresse no envelhecimento do corpo e da mente, de tal forma que eles desenvolvem vários problemas graves de saúde e morrem, em média, dois anos depois de se aposentam.

No Brasil, os advogados da Brasil Previdência, especialistas em aposentaria especial, Fernando Gonçalves Dias e Hugo Gonçalves Dias, explicam que os trabalhadores que contribuem com o Regime Geral de Previdência Social, administrado pelo INSS, não precisam comprovar idade mínima e é possível aposentar a partir dos 33 anos de idade, considerando o tempo mínimo de 15 anos exigido para aposentar por tempo de contribuição especial.

Ao considerar que a expectativa de vida do brasileiro é de 75,8 anos, segundo dados do IBGE em 2017, o trabalhador que conseguir aposentar com 33 anos de idade receberia, em tese, por 42 anos, ou seja, três vezes mais o tempo que contribuiu.

“É importante destacar que o número de aposentadorias por tempo de contribuição especial disparou nos últimos 15 anos. No ano de 2003, foram concedidos 456 benefícios dessa espécie, enquanto que em 2017 esse número saltou para 24.767, um aumento de 5.300%”, observam os advogados, com base em dados obtidos por meio da Dataprev, empresa responsável pelo gerenciamento das informações do INSS.

De acordo com os especialistas da Brasil Previdência, se tomarmos como exemplo trabalhadores que começam a trabalhar aos 18 anos de idade em atividades que lhes dão direito à aposentadoria por tempo de contribuição especial, que exige 15, 20 e 25 anos de contribuição, conforme cada caso, a partir dos 33, 38 e 43 anos de idade, respectivamente, esses trabalhadores já podem ter preenchido os requisitos para se aposentarem.

Portanto, tomando esse exemplo, e levando em conta tão somente a expectativa de vida apurada pelo IBGE de 75,8 anos de vida, o tempo de vida versus a idade de aposentadoria desses trabalhadores brasileiros ficaria assim:


Idade da Aposentadoria        33         38         43
Expectativa de vida                75,8     75,8      75,8
INSS pagaria em anos:           42         38        32

Agora, se considerada a média de idade de 58 anos dos que se aposentam por tempo de contribuição comum, pelo INSS, cujo tempo de contribuição exigido é de 30 anos para a mulher e 35 anos para o homem, o tempo de vida versus a idade de aposentadoria desses trabalhadores brasileiros ficaria assim:


Idade da Aposentadoria        58
Expectativa de vida                75,8     
INSS pagaria em anos:           17 

A proposta de Reforma da Previdência, objeto da PEC 287, apresentada pelo Governo Federal, tem como um dos pontos principais a criação de idade mínima de 62 para mulher e 65 para homem, as quais poderão ser elevadas sempre que aumentar a expectativa de vida.

Para os advogados, esta proposta estancaria a concessão da aposentadoria para os trabalhadores que atuam em área de risco e para aqueles que atualmente aposentam com idade média de 58 anos, o que seria ótimo do ponto de vista do equilíbrio atuarial. Mas péssimo para fins de longevidade, se as conclusões referentes ao tempo de vida versus a idade de aposentadoria dos trabalhadores brasileiros se assemelhar à situação dos aposentados da Boeing Aerospace e de outros regimes de previdência equivalentes.

“A saída justa a esse impasse seria a criação de idade mínima com base em estudo atuarial, e não critério político, a fim de que o sistema não fique insustentável, mas também não fique superavitário”, afirmam os especialistas da Brasil Previdência.



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