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terça-feira, 17 de julho de 2018

Terceira Idade ganha milhares de vagas gratuitas em cursos e atividades na USP

Foto: Marcos Santos / USP Imagens


Além de oferecer 4,3 mil vagas em atividades regulares, o programa USP Aberta à Terceira Idade traz exposição fotográfica e recria jornal produzido por idosos



A USP abre inscrições para as atividades do segundo semestre de 2018 do programa USP Aberta à Terceira Idade (UATI). Em sua 49ª edição, a iniciativa gratuita, realizada na capital e nos campi do interior, disponibiliza 4279 vagas, divididas entre disciplinas regulares, oferecidas nos cursos de graduação da USP, e atividades complementares, que englobam cursos, palestras, excursões, práticas esportivas e didático-culturais. Os interessados não precisam ter vínculo com a universidade e devem ter mais de 60 anos.

Propriedade Intelectual e Acesso à Informação, Biomecânica Aplicada, Comunicação Organizacional, Coaching de Bem Estar e Saúde, Jornalismo Esportivo, Arte da Crônica e do Conto, Circuitos Elétricos e Produção Audiovisual em Comunicação Digital estão entre os 340 cursos disponíveis, que são ministrados nos campi da USP em Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, São Carlos e São Paulo. Algumas disciplinas exigem pré-requisito, mas para a maioria nada é exigido.

Atividades esportivas exclusivas para idosos também têm vagas em programas como Dança Circular, Ginástica Adaptada, Musculação, Pilates e Treinamento Funcional.  Além disso serão oferecidas atividades culturais com especialistas de diversas áreas, como Empreendedorismo e Franquias, Práticas com Tablets e Celulares, Artesanato, Atividades práticas de Conservação e Restauração no Museu Paulista e aulas de viola, violão, piano, guitarra, canto e teoria musical.

Ao mesmo tempo em que disponibiliza vagas aos idosos e proporciona um intercâmbio geracional com os alunos da USP, o programa se posiciona como um polo de discussão sobre o tema do envelhecimento, com atividades e parcerias que vão além das disciplinas abertas especificamente a esse público.

“Esperamos neste semestre expandir ainda mais a nossa inserção na comunidade. E para isso além dos cursos que já fazem parte da programação da USP Aberta à Terceira Idade, faremos atividades culturais na UNIBES, nas quais serão debatidos temas como ageismo (idadismo) - preconceito contra o idoso; violência contra o idoso; demência e cuidados;  e cidades amigas dos idosos.”, relata o médico Egídio Dórea, coordenador do programa.

Além da parceria com a UNIBES Cultural, a UATI firmou acordo com a rede de longevidade Lab 60+ com o intuito de trazer novas experiências para os participantes do programa. A cooperação prevê encontros onde os frequentadores de diferentes gerações poderão trocar ideias sobre novas propostas de trabalho e formação de network.

Este semestre a UATI retoma um antigo projeto desenvolvido pelos idosos durante quase uma década: o Jornal Reproposta. Criado em dezembro de 1997, durante a disciplina Aventura de Fazer Jornal, ministrada pelo professor Manuel Carlos Chaparro, o jornal bimestral com temas voltados para os público sênior foi realizado até julho de 2004 sob a supervisão do docente e posteriormente virou uma revista semestral orientada pela professora Cremilda Medina, ambos do Departamento de Jornalismo da ECA - USP.

Reproposta, que significa uma nova proposta para a vida após atingir a terceira idade, foi descontinuado há mais de uma década e, por sugestão de uma ex-aluna e participante do projeto, Dórea resolveu retomar a iniciativa no formato digital com previsão de lançamento em setembro de 2018.

“No último dia do calouro do idoso fui procurado por uma das antigas participantes da elaboração do jornal com um pedido para retomar o mesmo. Conversamos e conclui que foi e que será um meio muito importante para que os próprios idosos tragam aspectos que eles consideram importantes para eles. É uma forma de se expressarem e serem ouvidos. Montaremos uma equipe de coordenação e as edições serão publicadas a cada 2 meses”, relata o coordenador da UATI.

Além do jornal, a UATI irá realizar este semestre na sede da UNIBES Cultural uma exposição fotográfica produzida pelos alunos e ex-alunos com o tema Memória de São Paulo - Mesmo Espaço, Tempos Diversos.  
 
Criado pela professora Ecléa Bosi em 1994, o programa, que completou 24 anos de atividades ininterruptas, é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP.



 

Serviço
USP Aberta à Terceira Idade

A relação completa de atividades está disponível no site prceu.usp.br/3idade.

Inscrições para disciplinas regulares | De 23 a 27 de julho de 2018 − Vagas limitadas disponíveis por ordem de chegada.

Inscrições para as atividades complementares | Cada unidade define seu calendário de inscrição, por­tanto, é imprescindível observar as informações de cada atividade na consulta ao site.

Todas as atividades são gratuitas e as inscrições são abertas para os interessados acima de 60 anos
Contato para dúvidas e informações: (11) 3091-9183, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h, ou pelo e-mail 3idade@usp.br



 Elcio Silva




Kaspersky Lab: 74% brasileiros se preocupam que tudo que veem em seus dispositivos móveis pode ser visto por terceiros


Sabemos que os dispositivos móveis ganharam uma enorme proporção no dia a dia de muitos usuários, mas, para alguns, as funcionalidades de monitoramento deles estão se tornando motivo de preocupação. Muitos temem que os aplicativos em seus dispositivos conectados possam rastreá-los, observar o que fazem ou compartilhar seus dados. Porém, seria fácil evitar esses perigos com algumas medidas de segurança simples, de acordo com os especialistas em cibersegurança da Kaspersky Lab.

Os consumidores estão cada vez mais preocupados com a vigilância sobre suas atividades na Internet ou a possibilidade de serem rastreados por meio de sua movimentação online. A Kaspersky Lab descobriu, por exemplo, que 66% dos brasileiros não ficam tranquilos ao compartilhar suas informações de localização com sites e aplicativos; essa porcentagem aumentou significativamente em relação aos 46% de 2016.

Além disso, cerca de metade (74%) dos brasileiros tem uma preocupação muito grande com a possibilidade de alguém observar tudo o que é feito ou assistido em seus dispositivos e uma parcela semelhante (61%) teme que alguém possa rastreá-los usando as informações de geolocalização do dispositivo.


 
Os especialistas da Kaspersky Lab descobriram que, além de acessar uma enorme quantidade de dados (como detalhes importantes sobre onde os usuários estão, informações de contatos, atividades, etc.), muitas vezes, esses aplicativos também trabalham em segundo plano sem o conhecimento dos usuários – o que reforça que as preocupações de alguns usuários não são à toa. Segundo a pesquisa global, 83% dos aplicativos para Android têm acesso aos dados sigilosos dos usuários, e 96% podem ser iniciados sem o consentimento deles.

Tudo isso pode ser evitado com algumas medidas de segurança muito simples, porém, as pessoas não adotam tais critérios de segurança de dados e privacidade que poderiam tranquilizá-las. Por exemplo, cerca de 38% dos brasileiros admite que não verifica as permissões dos aplicativos móveis pré-instalados em seus dispositivos Android e iOS, e 15% deles não confere as permissões ao baixar ou instalar novos aplicativos em seus dispositivos móveis. Ou seja, a preocupação dos usuários de dispositivos móveis não se converte em proteção de possíveis vazamentos de dados.

Dmitry Aleshin, vice-presidente de marketing de produtos da Kaspersky Lab, comenta:Os aplicativos se tornaram uma parte importante de nossa vida diária. Nós os usamos para tudo: da edição de fotos à atualização de nossas contas em mídias sociais; dos jogos à reserva de uma mesa em um restaurante. Mas a pesquisa mostra que, apesar de nossa adoração pelos aplicativos, não necessariamente confiamos neles. Embora as pessoas estejam mais atentas à possibilidade dos aplicativos rastrearem suas atividades online, muitas vezes elas não adotam as medidas necessárias para se proteger de possíveis problemas. Em relação a isso, nós podemos proporcionar tranquilidade aos usuários. Nossos produtos são projetados especificamente para ajudar as pessoas a lidar com suas vidas digitais e desfrutar de tudo o que a Internet tem a oferecer sem se preocupar”. 


A Kaspersky Lab protege os usuários de atividades indesejadas de aplicativos móveis. Por exemplo, o Kaspersky Internet Security for Android garante proteção de dispositivos dos usuários de aplicativos móveis possivelmente perigosos, capazes de acessar dados pessoais com fins mal-intencionados. Além disso, o Kaspersky Battery Life analisa todos os aplicativos no dispositivo do usuário e identifica aqueles que trabalham em segundo plano e consomem a bateria do dispositivo, permitindo que os usuários encerrem esses "comedores de bateria" com apenas um toque.






A Kaspersky Lab


Logística reversa: a importância da conscientização


  Desde 2010, está vigente no Brasil a Lei 12.305, de logística reversa, que faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Pela Lei, as empresas são responsáveis pelos produtos que inserem no mercado, devendo acompanhar todo o seu ciclo de vida. Trata-se de um conjunto de atribuições dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental.

Segundo a PNRS, a logística reversa é um dos instrumentos para aplicação da responsabilidade compartilhada, sendo uma ferramenta de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, seja para reaproveitamento em sua própria cadeia produtiva ou para outra destinação final ambientalmente adequada.

O grande problema é que falta visão por parte do empresariado brasileiro sobre a relevância dessa questão. Como não há fiscalização para o assunto, a grande maioria das indústrias prefere simplesmente descartar o refugo ou vendê-lo a sucateiros. Aparentemente, trata-se de uma solução mais simples, que demanda pouco esforço. No entanto, essa prática não é sustentável, visto que, ao concluir o ciclo de vida, muitos produtos são simplesmente lançados nos mares, rios ou matas, sem nenhum tipo de tratamento.

A logística reversa, embora exija investimentos financeiros e humanos para a criação e manutenção dos processos, apresenta muitos ganhos em diversas esferas, como econômica, social e ambiental. Do ponto de vista do meio ambiente, o benefício é muito claro ao reduzir o volume de resíduos e reaproveitar matérias primas, poupando recursos naturais. Na questão social, processos de logística reversa promovem empregos diretos e indiretos, uma vez que comunidades precisam ser engajadas a fim recolher os materiais que seriam descartados. Economicamente, o sistema permite um rápido payback, tornando-se bastante lucrativo no médio e longo prazo.

Contudo, criar um programa de logística reversa exige bastante foco e determinação. As pessoas envolvidas precisam conhecer muito bem a jornada de consumo e os hábitos de descarte para criar uma forma de captura e retorno à fábrica. É preciso também fazer adaptações, afinal, quando os produtos saem para consumo, atendem determinados padrões de qualidade, mas quando chegam, precisam ser separados e higienizados antes de iniciar os processos necessários para a reciclagem. Tudo isso requer adaptação e preparo.

Depois, o próximo desafio é promover a cultura dos produtos com compostos reciclados, que costumam enfrentar alguns tipos de preconceitos. A resistência ao novo é sempre comum entre os seres humanos, mas é preciso desenvolver uma consciência no sentido de comprovar que os produtos fabricados com material reciclado possuem tanta qualidade quanto os produzidos com matéria-prima totalmente virgem. Os problemas, quando surgem, costumam ser muito mais derivados das falhas nos processos de fabricação do que propriamente dos componentes.

Apesar de todo o trabalho demandado, um bom programa de logística reversa cabe em praticamente todos os tipos e portes de indústrias. Basta criar uma mentalidade que valorize o impacto social, econômico e ambiental, a partir de toda a cadeia do ciclo produtivo. Tirar do meio ambiente objetos que demorariam 400, 500 e até 800 anos para se decompor, por si só, já é uma grande vantagem. As empresas que desenvolverem esse tipo de consciência, certamente serão recompensadas.







Miriam Bastos - engenheira e plant manager na Mazzaferro, indústria com 65 anos de atuação no ramo de nylon.

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