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quinta-feira, 21 de junho de 2018

Inverno: mutação do vírus influenza exige uma nova dose de vacina contra gripe


A imunização é a melhor forma de prevenir surtos da doença mais comum nesse período, afirma especialista  


A chegada da estação mais fria do ano coincide com umaumento depacientes nosconsultórios com sintomas de doenças alérgicas e respiratórias. Os dias de  inverno em São Paulo são maissecos, comtemperaturas baixas e com a ocorrência frequente do fenômeno da inversão térmica que aumenta os níveis de poluentes no ar, numa combinação perigosa que agrava os quadros de doençascrônicascomo asma, bronquite, rinite e sinusite.

A gripe é adoença mais comum da estação e se caracteriza pelainfecção no sistema respiratório. O que diferencia a gripe das outras viroses respiratórias é o fato delater um grupo diferente de vírus, e oinfluenza é o mais conhecido. Esse tipo de vírus atingeo pulmão e costuma sofrer mutações a cada ano, podendo ficar mais ou menos agressivo para as pessoas. 

“Por conta dessas modificações do vírus Influenza, a vacina precisa serreformulada a cada ano,com base na maior prevalência da circulação viral do ano anterior. Com isso, para evitar a doença, é fundamental que as pessoas tomem uma nova dose da vacina anualmente", afirma a pediatra Renata Scatena, diretora da Casa Crescer, clínicaque reúne várias especialidades paraatendimento infantil. 

Recentemente, um surto de gripe se espalhou pelo mundo. Nos Estados Unidos, adoença atingiu praticamente todos os estados no início do inverno passado, com um total de 47 mil casosconfirmados. 20 crianças morreram, a maioria delas não estava imunizada.NoBrasil, o estado deGoiás foi o mais atingido com44 casos confirmados etrês mortes. Na rede pública é possível tomar avacina Trivalente que cobre as duas cepas de influenza A (H1N1 H3N2) e uma cepa do Influenza B. Nasclínicas de vacinação, está disponívela vacina Tetravalente quecobre as duas cepas de influenza A (H1N1 H3N2) e duas cepas de influenza B. 

A vacina da gripe é extremamente segura, não tem nenhuma contraindicação. Ela pode ser administrada junto com outras vacinas do calendário de vacinação, no mesmo dia, e é um mito falar que a vacina da gripe deixa a pessoa com a doença. Ela é composta por vírus inativado, ou seja, partículas virais incapazes decausarem a doença, afirmaaDra. Renata. 
A médica orienta que as grávidas devem procuraro obstetra que está cuidando da gestação para que eledê o tratamento específico.Já as crianças, se estiveremdoentes, devem evitarlocais fechados, como creches e berçários, e ficar em casa,em repouso. 

"Agripe deve ser tratada com antitérmico e hidratação, a criança devehigienizar as mãos com álcool em gel, e fazer a lavagem nasal com soro fisiológico pelo menos duas vezes por dia. É fundamental evitar os locais fechados por causa do risco de propagação do vírus”, conclui a pediatra. 
 
Dra. Renata Scatena - médica graduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos, com residência em Pediatria e especialização em Terapia Intensiva Pediátrica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tem o título de especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB e atualmente, é diretora clínica da Casa Crescer, um espaço novo em São Paulo que tem o objetivo de cuidar da saúde das crianças de forma integrada, sendo ela orgânica, social, cultural, psíquica e emocional. 
 





Fonte: Casa Crescer

Diabetes e Gestação


Controlar a glicemia (níveis de açúcar no sangue) é fundamental durante a gestação. Mulheres que já são portadoras de diabetes mellitus (tipo 1 ou 2) devem procurar um endocrinologista antes de engravidar. Esse cuidado prévio diminui significativamente a chance de malformação no feto e o acontecimento de aborto espontâneo.

A recomendação é que a glicemia se aproxime ao máximo dos valores normais sem aumentar o risco de hipoglicemia (açúcar baixo no sangue). Para pacientes que já estão em uso de insulina, é ideal otimizar a medicação. Os análogos de insulina de ação lenta (insulina glargina e detemir) são utilizados com segurança na gestação, assim como as insulinas de ação rápida (lispro e aspart).

É recomendado ainda começar a suplementação de 5 mg de ácido fólico pelo menos 3 meses antes de engravidar. Dessa forma, é possível diminuir o risco de malformação neurológica. Pacientes com diabetes mellitus devem procurar o oftalmologista. O objetivo é avaliar a saúde dos olhos antes de interromper o uso de anticoncepcionais, uma vez que a gestação pode agravar a retinopatia
Antes de tentar engravidar, é ainda importante realizar exames para avaliar a função renal, controlar a pressão (<130x80mmHg) e verificar com seu obstetra quais são as medicações adequadas para atingir esse objetivo. Inibidores da enzima conversora de angiotensina e bloqueadores do receptor de angiotensina, como captorpil , enalapril e ARAII, podem provocar malformação no feto, principalmente a partir do 2º trimestre.

Medicações como estatinas e fibratos para diminuir o colesterol e triglicérides devem ser interrompidas durante a gestação. É essencial avaliar a função tireoidiana através de exames laboratoriais que verifiquem o bom funcionamento da glândula tireoide e a presença de anticorpos (anti tireoglobulina e anti peroxidase).

É também altamente recomendado que mulheres acima do peso e diabéticas emagreçam antes de engravidar, uma vez que a obesidade também está relacionada a complicações durante a gestação.






Adriana Pessoa - Graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e possui Residência em Clínica Médica e Endocrinologia pela mesma instituição. É Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Associação Médica Brasileira. Contato: arpessoa80@gmail.com


No Dia Mundial de Combate às Drogas (26/06), especialista explica sobre tratamentos e inclusão de usuários


Sobre tratamentos e inclusão de usuários de drogas


Professor da pós-graduação em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), explica sobre fatores que levam à dependência química e aleta sobre os danos com o uso abusivo das drogas


O último Relatório Anual do Departamento de Drogas e Crime da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em 2017, diz que cerca de 5% da população mundial usaram drogas pelo menos uma vez nos últimos anos. O documento também relata que, aproximadamente, 30 milhões de pessoas dependem do narcotráfico até precisarem de tratamento. Para alertar sobre o uso abusivo de drogas, a ONU escolheu o dia 26 de junho como o Dia Internacional do Combate às drogas.

As motivações que levam uma pessoa a consumir drogas dependem do estilo de vida que ela possui. Segundo o psicólogo, professor e coordenador da pós-graduação em Saúde mental, álcool e outras drogas do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), Paulo Aguiar, situações de extremo estresse, ansiedade e alteração de humor são fatores que podem levar um indivíduo a fazer uso de drogas. Os tipos de substâncias que afetam mais ou menos as pessoas dependem do estado emocional de cada um, pois a experiência com elas é totalmente pessoal e singular.

“Um sujeito pode fazer uso do álcool em determinado momento e não ter nenhum problema. Mas outro, que vive em circunstâncias diferentes, pode sofrer grandes consequências ruins. Já as pessoas em situação de rua, sem nenhuma perspectiva de futuro, terão muitos danos com qualquer tipo de droga”, explica o especialista. Por ser uma fase de transformações no corpo e na mente, a adolescência é o momento em que as substâncias psicoativas podem provocar sérios danos a um indivíduo.

Por exemplo, um jovem que começa a fazer uso do com 12 anos, a possibilidade de ter problemas é maior do que outro que começa aos 18 anos. Quanto mais cedo as pessoas iniciarem alguma experiência com drogas, maiores as chances de terem problemas e virarem dependentes. No caso do álcool, há um outro desafio, pois é excluído das campanhas sobre drogas e a forte investimento publicitário das industrias do setor. Mas o álcool é o responsável por grande parte dos acidentes fatais no trânsito, mortes por motivos banais, violência doméstica contra mulheres, crianças e adolescentes e rupturas nas relações pessoais. 


IDENTIFICANDO O DEPENDENTE – “O uso problemático de drogas ou a dependência química pode ser identificado pelo próprio sujeito ou por pessoas próximas, geralmente os familiares. Sinais como o desinteresse por outras atividades, a quebra de vínculos familiares e sociais, perda de emprego ou não se fixar em nenhuma atividade profissional por muito tempo e o desinvestimento em projetos de futuro podem ser percebidos por quem está perto”, alerta o psicólogo Paulo Aguiar.

A busca de prazer e a sensação de bem-estar com uso recreativo dessas substâncias não é um problema quando não atrapalha as atividades profissionais e os vínculos sociais da pessoa. Segundo o especialista, estamos acostumados a entender o uso de drogas como sempre sendo algo ruim. Por isso, é importante as famílias falem sobre drogas corriqueiramente para diminuir os pré-conceitos, buscar mais informações e tratar o assunto de forma séria e sem estigmatização. 



Opções de tratamentos para usuários de drogas

Existem diferentes tipos de tratamento para pessoas que possuem problemas com drogas, envolvendo perspectivas científicas e religiosas. O modelo biomédico, onde a medicina aponta para a necessidade da abstinência total dando enfoque as questões orgânicas e genéticas, foi predominante durante muito tempo. O tratamento religioso aponta também para a necessidade de abstinência total, apontando como principal motivo do sujeito fazer uso de drogas é o seu afastamento de Deus. “Assim, o tratamento passa por uma conversão e não tem nada de científico. Esses dois modelos apontam também para o uso da internação, mesmo sem a vontade do paciente”, comenta o professor do IDE.

Outra perspectiva de tratamento é a psicossocial, que aponta para um entendimento que não existe sociedade sem drogas e que precisamos aprender a conviver com pessoas que fazem uso e podem vir a ter problemas, ou seja é inevitável o uso de drogas numa sociedade e a proibição é o grande problema. “Nessa perspectiva, a estratégia é a redução de danos, onde o tratamento deve ser feito em liberdade, pois o indivíduo pode até ser internado, mas um dia voltará para o lugar onde teve contato com as drogas. Nessa visão, o foco não é a droga, o foco é o sujeito”, explica Paulo.  

De acordo com Paulo, não se combate o vício. “Combate a ideia de guerra, e numa guerra se elimina inimigos. Os usuários de drogas não são inimigos da sociedade. Qualquer política de drogas deve trazer informações e conhecimento sobre o assunto para acabar com conceitos pré-estabelecidos sobre o assunto, pois assim podemos ter uma discussão séria sobre o uso das drogas e ajudar quem enfrenta problemas a retomar sua vida em social”, finaliza. Profissionais interessados em se especializar no tema, a pós-graduação em Saúde mental, álcool e outras drogas está com matrículas abertas e previsão da próxima turma para ser iniciada em setembro. Mais informações: www.idecursos.com.br  e (81) 3465.0002 e 0800 081 3256.


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