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terça-feira, 19 de junho de 2018

Liderança: o que podemos aprender com Tite


Estamos a poucos dias da Copa do Mundo, considerado um dos maiores eventos esportivos do planeta. E, como não poderia ser diferente, os brasileiros estarão unidos na torcida para apoiar a seleção. Mas, se na competição passada os olhos estavam voltados para Neymar, neste ano as atenções estão depositadas no chefe da equipe: Tite.

É na sua capacidade de comando que está direcionada a principal esperança brasileira de título. Mais do que confiar em estrelas que ganham milhões, os brasileiros acreditam no potencial de um técnico com experiência prévia comprovada, estilo único de motivar atletas, autocontrole em momentos difíceis e de grande conexão com a torcida.

O gaúcho de 56 anos, aliás, descobri que tenho a mesma idade dele, atingiu tamanha popularidade que em uma recente pesquisa foi apontado como a opção de 15% dos brasileiros para o cargo de presidente da República. É claro que, assim como no futebol, cada um deve ocupar a sua devida posição. Misturar esporte com política, como já vimos em outras situações, nem sempre pode ser o caminho mais apropriado. Mas o fato é que o perfil do técnico caiu no gosto popular. E isso se deve a algumas características próprias de um líder. Cito algumas:


1 - Assumir responsabilidade pelo resultado

Quando voltamos os olhos para o mercado de trabalho, é comum encontrarmos líderes que ao obter resultados positivos atribuem para si o merecimento. Porém, quando o cenário é negativo a equipe acaba sofrendo as consequências. É a velha máxima: a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco.

Para ter a equipe na mão, é preciso que o líder tenha a grandeza de estar junto a seu time nos momentos bons e ruins.


2 - Defender a equipe de situações dentro e fora de campo

Identificar que um comandado está em má-fase é também responsabilidade de um bom líder. Sabemos que vida pessoal e profissional caminham juntas. Por isso, ter uma aproximação da equipe, entender possíveis fragilidades e apoiar nos momentos difíceis fortalecem o espírito de união. 


3 - Motivar a equipe a superar os desafios. Não apenas atletas como todo o staff

A competitividade por resultados pode tornar os dias mais estressantes. A busca por resultados cada vez mais desafiadores exigem do líder a identificação de talentos individuais. É preciso que cada jogador esteja na posição que rende melhor. Por isso, a motivação deve ser frequente no ambiente de trabalho, não apenas na equipe diretamente envolvida no projeto, mas em todo o staff. Percebem por que estamos de olho no técnico e não mais em um jogador?


4 - Discutir tática com outros técnicos brasileiros e também com a equipe, mostrando-se aberto a críticas e também convicto de suas opiniões.

Winston Churchill, primeiro-ministro inglês, certa vez teria dito: "Em uma reunião ministerial, gosto de ouvir a opinião de todos os presentes. Desde que, ao final, todos concordem comigo". Dono de um humor sarcástico, é quase certo que a frase tenha sido proferida em tom de brincadeira, afinal estas reuniões ministeriais acabam tendo seus temas decididos em consenso - logo, Churchill também tinha que fazer suas concessões para que todos concordassem. Porém é muito comum identificar líderes que não abrem para suas equipes a oportunidade de opinar sobre as decisões do time - não ouvem! Tomam medidas impositivas e não consultam nem os pares de mesmo nível hierárquico. Se você se identificou com esse parágrafo, é importante rever suas ações.


5 - Perfil discreto que deixa os resultados falarem por si.

Adotar um estilo de marketing pessoal muito agressivo pode ser visto de maneira negativa. O bom líder mostra sim seu trabalho, porém os resultados falam mais alto. Contra fatos não há argumentos.

Por isso, entre uma partida e outra da Copa do Mundo, aproveite para observar o perfil do técnico da seleção e, a partir dos exemplos em campo, transporte algumas de suas boas atitudes para o seu dia a dia no trabalho. Não deixe de avaliar como ele escolhe e como toma decisões. Teremos inúmeras lições a tirar de seu estilo.






Uranio Bonoldi - consultor, palestrante e oferece coaching personalizado para empresários e executivos. http://www.uraniobonoldi.com.br/


Copa do Mundo: as empresas são obrigadas a liberar os funcionários em dia de jogo do Brasil?



As empresas não são obrigadas a dispensarem os empregados no horário dos jogos


Dia de jogo da seleção brasileira não é feriado, porém, como todo brasileiro é apaixonado por futebol, gosta de torcer e, principalmente, quer comemorar o hexa da nossa seleção, diversos tipos de acordos são feitos entre empresas e funcionários  



 Nesta primeira fase, dois dos três jogos do Brasil cairão em horários comerciais


A Copa do Mundo na Rússia começou oficialmente na última quinta-feira (14), tendo o jogo da decisão programado para o dia 15 de julho. Nesta primeira fase, dois dos três jogos da seleção brasileira serão durante o expediente regular de trabalho. E mais, caso o Brasil continue nas fases seguintes (é o que todo o brasileiro deseja), as demais partidas ocorrerão durante o período comercial – o que pode atrapalhar a produção e o cumprimento das metas empresariais. Então, eis que surge a dúvida: as empresas são obrigadas a liberar os funcionários em dia (ou horário) de jogos?

Segundo a CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas –, as empresas não são obrigadas a dispensarem os empregados no horário dos jogos; porém, é muito comum esta prática. De acordo com a advogada especialista no Direito Trabalhista, Dra. Christiane Faturi Angelo Afonso fica a critério do empregador liberar ou não os funcionários. “Normalmente, para evitar aborrecimentos e funcionários descontentes, os chefes optam por fazer um acordo de compensação de horas relativo aos períodos dos jogos, que pode ser verbal. No entanto, a fim de evitar grandes questionamentos, o ideal é que este acordo seja feito por escrito e fixado em uma área comum do local, onde todos possam ver”, explicou Dra. Christiane.

Outra opção comum é alocar uma TV ou telão para que todos possam assistir aos jogos dentro da própria empresa. Tão embora essa prática não seja obrigatória é uma excelente oportunidade de confraternizar as equipes e seus diversos departamentos.

É válido lembrar que antes da reforma trabalhista instituída em novembro de 2017, esses acordos precisavam da autorização do sindicado (agora não é mais necessário).


Acordos em casos de liberação 

Caso haja a liberação para os jogos do Brasil na Copa do Mundo, a Dra. Christiane ressalta quais acordos podem ser estabelecidos entre chefia e funcionários.


Regras de compensação: os dias de compensação de horário não devem exceder mais do que dez horas diárias.


Banco de horas: se o funcionário possuir banco de horas, essas horas ausentes podem ser descontadas do banco.


Desconto de salário: não é permitido descontar essas horas do salário do empregado.


Vestimenta: O funcionário só poderá ir vestido com a camisa da seleção, caso a empresa autorize.


Retorno ao trabalho no mesmo dia: se ficar acordado que os empregados deverão voltar ao trabalho após os jogos, estes deverão cumprir com o horário estipulado, bem como evitar a ingestão de bebidas alcoólicas. “Por exemplo, na próxima sexta-feira (22), o jogo da seleção será às 9h, neste caso muitos lugares funcionarão apenas no período da tarde. O funcionário que chegar alcoolizado ou não cumprir com as regras estabelecidas, pode ser advertido ou suspenso e em casos mais graves até demitido por justa causa. Sabemos que quando o assunto é futebol há uma comoção nacional, porém, não vale a pena se indispor no trabalho por conta disso”, encerrou a advogada.


 Imagens: Divulgação



COPA: Treinar os olhos melhora a visão de jogo


Autor de um estudo com jogadores da Confederação Paulista de Futebol, oftalmologista afirma que para a medicina exercícios melhoram desempenho em campo


A frustrante estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo tem razões que os olhos do torcedor e da equipe técnica não conseguem ver. Isso porque, um estudo realizado pelo oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, com 80 jogadores da Confederação Paulista de Futebol mostra que 36% não enxergam bem. Desses só 10 (36%) usam lentes de contato durante os treinos e jogos. Os outros 64% entram em campo sem correção visual - 46% usam óculos quando estão em outras atividades e 18% não corrigem a visão.

 Óculos em campo, nem pensar. É um tabu entre atletas do mundo todo mesmo depois da FIFA liberar o uso. Segundo os jogadores é melhor esconder até uma pequena  dificuldade de enxergar para não correr o risco de ser eliminado do time. “Atletas que não enxergam bem podem usar lente de contato com toda segurança até completarem 21 anos e o grau estabilizar. Depois disso, o ideal é a cirurgia que elimina  a miopia, hipermetropia ou  astigmatismo além de diminuir o risco de contaminação da córnea”, poderá.

Queiroz Neto afirma que 85% de nossa interação com o meio ambiente depende da visão.  Por isso, jogadores que não enxergam bem têm queda no rendimento quando não corrigem a visão. Os problemas não param por aí. O acompanhamento oftalmológico só faz parte da rotina dos grandes clubes. Um em cada quatro participantes do estudo nunca foi ao oftalmologista. As alterações oculares dificilmente são percebidas logo no início. “No futebol é comum o jogador sofrer diversos traumas oculares que aumentam o risco de desenvolver glaucoma. Entre míopes a chance de ter a doença,  rompimento ou deslocamento da  retina é ainda maior”,  adverte.


Treino da visão     

A boa notícia é que a visão de jogo não é um dom. Queiroz Neto afirma que exercícios simples melhoram as  habilidades visuais inclusive de quem enxerga bem e fazem grande diferença em campo, embora não eliminem a necessidade de acompanhamento médico nem substituam os óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa.

O especialista ressalta que hoje existem aplicativos disponíveis na internet, como o Eye Test Peripheral Vision, ThunderCats o UltimEyes com esta proposta.  Ele elenca uma série de exercícios que podem ser feitos em grupo ou isoladamente. Os principais efeitos são:


Melhora da visão de jogo

Segundo o oftalmologista é  a visão periférica que permite ao jogador olhar para o gol e perceber a movimentação dos outros jogadores em campo simultaneamente. Queiroz Neto afirma que esta habilidade que é conquistada em uma sequência de exercícios visuais divididos em três etapas. A primeira é bastante similar à leitura dinâmica. Consiste em fazer a leitura em um único golpe de vista de várias palavras impressas com alguns centímetros de distância. Deve ser repetido diariamente durante 45 dias ou até a leitura simultânea se tornar automática.

“A segunda já é bastante conhecida pelos jogadores. São as embaixadinhas em que o craque chuta a bola sem deixar cair no chão ao mesmo tempo que  olha para o gol” afirma

A terceira, explica, é o treino de cobrança de escanteio em que no momento do chute  o jogador tem de girar a cabeça para o lado oposto e  ler palavras escritas em uma tabuleta.


Reflexo rápido

O oftalmologista afirma que o reflexo rápido, ou seja, a capacidade de antecipar jogadas está relacionada à visão de contraste que fica comprometida quando a iluminação do estádio é inadequada ou quando o jogador precisa usar lentes com grau para corrigir miopia, hipermetropia ou astigmatismo. O treino que melhora a visão de contraste e o reflexo consiste em identificar imagens semelhantes sobre um fundo de baixo contraste, fazendo a troca das imagens rapidamente. 


Finalizações

Bola fora da rede significa falta de mira. Para desenvolver a capacidade de foco o especialista diz que treino é feito com o “teste do polegar”. Trata-se de um exercício simples em que os dois braços são levados para frente, na altura do ombro, e os polegares são colocados em posição vertical. O teste consiste em mudar rapidamente o foco entre as unhas dos polegares, notando se ocorrem falhas na fixação. Outra dica é que independente da idade, toda pessoa tem um olho  dominante, ou seja, que enxerga melhor. No campo, saber qual é seu olho dominante  pode fazer toda diferença em um chute ao gol. Isso porque, explica, o jogador pode manter a visão deste olho desobstruída.

Para descobrir qual o olho dominante a dica é estender os braços e formar um triângulo com os polegares e indicadores posicionando um objeto nesta janela, Em seguida fecha um olho de cada vez. O olho que mantiver o objeto alinhado na janela é o dominante e pode fazer a diferença nesta COPA.




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