As vacinas contra gripe são
seguras e não causam a doença. O imunizante induz o corpo a produzir os
anticorpos necessários para proteção
As notícias falsas, conhecidas como fake news, têm impactado a
saúde pública no Brasil. A vacina contra gripe, desenvolvida para salvar vidas
e proteger contra a doença, é constantemente alvo de boatos, amplamente
divulgados em portais, redes sociais e aplicativos de conversas. De acordo com
um estudo realizado pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), as
notícias falsas se espalham 70% mais rápido que as verdadeiras; de forma mais
aprofundada e mais abrangente.
Durante essa época do ano, em que as temperaturas começam a ficar
mais baixas e inicia-se a campanha de vacinação pública contra a gripe, as
fakes news sobre a doença e a vacina se propagam com mais facilidade e
intensidade. É preciso estar atento para identificar e não disseminar essas
falsas informações. Veja abaixo porque elas NÃO SÃO VERDADE.
1. A VACINA
CONTRA GRIPE CAUSA GRIPE.
NÃO! A vacina
contra a gripe é produzida a partir do vírus inativado, ou seja, morto e
fracionado e, por isso, não é capaz de causar a gripe em quem toma a injeção.
“O vírus presente no imunizante é suficiente apenas para te levar a produzir
anticorpos contra a doença e não para causar a doença em si” explica Ana Paula
Flora, Gerente Médica da Sanofi Pasteur.
2. NÃO É
PRECISO SE VACINAR CONTRA GRIPE TODOS OS ANOS.
MUITO
PELO CONTRÁRIO! O vírus da gripe é mutante. Todos os anos ele muda e, para manter
a população protegida, é preciso atualizar também a composição das vacinas. Por
exemplo, o vírus que circulou na temporada de 2017, quando você se vacinou, não
é mais o mesmo que circulará em 2018. E então como você se protegerá? Se
vacinando novamente com a vacina 2018 que já está composta pelos vírus
previstos para circular no ano. Além disso, os anticorpos que produzimos não se
mantêm em níveis protetores além de um ano, o que reforça a importância da
vacinação anual.
Quem
define a composição da vacina contra gripe anualmente é Organização Mundial de
Saúde (OMS). O órgão considera os tipos circulantes na temporada anterior e,
para a temporada 2018, as cepas que compõe as vacinas no Hemisfério Sul são:
Vacina
trivalente
-
A/Michigan/45/2015 (H1N1)
-
A/Singapore/INFIMH-16-0019/2016 (H3N2)
-
B/Phuket/3073/2013 (Yamagata)
Vacina
quadrivalente
-
A/Michigan/45/2015 (H1N1)
-
A/Singapore/INFIMH-16-0019/2016 (H3N2)
-
B/Phuket/3073/2013 (Yamagata)
-
B/Brisbane/60/2008 (Victoria)
3. A VACINA
CONTRA GRIPE PODE MATAR!
NÃO! A GRIPE PODE MATAR! As vacinas contra gripe, bem como
todas as vacinas aprovadas no Brasil, passam por um amplo programa de
desenvolvimento clínico que incluí diversos estudos de segurança posteriormente
aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A vacina
contra gripe é segura!
4.
CRIANÇAS NÃO PODEM TOMAR A VACINA CONTRA
GRIPE.
A vacina contra gripe é indicada a partir dos
seis meses de idade. Como nenhuma vacina influenza pode ser administrada em
bebês menores de seis meses, a vacinação de seus contatos é uma forma de
protegê-los. A vacina não deve ser administrada apenas em bebês menores de seis
meses e pessoas com reação alérgica grave às proteínas do ovo. Em pessoas com
febre e infecção aguda, a vacinação deve ser postergada até a recuperação.
5.
A VACINA NÃO PROTEGE CONTRA GRIPE.
MITO! A efetividade da
vacina contra a gripe (ou sua capacidade de prevenir a doença e suas complicações)
pode variar, em média, entre 50 e 72%i entre as temporadas. Também
pode mudar dependendo da pessoa que recebe a vacina, de acordo com sua idade e
estado de saúde e conforme a semelhança ou “compatibilidade” entre os vírus
incluídos na vacina e aqueles disseminados na comunidade[1].
Apesar
destas variações, estudos demonstram que, caso indivíduos vacinados contraiam a
enfermidade, os sintomas são mais leves, além de diminuir o risco de
hospitalização, especialmente no caso de crianças, idosos e grávidas, entre os
quais ocorrem quadros mais graves e maiores índices de mortalidade[2].
Sanofi