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sexta-feira, 25 de maio de 2018

Na Semana Nacional de Combate ao Glaucoma, a Sociedade Brasileira de Glaucoma lança um manual inédito das diretrizes para tratamento e diagnóstico de glaucoma no país


Monumentos históricos também serão iluminados de verde neste movimento de alerta sobre o glaucoma
(Em São Paulo - Ponte Estaiada e Monumento às Bandeiras, no Rio
 de Janeiro - Cristo Redentor, em Salvador - Elevador Lacerda, Curitiba - Museu do Olho de Oscar Niemeyer,
Porto Alegre - Ponte do Rio Guaíba, Campo Grande – Obelisco entre outros)



A Sociedade Brasileira de Glaucoma vai lançar o manual com as diretrizes para orientar os oftalmologistas sobre o uso de recursos para diagnostico desta doença que afeta cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil. O manual poderá ser utilizado pelos médicos que vão padronizar os procedimentos para diagnósticos e tratamento da doença. Este material também servirá de parâmetro para as agências reguladoras de saúde e na liberação de tratamentos e procedimentos médicos no âmbito privado e público.

A presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma, Wilma Lelis Barboza, alerta para a importância de um padrão no atendimento aos pacientes com glaucoma em todo o território nacional: “Com este manual médicos, pacientes e sociedade ganham numa visão do que é a enfermidade e como ela deve ser corretamente tratada”.


Dados sobre a incidência de Glaucoma no país:

·         A estimativa é de que 3% da população brasileira acima de 40 anos tenha glaucoma. Uma doença silenciosa e assintomática. 

·         Pesquisa mostra que 50% dos pacientes que já têm glaucoma desconhecem que têm a doença.

·         Por ser assintomática, muitos pacientes demoram a ter o diagnostico ou negligenciam o tratamento (uso de colírios). A baixa adesão ao tratamento é uma das principais causas para a progressão da doença.

·         O glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível do mundo.

·         Dados do SUS mostram que, anualmente, são feitos 2,2 milhões de atendimentos de pacientes com glaucoma na Rede Pública.


Diagnóstico

    
.        O diagnóstico é feito por meio de exame oftalmológico. Para evitar consequências mais graves da doença, é necessário um diagnóstico precoce, que possibilita o tratamento na fase inicial, quando ainda não surgiram os danos à visão do paciente.

·       O glaucoma pode surgir em qualquer idade, pode ser congênito, mas o mais frequente é o glaucoma do adulto.

·       A partir dos 40-50 anos de idade, é importante que as pessoas estejam atentas e façam o exame oftalmológico periodicamente. A partir dos 60 anos, isso se torna imprescindível. 



Tratamento

·     * O tratamento inclui o uso de medicamentos (colírios), procedimentos a laser ou cirurgia.

·       No Brasil, o tratamento do glaucoma é fornecido pelo SUS há cerca de 10 anos.



 Fatores de risco

·         Histórico familiar - ter um parente de primeiro grau com glaucoma aumenta em até 10 vezes o risco de desenvolver a doença.

  • Pressão intraocular elevada (só medida em consulta medica) 
  • Idade avançada
  • Ter miopia, principalmente em grau elevado

     

Dia Internacional da Tireoide: saiba mais sobre hipertireoidismo, hipotireoidismo e câncer de tireoide


 Endocrinologista do Hospital Santa Paula fala sobre os principais sintomas e tratamentos


No dia 25 de maio é lembrado o Dia Internacional da Tireoide, uma glândula em formato de borboleta que fica na parte da frente do pescoço e é responsável por produzir hormônios que regulam o organismo e controlar o processo metabólico.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, aproximadamente 10% das mulheres acima de 40 anos e 20% das acima de 60 anos manifestam alguma complicação na glândula. Nos homens, é mais comum desenvolver hipotireoidismo a partir dos 65 anos, mas vale reforçar que pessoas de todas as idades estão sujeitas a desenvolver doenças ligadas à tireoide.

O mau funcionamento da glândula pode causar problemas em órgãos importantes como coração, cérebro, fígado e rins. Dentre as doenças da tiroide estão o hipertireoidismo, hipotireoidismo e o câncer de tireoide.

A endocrinologista do Hospital Santa Paula, Claudia Liboni, explica cada uma dessas doenças:


Hipertireoidismo: se desenvolve quando há uma produção excessiva dos hormônios da tireoide - T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). A causa mais comum é a chamada Doença de Graves, que faz com que o sistema imunológico produza anticorpos que estimulam a glândula. O excesso de iodo presente em alguns medicamentos também pode acarretar no hipertireoidismo. 

Os principais sintomas, no caso da Doença de Graves, são aumento dos batimentos cardíacos, suor excessivo, tremor de extremidades, perda de peso (mesmo, às vezes, com aumento de apetite), intestino solto, alterações menstruais, fraqueza, queda de cabelo, insônia e ansiedade. Estes podem ser sinais do excesso de hormônios da tireoide. Além disso, a doença pode afetar também globo ocular, levando ao aparecimento de olhos saltados, que doem quando movimentados, ficam vermelhos, lacrimejando e com desconforto quando expostos à luz.

O tratamento pode ser feito com medicamentos como o metimazol ou o propiltiouracil (PTU), para abaixar os níveis dos hormônios tiroidianos, iodo radioativo ingerido em líquido ou em cápsulas e captado pelas células tiroidianas, que serão destruídas, ou cirurgia para remover a glândula que produz excessivamente os hormônios.


Hipotireoidismo: se desenvolve quando há uma queda na produção dos hormônios da tireoide T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Muitas vezes, o hipotireoidismo é causado por uma inflamação conhecida como “Tireoidite de Hashimoto”, relacionada à falta ou ao excesso de iodo na dieta. A doença também ocorre após cirurgia de retirada da tireoide, após tratamento com iodo radioativo ou com radioterapia na região do pescoço.

De acordo com o Instituto da Tireoide, uma em cada 10 mulheres com mais de 65 anos apresenta sinais de hipotireoidismo. São eles: depressão, cansaço, diminuição dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, falhas de memória, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso (por retenção de líquidos) e aumento de colesterol no sangue.

O hipotireoidismo é tratado com reposição hormonal, feita por meio de medicação oral diária.


Câncer de tireoide: o histórico de radiação na região do pescoço e de casos deste tipo de câncer na família são fatores de risco para que se desenvolva o tumor. 

A grande maioria dos nódulos de tireoide é benigna, mas quando são muito grandes ou estão associados ao aumento dos gânglios linfáticos e/ou à rouquidão, aumenta-se a suspeita de um tumor maligno na tireoide. 

O tratamento deste tipo de câncer é cirúrgico, pela retirada total da glândula e, em alguns casos, com complementação terapêutica com o iodo radioativo.

“Para diagnosticar as alterações hormonais da tireoide, exames de sangue devem ser feitos a partir dos sintomas clínicos ou de rotina em pacientes de risco. Já nos casos de aumento do volume do pescoço ou aparecimento de nódulos, o exame mais indicado é um ultrassom de tireoide. Surgindo alguma alteração, um especialista deve ser procurado”, afirma a Dra. Claudia. 





Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, nº 2468 - Vila Olímpia - (11) 3040-8000

Referências:
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - https://www.endocrino.org.br/
American Thyroid Association - https://www.thyroid.org/https://www.thyroid.org/
Instituto da Tireoide - http://www.indatir.org.br/
Instituto Nacional de Câncer - http://www2.inca.gov.br/

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