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quarta-feira, 23 de maio de 2018

10 mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica


Grupo de Cirurgia Bariátrica de Valinhos esclarece as principais dúvidas sobre o procedimento


O Brasil é o segundo País que mais realiza cirurgias bariátricas no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2017, foram realizadas 109 mil cirurgias no País, um aumento de 8,5% em relação ao ano anterior, quando a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica registrou 100.512 procedimentos como este. Apesar da evolução das técnicas e do crescente número de cirurgias realizadas, ainda há muitas dúvidas sobre a redução do estômago. O Grupo de Cirurgia Bariátrica de Valinhos elencou 10 mitos e verdades sobre o assunto.

“O paciente chega no consultório cheios de dúvidas e é muito importante que ele tenha tudo esclarecido, afinal, esta é uma cirurgia que vai mudar a vida dele para sempre. Ela exige um preparo prévio para que ele se adapte à nova vida”, explica o cirurgião bariátrico Admar Concon Filho. “Estima-se que apenas 2% dos pacientes com indicação para a cirurgia bariátrica realmente façam o procedimento. 

Os motivos para isso são vários e vão desde o medo até a falta de acesso a um serviço médico”, comenta o cirurgião.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a obesidade atinge 18,9% da população brasileira e o excesso de peso faz parte da vida de 53,8% dos brasileiros. “A obesidade é uma doença, que precisa ser tratada porque ela causa muitas outras doenças, algumas fatais. Os riscos de a pessoa ser obesa são muito maiores que os de uma cirurgia bariátrica e tudo isso precisa ser levado em conta na hora de indicar este procedimento ao paciente”, destaca Concon Filho.

Confira alguns mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica:


1 – Qualquer pessoa pode fazer a cirurgia bariátrica

MITO – Para fazer a cirurgia bariátrica é necessário ter IMC (índice de Massa Corporal) acima de 40 kg/m² e ter tentado, por pelo menos dois anos, outros tipos de tratamentos para emagrecer, sem sucesso. Também é possível fazer com IMC entre 35 e 40 kg/m², desde que o paciente tenha doenças causadas pela obesidade, como diabetes tipo 2, apneia do sono, hipertensão arterial, 
dislipidemia, doença coronária, osteo-artrites, doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio, angina, insuficiência cardíaca congestiva, acidente vascular cerebral, hipertensão e fibrilação atrial, cardiomiopatia dilatada, cor pulmonale e síndrome de hipoventilação), asma grave não controlada, osteoartroses, hérnias discais, refluxo gastroesofágico com indicação cirúrgica, colecistopatia calculosa, pancreatites agudas de repetição, esteatose hepática, incontinência urinária de esforço na mulher, infertilidade masculina e feminina, disfunção erétil, síndrome dos ovários policísticos, veias varicosas e doença hemorroidária, hipertensão intracraniana idiopática, estigmatização social e depressão.


2 – Após a cirurgia, poderei comer de tudo que não vou engordar.

MITO – O paciente que é submetido a uma cirurgia bariátrica precisa tomar cuidado com a alimentação e evitar alimentos calóricos. Caso contrário, há risco de engordar novamente. Por isso, ele deve ter acompanhamento de nutricionista, adotar hábitos saudáveis de alimentação e fazer atividades físicas.


3 – O paciente que faz a cirurgia bariátrica pode ter queda de cabelo.

VERDADE – É muito comum que, por volta do terceiro mês, os pacientes comecem a ter queda de cabelo. Alguns com maior e outros com menor intensidade. Normlamente, isso ocorre até um ano após a cirurgia. A queda de cabelo está relacionada à perda rápida de peso. A equipe multidisciplinar, no entanto, também avalia se há falta de algum nutriente que possa estar agravando a situação.


4 – Quem faz bariátrica não pode engravidar.

MITO – Normalmente, a obesidade dificulta que uma mulher engravide. Com a perda de peso, suas chances de engravidar crescem muito. No entanto, é recomendado que ela engravide apenas após dois anos de cirurgia, quando a perda de peso já estará estabilizada.


5 – Não vou consegui comer alguns alimentos nunca mais.

MITO – Com a evolução das técnicas cirúrgicas, os pacientes podem comer tudo que comiam antes da cirurgia, mas em uma quantidade menor. Mas é importante destacar que a perda e a manutenção do peso estão ligadas à mudança de hábitos na alimentação.


6 – Essa cirurgia é mais arriscada que outras.

MITO – As técnicas de cirurgia bariátrica, assim como a anestesia utilizada, evoluíram muito nos últimos anos. Hoje, o risco de uma cirurgia bariátrica é o mesmo que de uma cesárea ou da retirada da vesícula. Mas o paciente precisa ter ciência que o seu comprometimento e sua disciplina são fundamentais para o sucesso da cirurgia.


7 – Vou precisar tomar vitamina a vida toda.

PARCIALMENTE VERDADE – O paciente que fez a cirurgia bariátrica precisa de acompanhamento médico por toda a vida e, sempre que houver falta de alguma vitamina, deverá suplementar com o auxílio do endocrinologista e do nutricionista.


8 – A cirurgia bariátrica melhora ou cura doenças graves.


VERDADE – A obesidade causa várias doenças que podem matar. Com a perda de peso, o paciente costuma ter uma melhora significativa de sua saúde, chegando até a ficar curado de algumas comorbidades. Muitos, por exemplo, deixam de tomar remédios para diabetes tipo 2 e pressão alta depois da cirurgia.


9 – É necessário fazer uma ampla avaliação médica antes da cirurgia.

VERDADE – O paciente candidato a uma cirurgia bariátrica precisa passar por avaliação de vários profissionais, além do cirurgião. Endocrinologista, cardiologista, nutricionista, psicólogo, fonoaudióloga, enfermeira, fisioterapeuta, ortopedista e pneumologista costumam formar a equipe multidisciplinar.


10 – É necessário fazer uma dieta restrita após a cirurgia.

VERDADE – Após o procedimento, o paciente é submetido a uma dieta líquida, depois a uma pastosa, depois a uma dieta branda e, por volta de um mês após a cirurgia, pode voltar a comer praticamente tudo. O tempo e as caraterísticas de cada dieta são definidos pela equipe que acompanha o paciente.






Admar Concon Filho - cirurgião bariátrico, cirurgião do aparelho digestivo e médico endoscopista. Ele é membro titular e especialista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, além de membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e membro da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders. Palestrante nacional e internacional sobre o tema.

Monitoramento de DPOC em casa traz menor custo no tratamento


 Paciente também tem melhor qualidade de vida 


A tecnologia já permite que os pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), sob tratamento com a ventilação não invasiva (VNI), sejam monitorados de casa (dados respiratorios de padrão de uso da máquina além de efetividade do tratamento com a pressão positiva), o que resulta em qualidade de vida e mais conforto, sem contar no custo menor. Levantamento da ResMed (NYSE: RMD, ASX: RMD), empresa de saúde líder com mais de quatro milhões de dispositivos conectados na nuvem para monitoramento remoto diário de pacientes, mostra que o valor gasto em uma semana de U.T.I. equivale a um ano de monitoramento remoto da VNI.

A DPOC é uma inflamação crônica das vias aéreas que causa limitação do fluxo de ar nos pulmões. No estudo PLATINO, realizado na América Latina, observou-se uma prevalência da doença em 15,8% nesses países. A causa geralmente se deve à inalação de partículas e gases tóxicos, que na maioria das vezes está relacionada ao tabagismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a DPOC será a terceira principal causa de morte em 2020. Só no Brasil, cerca de cinco milhões de pessoas têm o problema. 

Nos estágios mais graves, a doença apresenta sintomas como falta de ar, o que leva muitas pessoas a serem internadas com frequência. Diminuição da capacidade para atividade física, tosse e secreção são outros sintomas. Quando a doença se complica, surgem junto com a falta de ar a pneumonia, a perda de peso ou desnutrição grave, as arritmias, a insuficiência cardíaca e a osteoporose.

O tratamento se baseia em parar de fumar (se for o caso), usar medicações broncodilatadoras e anti-inflamatórias (corticoide e beta agonistas), reabilitação para realizar exercícios e, em alguns casos mais avançados, oxigenioterapia e ventilação mecânica não invasiva.

“Quando há apneia obstrutiva do sono associada, emergência em DPOC hipercápnico (que retém CO2) com insuficiência respiratória aguda, extubação desses pacientes com DPOC hipercápnico com IR Agudizada e associado ao exercício utilizamos a ventilação mecânica não invasiva”, explica a pneumologista Dra. Lia Bittencourt.

Através de dispositivo de pressão positiva variável nas vias respiratórias (VPAP) é possível tirar o paciente do ambiente hospitalar e fazer o monitoramento respiratório na residência dele. A especialista conta que já está comprovado que o uso desses dispositivos em paciente com DPOC agudizado diminui a taxa de reentubação, pneumonia, tempo de internação e taxa de mortalidade. “Já em longo prazo, com tratamento em domicílio, observamos a melhora na qualidade de vida, no humor, na dispneia, tolerância a exercício, diminuição dos gases arteriais, evolução positiva na prova de função pulmonar e menor sonolência diurna”, detalha Dra. Lia.

A ResMed ajuda mais de 5.2 milhões de pessoas no mundo inteiro a respirarem melhor por meio de uma série de produtos para sono e ventilação de uso hospitalar ou residencial com monitoramento remoto. 



Qual a relação da obesidade com diabetes tipo 2?


Nutricionista pontua alguns mitos e verdades a respeito da doença 


A obesidade é uma doença crônica que vem crescendo significativamente nos últimos tempos. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, uma em cada cinco pessoas está acima do peso e um dos agravantes da enfermidade é desenvolver hipertensão e/ou Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). A pesquisa apontou também que de um total de 53,2 mil pessoas entrevistadas em todas as capitais brasileiras, os pacientes com DM2 passou de 5,5%, em 2006, para 8,9%, em 2016. Os de hipertensão, no mesmo período, saíram de 22,5% para 25,7%.

De acordo com Marcela Tardioli consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados (ABIMAPI) a obesidade gera um processo inflamatório, que ativa reações, as quais podem inibir a ação da insulina. Porém, nem todo o obeso é portador de DM2, existem outros fatores que promovem essa enfermidade como a alimentação e o sedentarismo.

"A diabetes tipo 2 pode atingir diferentes idades e por isso, diversas recomendações muitas vezes não servem para todos os portadores. Quando se trata de alimentação, cada pessoa irá precisar de uma dieta específica e é fundamental o acompanhamento médico e nutricional", explica Marcela.

Para entender um pouco mais sobre o assunto, a nutricionista separou alguns tópicos com mitos e verdades sobre a alimentação dos portadores de DM2:


1. Alguns alimentos ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue auxiliando o tratamento do diabetes

VERDADE. Quando um alimento tem o índice glicêmico baixo, ele retarda a absorção da glicose pelo sangue e, portanto estabiliza a doença. Mas, quando o índice é alto, esta absorção é rápida e acelera o aumento das taxas de glicose no sangue. Alimentos integrais como pães, macarrão e biscoitos ajudam a amenizar os sintomas da doença. 

  1. Não pode comer carboidrato.
MITO. A diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda que o tratamento seja associado não só a uma alimentação saudável, como também equilibrada. Isso inclui todos os nutrientes, como os carboidratos, proteínas e lipídeos. Considerando a regulação do açúcar no sangue, é necessário evitar o consumo de açúcares simples e aumentar o teor de fibras na dieta. 


  1. Não existe uma recomendação para o consumo de carboidratos
MITO. Como a diabetes tipo 2 pode apresentar diversos estágios, é necessário que o paciente faça acompanhamento com um profissional especializado para entender exatamente o quanto de carboidrato precisa. Mas no geral, a recomendação se encontra entre 45 a 60% da quantidade de Kcal diárias, não podendo ser inferior a 130 g/dia. 


  1. É importante praticar atividade física.
VERDADE. Junto a uma alimentação equilibrada, a atividade física regular tem efeitos benéficos como melhora da capacidade cardiorrespiratória, da composição corporal (diminuição de massa gorda e aumento de massa magra), da massa óssea e da sensibilidade à insulina, além de promoção do bem-estar psicossocial.
"É fundamental criar uma rotina saudável que inclua alimentação equilibrada e prática de atividade física para melhora do tratamento. Sem necessidade de dietas extremistas, que podem trazer danos para a saúde", conclui Marcela. 



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