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quarta-feira, 23 de maio de 2018

Gerações millenium e Z sentem-se despreparadas para a indústria 4.0, diz pesquisa


 Empresas brasileiras com cultura de startup saem na frente na preferência da nova geração

Jovens desejam treinamentos como programas de formação, workshops de filosofia e valorização da diversidade atraem talentos


Pesquisa da Deloitte publicada na última terça-feira, 15, com mais de 10 mil pessoas em 36 países revelou que as gerações millenium e Z - nascidos de 1980 a 2010 - sentem-se despreparadas para as mudanças da Indústria 4.0 e querem que os negócios os ajudem a desenvolver as habilidades necessárias para o sucesso. Apenas 36% dos millennials, e 42% da geração Z, relataram que seus colaboradores os ajudavam a entender e se preparar para as mudanças associadas à essa nova revolução industrial.

Outro ponto importante abordado pelos jovens é a busca por orientação muito mais ampla do que o conhecimento técnico. Os jovens profissionais buscam especialmente ajudar na construção de habilidades mais flexíveis, como confiança, habilidades interpessoais e - particularmente para a Geração Z - aptidão ética/ integridade.

No Brasil, empresas com cultura de startup já têm essa percepção e inovaram na forma de atrair e reter os talentos dessa geração. A FCamara, consultoria que desenvolve soluções tecnológicas para plataformas e e-commerces, com mais de 400 consultores, desenvolve entre seus colaboradores, de forma contínua, workshops que visam criar uma rede de conhecimento compartilhada. Com temas que variam entre conhecimentos técnicos da área de tecnologia e aspectos filosóficos aplicados ao mundo dos negócios, os encontros promovem a troca de ideias e informações que são usadas no dia a dia do trabalho e que ajudam no repertório criativo desses profissionais

"Além dos workshops, que oferecemos para todos os colaboradores com foco principal em liderança, filosofia e gestão, nós temos um culture code que dá diretrizes modernas e liberais, inspiradas nas empresas do Vale do Silício, no qual incentivamos a auto responsabilização e execução de ideias para o desenvolvimento de inovações. Temos também um importante programa de formação no qual selecionamos e preparamos profissionais que se tornam referência na área no mercado. Temos o compromisso de ter esses profissionais em nossa empresa pelo mínimo de 2 anos, pois acreditamos que esse tempo é um investimento positivo para os dois lados - a empresa que conta com a excelência do trabalho do candidato treinado e o profissional que sabe que está inserido em um ambiente onde suas ideias serão ouvidas e que ele encontra boas oportunidades de crescimento e desenvolvimento", explica Fábio Camara, CEO da empresa.


Programa de Formação

Outro grande atrativo da empresa é o Programa de Formação. Por meio dele, novos talentos são selecionados para participar de um estágio remunerado de 3 meses, no qual são inseridos em projetos reais e solucionam desafios semelhantes ao que encontrariam na rotina de trabalho da empresa. Os trainess recebem treinamentos e orientações por meio de coaching filosófico ministrado por consultores da empresa e pelo próprio CEO. Os que finalizam o programa e se destacam são convidados a integrarem a equipe, sendo contratados efetivamente. Só no último semestre, mais de 1.000 jovens se inscreveram para o programa e cerca de 50 foram contratados.

"Queremos treinar esses jovens talentos para formar times de sucesso. Na FCamara valorizamos a diversidade e trabalhamos de forma horizontal, incentivando as pessoas a crescerem pessoalmente e profissionalmente", explica. A empresa também conta com uma Venture Builder, que é uma organização interna para construção de startups com seus próprios recursos, dando oportunidades para profissionais que tenham uma boa ideia de negócio e vontade de empreender fazê-lo em parceria com a empresa.





FCamara

 

Proibição dos fogos de artifício e os benefícios para os cães


O prefeito de São Paulo Bruno Covas sancionou hoje pela manhã o projeto de lei que proíbe fogos de artifício em todo o município

O barulho estrondoso dos fogos deixa os cães com medo, estressados e assustados, muitos se escondem, choram, latem, batem com as patas no chão e até mesmo urinam. Hoje pela manhã, o prefeito de São Paulo Bruno Covas sancionou o projeto de lei que proíbe a fabricação, comercialização, o manuseio e soltar fogos de artifício barulhentos em todo o município.

Para os cachorros essa decisão é excelente, já que de acordo com a médica veterinária e diretora clínica do Grupo Vet Popular, Caroline Mouco Moretti, como a audição dos cães é bem mais sensível que dos humanos, eles sentem medo excessivo desse tipo de barulho.

A médica veterinária reforça ainda que muitos cachorros têm medo exagerado de fogos e até passam mal. “Existem casos de pets que apresentam problemas neurológicos ou cardíacos agravados por contas dos fogos. O estresse e o medo podem causar vômitos, falta de ar, convulsões e arritmias cardíacas nesses casos”, conta a especialista.

A diretora clínica do Grupo Vet Popular relata ainda que muitos cães e gatos fogem com o barulho e acabam se machucando. Além daqueles que tiveram ataques de pânico e desmaios durante um show pirotécnico nas proximidades.



Especulações sobre o "novo" PIS e COFINS


O ano de 2017, para a Receita Federal, não poderia ter sido melhor. A arrecadação de tributos federais ultrapassou 1,3 trilhões de reais arrecadados com PIS, COFINS, IPI, IRPJ, entre outros - aumento nominal de 8%, em relação a 2016. Justificativas não faltam: crescimento da produção industrial, melhora da economia, maior massa salarial da população, maior valor de importações, arrecadações com regularização cambial (RERCT) e refinanciamento de dívidas tributárias (PERT) seriam os principais motivos.

Desconsiderando a arrecadação previdenciária (INSS), as contribuições de PIS e COFINS arrecadaram sozinhas mais de R$ 277 bilhões no ano passado, o que representa mais de 20% do total arrecadado. Estatísticas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) demonstraram um aumento real de 238% de COFINS e 124% de PIS entre 1995 e 2017. Neste mesmo período, o crescimento real do PIB no Brasil foi de 64%. Então colocaremos uma “lupa” nestas duas siglas, o PIS e COFINS, pois mudanças em relação a esses tributos estão por vir.

A esperada “Reforma Tributária” dificilmente sairá no curto prazo. Nova tentativa da Reforma da Previdência e eleições estão na frente. Mas a “minirreforma” do PIS e COFINS seria o assunto da vez? Essa promessa vem desde a entrada do Presidente Temer, com o pacote de “simplificação tributária”. Mas o que tem atrapalhado tudo isto de acontecer? Reforma trabalhista e questões políticas, nestes dois últimos anos, influenciaram um pouco, é verdade. Mas polêmicas envolvendo esses dois tributos também.

Em março de 2017, o STF, depois de quase 10 anos da entrada do recurso nesse órgão, julgou, em repercussão geral, que o ICMS não compõe a base de cálculo da incidência do PIS e do COFINS. A Receita Federal sofreu um grande “golpe” com essa decisão, de certa forma inesperada. E, depois disso, a publicação do acórdão só saiu em outubro do mesmo ano. A União apresentou embargos, pouco depois. Até o momento, nenhuma apreciação por parte do STF. Realmente, matérias tributárias parecem não ser foco do nosso Supremo, neste momento.

No início deste mês foi a vez do STJ decidir sobre a amplitude dos conceitos de insumos, derrubando o conceito restrito defendido pela Receita Federal. Esses parecem ser os principais motivos de atraso para a verdadeira “minirreforma” do PIS e do COFINS. Mudanças estas que devem impactar - e muito - contadores, tributaristas, empresários e também os consumidores em geral. O atual ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, tem afirmado que enviará o projeto de lei para o congresso entre maio e junho deste ano. O que estaria por vir?

Tive oportunidade de obter informações junto a fontes seguras que me afirmaram:
  1. As opções de regime tributário atuais (cumulativo, não cumulativo e monofásico) continuam;
  2. Segmentos que possuem a sistemática de apuração cumulativa, que apresentam alíquotas menores (3,65% somadas às duas contribuições), continuam;
  3. Os profissionais liberais também estarão contemplados no regime cumulativo;
  4. Setores com benefícios especiais serão mantidos (exemplo da Zona Franca de Manaus, agronegócio e medicamentos);
  5. Ampliação dos conceitos de crédito, no regime cumulativo, serão mais claros, reduzindo a insegurança jurídica das empresas;
  6. O ICMS e também o ISS não farão parte da base de cálculo desses tributos;
  7. Os créditos serão financeiros, de acordo com o recolhimento da cadeia anterior;
  8. Haverá aumento das alíquotas atuais;
  9. Reformas deverão ser “faseadas”. Primeiro o PIS, depois o COFINS.
Dos pontos acima, os seis primeiros devem ser comemorados. Empresas do setor de serviços estavam muito preocupadas. Esse segmento, por ter mão de obra intensiva, teria enorme prejuízo em atuar na sistemática do regime não-cumulativo (alíquotas maiores, que não gerariam créditos, nestes casos).

A intenção do Governo é a manutenção da arrecadação e, por isso, os três últimos itens citados acima podem ser preocupantes. Os créditos financeiros mudarão a forma de cálculo atual. A apuração deverá ser mais detalhada, pois a análise na tomada de créditos deverá ser nota fiscal por nota fiscal. O regime tributário do fornecedor poderá fazer diferença. Já o aumento de alíquotas, por conta da polêmica decisão do STF no passado, poderá trazer efeitos, mesmo que “sem querer”, para alguns segmentos.

Quais serão as novas alíquotas do PIS e COFINS? A expectativa continua! Saberemos disso antes da Copa...esperamos...





Marco Aurélio Pitta - gerente de contabilidade e tributos do Grupo Positivo, coordenador e professor dos programas de MBA da Universidade Positivo (UP) nas áreas Tributária, Contábil e de Controladoria.

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