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quarta-feira, 23 de maio de 2018

Dia Mundial da Esclerose Múltipla: saiba como manter a qualidade de vida


Doença atinge 2,3 milhões de pessoas no mundo todo, sendo 35 mil brasileiras


O Dia Mundial da Esclerose Múltipla (World MS Day) será lembrado em 30 de maio este ano. A data é uma iniciativa da Federação Internacional de Esclerose Múltipla (MSIF) para conscientizar a população sobre a doença. O tema da campanha deste ano é “#bringinguscloser” (nos aproximando, em português) e o objetivo é unir as pessoas acometidas pela esclerose e o público envolvido nos estudos para os avanços no tratamento da enfermidade, como médicos, cientistas, estudantes, enfermeiros, angariadores de fundos e voluntários.

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória, degenerativa e silenciosa que afeta o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) causando danos na fala, equilíbrio, visão, coordenação. Outra característica da esclerose é sua autoimunidade, ou seja, o sistema imunológico ataca o próprio corpo, neste caso, os neurônios.

O problema atinge 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 35 mil delas brasileiras. A doença pode acometer pessoas de todas as idades e sexos, mas, na maioria das vezes, os primeiros sintomas se manifestam em mulheres e em indivíduos de 18 a 45 anos.

A esclerose múltipla não é uma doença hereditária. As causas ainda são desconhecidas, mas estudos apontam relações com genes de suscetibilidade, problemas hormonais e infecções com o vírus Epstein-Baar, responsável pela mononucleose, mais conhecida como Doença do Beijo.

De acordo com a coordenadora do Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula, Renata Simm, os sintomas são variados, podem acontecer a qualquer momento e duram, em média, cerca de uma semana.

O diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e em exames, como a ressonância magnética do cérebro e o exame do líquido da medula espinhal. Eles são importantes para a confirmação da esclerose e também para afastar a suspeita de outras doenças. Entre os principais sintomas estão:

- Perda da visão, visão dupla ou embaçada.

- Alterações no controle da urina.

- Fraqueza em partes do corpo.

- Formigamento das pernas ou de um lado do corpo.

- Desequilíbrio.

- Falta de coordenação motora.

- Fadiga desproporcional à atividade realizada.

A esclerose múltipla ainda não tem cura, mas existem meios de diminuir a progressão da doença. Os tratamentos atuais buscam controlar a frequência dos surtos, reduzir a progressão da incapacidade física causada pela doença e evitar o surgimento de novas lesões no cérebro e/ou na medula espinhal.  Os corticosteroides são drogas utilizadas para tratamento dos surtos e os imunomoduladores, imunossupressores e imunobiológicos (anticorpos monoclonais) servem para tratar a doença.

A descoberta da esclerose múltipla pode afetar de forma significativa a autoestima do paciente.  Para enfrentar o problema, o ideal é buscar ter hábitos de vida mais saudáveis, auxílio médico e amparo emocional.  Renata explica que é possível manter uma vida ativa por meio de atividades físicas e experiências sociais agradáveis. “Com o tratamento adequado e com a adoção de um estilo de vida mais leve, as pessoas podem lidar melhor com a doença.”

Veja algumas recomendações da neurologista para os pacientes:

- Tenha acompanhamento médico regular e tome a medicação corretamente.

- Mantenha um estilo de vida saudável, com boa alimentação, repouso e prática de atividades físicas.

- Interrompa o tabagismo.

- Evite temperaturas extremas, pois elas podem piorar os sintomas preexistentes e até induzir novos surtos.

- Faça fisioterapia quando os movimentos forem comprometidos.

- Em surtos agudos, fique em repouso.






Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, nº 2468 - Vila Olímpia - (11) 3040-8000


Terapia com células-tronco é esperança para o Mal de Parkinson


 Estudo indica que a molécula aumenta o canal de comunicação entre neurônios


O mal de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que tem origem da morte de células nervosas responsáveis pela produção de dopamina, substância indispensável para o bom funcionamento do cérebro e que atua no controle dos movimentos, memória e da sensação de prazer. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), a condição afeta 4 milhões de pessoas no mundo todo e cerca de 200 mil só no Brasil.

Apesar do tratamento com medicamentos apresentar bons resultados, ainda não existe uma cura. Para isso, diversos estudos estão sendo realizados para amenizar os sintomas. Um deles, realizado por pesquisadores portugueses das universidades de Coimbra e do Minho, indica que uma molécula secretada por células-tronco do tipo mesenquimal aumenta o canal de comunicação entre neurônios. Os estudiosos usaram as substâncias secretadas por estas células-tronco e as aplicaram em neurônios. Após os testes, foi verificado que o crescimento dos axônios (fibra nervosa que permite transmitir sinais elétricos entre os neurônios) estimulados por estas substâncias era maior que o dos neurônios que não estimulados com tais substâncias. A experiência portuguesa torna-se mais enriquecida em virtude do isolamento de uma molécula que provavelmente é responsável por esta indução de crescimento axonal, denominado fator neurotrófico cerebral.          

Para Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, a pesquisa estimula a implantação de novos estudos. “Os protocolos de tratamentos com células-tronco estão cada vez mais frequentes, pois utilizam-se, atualmente, células adultas e livres de impurezas, o que garante maior eficiência. A célula-tronco do tipo mesenquimal pode ser encontrada no tecido de cordão umbilical, na polpa de dente e no sangue de cordão umbilical”, destaca.

Doenças tratadas com o sangue do cordão umbilical - Segundo a Fundação Parent's Guide to Cord Blood, o sangue do cordão umbilical vem apresentando importantes resultados clínicos para o tratamento de diversos tipos de patologias. “Dentre as principais estão a Leucemia, Talassemia e Linfomas. Além disso, muitas doenças encontram-se em estudo avançando, como Diabetes Tipo 1, doenças neurológicas e, até mesmo, a Aids”, finaliza Tatsui.





Criogênesis,
www.criogenesis.com.br


Oncologista do Hospital 9 de Julho explica quando suspeitar do câncer de endométrio no organismo


 Um dos cânceres mais comuns em mulheres após os 55 anos, a doença apresenta grandes chances de cura. Dra. Michelle Samora, oncologista do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, alerta para sintomas


Você sabia que, embora silencioso, o câncer de endométrio dá sinais que podem ser identificados? Ele ocorre em 95%* dos casos de cânceres de útero e, em geral, atinge mulheres acima de 55 – 60 anos. Sangramento vaginal, dor pélvica e na relação sexual são alguns dos sintomas. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados mais de 6 mil casos da doença para 2018 no Brasil.

O desenvolvimento do câncer de endométrio causa, em 90% das pacientes, sangramento vaginal. A Dra. Michelle alerta que o mais importante é que a paciente fique atenta aos sinais e entenda que nenhum sangramento deve ser ignorado. Entre os fatores de risco para o câncer de endométrio destacam-se: a menopausa tardia, a primeira menstruação precoce, nunca ter tido filhos, uso de reposição hormonal, obesidade, diabetes e síndrome do ovário policístico.

É importante prestar atenção aos sinais do corpo e procurar ajuda médica, em qualquer idade, em caso dos seguintes sintomas que listamos a seguir. Confira:
                  
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                            Sangramento vaginal: é o principal sintoma de câncer de endométrio. Na pós-menopausa pode ter outras causas, como atrofia (afilamento) do endométrio ou uso de reposição hormonal. Entre 50 e 59 anos, 9% das pacientes com sangramento vaginal são diagnosticadas com câncer de endométrio. Acima dos 80 anos, o sangramento vaginal é causado pelo câncer de endométrio em 60% das pacientes. Qualquer sangramento vaginal, em qualquer idade, deve ser um sinal de alerta e necessita de avaliação médica. Segundo a Dra. Michelle, a chance de se tratar de câncer de endométrio aumenta com o avançar da idade.

        
       
                            Dispareunia (Dor durante a relação): a doença também provoca incômodos durante as relações sexuais, o que causa desconforto físico e retração do desejo sexual. Este sintoma pode estar presente em fases avançadas da doença.

        
                            Dor pélvica: as cólicas também podem ser um sintoma. Este sintoma pode estar presente em fases avançadas da doença. Nenhuma dor deve ser ignorada.

        

A Dra. Michelle enfatiza que é uma doença com até 80% de chance de cura, dependendo do caso. As opções de tratamento do câncer de endométrio dependem do tipo e estágio da doença. A maioria das mulheres é diagnosticada em fases iniciais, com 85% das pacientes diagnosticadas em estágio I ou II. O tratamento nesta fase da doença, geralmente envolve a retirada cirúrgica do útero, ovário e  tuba uterina.

Hoje já sabemos que a cirurgia minimamente invasiva, por videolaparoscopia ou robótica, é segura e com excelentes resultados oncológicos. “O mais importante é que a paciente fique atenta aos sinais, entenda que nenhum sangramento deve ser ignorado e que o acompanhamento ao ginecologista, mesmo depois da menopausa, deve ser regular”, finaliza a especialista. 







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