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terça-feira, 15 de maio de 2018

Técnicas de respiração, yoga e mindfulness podem ser aliadas para pacientes com doenças pulmonares graves


Técnicas de respiração profunda podem ajudar os pacientes a lidar com doenças pulmonares

As doenças crônicas são aquelas que se manifestam de forma gradual, com duração longa e indefinida na vida do paciente. Embora essas doenças não tenham cura, muitas vezes elas demandam acompanhamento médico e tratamento contínuo, que pode incluir uso de medicamentos e mudanças no estilo de vidai. Além disso, os indivíduos acometidos podem se beneficiar ao mudarem sua rotina, acrescentando atividades que os ajudem a lidar com os sintomas da doença e melhorar a qualidade de vida. Um exemplo de atividade que propicia esses benefícios é a meditação, atividade que auxilia pacientes com doenças crônicas e graves, dentre elas aquelas que afetam o sistema respiratório. É o caso da Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), doença que provoca perda progressiva da capacidade pulmonar e dificuldade em realizar tarefas diárias, causando importante impacto na qualidade de vida dos pacientes.

A Fibrose Pulmonar Idiopática apresenta sobrevida pior do que muitos tipos de cânceres, atingindo cerca de 14 a 43 pessoas a cada 100 milii. Grave e de causa desconhecida, a FPI é caracterizada pela formação de cicatrizes, processo chamado de fibrose, nos pulmões. Os principais sintomas da doença são falta de ar e tosse seca. Para reduzir a velocidade de progressão da FPI, o paciente deve fazer tratamento medicamentoso específico, mas outras medidas podem contribuir para melhora na qualidade de vida, como a fisioterapia, suplementação de oxigênio e manutenção de uma vida ativa. A atividade física pode ajudar esses pacientes a manterem sua autonomia e melhorarem o condicionamento físico. Contudo, é imprescindível a orientação médica em todos os casos.

As técnicas de respiração podem trazer vários benefícios. Os exercícios de respiração diários, por exemplo, têm efeitos significativos na mente, podendo auxiliar no tratamento de ansiedade, depressão e insônia, além de ajudar as pessoas a lidar melhor com o estresse e vícios. Já no aspecto fisiológico, a meditação é benéfica, principalmente, para os sistemas neurológico e imunológico.

 Entre os diversos tipos de meditação, há o mindfulness, também chamado de meditação de atenção total, que consiste em práticas de relaxamento e respiração, que trazem o foco apenas no presente e no seu próprio corpo. O mindfulness apresenta efeitos significativos sobre as condições de pacientes que vivem com dores crônicasiii, por exemplo. Ao se reunirem para praticar o mindfulness, os pacientes com doenças pulmonares intersticiais, como a FPI, podem apresentar melhora significativa no humoriv. A prática regular da meditação pode ajudá-los a melhorar a relação com a doença e seus sintomas, permitindo aceitação melhor da condição. Além disso, a técnica promove o relaxamento dos músculos dos pulmõesv, facilitando uma respiração mais calma e profunda.

A Sudarshan Krya é uma técnica de respiração recomendada para os pacientes com doenças crônicas. A Dra. Nisha Manikantan, médica responsável pela ala de oncologia do hospital Sri Sri Ayurveda de Bangalore, na Índia, aponta que essa técnica consiste em um profundo processo de respiração que acalma e harmoniza o corpo, a mente e as emoções. Essa ferramenta poderosa elimina o estresse, a fadiga e as emoções negativas. A instrutora recomenda a prática da Sudarshan Krya e uma outra técnica específica de respiração, chamada de Respiração Yóguica Completa. "As duas ajudam o paciente a aproveitar ao máximo sua capacidade pulmonar, controlando a respiração e aumentando a oxigenação do sangue. Além disso, as práticas não exigem esforço, sendo ideais para os pacientes com Fibrose Pulmonar Idiopática. Com a prática da meditação, eles podem aprender a conviver bem com a doença", ressalta Dra. Nisha. Os exercícios respiratórios podem auxiliar a fortalecer e relaxar os músculos do pulmão e aliviar o estresse e a tensão dos pacientes.

A condição atinge principalmente pessoas com idade igual ou superior a 50 anosvi e, por isso, os sintomas são facilmente atribuídos ao envelhecimento e outras doenças cardíacas e respiratórias frequentemente associadas ao envelhecimento, como pneumonia e hipertensão. Todos esses aspectos tornam o diagnóstico muito complexo, podendo levar cerca de 2 anos após os primeiros sintomasvii. Dr. Adalberto Rubin, pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre (RS), explica que "à medida que a doença evolui, a capacidade pulmonar do paciente diminui e ele pode passar a sentir dores durante a respiração".

O tratamento da FPI com medicamentos específicos é extremamente importante para manter o controle da doença. Desde 2016, existem medicamentos que podem tratar a Fibrose Pulmonar Idiopática, uma doença grave e sem cura. "Um exemplo é o nintedanibe, que retarda a progressão da doença em 50%", explica o Dr. Rubin. "Além do tratamento medicamentoso, é importante que o paciente faça mudanças na rotina para ter uma vida mais saudável". Algumas medidas para auxiliar esse processo são treinar técnicas de respiração, ter uma boa alimentação, meditar regularmente e fazer alguma atividade física de baixo impacto, como ioga, visando melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças pulmonares graves como a Fibrose Pulmonar idiopática. É comum que o paciente fique desanimado logo após o diagnóstico e, nesse sentido, a prática da meditação pode ter um impacto positivo na autoestima do paciente e colaborar para um bom tratamento.

Adriana Ambrósio, instrutora da Organização Internacional Arte de Viver, ensina o passo a passo da Respiração Yóguica, técnica recomendada para esses pacientes:
  • Inspire enchendo a parte baixa dos pulmões, aumentando o abdômen;
  • Infle o peito, enchendo a parte média dos pulmões;
  • Complete a respiração enchendo completamente os pulmões de ar;
  • Para expirar, empurre o umbigo para dentro suavemente e relaxe o peito;
  • A respiração deve ser longa, rítmica e suave;
·         Repita o exercício de 5 a 10 vezes.




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Oito motivos para aderir ao método hipopressivo no pós-parto


 


Conheça os benefícios da técnica de fisioterapia e fitness que ajuda as mamães a ficarem mais saudáveis e em forma depois da gestação


A gravidez é uma fase de grandes mudanças no corpo da mulher, ocorrem alterações hormonais, na postura e, na anatomia, o que mais muda é o abdômen.
Devido a essas transformações corporais, o desejo da maioria das mulheres após o parto é voltar o quanto antes a forma original e ser capaz de se reconhecer diante do espelho.

Para ficar em forma e regularizar outros aspectos fundamentais para a recuperação adequada e completa depois da gestação, as mulheres podem contar com um ótimo aliado, o método hipopressivo.  Um programa que recupera o tônus abdominal e do assoalho pélvico.

A origem do método hipopressivo, criado nos anos 80 pelo fisioterapeuta belga, Marcel Caufriez, foi a recuperação uroginecológica das mulheres após o parto, devido ao fato das técnicas hipopressivas cumprirem todos os objetivos fisioterapêuticos do tratamento global das mulheres após dar à luz. Portanto, o método é um sistema de reabilitação fisioterapêutico que se estendeu posteriormente para o fitness. As técnicas hipopressivas na terapia fisioterapêutica englobam a Ginástica Abdominal Hipopresiva, a Aspiração Diafragmática e Técnicas de Transferência Tensional.

A Ginástica Abdominal Hipopressiva (GAH), tem como objetivo recuperar a postura da mulher, tonificar sua musculatura abdominal e do assoalho pélvico, bem como, proporcionar uma prevenção adequada de possíveis hérnias vaginais (prolapsos) e incontinência urinária.

Já a Aspiração Diafragmática, provoca a elevação das vísceras pélvicas e um aumento rápido e significativo do fluxo venoso e linfático, que tem um efeito muito positivo sobre os sintomas de desconforto perineal que podem ser causados por ptose pélvica, ou dispareunias profundas geradas pela congestão pélvica após o parto.

E, finalmente, as Técnicas de Transferência Tensional permitirão um relaxamento mais específico das estruturas musculares e aponeuróticas hipertensas, após o processo de gravidez e parto, tais como diafragma torácico e músculos da cadeia posterior.

A fisioterapeuta espanhola Laura Núñez Luna, profesora titular do conceito terapêutico Caufriezesclarece quais são os benefícios das técnicas hipopressivas no período pós-parto:


- Normalizam a postura

Com a gravidez, uma modificação postural progressiva é produzida no corpo da mulher para compensar o aumento de volume abdominal. Essa mudança na posição do centro de gravidade, se mantém na maioria das mães após o nascimento, causando alterações na estática visceral, no tônus da musculatura abdomino-pélvica e o aparecimento de dor lombar ou pélvica. Pesquisa realizada pelo Dr. Marcel Caufriez, constatou que a implementação de um programa de treinamento hipopressivo por 10 semanas com apenas 1 hora por semana, apresenta melhorias posturais significativas como: alongamento vertebral, aumento da flexibilidade da coluna vertebral, bem como um aumento da força dos músculos paravertebrais superficiais.


- Tonificam a faixa abdominal 

A musculatura da cintura abdominal sofre uma forte distensão durante a gravidez devido ao crescimento do útero e do bebê. Através dos hipopressivos vamos restaurar o tônus abdominal e, esse aumento do tônus está diretamente relacionado com a redução do perímetro da cintura. Além disso, a reprogramação tônica dos músculos abdominais que conseguimos com a prática dos exercícios hipopressivos, nos ajuda a resolver a diástase funcional do reto do abdômen.


- Tonificar o assoalho pélvico 

O aumento significativo na pressão e as alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez acarretam em hipotonia de base e / ou carga do assoalho pélvico. A aplicação de um programa de ginástica hipopressiva a longo prazo (seis meses em média) leva a uma tonificação significativa do períneo, aumentando em média 58% do tônus.


- Melhora a vascularização

A maior retenção de líquidos nos tecidos, o aumento do volume sanguíneo e da pressão que exerce o útero sobre os vasos sanguíneos, são os responsáveis pelas doenças mais comuns da gestante: o surgimento de varizes, hemorroidas e edemas nos membros inferiores e na pélvis. Com a prática de técnicas hipopressivas, especialmente a aspiração diafragmática, vai haver uma diminuição da pressão dentro do espaço abdominal manométrico, gerando um aumento rápido no fluxo sanguíneo e o retorno venoso da pélvis e membros inferiores. Assim, melhoramos os sintomas de origem vascular em mulheres após o parto, reduzindo a sensação de desconforto, peso e fadiga.


- Melhorar a gestão da pressão abdominal ao esforço.

Dependendo das características individuais de cada pessoa, tais como o tônus postural do diafragma torácico, o tônus dos músculos abdominais, e até mesmo a resistência das vias aéreas superiores durante a inspiração ou expiração, será maior ou menor a variação de pressão abdominal ao esforço. Os hipopressivos tonificam os músculos abdominais e normalizam as tensões dos músculos respiratórios, como o diafragma torácico, com isso, a longo prazo a mulher fará um melhor controle da pressão abdominal em suas atividades diárias, como por exemplo, ao carregar seu bebê , ao levantar o carrinho, etc., sendo este fato um fator preventivo de hérnias anatômicas, especialmente de hérnias vaginais muito frequentes após o parto.


- Prevenir a incontinência urinária de esforço (I.U.E.)

Todas as lesões musculares, nervosas e conjuntivas que ocorrem após o parto no nível perineal são responsáveis pelo aparecimento de problemas funcionais e orgânicos como incontinência urinária de esforço.

Estudos mostram que 23% das pacientes apresentam sintomas de IUE após o parto.

Na maioria das mulheres esses sintomas tendem a aparecer mais a longo prazo devido a soma das lesões obstétricas com outros fatores de risco como: ganho de peso, envelhecimento, outra gravidez, etc.

Com a prática hipopressiva, podemos ativar os músculos tônicos abdominais e pélvicos e inibir o diafragma torácico, evitando fatores de risco relacionados à incontinência urinária de esforço.


 - Ajuda a mulher a redescobrir seu corpo, sentindo-se melhor consigo mesma

Aumenta a autoconfiança por vários motivos: porque o fato de praticar uma atividade física após o parto ajuda a reduzir o estresse, a ansiedade e outras alterações emocionais. Porque o aumento do tônus da musculatura abdominal e a diminuição da circunferência da cintura que alcançamos com um programa hipopressivo, apresenta mudanças físicas positivas nas mulheres, o que contribui para que se reencontrem com seu corpo pós-gravidez. E por último, porque as melhorias posturais determinam em grande parte a nossa aparência; tornando-a mais magra e mais alta.


- Melhorar a vida sexual após o parto

Perda do desejo sexual, dor durante os relacionamentos, diminuição do prazer e a dificuldade em atingir o orgasmo, são algumas das queixas mais frequentes no período após o parto. Inúmeras causas justificam estes sintomas: fadiga, baixa autoestima da mãe devido a alterações físicas experimentadas por seu corpo, alterações hormonais, possíveis cicatrizes do canal de nascimento, secura vaginal, abertura vaginal vulvar após o parto, etc. O método hipopressivo, diminui as queixas sexuais, pois aumenta o tônus dos músculos perineais, ajuda a restaurar o fechamento vaginal, melhora a vascularização da pelve e ajuda a mãe a ficar melhor com seu corpo e consigo mesma.

Apesar de todas as razões para incluir as técnicas hipopressivas no tratamento terapêutico ou no programa de fitness após o parto, Claudia Dutkiewcz, lembra que é importante ter sempre em mente que os exercícios são complexos e exigem o controle por um profissional treinado no método hipopressivo Marcel Caufriez, pois o sucesso das técnicas está ligado à correta execução das posturas.

Pensando em capacitar cada vez mais profissionais no método, a fisioterapeuta formada em Master Expert Hipopressiva, Cláudia Dutkiewcz, representante oficial de Marcel Caufriez no Brasil, já tem programado para agosto a vinda do Caufriez para o Brasil para ministrar cursos.







Marcel Caufriez - fisioterapeuta belga reconhecido mundialmente por ser um dos fundadores da Reeducação Uroginecológica na Bélgica e no Canadá. Doutor em Ciências da Motricidade e Readaptação pela Universidade Livre de Bruxelas. Criou o Conceito Terapêutico Marcel Caufriez que representa um modelo de abordagem terapêutica das disfunções somáticas, neurovegetativas e emocionais, em particular nas mulheres. Conceito que engloba diversos métodos de sua autoria como: Neuromiostática Visceral, Fisiosexologia, Periparto e Método Hipopressivo. Condecorado com vários prêmios por seu trabalho de pesquisa e ensino, Marcel está envolvido com a Fisioterapia Uroginecológica e a educação para profissionais de saúde e esportes há mais de 45 anos.www.caufriezconcept.com

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