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terça-feira, 15 de maio de 2018

Urologia: quando a especialidade médica deve ser procurada?


Além de doenças relacionadas ao sistema reprodutor masculino, o médico urologista cuida do trato urinário

Ao contrário do que se parece, o urologista não trata apenas de doenças relacionadas ao sistema reprodutor masculino e sim de todos os problemas relacionados ao trato urinário masculino e feminino. Isso inclui rins, ureter, bexiga e uretra. Esse especialista também deve ser procurado na presença de alguma queixa relacionada, como por exemplo: cólica renal, sangramento na urina, alterações na região genital masculina, perda urinária, dificuldade para urinar e infecção urinária recorrente. 

O Dr. Daniel Makoto Tsuchie, urologista do Hospital Dom Alvarenga, conta que entre as doenças urológicas que afetam as mulheres estão infecções urinárias, bexiga hiperativa, incontinência urinária e cálculos. “Além disso, as mulheres podem ser afetadas por diversas patologias congênitas e tumores, como o câncer de rim e bexiga”.

O especialista reforça que várias patologias urológicas são crônicas e necessitam de acompanhamento periódico, como cálculos renais, bexiga hiperativa, incontinência urinária e tumores, por exemplo.

Além de tratar as doenças renais e vesicais que afetam tanto homens quanto mulheres, o urologista é extremamente importante para o cuidado da saúde masculina. O Dr. Daniel reforça que os homens devem ir anualmente ao urologista e que o check-up deve fazer parte do cotidiano masculino.
Durante o acompanhamento clínico, o médico solicita e analisa exames de rotina, como os de sangue, próstata (realizado em homens a partir dos 50 anos que não tenham histórico familiar de câncer de próstata e 45 anos para os que têm) e testes de níveis hormonais, como a testosterona - hormônio sexual masculino. Assim, o urologista cuida de forma completa da saúde masculina, de maneira preventiva.


Fadiga Adrenal – Será Que Isto Existe Mesmo?


Baixa energia e cansaço estão entre os motivos mais comuns pelos quais os pacientes buscam ajuda de um médico. Apesar de serem sintomas tão comuns, muitas vezes é difícil apresentar um diagnóstico, e a bola da vez é cravar que o problema tem nome – fadiga adrenal. É notório que muitos problemas de saúde podem causar fadiga. Desta forma, os médicos se envolvem em um trabalho de detetive, obtendo o histórico médico do paciente, realizando exames físicos e de sangue, e se debruçando sobre os sintomas do paciente. Os resultados geralmente não fornecem explicações convincentes. Pode ser frustrante para os clínicos e os pacientes quando um diagnóstico claro permanece evasivo. Uma teoria atraente, chamada de fadiga adrenal, relaciona a exposição do estresse à exaustão adrenal como uma possível causa dessa falta de energia.


Mas a fadiga adrenal é uma doença real?

As glândulas supra-renais são duas glândulas pequenas que se colocam sobre os rins e produzem vários hormônios, dentre eles, o cortisol. Quando estamossob estresse, produzimos e liberamos rajadas curtas de cortisol na corrente sanguínea. A teoria da fadiga adrenal sugere que a exposição prolongada ao estresse pode drenar as supra-renais, levando a um baixo estado de cortisol. A depleção adrenal causaria confusão mental, baixa energia, humor depressivo, ânsias por comidas de sal e/ou doces, tonturas e outros sintomas vagos.


Numerosos sites fazem referência a como diagnosticar e tratar a fadiga adrenal. No entanto, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e todas as outras especialidades médicas não reconhecem essa condição. Não existe nenhuma prova científica para suportar a fadiga adrenal como uma condição médica verdadeira. Essa interrupção entre o medicamento convencional e complementar aumenta a frustração para quem acredita ter esta condição.


Uma revisão recente de 58 estudos concluiu que não há base científica para associar a insuficiência adrenal como causa da fadiga. Os autores relatam que os estudos apresentaram algumas limitações. A pesquisa incluiu muitos marcadores e questionários biológicos diferentes para detectar a fadiga adrenal. Por exemplo, o cortisol salivar é um dos testes mais comuns usados para fazer um diagnóstico. O nível de cortisol, quando verificado quatro vezes em um período de 24 horas, não foi diferente entre pacientes cansados e saudáveis em 61,5% dos estudos. A revisão levanta questões sobre o que deve ser testado (sangue, urina e/ou saliva), o melhor momento, com que frequência, quais intervalos são considerados normais, e quão confiáveis são os testes, para citar alguns. Em resumo, não há critérios formais para definir e diagnosticar a fadiga adrenal.


Mas e se eu tiver sintomas de fadiga adrenal?

Se você tem cansaço, confusão mental, falta de motivação, entre outros sintomas, você deve primeiro realizar uma avaliação completa com um médico. A anemia, a apnéia do sono, doenças autoimunes, infecções, outras doenças hormonais, doenças mentais, problemas cardíacos e pulmonares e doenças renais e hepáticas são apenas algumas das muitas condições médicas que podem causar sintomas semelhantes. Se o tratamento de seu profissional médico for normal e você acredita que você pode ter fadiga adrenal, eu recomendaria que você considere uma questão fundamental: por que suas dores suprarrenais serão drenadas? Veja melhor os tipos de estresse aos quais você está sujeito que podem afetar você. Para muitos, o ritmo agitado da vida moderna é culpado.


A falta de uma explicação biológica pode ser decepcionante. Para piorar as coisas, não é incomum que os médicos digam “não há nada de errado com você” ou “isso está tudo na sua cabeça”. A quantidade quase infinita de informações na Internet que recomenda diversos tipos de tratamento causa ainda mais estresse. As condições de saúde mental, como depressão ou ansiedade, podem ter sintomas semelhantes à fadiga adrenal e podem não responder bem aos antidepressivos e ao aconselhamento. E alguns pacientes não acreditam que uma preocupação de saúde mental seja a principal causa de seus sintomas e muitos recusam medicamentos devido a preocupações com seus efeitos colaterais.


Então, o que devo fazer para melhorar este quadro clínico?

Navegar neste oceano de incerteza não é uma tarefa fácil. Os sintomas associados à fadiga adrenal provavelmente têm múltiplas causas. Visitas frequentes de acompanhamento e uma forte parceria paciente-clínico são elementos críticos para o sucesso. Os clínicos alternativos e complementares muitas vezes têm melhores resultados, porque os compromissos tendem a durar mais e vêem os pacientes através de uma lente mais holística. Uma importante palavra de cautela: alguns profissionais médicos prescrevem análogos de cortisol para tratar fadiga adrenal. A substituição do cortisol pode ser perigosa mesmo em pequenas doses. Consequências não intencionais podem incluir osteoporose, diabetes, ganho de peso e doenças cardíacas.

Independentemente do que ou como chamamos, existem milhões de pessoas que sofrem de sintomas semelhantes, e um plano personalizado que envolve aconselhamento, medicamentos, suplementos, mudanças de estilo de vida, entre outros, poderia funcionar para muitos. A melhoria após esses programas é lenta e a evidência é fraca, mas espero que avanços em dados importantes, genômica e sua relação com o meio ambiente e o microbioma possam iluminar a melhor forma de ajudar as pessoas que sofrem com essas doenças.

A teoria da fadiga adrenal pode caber como uma luva para explicar seus sintomas, que são muito reais. Mas antes de comprar protocolos caros pela Internet para tratar algo que nem sequer temos certeza ser real, mergulhe profundamente e reexamine seu estilo de vida. O caminho para se sentir melhor pode estar mais perto do que você pensa.




Paula Fernandes Castilho - Nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo. Especialista em Nutrição Clínica pelo GANEP Capacitada em Fitoterapia em Nutricosméticos. Diretora da Sabor Integral Consultoria em Nutrição
 
http://www.saborintegral.com

Tratamento de Burnout deve ser multidisciplinar e requer ressignificar as atividades de lazer


Síndrome do Esgotamento Profissional já atinge 30% dos trabalhadores brasileiros

Uma exaustão física e emocional constante e sensação de incapacidade, essas são duas das principais características presentes em quem já sofre de Burnout, também conhecido como Síndrome do Esgotamento Profissional.

A população ocupada brasileira (número de trabalhadores formais e informais) soma mais de 91 milhões. De acordo com a International Stress Management Association do Brasil, 30% desses brasileiros sofrem de Burnout, sendo que 47% deste total já se encontra em um quadro de depressão.

Tatiane Paula Souza, psicóloga especialista em terapia cognitivo-comportamental, faz um alerta sobre a doença, que cada vez mais afeta profissionais que estão sob níveis de exigência maiores do que o tolerável.

Além das consequências sentidas no trabalho, a síndrome pode se desdobrar em outras doenças. “Há o comprometimento da qualidade da produtividade e, ao mesmo tempo, gera angústias e outros sintomas que comprometem não só a área profissional, mas outras áreas da vida”, afirma a psicóloga.

De acordo com a especialista, o sujeito busca constantemente sua realização profissional e a busca do sucesso, com aumentos de constantes e progressivos pensamentos compulsivos de autoexigência. Estas circunstâncias podem acarretar em sérios problemas físicos e psíquicos.

As causas são diversas. A pressão somada a uma autocobrança muito grande, ou condições inadequadas de trabalho são alguns dos fatores que podem desencadear a síndrome. “É bastante comum esses pacientes apresentarem queixas de acúmulo de trabalho, muitas vezes por não haver substitutos para cargos que foram desocupados. Além dos gestores que acabam hostilizando seus colaboradores”, complementa Tatiane.

Abaixo, alguns dos principais sintomas de quem já está com a Síndrome de Burnout:
  • Excesso de exigência da própria capacidade;
  • Aumento do tempo no ambiente de trabalho, sem que seja exigido;
  • As atividades do trabalho perdem o significado e realizá-las fica cada vez mais custoso;
  • Isolamento social. Há pouco contato com as pessoas, ou até mesmo contato nenhum.
  • Foco apenas nas atividades e assuntos relacionados ao trabalho, desempenhando cada vez menos atividades que proporcionam prazer.
  • Alterações no humor, sono e alimentação;
  • Não consegue diminuir o ritmo do trabalho, apesar de receber esse conselho dos demais e ter ciência de que está em um nível acima do saudável

Caso se identifique com os sintomas, é preciso passar por uma avaliação com um especialista em saúde mental. Tanto o psicólogo como o psiquiatra poderão fazer os encaminhamentos adequados para o tratamento. “Ambos determinam as reais necessidades, que podem variar caso a caso. A partir de um psicodiagnóstico que será recomendado um tratamento, podendo incluir um afastamento do trabalho para tratamento”.

Uma vez que haja a necessidade de afastamento a pessoa tem respaldo para cumprir o tempo estipulado, conforme o direcionamento do especialista. “Uma vez que a pessoa está em tratamento, não é recomendado agir precipitadamente quanto pedir demissão. Nunca deve-se agir por conta própria, pois demitir-se sem essa recomendação pode causar sérios problemas na vida profissional e pessoal do indivíduo”, finaliza.

Aliadas à psicoterapia, algumas atividades também podem contribuir para o tratamento do Burnout:
  • Redescobrir atividades prazerosas de lazer;
  • Desenvolver hábitos saudáveis, seja na alimentação ou atividades físicas;
  • Reforçar vínculos sociais, como amizades que estavam distantes;
  • Disponibilizar um  tempo para passar com a família;
  • Gerenciar melhor o tempo, equilibrando entre as atividades do trabalho com as demais áreas da vida;
  • Atividades de relaxamento e introspecção, como meditação, mindfulness e yoga;
  • Atividades mais extrovertidas, como dança;
·         Planejar uma viagem para se desligar do trabalho.




Tatiane Paula Souza - Psicóloga com formação na abordagem Cognitiva-Comportamental pela Unifesp e especialista em Psicopatologia e Dependência Química pelo Instituto de Pesquisa de São Paulo, Tatiane Paula Souza possui ampla experiência clínica em avaliação, encaminhamento, acompanhamento em internação domiciliar e instituições privadas. Atuou em Hospital Psiquiátrico como Psicóloga Clínica a pacientes em regime de internação continuada e, atualmente, atende como Psicóloga Clínico Cognitivo-Comportamental, em consultório particular, com ênfase em: Transtornos, Saúde Mental, Dependências e Compulsões. Além disso, Tatiane Paula Souza desenvolve programas para empresas, corporações, palestras, workshop, treinamento e desenvolvimento, na área da dependência química, voltado para prevenção e tratamento.

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