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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Certificações ISO: a garantia de uma gestão eficaz


Desde a época em que o meio de produção era puramente artesanal, as pessoas procuram diferenciar os produtos bons dos ruins. Com a chegada da primeira revolução industrial, as empresas passaram a buscar maneiras de padronizar a qualidade dos produtos, e serviços, que entregam ao mercado. Já após a segunda guerra mundial, a demanda por bens de consumo cresceu no mundo todo, fazendo com que a indústria aumentasse sua produtividade, criando rotinas de produção para entregar produtos com qualidade, escala e padronização.

Na época, a indústria estava arrasada pelos esforços de guerra e era difícil garantir qualidade no que era produzido em meio à alta demanda. Foi então, que em 1946, se utilizando da própria base de normas militares e com o objetivo de facilitar a coordenação internacional e unificação dos padrões industriais, surgiu a ISO International Organization for Standardization, ou em português Organização Internacional de Normalização. Sediada em Genebra, na Suíça, a ISO contava, inicialmente, com representantes de 25 países.

O escopo de atuação da ISO abraça todos os tipos de organizações, uma vez que a entidade tem normas estabelecidas em todos os campos de conhecimento. No entanto, existem seis normas que, por sua abrangência e importância, podem ser implementadas em todos os tamanhos de empresas, inclusive pequenas e médias. A ISO 9001 é uma certificação de padronização da qualidade, que garante uma gestão eficiente em todos os âmbitos da companhia; A ISO 14001 é voltada ao cumprimento das legislações ambientais, visando minimizar impactos; A ISO 45001 é dedicada exclusivamente à saúde e segurança ocupacional dos funcionários; A ISO 19600, que atua na gestão de compliance; A ISO 31000, que aborda gestão de risco; E por fim a ISO 37001, antisuborno.

Essas certificações podem ser aplicadas de forma separada ou conjunta, dando garantias ao mercado de que as organizações que as possuem, tem boas práticas e altos padrões de qualidade dos produtos e/ou serviços, além de processos muito bem estruturados. Juntas, elas atuam de maneira inteligente nas cinco áreas mais sensíveis de qualquer empresa: qualidade em produtos ou serviços, sustentabilidade ambiental, saúde e segurança de pessoas, gestão de risco e compliance.

E, ao contrário do que possa parecer, a implementação é bastante simples. A primeira fase é de diagnóstico, que pode ser feito tanto por uma equipe interna de qualidade quanto por uma consultoria terceirizada. Nessa etapa, é identificado qual será a melhor e mais urgente norma a ser implementada. São mencionados os ajustes necessários, bem como um cronograma para adequação dos requisitos da norma. O cronograma varia caso a caso e leva em consideração os recursos financeiros, prazos e metas. De modo geral, a implantação de todos os itens demora entre seis e dez meses. Após esse período, a empresa passa pelo processo de acreditação junto a uma certificadora que é credenciada junto ao INMETRO, órgão vinculado ao Ministerio do Desenvolvimento, Indústria e Comercio exterior (MDIC). 

Investir em certificações ISO pode trazer inúmeros benefícios. Além de melhoria nos processos, é perceptível uma significativa redução nos desperdícios, os chamados savings. A diminuição dos custos e o aumento da produtividade também aparecem entre as principais vantagens, uma vez que a partir da implementação da norma a organização passa a ter um melhor aproveitamento dos recursos. Como consequência, a empresa passa a adotar a certificação como estratégia de marketing, visando demonstrar aos clientes que é uma empresa confiável. 

Apesar de sua importância para o desenvolvimento do mercado nacional, as empresas brasileiras ainda não dão a atenção necessária às certificações ISO. O investimento para a conquista da certificação é rapidamente recuperado, visto que a empresa ganha com melhoria da gestão, a eliminação de desperdícios e a possibilidade de aumento de vendas, já que muitas empresas de maior porte ou multinacionais só aceitam fornecedores certificados. Ao ampliar o escopo de atuação, a empresa consegue reaver seu investimento e percebe ainda seu fluxo de receita aumentar exponencialmente. Sem dúvida, é bom para a empresa e para o país como um todo, que só tem a ganhar com a melhoria da qualidade.




 


Alexandre Pierro - engenheiro mecânico, bacharel em física aplicada pela USP e fundador da PALAS, consultoria em gestão da qualidade.



Crédito fácil levou 59% dos brasileiros à compra impulsiva, revela estudo do SPC Brasil e CNDL


Para 33%, internet é canal de venda que mais estimula compras via parcelamento e cartão de crédito é o favorito na hora de pagar. Cheque pré-datado e crediário são as modalidades mais difíceis de serem aceitas, avaliam entrevistados

O crédito é um recurso de pagamento que se bem utilizado pode viabilizar sonhos, ajudar na aquisição de um bem de consumo e até mesmo socorrer as pessoas em momentos de dificuldade. No entanto, é preciso ter planejamento financeiro para não assumir compromissos que o bolso não suporta. Um estudo realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que no último mês de fevereiro, em cada dez consumidores, seis (59%) aproveitaram as facilidades do crédito para fazer compras não planejadas.

Nesse caso, as aquisições mais feitas por impulso foram roupas, calçados e acessórios (19%), compras em supermercados (17%), perfumes e cosméticos (14%) e idas a bares e restaurantes (13%). A aquisição de peças de vestuário e acessórios foi mais presente entre a parcela feminina de entrevistados (23%), ao passo que a compra de produtos eletrônicos ganhou destaque entre os homens (13%).

Os especialistas do SPC Brasil explicam que a democratização do crédito no Brasil, principalmente entre as classes menos favorecidas, é um fenômeno que ganhou força apenas recentemente, de modo que muitos consumidores ainda não aprenderam a lidar com as consequências do seu mau uso. “A regra de bolso diz que o consumidor não deve comprometer mais do que 30% da própria renda com prestações. Dependendo da realidade financeira, essa porcentagem pode ser ainda menor em certos casos. Consumidores menos atentos podem ser iludidos pelos valores baixos das parcelas e pelos prazos a perder de vista. A falsa sensação de comprar sem pagar nada que o crédito proporciona tende a levar consumidores desinformados ao superendividamento e à inadimplência”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Para 33% dos entrevistados, internet é o meio que mais estimula compras ao facilitar parcelamento; 15% dividem no maior número possível de prestações

O levantamento ainda descobriu que na opinião dos entrevistados, a internet é o canal de venda onde as opções de crédito mais levam os consumidores a parcelarem suas compras. Um terço (33%) dos consumidores acredita que as lojas online estimulam o consumidor a fazer novas compras ao oferecerem mais possibilidades de parcelamento. Outros tipos de estabelecimentos que os entrevistados sentem essa facilidade para dividir em várias vezes são as lojas de departamento (23%), supermercados (13%) e shopping center (12%).

Sobre o número de prestações em que dividem a compra, a pesquisa mostra que muitos consumidores não avaliam totalmente o impacto de uma compra a prazo no orçamento antes de se endividar. Em cada dez brasileiros que parcelam, um (15%) divide a compra no maior número possível de prestações, independentemente do valor. Outros 31% são mais prudentes e afirmam levar em consideração a alternativa com um número de parcelas que mais se encaixa a sua realidade financeira, enquanto 18% optam pela menor quantidade de prestações disponíveis.

Cartão de crédito é meio de pagamento favorito na hora de parcelar; crediário e cheque pré-datado são modalidades mais difíceis de serem aceitas por lojas

Na hora de parcelar uma compra, o cartão de crédito ficou em primeiro lugar no ranking de preferência dos consumidores, com 66% de citações. O crediário vem em segundo, mas com apenas 13% de menções e o financiamento aparece logo depois com somente 4% de preferência. O cheque pré-datado foi citado por 1% dos entrevistados.

“Se utilizado com consciência, o cartão de crédito pode ser um aliado na hora da organização das finanças, já que é uma ferramenta prática e que permite concentrar todos os pagamentos em um único dia, deixando o consumidor livre para aplicar o dinheiro como bem entender durante o restante do mês. A ressalva é que o cartão só deve ser utilizado no dia a dia por consumidores organizados e que detêm um controle rígido dos próprios gastos”, explica o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.

A pesquisa também mostra que mais da metade (53%) dos consumidores enfrentaram recentemente alguma situação em que o comerciante impôs dificuldades em aceitar certa modalidade de pagamento. Os meios que mais sofreram rejeição foram o crediário (33%) e o cheque pré-datado (29%). Há ainda 24% de entrevistados que não conseguiram comprar usando o cartão de crédito e 21% que tiveram insucesso ao tentar usar o cheque à vista. A recusa do estabelecimento em não aceitar determinada modalidade fez com que 31% desses consumidores desistissem da compra. Outros 29% recorreram ao pagamento à vista para levar o produto para casa.

9% sempre optam por parcelar uma compra. Dinheiro e cartão de débito são os meios de pagamento mais comuns para compras no dia a dia

Quando indagados sobre como preferem realizar a maior parte dos seus pagamentos, um em cada dez (9%) consumidores disse que sempre prefere parcelar, independentemente das condições. Há ainda 14% que optam pelo parcelamento se as parcelas não pesarem no bolso. Outros 41% sempre pagam à vista, enquanto 34% só pagam em dinheiro ou cartão de débito se houver algum desconto vantajoso.

Desse modo, o dinheiro em espécie e o cartão de débito são as formas de pagamento mais comuns utilizadas para compras no dia a dia. No caso do dinheiro, ele se destaca principalmente nos gastos com serviços de beleza (63%), remédios (47%), alimentação fora de casa ou delivery (45%) e compras no supermercado (44%). Já o débito ganha força entre os consumidores na alimentação fora de casa ou comida delivery (26%), compras de supermercados (23%) e remédios (22%).

O cartão de crédito, seja em uma ou várias parcelas, é a modalidade de pagamento a prazo mais citada pelos entrevistados, utilizado principalmente, para gastos na aquisição de eletrônicos (46%), compras de roupas, sapatos e acessórios (37%) e gastos com remédios (25%).

No último mês de fevereiro, 38% dos brasileiros realizaram alguma compra parcelada, sendo que na média, foram três compras a prazo por consumidor. Entre quem dividiu, a média de prestações está entre cinco e seis. Se considerados os três meses anteriores à pesquisa, no entanto, 58% dos consumidores têm evitado se endividar com crédito, especialmente no cartão de crédito parcelado (29%) e no crediário (16%).

36% dos consumidores receberam oferta de desconto caso pagassem por uma compra à vista no dinheiro

A pesquisa ainda descobriu que no último mês de fevereiro, 36% dos consumidores disseram ter recebido alguma oferta de desconto caso pagassem por uma determinada compra em dinheiro em vez do débito ou alguma modalidade a prazo. A maior parte (52%) dos consumidores, contudo, afirmou não ter recebido esse tipo de oferta.

Na avaliação da economista Marcela Kawauti, se o consumidor tem o dinheiro disponível para pagar à vista e o parcelamento inclui juros, o recomendável é pagar de uma só vez. “Mesmo que o lojista não ofereça descontos, é sempre preferível evitar parcelamentos, principalmente em momentos de incertezas econômicas e de desemprego como o atual. Quanto menos o consumidor comprometer a renda futura com dívidas e juros, mais próximo ele estará de uma vida financeira equilibrada. Além disso, se a loja não oferece desconto, o recomendado é que consumidor faça uma proposta, explicando que é um bom negócio para ambos os lados. O consumidor ganha um desconto no produto e o lojista recebe o dinheiro no ato, o que o isenta o risco de inadimplência e de taxas por antecipação de recebíveis”, orienta a economista.




Metodologia
Foram ouvidos 910 consumidores de ambos os gêneros, todas as classes sociais e acima de 18 anos nas 27 capitais do país. A margem de erro é de no máximo 3,2 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. 




95% dos internautas brasileiros assistem TV enquanto usam internet


Uma pesquisa do IBOPE Conecta sobre o comportamento do internauta brasileiro revela que em três anos sobe para 95% a quantidade de internautas que assistem TV e navegam na internet ao mesmo tempo. Em 2015, esse era o hábito de 88% dos usuários de internet do país.



O smartphone, dispositivo que já liderava a pesquisa passada (65%), amplia sua vantagem: 81% usam o celular para navegar na internet na frente da TV. Na sequência, estão o computador (16% em 2018 X 28% em 2015) e o tablet (3% X 8%).


Ao navegarem na internet enquanto assistem TV, 53% acessam as redes sociais, 44% recorrem à internet para passar o tempo durante os comerciais, 34% resolvem outras coisas e 22% dizem que a TV não é interessante o suficiente para ter toda a sua atenção. Há também 9% que assistem TV e navegam na internet simultaneamente para interagir com o que está acontecendo na transmissão, mesmo percentual dos que discutem com amigos sobre o programa que estão assistindo e 8% que buscam mais informações sobre um comercial que assistiram.



Sobre a pesquisa
A pesquisa foi realizada de 11 a 15 de abril, com 2.000 internautas das classes A, B, C e D, de todas as regiões do Brasil.







IBOPE Conecta
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