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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Ônibus é o transporte mais seguro no trânsito


No mês de conscientização sobre mortes no trânsito brasileiro, o Maio Amarelo, o setor de ônibus urbano lança ação com foco no transporte coletivo


Pela primeira vez, desde o lançamento da campanha Maio Amarelo no Brasil, em 2014, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) envolve o ônibus nessa ação internacional de conscientização sobre o trânsito seguro. Dados do Ministério da Saúde apontam o ônibus como o meio de deslocamento mais seguro, responsável pelo menor índice de mortes no trânsito. O modal leva um terço da população, mas é responsável por uma em cada 200 mortes no trânsito, ou seja, 0,48% do total. 

Na intenção de manter o baixo índice de acidentes a Associação lança hoje (14) uma ação publicitária em parceria com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), instituição social sem fins lucrativos, dedicada a desenvolver ações que contribuem para a diminuição dos elevados índices de acidentes no trânsito. "Além de mostrar as vantagens das viagens de ônibus, também nos preocupamos em fazer uma campanha que orienta os motoristas de coletivos a cada vez mais praticar o trânsito seguro", destaca Marcos Bicalho, diretor administrativo e institucional da NTU. 

A campanha preparada pela Associação introduz o ônibus urbano no Maio Amarelo, com peças publicitárias que reforçam a imagem desse transporte como o modal mais seguro do ponto de vista de trânsito. As peças enfatizam que o coletivo é uma opção de transporte ideal para aqueles que não podem ou não devem dirigir por fatores diversos, e também para quem deseja aproveitar o tempo de viagem de forma produtiva, lendo ou utilizando o celular. "Saber que a NTU está envolvida no Maio Amarelo, propondo aos motoristas do transporte coletivo a boa conduta ao trânsito, é muito bom", destaca José Aurélio Ramalho, diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária. 

Segundo o diretor-presidente da ONSV, o Maio Amarelo é um movimento que envolve toda a sociedade e que propõe a reflexão sobre a forma de se deslocar, independentemente do tipo de modal utilizado. "Nossa meta é que as pessoas adotem o trânsito seguro como hábito, não somente no mês de maio, mas diariamente e de forma rotineira", enfatiza. Este ano, a ação do Maio Amarelo no Brasil é realizada pela ONSV, em conjunto com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). 


Campanha – Com o mote "Vá de ônibus - por um trânsito mais seguro", a NTU se insere na ação do Maio Amarelo com foco no ônibus urbano. As peças publicitárias reforçam que o coletivo é uma opção segura em diversas situações dos deslocamentos diários. E convida o passageiro a fazer sua contribuição para o trânsito seguro, optando pelo transporte público. De acordo com a NTU, as peças serão compartilhadas com as mais de 500 empresas associadas, que poderão ampliar o alcance da campanha e amplificar a principal mensagem, de incentivo aos deslocamentos seguros. 

Todas as opções estão retratadas em sete peças, entre elas um cartaz especialmente elaborado para motoristas, com dicas de direção segura, para ser fixado nas garagens das empresas de ônibus. A principal peça da ação é um cartaz para ser fixado dentro dos ônibus que destaca o diferencial de um deslocamento no qual o passageiro pode usar o celular, estudar, descansar e até se distrair, situações consideradas de risco para um motorista. Haverá também uma versão do conteúdo para vídeo de bordo. 

A ação publicitária inclui ainda busdoor interno e externo, folheto para distribuição a bordo e nos terminais de passageiros e mensagens para mídias sociais.



A profissão de esteticista no Brasil: tendências e oportunidades


No dia 03 de abril a profissão de esteticista foi finalmente regulamentada no Brasil por meio da Lei 13.643/18. Dividida em esteticista e cosmetólogo com nível superior e técnico em estética, é uma profissão que apresenta crescente ascensão – entre 2010 e 2015, o número de registros de microempreendedores individuais (MEIs) nessa área teve um incremento de 567%, passando de 72.309 para 482.455 em janeiro de 2016, segundo dados do Sebrae.

É cada vez maior a penetração desse tipo de serviço em todas as classes sociais, principalmente dentro de uma nova tendência que visa não só a beleza, mas também a saúde e o bem-estar. O brasileiro – tanto mulheres como homens – está cada vez mais preocupado com sua aparência e qualidade de vida, além de interessado em alternativas preventivas para que haja um envelhecimento saudável. O público masculino, inclusive, já representa uma fatia bem importante desse mercado: os homens estão, sim, mais vaidosos, buscando opções estéticas para redução de medidas e procedimentos de rejuvenescimento, por exemplo.

Todos esses aspectos corroboram para uma expectativa positiva nos próximos anos, fazendo com que não haja, até o momento, nenhuma previsão de saturação desse mercado que, com a nova regulamentação, ganha muito mais força e abrangência. Bom para os profissionais atuantes, para os futuros, para o consumidor interessado nesses serviços e para a economia de uma forma geral.

Tempos atrás essa era uma profissão cuja atuação era considerada “de fundo de quintal”, carente de capacitação, de formação e de prática. Esse cenário mudou de forma muito rápida e consistente, a ponto de hoje termos grandes universidades e centros acadêmicos produzindo conteúdo de altíssima qualidade e formando excelentes profissionais. Além disso, a tecnologia de ponta das indústrias vem permitindo a redução de preços dos serviços e produtos utilizados nos tratamentos, possibilitando o acesso a classes sociais que, até então, não eram exploradas.

E justamente por termos perspectivas tão positivas e relevantes na área, é crescente também, ano após ano, o número de alunos nos cursos técnicos, tecnólogos e de graduação. A atuação do esteticista é ampla e diversificada; são inúmeras as possibilidades de carreira, seja como autônomo, empregado ou empreendedor. Mas, independentemente do caminho, acredito que todo profissional tem que ter em mente uma única questão: “de que forma posso levar bem-estar para o meu cliente com ética, seriedade e paixão?”. Essa deve ser a missão da nossa profissão.

Para quem pretende iniciar uma carreira de esteticista, para aqueles que estão começando nessa profissão tão promissora ou para quem já atua na área e quer crescer junto com todas essas oportunidades, aqui vão meus aprendizados: busque um alicerce profundo, ou seja, uma formação integral e diversas ferramentas de aprendizagem; estude a fundo todas as regulamentações desse setor; construa sua carreira com tempo, buscando oportunidades de estágio e aperfeiçoamento constante em congressos, simpósios e eventos da área; faça benchmarking: pesquise sempre as melhores práticas; faça networking e parceiros, principalmente em áreas que você não conhece e que são complementares; cuidado com a exposição de clientes em mídias sociais - ética sempre em primeiro lugar!; formalize sempre seu negócio, pois formalização gera oportunidades; e, por fim, defina exatamente qual o tipo de cliente que quer atender e, com base em um conhecimento profundo desse público e das suas necessidades, formate seu plano de negócio.

Estamos na era das experiências em todos os setores. Os clientes querem vivenciar algo especial por meio dos serviços – e na área de estética isso não é diferente. Portanto, os profissionais que se especializarem em uma atuação multidisciplinar que integre saúde, beleza e bem-estar e que fundamentarem seu negócio em pilares como ética, paixão, profissionalismo e dedicação, fatalmente irão surfar esse “oceano azul”, colhendo ótimos frutos.






Maria de Fátima Lima Pereira - diretora da Esthetic Pro & Cosmetologia, professora do bacharelado em estética da Universidade Anhembi Morumbi e consultora técnica de diversas empresas nacionais e internacionais. É organizadora do livro “Gestão de Negócios em Estética”, recém-lançado pela Difusão Editora e Senac Rio, e da série “Curso de Estética”.

Perguntas para o seu(a) ginecologista

 

Uma contradição prejudicial ao desenvolvimento urbano


O incêndio e desabamento do Edifício Wilton Alves de Almeida, no Largo do Paissandu, uma tragédia na madrugada do Dia do Trabalho na cidade de São Paulo, pode ser considerada uma combinação do crescimento populacional das cidades, da falta de planejamento urbano, da tolerância com ocupações irregulares e dos obstáculos enfrentados por muitos empreendimentos habitacionais sustentáveis. Esses problemas, crônicos do Brasil, somam-se num emaranhado de contradições, resultando em graves consequências sociais, ambientais e econômicas.

Na contramão das tendências mundiais e das recomendações do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), nosso país carece de adequado planejamento de curto, médio e longo prazo para a expansão das cidades, cujo crescimento tem sido implacável e, ao mesmo tempo, desordenado. Exemplo disso encontra-se na capital paulista, cenário do triste episódio de 1º de maio: a própria prefeitura calcula haver um déficit de 370 mil moradias na cidade, uma demanda que se acumula há décadas.

Ao invés de nossos legisladores anteciparem-se ao crescimento urbano, estabelecendo políticas públicas que fomentem e facilitem a produção de habitações, sejam elas populares ou não, constatamos que, cada vez mais, se burocratizam os processos de aprovação e se elitiza o solo urbano. Assim, a tão sonhada casa própria fica cada vez mais distante. Com esse vácuo urbano/habitacional, principalmente no segmento de baixa renda, surgem organizações e movimentos juridicamente inexistentes, oferecendo a ocupação ilegal como alternativa. Resultam daí, por exemplo, os mais de 70 edifícios irregularmente ocupados no centro da maior cidade brasileira, nos quais, em sua grande maioria, muito provavelmente, deve haver riscos semelhantes aos que culminaram com o desabamento do "Wilton Alves de Almeida".

O Centro da cidade de São Paulo tem área de 26 quilômetros quadrados e engloba os bairros da Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci Consolação, Liberdade, República, Sé e Santa Cecília. Trata-se de uma região com localização estratégica, de fácil acesso e rica em infraestrutura de saneamento, transporte, comércio e serviços. Ou seja, um local ideal e barato para o poder público planejar um crescimento habitacional, seja ele de alta, média ou baixa renda.

Poderíamos, em poucos anos, ter uma oferta expressiva de imóveis na região, caso as políticas públicas para se empreender ali fossem mais convidativas. A outorga onerosa já se mostrou um valioso instrumento para a prefeitura, como fonte de receitas. No centro, ela deveria ser ampliada, aplicando-se os recursos em habitação social na mesma região. Por exemplo, deveríamos ter gabaritos de altura muito mais generosos. Por que não repetir exemplos como os do Edifício Itália ou do Martinelli, cujo potencial construtivo chegou a 17 vezes a área do terreno? Por que não incentivarmos prédios de 50, 60, 70 andares? Quando visitamos Manhattan, em Nova York, ficamos impressionados e admirados com o porte das edificações. Lá, o potencial construtivo chega a 30, quando aqui o máximo é de quatro vezes. É preciso lembrar que o escasso é caro. Se não tivermos mecanismos que promovam farta produção e oferta de imóveis, dificilmente os preços serão reduzidos e o déficit habitacional, mitigado.

Paradoxalmente, enquanto testemunhamos diariamente os problemas relativos às ocupações ilegais, observamos a intolerância, barreiras e críticas a inúmeros projetos social, ambiental e economicamente sustentáveis, que preveem a devida infraestrutura para moradia, água, esgoto, saúde e educação. Devido a alegadas razões de ordem urbanística ou ambiental, onde muitos se instalam de modo ilegal e desordenado, os regularmente constituídos não conseguem dar andamento a empreendimentos legalmente aprovados e já licenciados. Alguns destes chegam a ser paralisados, por força de discussões judiciais, seja na esfera ambiental ou por interpretação legal.

No Brasil, proliferam as práticas ilegais de invasões de terras e até de edifícios, bem como a burocracia e insegurança jurídica para se empreender regularmente e a longo prazo no setor imobiliário. É uma contradição prejudicial ao desenvolvimento urbano sustentável.






Luiz Augusto Pereira de Almeida - membro do conselho consultivo do Secovi.


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