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sábado, 12 de maio de 2018

Fibromialgia - Dia de Conscientização


Os desafios de diagnosticar e tratar a Fibromialgia

Doença é ligada ao estresse e depressão e afeta principalmente mulheres


Dores musculares fortes em diferentes regiões do corpo, de forma crônica, podem ser um indício de uma doença que atinge principalmente mulheres entre os 35 e 44 anos – que chegam a representar 90% dos pacientes em tratamento para a Fibromialgia. A enfermidade é uma das doenças mais frequentes e acomete 2,5% da população brasileira. Neste sábado, 12 de maio, é o Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia.

Quem sofre de Fibromialgia vive não só o incômodo das dores, mas o desconhecimento da origem e causa dos sintomas, já que a doença não é diagnosticada por exames laboratoriais, apenas pela identificação das queixas e dos pontos dolorosos. Algumas das características que indicam o mal são a fadiga, rigidez muscular, dor após esforço físico e anormalidades do sono – além de sintomas depressivos, ansiedade, deficiência de memória, desatenção e cefaleia.

Por englobar uma série de sintomas em diferentes partes do corpo e particularmente em relação ao quadro psicológico do paciente, especialistas indicam que o tratamento aconteça por equipe multidisciplinar, formada por reumatologista, fisioterapeuta, psicólogo e nutricionista).

“A conduta terapêutica varia de acordo com a necessidade de cada pessoa e permeia entre o tratamento convencional e as terapias alternativas. Aos que sofrem desta enfermidade, temos à disposição aliados de fácil acesso como: compressas quentes ou frias, banhos de imersão, automassagem, alongamentos, cataplasmas com argila e meditação entre outros”, explica a fisioterapeuta do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Valquíria, Francielli Teixeira Luttig.

Mudanças de hábitos, escolha saudáveis e pequenos ajustes na rotina são ações que podem gerar bons resultados no tratamento da Fibromialgia, dando mais qualidade de vida aos pacientes. Seguem algumas dicas de especialistas que podem trazer melhoras:

- Faça atividade física regular;

- Escolha alimentos mais saudáveis, uma dieta rica em verduras, legumes e frutas;

- Evite carregar pesos;

- Elimine perturbadores do sono como luz, barulho, eletrônicos e uso de estimulantes antes de dormir;

- Fuja de situações que aumentem o nível de estresse;

- Considere a possibilidade de buscar ajuda psicológica.


Em três anos, cartórios registraram 19,5 mil casamentos homoafetivos


Ao menos 19,5 mil casamentos homoafetivos foram celebrados desde a edição da Resolução n. 175/2013, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Editada há cinco anos, a norma obriga os cartórios a registrarem uniões entre pessoas do mesmo sexo.

O último dado disponível, de 2016, indica uma tendência de queda dos matrimônios homo e heterossexuais.O Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece a união estável de pessoas do mesmo sexo como núcleo familiar desde 2011. Ainda assim, cartórios negavam o registro aos casais, o que deixou de ser opção após a resolução do CNJ.

A partir disso, a norma impõe habilitar, converter a união estável em casamento e celebrar o casamento civil homoafetivo. Já a recusa dos cartórios em prestar os serviços enseja comunicado ao respectivo juiz corregedor e abertura de processo administrativo contra o cartório.

"O impacto na esfera dos direitos da personalidade é imensurável", diz José Marcelo Tossi, juiz assessor da Corregedoria da Justiça de São Paulo.Juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça à época da edição da norma, Tossi atuou em consultas e questionamentos quanto à aplicação da norma pelos cartórios.

"Ao final, a resolução acabou amplamente aceita e implementada."A Constituição Federal prevê que a conversão de união estável em casamento deve ser facilitada. Por sua vez, a resolução admite matrimônio direto, sem união estável anterior. "Não havia justificativa jurídica para limitar o casamento aos heterossexuais, sem que igual direito fosse assegurado aos casais homoafetivos", afirma Tossi.


Após a norma, as uniões homoafetivas cresciam ano a ano, até a primeira baixa, em 2016. Foram -4,6% — 5.354 registros, ante 5.614 em 2015. Casamentos em geral também caíram, em 3,7%. Os dados são das Estatísticas do Registro Civil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), obtidas junto a cartórios e outras fontes.

"A queda contraria nossa expectativa. Havia uma demanda reprimida antes de 2013. O que se viu nos anos seguintes foi reflexo da norma do CNJ. Quem vivia em união estável pôde se casar", disse Klívia Oliveira, gerente da pesquisa. Para ela, a crise econômica pode ter freado noivos. "Casar, em regra, é caro.

"Desde 2013, as uniões homoafetivas giram ao redor de 0,4% do total de casamentos. Dados prévios de 2017 — sujeitos a checagem até a publicação, em outubro — não indicam alta, segundo Klívia. "É possível que se estabilize nesse patamar”. Fora os casamentos, as uniões homoafetivas podem ter crescido.

Nunca apurou-se o total delas após a resolução, já que o Censo ocorre a cada dez anos. "O Censo 2010 captou 60 mil uniões estáveis de pessoas do mesmo sexo, mas a estatística de registro civil não cuida delas. É possível que, em 2020, tenhamos um aumento", nota a pesquisadora.Acesso à Justiça e subregistro também afetam as uniões.

"Mutirões e casamentos coletivos incentivam os casais, enquanto a falta de acesso a cartórios dificulta. Se no interior é difícil registrar um filho, imagine um casamento", diz Klívia. "A norma concretizou o direito de escolher o próprio parceiro. Demorou, mas fez valer a Constituição."


Isaías Monteiro
Agência CNJ de Notícias

Acidentes de trabalho causam a morte de uma pessoa a cada 4,5 horas, no Brasil


Um brasileiro morre vítima de acidente de trabalho a cada 4,5 horas, de acordo com um levantamento realizado pelo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Trabalhadores do setor de transporte rodoviário lideram essa lista e entre eles a maioria das vítimas são homens entre 30 e 34 anos. De forma geral, ocorrem 700 mil acidentes de trabalho por ano.

            “A prevenção a acidentes de trabalho precisa fazer parte da política de qualquer empresa. A segurança dos funcionários, especialmente em atividades onde há uma vulnerabilidade maior, deve se tornar umas das principais preocupações da sociedade moderna. Assim como já acontece com o controle ambiental, por exemplo”, diz o professor Sérgio Médici de Eston, coordenador do curso Engenharia de Segurança do Trabalho, do Programa de Educação Continuada (PECE) da Escola Politécnica da USP.

            Garantir a segurança de seus funcionários é uma obrigação das empresas, por lei. “Conforme disposição legal, as empresas devem ter em seus quadros profissionais de engenharia, arquitetura, geologia ou agronomia, especializados em engenharia de segurança e higiene de trabalho”, diz o coordenador do curso do PECE. “A prevenção de acidentes de todo tipo é parâmetro importante em qualquer projeto ou empreendimento, envolvendo a redução dos altos custos humanos e materiais, e consequente melhoria das condições sociais”, completa Eston.

            Segundo cálculos da OIT, por ano o Brasil perde em média 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com gastos decorrentes da falta de segurança do trabalho. Só no ano passado, essas perdas gerais à economia foram de aproximadamente R$ 264 bilhões. “Vale ressaltar que, pela lei, não são levados em conta somente acidentes que ocorrem no local do trabalho, mas também durante o deslocamento de seus funcionários. Assim como também se leva em consideração doenças desenvolvidas em razão das funções exercidas”, conclui o professor.


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