Os
desafios de diagnosticar e tratar a Fibromialgia
Doença
é ligada ao estresse e depressão e afeta principalmente mulheres
Dores musculares fortes em diferentes regiões do corpo,
de forma crônica, podem ser um indício de uma doença que atinge principalmente
mulheres entre os 35 e 44 anos – que chegam a representar 90% dos pacientes em
tratamento para a Fibromialgia. A enfermidade é uma das doenças mais frequentes
e acomete 2,5% da população brasileira. Neste sábado, 12 de maio, é o Dia
Nacional de Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia.
Quem sofre de Fibromialgia vive não só o
incômodo das dores, mas o desconhecimento da origem e causa dos sintomas, já
que a doença não é diagnosticada por exames laboratoriais, apenas pela
identificação das queixas e dos pontos dolorosos. Algumas das características
que indicam o mal são a fadiga, rigidez muscular, dor após esforço físico e
anormalidades do sono – além de sintomas depressivos, ansiedade, deficiência de
memória, desatenção e cefaleia.
Por englobar uma série de sintomas em diferentes partes do corpo e
particularmente em relação ao quadro psicológico do paciente, especialistas
indicam que o tratamento aconteça por equipe multidisciplinar, formada por
reumatologista, fisioterapeuta, psicólogo e nutricionista).
“A conduta terapêutica varia de acordo com a necessidade de cada
pessoa e permeia entre o tratamento convencional e as terapias alternativas.
Aos que sofrem desta enfermidade, temos à disposição aliados de fácil acesso
como: compressas quentes ou frias, banhos de imersão, automassagem,
alongamentos, cataplasmas com argila e meditação entre outros”, explica a
fisioterapeuta do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Valquíria, Francielli
Teixeira Luttig.
Mudanças de hábitos, escolha saudáveis e pequenos ajustes na
rotina são ações que podem gerar bons resultados no tratamento da Fibromialgia,
dando mais qualidade de vida aos pacientes. Seguem algumas dicas de
especialistas que podem trazer melhoras:
- Faça atividade física regular;
- Escolha alimentos mais saudáveis, uma dieta rica em verduras,
legumes e frutas;
- Evite carregar pesos;
- Elimine perturbadores do sono como luz, barulho, eletrônicos e
uso de estimulantes antes de dormir;
- Fuja de situações que aumentem o nível de estresse;
- Considere a possibilidade de buscar ajuda psicológica.