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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Especial Mês das Mães


 
Mitos e verdades sobre a gestação de cadelas e gatas


Amor de mãe é incondicional. Instintivamente, desde o nascimento dos filhos, ela zela por eles, alimentando-os, protegendo-os, dando carinho. É assim entre os homens e no mundo animal. Cadelas e gatas também cuidam dos seus filhotes até o momento em que eles estão preparados para enfrentar a vida sozinhos. Em homenagem ao Mês das Mães, preparamos um especial sobre "Gestação Pet", com orientações e informações preciosas para os tutores. 

O médico-veterinário Luciano Granemann e Silva, proprietário da Clínica e Hospital Veterinário 24h Cão.Com, de Florianópolis (SC), comenta sobre cada uma das fases, desde o planejamento do acasalamento até a hora do parto. Confira a entrevista completa abaixo.

No caso de uma gestação planejada, que cuidados os tutores devem ter antes do acasalamento? 

Dr. Luciano Granemann e Silva: Procurar escolher o macho com antecedência, informando-se sobre seu estado de saúde e histórico familiar e considerando suas características físicas e comportamentais. O vermífugo e as vacinas da fêmea devem estar em dia. O uso de suplementos vitamínicos pode aumentar a viabilidade de um número maior de filhotes, mas seu uso deve ser orientado por um médico-veterinário. 


Como saber quando a fêmea está no cio?

Dr. Luciano: Nas cadelas ele acontece em média a cada seis meses e é precedido por um sangramento que dura cerca de oito dias. Já nas gatas, pode ocorrer a cada 45 dias durante a estação quente. Elas demonstram se esfregando nas pessoas, sendo mais ativas e vocalizando com maior frequência. 


Quais os principais sintomas de gravidez em cadelas e gatas?

Dr. Luciano: De modo geral, podemos dizer que as fêmeas prenhas ficam mais amáveis, carentes e cuidadosas. As principais mudanças físicas são: mamas maiores, abdômen mais baixo, perda de massa corporal, apesar do ganho de peso.



Que cuidados os tutores devem ter com as fêmeas prenhas?

Dr. Luciano: O ideal é que a alimentação, desde o momento do cio, seja trocada para uma de filhote, que é hipercalórica. Ela pode ser oferecida à vontade, pois a tendência é que o animal perca massa muscular para gerar energia e nutrição para os filhotes. É importante também realizar alguns exames: análise da proteína B, com 14 dias de gestação, e ultrassom, a partir do 25º dia. Eles são necessários para não ter nenhuma surpresa desagradável na hora do parto.


O que é normal e o que não é normal durante a gestação de um pet?

Dr. Luciano: O animal deve se mostrar tranquilo, calmo, se alimentar bem, fazer suas necessidades fisiológicas. A partir do 25º dia, as alterações corporais ficam mais evidentes: barriga mais pendular, as mamas crescem, a vulva também pode aumentar de volume, a fome fica maior.


Fêmeas que apresentam algum problema de saúde podem engravidar sem riscos?

Dr. Luciano: Depende. Se a fêmea tem algum problema que pode ser transmitido para os filhotes, mesmo ela sendo capaz de engravidar, não recomendamos. A mesma orientação nos casos de: pets com mais idade; problemas de saúde graves, como cardíaco e hormonal; ou alterações no útero, ovário e mamas. Animais muito pequenos encontram complicações para desenvolver a gestação até o final. Os buldogues franceses têm muita dificuldade em dar à luz sozinhos. De qualquer forma, em todos os casos sempre indico a orientação de um médico-veterinário.


Como os tutores devem se preparar para o momento do parto de seu pet?

Dr. Luciano: O parto da cadela ocorre em torno de 63 dias e o da gata de 58. Normalmente, no dia do parto, ou no que o antecede, a fêmea muda de comportamento de repente. Tende a buscar um local mais isolado, se alimentar menos e beber mais água. Nesse momento, aconselhamos que os tutores fiquem por perto para auxiliar em algo que for necessário. No caso das cadelas, alguns dias antes pode ocorrer um corrimento significativo, que é normal no final da gestação, a partir do 50º/55º dia. 


Em que situações é preciso chamar um veterinário?
 
Dr. Luciano: Depois do nascimento do primeiro filhote, o intervalo entre os próximos geralmente é de cerca de 30 minutos. Pode demorar até seis horas, mas imagina o desconforto para a mãe. Se o tempo entre os nascimentos estiver muito longo, é aconselhável chamar um médico-veterinário para avaliar e auxiliar no parto. O ideal é que ele seja feito em casa, para evitar o estresse da cadela e dos filhotes. Mesmo nos casos em que é necessário deslocar os animais para a clínica, em cesarianas ou partos assistidos, eles retornam para seus lares em seguida.


É comum fazer cesárea em pets?
 
Dr. Luciano: A maioria dos animais ganha seus filhotes de parto natural. Quase todos os clientes da minha clínica optam pelo parto assistido em casa, com a orientação prévia de um médico-veterinário ou no momento, por telefone. Ele acontece sem grandes dificuldades. Mas nos casos em que a fêmea está fazendo muita força, ou parou de fazer força, é indicado que um profissional verifique se há dilatação, avaliando se é preciso que ele intervenha ou realize uma cesárea.


Quais os principais cuidados pós-parto com a fêmea e com os filhotes?
 
Dr. Luciano: Eu costumo dizer que temos que dar atenção para a mãe e deixar a mãe dar atenção aos filhotes. Ela tem que ficar num ambiente tranquilo, de temperatura amena, nem muito quente e nem muito frio. Os filhotes, de preferência, devem ficar isolados do chão através de uma
caminha, colchonete ou mesmo um papelão. Nos primeiros dias, a cadela estará atenta a tudo. O que os tutores tem que fazer basicamente é fornecer água e comida à vontade para a mãe. 


Algum cuidado especial com o umbigo?

Dr. Luciano: Sim, ele deve ser higienizado diariamente com iodo ou outra solução específica para essa finalidade. Cada filhote tem uma placenta, que é comida pela mãe assim que ele nasce. Com isso, o cordão umbilical se rompe e sangra um pouco. A fêmea lambe para poder estancar, mas há casos em que é preciso amarrar a ponta, cerca de dois dedos de distância da barriga.


Na fase de aleitamento, o que o tutor deve prestar atenção?

Dr. Luciano: Verificar se os filhotes estão mamando adequadamente, se têm tamanho parecido, se algum não está tendo acesso à mamada, se estão quietos e dormindo a maior parte do tempo. Não é normal uma ninhada, ou um filhote, que chora o tempo todo. O ideal é que todos tenham um comportamento parecido. O contrário pode ser sinal de algum problema.


Quais as vantagens de ter um plano de saúde para as fêmeas cujos tutores planejam acasalar?

Dr. Luciano: Quem quer cuidar bem do seu pet, costuma frequentar a clínica pelo menos duas vezes por ano. Nesses casos, o plano de saúde é uma proposta bastante econômica e segura, mesmo que não tenham o intuito de cruzá-la. O plano de saúde para pets inclui exames durante a gestação e concede descontos em outros, além de assistir a fêmea desde a fase de planejamento, com orientações importantes, até o momento do parto. Os filhotes também se beneficiam do plano, assistindo-os até a primeira vacina.


Existe diferença entre a gestação de uma cadela e de uma gata?
 
Dr. Luciano: A parte inicial da gestação é semelhante, mas o restante é bem diferente. O parto da gata acontece antes do da cadela, que geralmente tem um número maior de filhotes. O parto da gata quase sempre é tranquilo, é muito raro uma cesariana, só quando existe um problema muito grave. Ela geralmente cuida de tudo sozinha, é difícil conseguir assistir o parto de uma gata. É preciso proporcionar um lugar dentro de casa onde ela se sinta muito segura, pois se tiver oportunidade, vai dar cria fora, o que pode dificultar os tutores cuidar da mãe e dos filhotes. Em relação à alimentação, os mesmos cuidados com a das cadelas prenhas vale para as gatas.


Quem adota um pet muitas vezes desconhece o histórico do animal. Como o tutor consegue identificar se ele já teve filhotes?

Dr. Luciano: Normalmente animais adotados, especialmente em ONGs, vêm castrados, contudo alguns sinais podem denunciar que a fêmea já teve filhotes, sendo o principal o estado das mamas. Quando mais flácidas, demonstram que houve amamentação.



Dia das mães pet: o vínculo entre mamãe e filhote por meio da alimentação


No Brasil, o segundo domingo de maio é a data que reservamos para homenagear as mamães. E todas elas merecem ser notadas, inclusive as que possuem quatro patas.

Assim como para nós, o cuidado materno é essencial para o desenvolvimento saudável dos gatinhos filhotes. A gestação e as primeiras semanas de vida do animal são fundamentais para a sua saúde e o início da sua socialização.

O papel das gatas mamães na saúde dos filhotes começa já na gestação. Assim como para as mulheres, o cuidado com a gestante começa no pré-natal e está intimamente ligado ao nascimento de filhotes saudáveis e à diminuição da mortalidade neonatal (que pode chegar a 30% dos filhotes de gatos antes do período de desmame).

Nesta fase, uma alimentação balanceada e completa é fundamental, já que a gata precisa de mais energia (25-35% de aumento na necessidade energética). “Os nutrientes e a energia fornecidos por uma alimentação adequada são essenciais para o desenvolvimento do feto e a produção de leite ao final da gestação” explica Natália Lopes, Coordenadora de Comunicação Científica da Royal Canin.

O nascimento e as primeiras semanas de vida
Um dos grandes momentos de conexão entre mamãe e filhotes ocorre na amamentação. Mas mais do que um momento de carinho, trata-se de um dos cuidados mais importantes com o filhote: a nutrição. Nas primeiras semanas de vida, por meio da amamentação, o gatinho recebe todos os nutrientes e anticorpos essenciais para o seu crescimento e fortalecimento.

Desmame
O período de amamentação chega ao fim entre a 3ª e a 8ª semana de vida do gatinho, mas o cuidado com a nutrição e o momento especial que a alimentação representa no seu crescimento e socialização continuam. Para auxiliar no processo de transição entre o leite materno e a nova dieta do filhote, uma mudança gradual entre o leite materno e o alimento sólido é recomendada.

“O desmame é o estágio de transição do leite materno para o alimento sólido. O alimento Mother & Baby Cat da Royal Canin é ideal para esta fase, já que possui versão mousse e sua versão seca pode ser hidratada, transformando o alimento em um “mingau” apetitoso e saudável, facilitando a ingestão e digestão do filhote e auxiliando o tutor nesta fase” afirma Natália.

A linha Mother & Baby Cat foi especialmente desenvolvida pelos nutricionistas da Royal Canin para alimentar a mamãe durante a gestação e período de lactação e garantir um crescimento saudável do filhote, podendo ser usada pelas gatas a partir do início da gravidez e até o fim da amamentação dos filhotes e para os gatinhos desde o desmame até os 4 meses de idade.

Está cuidando de uma gatinha gestante ou de um filhote recém-nascido?
Procure um Médico-Veterinário para garantir o acompanhamento e a alimentação adequada para uma gravidez e crescimento saudáveis.

Amor de mãe faz bem para o cérebro


Estudos apontam que a maternidade causa mudanças fundamentais no cérebro das mulheres e também dos seus filhos

“Amor de mãe cura tudo”. Essa frase é ouvida com muita frequência e pesquisas apontam que ela é mais verdadeira do que podíamos imaginar. Uma pesquisa americana feita na Universidade de Washington mostra que a demonstração de amor das mães para com os filhos pode trazer benefícios, principalmente ao nosso cérebro.

A psiquiatra infantil Joan Luby, responsável pelo estudo, concluiu que uma importante área do cérebro tem um crescimento mais rápido e eficaz em crianças cujas mães têm um excesso de zelo e que demonstram mais afeto e apoio emocional. O impacto causado pelo comportamento materno é observado principalmente no hipocampo, área do cérebro responsável por habilidades como a memória, o aprendizado e o controle das emoções.

Imagens do cérebro também mostraram que essas demonstrações de afeto são especialmente importantes e fundamentais para crianças com menos de seis anos. Isso porque o cérebro responde mais ativamente ao apoio maternos, devido à maior plasticidade do cérebro – ou seja, capacidade de se modificar de acordo com estímulos - durante esta fase da vida. 

E as mães?
E não é só nos filhos que a maternidade produz um impacto no cérebro. As mulheres também passam por mudanças cognitivas importantes depois que se tornam mães. Além da mudança em toda a sua rotina, onde as responsabilidades aumentam e o tempo se torna cada vez mais curto, o corpo também passa por diversas transformações, inclusive o cérebro.
“Por uma combinação dinâmica de amor, genes, hormônios e prática, o cérebro feminino sofre mudanças concretas e provavelmente duradouras no processo de dar à luz e criar os filhos”, escreveu a americana Katherine Ellison no livro Inteligência de mãe.

De acordo com a ciência, a elevação dos níveis de hormônios durante a maternidade, como o estrogênio e progesterona, melhora o desempenho do cérebro, deixando a mulher mais ágil e mais atenta aos estímulos externos. O cuidado com os filhos ativa nas mães centros cerebrais de recompensa ligados ao prazer e essa também é uma forma de explicar as raízes do altruísmo e do “amor incondicional”.

Em entrevista à Revista CLAUDIA, a neurocientista Suzana Herculano declarou que também sentiu essas alterações cerebrais durante sua gestação. “Afinal, a única maneira de lidar com todas as tarefas por fazer e ainda cuidar de duas crianças é aprender a priorizar, passando para frente o que tem que ser feito hoje e eventualmente ignorando, sem remorsos, o que não era tão importante. Meu cérebro aprendeu a lidar melhor com isso”, afirma.


Neuroplasticidade cerebral

As pesquisas mais recentes da neurociência mostram que tanto a neuroplasticidade quanto a capacidade do cérebro de criar novos neurônios, acontecem na infância e na vida adulta.

Para isso, o cérebro precisa ser estimulado com frequência por meio de atividades que o tirem da zona de conforto, como a ginástica para o cérebro e a leitura, por exemplo, que ajudam a desenvolver a performance e melhorar habilidades como memória, concentração, raciocínio e criatividade.

Assim como o SUPERA, curso de ginástica para o cérebro, tem um método baseado na novidade, variedade e desafio crescente, a maternidade também traz à tona esses conceitos. As mães se tornam mais ágeis e espertas devido aos desafios crescentes que ocorrem ao longo da sua rotina; a variedade de ações diferentes para com seus filhos e as situações completamente novas em sua vida depois da maternidade.  E é por isso que as mães são nossas heroínas!



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