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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Amor de mãe faz bem para o cérebro


Estudos apontam que a maternidade causa mudanças fundamentais no cérebro das mulheres e também dos seus filhos

“Amor de mãe cura tudo”. Essa frase é ouvida com muita frequência e pesquisas apontam que ela é mais verdadeira do que podíamos imaginar. Uma pesquisa americana feita na Universidade de Washington mostra que a demonstração de amor das mães para com os filhos pode trazer benefícios, principalmente ao nosso cérebro.

A psiquiatra infantil Joan Luby, responsável pelo estudo, concluiu que uma importante área do cérebro tem um crescimento mais rápido e eficaz em crianças cujas mães têm um excesso de zelo e que demonstram mais afeto e apoio emocional. O impacto causado pelo comportamento materno é observado principalmente no hipocampo, área do cérebro responsável por habilidades como a memória, o aprendizado e o controle das emoções.

Imagens do cérebro também mostraram que essas demonstrações de afeto são especialmente importantes e fundamentais para crianças com menos de seis anos. Isso porque o cérebro responde mais ativamente ao apoio maternos, devido à maior plasticidade do cérebro – ou seja, capacidade de se modificar de acordo com estímulos - durante esta fase da vida. 

E as mães?
E não é só nos filhos que a maternidade produz um impacto no cérebro. As mulheres também passam por mudanças cognitivas importantes depois que se tornam mães. Além da mudança em toda a sua rotina, onde as responsabilidades aumentam e o tempo se torna cada vez mais curto, o corpo também passa por diversas transformações, inclusive o cérebro.
“Por uma combinação dinâmica de amor, genes, hormônios e prática, o cérebro feminino sofre mudanças concretas e provavelmente duradouras no processo de dar à luz e criar os filhos”, escreveu a americana Katherine Ellison no livro Inteligência de mãe.

De acordo com a ciência, a elevação dos níveis de hormônios durante a maternidade, como o estrogênio e progesterona, melhora o desempenho do cérebro, deixando a mulher mais ágil e mais atenta aos estímulos externos. O cuidado com os filhos ativa nas mães centros cerebrais de recompensa ligados ao prazer e essa também é uma forma de explicar as raízes do altruísmo e do “amor incondicional”.

Em entrevista à Revista CLAUDIA, a neurocientista Suzana Herculano declarou que também sentiu essas alterações cerebrais durante sua gestação. “Afinal, a única maneira de lidar com todas as tarefas por fazer e ainda cuidar de duas crianças é aprender a priorizar, passando para frente o que tem que ser feito hoje e eventualmente ignorando, sem remorsos, o que não era tão importante. Meu cérebro aprendeu a lidar melhor com isso”, afirma.


Neuroplasticidade cerebral

As pesquisas mais recentes da neurociência mostram que tanto a neuroplasticidade quanto a capacidade do cérebro de criar novos neurônios, acontecem na infância e na vida adulta.

Para isso, o cérebro precisa ser estimulado com frequência por meio de atividades que o tirem da zona de conforto, como a ginástica para o cérebro e a leitura, por exemplo, que ajudam a desenvolver a performance e melhorar habilidades como memória, concentração, raciocínio e criatividade.

Assim como o SUPERA, curso de ginástica para o cérebro, tem um método baseado na novidade, variedade e desafio crescente, a maternidade também traz à tona esses conceitos. As mães se tornam mais ágeis e espertas devido aos desafios crescentes que ocorrem ao longo da sua rotina; a variedade de ações diferentes para com seus filhos e as situações completamente novas em sua vida depois da maternidade.  E é por isso que as mães são nossas heroínas!



Lar com amor e afeto


Para além da sala e áreas de lazer, a designer de interiores e psicóloga Fabiana Visacro dá dicas de como transformar qualquer ambiente da casa em um espaço propício para unir ainda mais, os laços entre mãe e filhos

O quarto da criança é o principal ambiente da casa para mães e filhos se conectar. Foto: Henrique Queiroga

Nossas lembranças da infância ao lado de nossas mães, em sua maioria, são dentro de casa, juntos assistindo televisão ou na sala de jantar. O lar é um ponto de referência quando pensamos no passado e nos momentos em família.
E esse ponto de referência emotivo não precisa se limitar apenas à sala de estar e/ou TV. Costumamos pensar nesse ambiente em primeiro lugar, pois ali se concentra a aparelhagem de entretenimento, sendo um ambiente propício para momentos de relax entre mãe e filho.
Os demais ambientes da casa, porém, também merecem atenção quando se trata de projetar espaços que fortaleçam os laços de afeto. É o que explica a designer de interiores e psicóloga Fabiana Visacro, especialista em decoração afetiva. “Existe um lugar que é importante para a mãe estar sempre presente com o filho que é o quarto da criança, o lugar dentro da casa mais íntimo para elas. Estar junto dela, ali, é importante para registrar e deixar bem marcado na memória afetiva dos pequenos esses momentos de união. Acho interessante ter, dentro do quarto, um local para esse momento, que seja sentar na cama para fazer alguma atividade, uma leitura à noite ou um café na cama todo final de semana”, conta.
  Ter um espaço dentro do quarto onde a mãe e filha podem desenhar ou ler juntas é sempre importante para estreitar os lanços. Foto: Osvaldo Castro

A profissional ressalta que ela mesma tem o hábito de levar o café na cama para as suas filhas nos finais de semana, criando momentos que, no futuro, com certeza, será uma lembrança amorosa e repleta de carinho. “Levo café na cama paras minhas meninas, com o livrinho na bandeja e ali a gente faz café com letra. Enquanto elas vão tomando café da manhã, eu vou contando histórias, das quais, muitas vezes, elas já ouviram mil vezes, mas o que importa é eu esteja lá com elas e isso cria uma marca na memória afetiva”, afirma.
De acordo com Fabiana Visacro, um outro local que também deve ser dividido com a criança em casa é o home-office. Parece contraditório, mas na verdade, é um ambiente importante para mostrar à criança que, mesmo trabalhando você pode estar bem pertinho dela e, também, criar um exemplo profissional. “Naquele quarto de hóspede que é escritório ou apenas home-office mesmo, feito como um espaço para o pai e para a mãe trabalharem, é legal, também, deixar um cantinho ali para o filho estudar e ficar próximo aos pais. Se a baguncinha do filho se tornar um incômodo, basta criar espaços de armazenamentos fechadinhos paras as coisas da criança para não ficar tão aparentes e desorganizadas. Isso é muito importante porque é um tempo que você está dentro de casa junto (realmente) com a criança. É um momento dela poder se espelhar na mãe quando pensa em organização, critério e trabalho, são exemplos importantes”, avalia.
  Criar um espaço dentro do home office para os filhos é interessante para que ele possa se espelhar na mãe. Foto: Osvaldo Castro
 

A profissional destaca que é preciso pensar além das áreas de entretenimento mais comuns dentro de casa, e expandir para estes outros pontos não tradicionais, pois criam-se novos laços, novas propostas de momentos entre mãe e filho e, ainda, ampliam as lembranças de carinho e afeto que as crianças se orgulharão de ter no futuro. “Isso mostra como a interação com os filhos pode ser ainda mais frequente dentro de casa, o que independe do tamanho da morada e da idade da criança”, encerra Fabiana.




Mesas decoradas para celebrar o Dia das Mães

Fonte: Vestindo a Mesa

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