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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Lar com amor e afeto


Para além da sala e áreas de lazer, a designer de interiores e psicóloga Fabiana Visacro dá dicas de como transformar qualquer ambiente da casa em um espaço propício para unir ainda mais, os laços entre mãe e filhos

O quarto da criança é o principal ambiente da casa para mães e filhos se conectar. Foto: Henrique Queiroga

Nossas lembranças da infância ao lado de nossas mães, em sua maioria, são dentro de casa, juntos assistindo televisão ou na sala de jantar. O lar é um ponto de referência quando pensamos no passado e nos momentos em família.
E esse ponto de referência emotivo não precisa se limitar apenas à sala de estar e/ou TV. Costumamos pensar nesse ambiente em primeiro lugar, pois ali se concentra a aparelhagem de entretenimento, sendo um ambiente propício para momentos de relax entre mãe e filho.
Os demais ambientes da casa, porém, também merecem atenção quando se trata de projetar espaços que fortaleçam os laços de afeto. É o que explica a designer de interiores e psicóloga Fabiana Visacro, especialista em decoração afetiva. “Existe um lugar que é importante para a mãe estar sempre presente com o filho que é o quarto da criança, o lugar dentro da casa mais íntimo para elas. Estar junto dela, ali, é importante para registrar e deixar bem marcado na memória afetiva dos pequenos esses momentos de união. Acho interessante ter, dentro do quarto, um local para esse momento, que seja sentar na cama para fazer alguma atividade, uma leitura à noite ou um café na cama todo final de semana”, conta.
  Ter um espaço dentro do quarto onde a mãe e filha podem desenhar ou ler juntas é sempre importante para estreitar os lanços. Foto: Osvaldo Castro

A profissional ressalta que ela mesma tem o hábito de levar o café na cama para as suas filhas nos finais de semana, criando momentos que, no futuro, com certeza, será uma lembrança amorosa e repleta de carinho. “Levo café na cama paras minhas meninas, com o livrinho na bandeja e ali a gente faz café com letra. Enquanto elas vão tomando café da manhã, eu vou contando histórias, das quais, muitas vezes, elas já ouviram mil vezes, mas o que importa é eu esteja lá com elas e isso cria uma marca na memória afetiva”, afirma.
De acordo com Fabiana Visacro, um outro local que também deve ser dividido com a criança em casa é o home-office. Parece contraditório, mas na verdade, é um ambiente importante para mostrar à criança que, mesmo trabalhando você pode estar bem pertinho dela e, também, criar um exemplo profissional. “Naquele quarto de hóspede que é escritório ou apenas home-office mesmo, feito como um espaço para o pai e para a mãe trabalharem, é legal, também, deixar um cantinho ali para o filho estudar e ficar próximo aos pais. Se a baguncinha do filho se tornar um incômodo, basta criar espaços de armazenamentos fechadinhos paras as coisas da criança para não ficar tão aparentes e desorganizadas. Isso é muito importante porque é um tempo que você está dentro de casa junto (realmente) com a criança. É um momento dela poder se espelhar na mãe quando pensa em organização, critério e trabalho, são exemplos importantes”, avalia.
  Criar um espaço dentro do home office para os filhos é interessante para que ele possa se espelhar na mãe. Foto: Osvaldo Castro
 

A profissional destaca que é preciso pensar além das áreas de entretenimento mais comuns dentro de casa, e expandir para estes outros pontos não tradicionais, pois criam-se novos laços, novas propostas de momentos entre mãe e filho e, ainda, ampliam as lembranças de carinho e afeto que as crianças se orgulharão de ter no futuro. “Isso mostra como a interação com os filhos pode ser ainda mais frequente dentro de casa, o que independe do tamanho da morada e da idade da criança”, encerra Fabiana.




Mesas decoradas para celebrar o Dia das Mães

Fonte: Vestindo a Mesa

Número de mães que deixam o mercado de trabalho é quatro vezes maior que o de pais, aponta Catho

Segundo o estudo, apenas 8% das mães entrevistadas conseguiram voltar a trabalhar em menos de seis meses e 31% levaram mais de três anos ou não retornaram

Conciliar vida pessoal com vida profissional é uma tarefa que exige sacrifícios de qualquer um, mas quando se trata de mulheres que se tornaram mães, o esforço é ainda maior. É o que comprova uma pesquisa da Catho: 30% das mães já abriram mão do emprego após a chegada dos filhos, enquanto entre os pais o número é de apenas 7%.


Pais
Mães
Sim
7%
30%
Não
93%
70%
* Profissionais que já deixaram o mercado de trabalho para cuidar dos filhos (excluindo licença maternidade)

A hora de retornar ao mercado também é mais difícil para as mães. Daquelas que deixaram o mercado por conta dos filhos, apenas 8% conseguiram voltar ao mercado em menos de seis meses, enquanto entre os homens o índice é de 33%. Quando somadas, as mulheres que demoraram mais de três anos para se recolocar e as que ainda não conseguiram retornar, o número chega a 31%. Entre os homens o índice é de 19%.


Pais
Mães
Menos de 6 meses
33%
8%
6 a 12 meses
32%
23%
1 a 2 anos
10%
28%
2 a 3 anos
5%
9%
Mais de 3 anos
5%
15%
Não retornei
14%
16%
* Tempo para retorno ao mercado de trabalho

As mães também são mais pessimistas quanto ao crescimento na carreira. Quando questionadas, 60% delas avaliam suas perspectivas como ruins ou péssimas, contra 47% dos homens que têm filhos.

Os dados mostram que, uma vez que se tornam mães, as dificuldades das mulheres no desenvolvimento de suas carreiras aumentam. "Isso demonstra ainda uma percepção cultural de que as mulheres se envolvem mais na criação dos filhos do que os homens, por isso as limitações para elas seriam maiores. Uma maneira de equilibrar essa balança é que os homens também comecem a dividir de uma maneira mais igualitária as tarefas familiares", diz Simone Damazio, Gerente de Gente e Gestão da Catho.


Pais
Mães
Péssima
16%
21%
Ruim
31%
39%
Bom
43%
33%
Ótimo
7%
5%
Excelente
4%
2%
*Como avalia as perspectivas de crescimento na empresa para os próximos anos

As empresas também podem contribuir para melhorar esse quadro. "Uma estratégia que pode beneficiar as mulheres e os empregadores, por exemplo, é apoiar a paternidade ativa, com ações como licença estendida, abono para participação em reuniões escolares e afins. Permitir que o trabalho possa ser feito de casa, por home office, com horários mais flexíveis, especialmente nos primeiros anos de vida da criança, também ajuda. Com isso as mães conseguirão ser mais eficientes na gestão do seu tempo, além de contribuir para diminuir o número de mulheres que deixam o mercado após o nascimento dos filhos, tendo mais oportunidades em suas carreiras ", diz Simone.

A pesquisa da Catho foi realizada em janeiro de 2018. Ao total foram 5.120 respondentes de todo o Brasil. Sendo 54,6% homens e 45,4% mulheres.



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