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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Mitos e verdades sobre o parto normal: cinco benefícios que mostram porque ele vale a pena


 A prática é muito mais saudável para os bebês, permitindo o fortalecimento do sistema imunológico e, com isso, menor risco de desenvolvimento de diversas doenças como alergias e problemas respiratórios


Segundo o Dr. Fabio Lima, obstetra do Grupo São Francisco (GSF), a maioria das mulheres brasileiras têm optado pelo parto cesárea, mas, muitas delas, não sabem a importância do parto normal para o bebê. O médico afirma que “bebês nascidos de cesarianas apresentam risco maior de dificuldades respiratórias e são internados em UTI neonatal com mais frequência”. Isso acontece principalmente porque, em toda intervenção cirúrgica, existe o risco de mortalidade proveniente do próprio ato cirúrgico.

Abaixo, o médico tira as principais dúvidas sobre o assunto - aproveitando que estamos na época do Dia das Mães para reforçar a importância do parto normal para a qualidade de vida da mãe e do bebê.


1.      O melhor momento para optar pelo parto normal é no mês anterior ao nascimento do bebê. 

         Mito. O médico explica que não existe o momento exato. “O pré-natal ajuda a mulher a entender o que está acontecendo com seu corpo, tirar dúvidas a respeito do tipo de parto (normal e cesárea) e métodos de alívio de dor”, afirma Dr. Lima, que reforça “sendo a evolução do pré-natal favorável, pode-se aguardar até 41 semanas de gestação para o parto normal”.


2.      A diferença entre parto normal e cesárea é a existência de ato cirúrgico. 

         Verdade. O especialista aponta que, no parto normal, existe a evolução fisiológica do corpo da mulher para o nascimento, quando o bebê vai sendo preparado para nascer. Além disso, a passagem pelo canal vaginal e contato com as bactérias boas do organismo da mãe também é importante. O parto normal proporciona melhores índices de amamentação, menores taxas de complicações do bebê e alta hospitalar precoce. Já na cesariana, ocorre um procedimento cirúrgico de médio porte, e nem sempre a data da cirurgia é a que o bebê está pronto para nascer, o que pode gerar mais complicações neonatais.


3.      Parto normal dói muito. 

         Parcialmente verdade. “Dói, mas existem inúmeras maneiras de aliviar a dor, seja de forma não-farmacológica, como a técnica da respiração profunda e massagem relaxante, e a farmacológica, com analgésicos e anestesia, que proporcionam mais conforto à paciente e auxiliam na evolução do trabalho de parto”, argumenta. 


4.      A recuperação do parto normal é mais demorada.
         Mito. Dr. Lima ressalta que, sem sombra de dúvidas, a recuperação do parto normal é mais rápida, porque a mulher não passou por uma cirurgia e o corpo feminino já é naturalmente preparado para o parto normal.


5.      Os benefícios do parto normal para a saúde e qualidade de vida da mulher e do bebê, são grandes.

         Verdade. O médico comenta que a cesárea possui o índice de óbito de recém-nascidos duas a três vezes maior do que se comparado ao parto normal em iguais condições. “Além disso, todos os outros índices de complicações, como sangramento, infecção, aspiração meconial, internação em UTI, etc., são maiores após a cesariana”.


Projeto Parto Adequado

O Grupo São Francisco apoia a causa do parto normal. É uma das empresas integrantes do Projeto Parto Adequado, uma iniciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar para reduzir o número de cesarianas do Brasil. Cursos gratuitos para gestantes oferecidos dentro dos hospitais, treinamentos de médicos e enfermeiros e postagens nas redes sociais das instituições estão entre as ações que fazem parte da campanha.

O objetivo do projeto é promover a conscientização das equipes médica e assistencial, assim como de gestantes e familiares. No GSF, participam a São Francisco Saúde, uma das maiores operadoras brasileiras de Medicina de Grupo, além do Sinhá Junqueira - Hospital Materno Infantil (Ribeirão Preto) e do Hospital Netto Campello (Sertãozinho).

“É importante aproveitarmos datas como o Dia das Mães para incentivar este método tão benéfico. E projetos como o Parto Adequado também são fundamentais, pois têm uma atuação mais aprofundada, ao conscientizar toda a equipe que atende às gestantes”, finaliza o especialista.

Grupo São Francisco



Coração de mãe merece muito carinho e atenção


A gravidez aumenta a velocidade da circulação e o volume de sangue. Por isso, gestantes portadoras de doenças cardiovasculares merecem atenção médica especial. Em contrapartida, o aleitamento faz muito bem ao coração das mães!

Neste Dia das Mães, 211 mil mulheres estarão dando à luz em todo o mundo, segundo dados da ONU, sendo 7.640 no Brasil, de acordo com números de 2016 do IBGE. "Tais estatísticas relativas ao número diário de nascimentos no Planeta e em nosso país, analisadas juntamente com estudos indicativos de que uma em cada cinco brasileiras tem risco de sofrer um infarto, reforçam a importância da adoção de cuidados especiais com as gestantes, pois a gravidez provoca uma sobrecarga do coração", salienta o médico José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Socesp - Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

O cardiologista explica que mulheres sem qualquer histórico de doença cardiovascular costumam apresentar alterações, principalmente o chamado sopro, um ruído associado aos batimentos cardíacos, que desaparece, na maior parte dos casos, cerca de sete dias após o parto. Porém, quando a gestante é portadora de alguma doença cardiovascular, os cuidados devem ser redobrados, a começar pelo relato do fato ao ginecologista-obstetra logo no início da gravidez, para que sejam adotadas as medidas preventivas adequadas, em conjunto com o cardiologista.

Os dois riscos mais importantes para a gestante com doença cardiovascular são o agravamento da insuficiência cardíaca, devido ao aumento do esforço imposto ao coração, e o surgimento de uma infecção (endocardite), que pode atingir válvulas do coração que já apresentem alguma lesão. O primeiro caso é mais recorrente e menos grave e o segundo, mais raro e com maior gravidade. "A boa notícia para as jovens mamães é que nas duas situações há medidas preventivas e controles eficientes. Por isso, é muito importante o acompanhamento médico frequente durante toda a gravidez e a adoção dos cuidados e recomendações do ginecologista e do cardiologista", enfatiza Saraiva.

Durante a gestação, também podem aparecer outros sintomas em mulheres sem histórico de doença cardiovascular, cuja ocorrência também exige cuidados especiais no caso das grávidas cardiopatas. Uma dessas alterações é a arritmia, com aceleração ou redução da frequência cardíaca. "Em qualquer situação, é importante verificar as causas e, se necessário, realizar o tratamento mais indicado", explica o médico. Outro fator que merece atenção é o aumento da pressão arterial, que costuma atingir de 5% a 7% das gestantes. 

"Tenha ou não histórico de doença cardiovascular, é necessário que a gestante mantenha dieta e rotina saudáveis, sempre com orientação médica. O sedentarismo, consumo excessivo de sal, ingestão de álcool, tabagismo e excesso de peso, que já são nocivos para todas as pessoas, representam prioridade absoluta para as mulheres grávidas", ressalta o presidente, observando: "A sua alimentação deve ser boa, na medida certa para sua saúde e o desenvolvimento do bebê, mas sem exageros".


Aleitamento
Distintos estudos demonstram que a amamentação, além dos comprovados benefícios para o bebê, também é muito benéfica para a saúde cardíaca das mães, favorecendo a perda de peso após o parto, a redução dos níveis de colesterol, glicose e a normalização da pressão arterial.

Trabalho mais recente, realizado por cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, concluiu que o aleitamento diminui os riscos de doenças cardíacas. A pesquisa, publicada no Journal of American Heart Association, abrangeu 300 mil mulheres chinesas, acompanhadas durante dez anos. Os resultados apontaram que aquelas que amamentaram apresentaram risco 9% menor de desenvolver doenças cardiovasculares. O índice alcançou 18% no grupo das que tinham mais de um filho e amamentaram cada bebê por dois anos ou mais.

"Os dados são reveladores", frisa Saraiva, indicando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o aleitamento materno deve ser mantido de modo exclusivo no mínimo até os seis meses, seguido de amamentação complementar até os dois anos de idade da criança.

Entre os dias 31 de maio e 2 de junho acontecerá no Transamérica Expo Center o Congresso 39º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo e uma mesa específica sobre Cardiopatias e Gravidez, que discutirá complicações, tratamentos e controle da frequência cardíaca na gravidez.


Qual o limite a esperar e como tirar proveito de chegar à maternidade mais velha?


Em um mundo cada vez mais competitivo e dinâmico, cada vez mais as mulheres têm adiado o sonho da maternidade por motivos bastante variados: construir uma carreira, viajar o mundo antes de ter um bebê, encontrar o parceiro ideal, se preparar financeiramente, entre tantos outros.

Se antigamente 40 anos era uma idade avançada para engravidar, cada vez mais vemos mulheres passarem dessa época e conseguirem gerar um bebê. Famosas como Carolina Ferraz, que teve nenê aos 46 anos, Solange Couto, aos 54, e atualmente Rachel Weiz, aos 48, mostram que é possível, sim, chegar à maternidade tardia com saúde, disposição e bebês saudáveis.

A ginecologista e obstetra Dra. Kelly Alessandra da Silva Tavares, da capital paulista, lembra que engravidar após os 40 anos tem riscos para a saúde materna, como diabetes e hipertensão mas com o acompanhamento pré-natal adequado, a gestação pode ser tranquila e trazer vantagem em relação às habilidades mentais. “Uma pesquisa conduzida por cientistas da universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, mostrou que o incremento hormonal da gravidez atua de forma positiva na química cerebral e tem efeito maior após os 35 anos. A memória verbal e a cognição saem ganhando”, destaca a Dra. Kelly.

A idade também traz mais paciência e serenidade. Com isso, pais mais velhos tendem a ser mais tranquilos em relação à criação dos filhos, têm mais conforto financeiro e estabilidade profissional, o casal está mais estruturado e o bebê vem para complementar a família, não para atrasar a realização de sonhos e expectativas.

Entretanto, as mulheres precisam estar cientes que a taxa de fertilidade tende a cair com o passar dos anos. Após os 35 anos esta queda é mais acentuada podendo dificultar uma gestação espontânea e aumentar a necessidade de tratamento para reprodução assistida. 






Dra Kelly Alessandra da Silva Tavares - Médica ginecologista e obstetra com pós graduação em nutrologia com enfoque na saúde da mulher em todas as fases da vida, promove a orientação sobre hábitos saudáveis de vida, prevenção de doenças, seguimento de rotina ginecológica e pré natal. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) em 2004 com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição em 2007. Especialista em Endoscopia Ginecológica pela FEBRASGO/AMB em 2009 e mestre em Ciências da Saúde em 2016 e pós graduanda em nutrologia pela Associação Brasileira (ABRAN).

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