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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Número de mães que deixam o mercado de trabalho é quatro vezes maior que o de pais, aponta Catho

Segundo o estudo, apenas 8% das mães entrevistadas conseguiram voltar a trabalhar em menos de seis meses e 31% levaram mais de três anos ou não retornaram

Conciliar vida pessoal com vida profissional é uma tarefa que exige sacrifícios de qualquer um, mas quando se trata de mulheres que se tornaram mães, o esforço é ainda maior. É o que comprova uma pesquisa da Catho: 30% das mães já abriram mão do emprego após a chegada dos filhos, enquanto entre os pais o número é de apenas 7%.


Pais
Mães
Sim
7%
30%
Não
93%
70%
* Profissionais que já deixaram o mercado de trabalho para cuidar dos filhos (excluindo licença maternidade)

A hora de retornar ao mercado também é mais difícil para as mães. Daquelas que deixaram o mercado por conta dos filhos, apenas 8% conseguiram voltar ao mercado em menos de seis meses, enquanto entre os homens o índice é de 33%. Quando somadas, as mulheres que demoraram mais de três anos para se recolocar e as que ainda não conseguiram retornar, o número chega a 31%. Entre os homens o índice é de 19%.


Pais
Mães
Menos de 6 meses
33%
8%
6 a 12 meses
32%
23%
1 a 2 anos
10%
28%
2 a 3 anos
5%
9%
Mais de 3 anos
5%
15%
Não retornei
14%
16%
* Tempo para retorno ao mercado de trabalho

As mães também são mais pessimistas quanto ao crescimento na carreira. Quando questionadas, 60% delas avaliam suas perspectivas como ruins ou péssimas, contra 47% dos homens que têm filhos.

Os dados mostram que, uma vez que se tornam mães, as dificuldades das mulheres no desenvolvimento de suas carreiras aumentam. "Isso demonstra ainda uma percepção cultural de que as mulheres se envolvem mais na criação dos filhos do que os homens, por isso as limitações para elas seriam maiores. Uma maneira de equilibrar essa balança é que os homens também comecem a dividir de uma maneira mais igualitária as tarefas familiares", diz Simone Damazio, Gerente de Gente e Gestão da Catho.


Pais
Mães
Péssima
16%
21%
Ruim
31%
39%
Bom
43%
33%
Ótimo
7%
5%
Excelente
4%
2%
*Como avalia as perspectivas de crescimento na empresa para os próximos anos

As empresas também podem contribuir para melhorar esse quadro. "Uma estratégia que pode beneficiar as mulheres e os empregadores, por exemplo, é apoiar a paternidade ativa, com ações como licença estendida, abono para participação em reuniões escolares e afins. Permitir que o trabalho possa ser feito de casa, por home office, com horários mais flexíveis, especialmente nos primeiros anos de vida da criança, também ajuda. Com isso as mães conseguirão ser mais eficientes na gestão do seu tempo, além de contribuir para diminuir o número de mulheres que deixam o mercado após o nascimento dos filhos, tendo mais oportunidades em suas carreiras ", diz Simone.

A pesquisa da Catho foi realizada em janeiro de 2018. Ao total foram 5.120 respondentes de todo o Brasil. Sendo 54,6% homens e 45,4% mulheres.



5 Dicas de lugares para levar as mães no Dia das Mães


O Dia das Mães está chegando! No segundo domingo de maio, celebramos o afeto, carinho e consideração por nossas genitoras. Que tal deixar a lembrancinha de lado e dar uma viagem como presente para renovar as energias da sua rainha? São Paulo está cercada de cidades lindíssimas com várias atividades. A agência de viagens ViajaNet selecionou algumas delas para você visitar com sua mãe e criarem gostosas lembranças juntos!


Guararema




A 88 quilômetros de São Paulo, Guararema, também conhecida como "Cidade Natal", em razão da célebre decoração natalina no final do ano, é um daqueles destinos escondidos em São Paulo, mas muito charmosos. Surpreenda sua mãe com um passeio pelos parques da cidade, que valorizam a beleza natural e a vegetação remanescente da Mata Atlântica, como o Parque da Ilha Grande e o Parque Municipal Recanto do Américo.

Rica em cultura, a cidade possui construções do século 18, preservadas pelo Patrimônio Histórico e oferece um retorno ao passado, por meio do passeio de Maria-Fumaça. A volta dura cerca de 30 minutos e percorre o trecho entre a Estação de Guararema e o bairro de Luís Carlos, onde a locomotiva faz uma parada para visitação.


Holambra




A graciosa cidade de colonização holandesa é o passeio perfeito para as mamães românticas. Holambra está a cerca de 130 quilômetros de São Paulo e é o maior centro de produção de flores e plantas ornamentais de toda a América Latina. O município promove anualmente a maior exposição de flores do Brasil, a Expoflora.

A influência dos Países Baixos é observada na arquitetura e construções da cidade, bem como na culinária, restaurantes, cervejarias e docerias. Durante o tour pela cidade, vale a pena visitar o Moinho Holandês dos Povos Unidos e os belíssimos campos de flores.


Boituva



Boituva é o destino perfeito para as mães aventureiras. A 117 quilômetros de São Paulo, a cidade possui clima e natureza propícios para passeios de balão, bem como atividades mais intensas, como saltos de paraquedas, rafting e paintball.

O município também oferece passeios culturais. O Museu do Tropeiro possui um acervo com mais de 700 peças que resgatam a história da região. Na Fazenda do Pinhal, é possível acompanhar com detalhes o processo de produção da cachaça Três Coronéis, popular na cidade.


Embu das Artes


Há 25 quilômetros da capital paulista, encontra-se a encantadora Embu das Artes. 

Se sua matriarca aprecia lugares diferentes, acompanhe-a na Feira das Artes, onde artistas expõem seu talento ao ar livre. Visite também os museus do Centro Histórico, que reúnem arte sacra jesuíta, barroca e indígena, características notáveis na arquitetura do município. A adorável Viela das Lavadeiras, na Rua Siqueira Campos, está cercada de flores, lojas de artigos de decoração, empórios e restaurantes com cardápios influenciados por diversas culturas.


Joanópolis


Proprietária da maior queda d'água do estado de São Paulo, Joanópolis reserva muita beleza natural para seus visitantes. A Cachoeira dos Pretos, com 154 metros de altitude, é sua principal atração turística. A cidade está entre as serras da Mantiqueira e da Guirra, a 120 quilômetros da capital. O município possui uma extensa área de Mata Atlântica preservada e atividades na água.

Faça sua mãe se sentir como a rainha que ela é, enquanto caminha pelas ruas largas e entre os casarões de estilo colonial. Finalize o passeio experimentando os deliciosos vinhos, queijos, doces e pratos típicos da roça.





Imagens: Divulgação


ViajaNet
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A diferença entre maternidade e maternagem

A semana do dia das mães é uma data muito oportuna para falarmos da importância da maternagem na prevenção de transtornos cerebrais psiquiátricos. Ser mãe é muito mais do que simplesmente dar à luz e exercer a maternidade, mas infelizmente nem todas as mães quando dão à luz estão emocionalmente bem para exercer aquilo que cientificamente foi denominado de “maternagem”.
O psiquiatra e pesquisador do Programa de Transtornos afetivos (GRUDA) do Hospital das Clínicas da USP, Dr. Diego Tavares explica que a maternagem é algo bem mais trabalhoso e exige estabilidade de humor para tal. Na natureza é possível perceber como o que é uma maternagem amorosa, calma, dedicada e afetiva. A mãe emocionalmente estável consegue olhar nos olhos, abraçar, aquecer, dar carinho e sorrir para a prole. A prole em desenvolvimento, por sua vez, quando recebe estes estímulos de maternagem ativam áreas emocionais que serão importantes para quando no futuro precisarem lidar adequadamente com emoções positivas ou negativas”, diz o médico.

Assim como na natureza animal, a estabilidade da mãe na gestação, amamentação e nos primeiros anos de vida de uma criança são muito importantes para a estabilidade emocional da criança quando se tornar adulta. “Muitas mães não são alertadas que estarem estressadas, deprimidas, irritadas, frias e insensíveis no período do pós-parto e nos anos iniciais de criação da prole pode afetar seus filhos profundamente”, alerta o psiquiatra.

Por isso, que o afeto e o carinho é fundamental na primeira infância e os reflexos são visto na vida adulta, tanto no aspecto positivo quanto no negativo. E àquelas mães que não se sentem bem emocionalmente após a gestação precisam ser acolhidas e auxiliadas. “Nenhuma mãe é biologicamente agressiva com a prole sem estar doente. Elas precisam de ajuda”, finaliza Dr. Diego Tavares.




Fonte: Improving maternal perinatal mental health: integrated care for all women versus screening for depression.
Laios L, et al. Australas Psychiatry. 2013.

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