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sexta-feira, 27 de abril de 2018

Questões do trabalho que podem levar ao estresse


Com o Dia do Trabalho chegando, atentamos para a importância de manter a saúde durante o horário do expediente - e não levar os problemas para o lar.
 
Dia 1° de maio comemora-se o Dia do Trabalho e, mais do que uma homenagem e alerta para todos os profissionais, essa é uma lembrança de que, para ter uma vida longa e saudável, é preciso tomar cuidado com atitudes diárias – como, por exemplo, o estresse que pode ser acumulado durante o expediente. 

Segundo João Alexandre Borba, psicólogo e coach, o estresse não é uma doença e sim um sintoma, um estado que o organismo entra quando é submetido a muito esforço e/ou tensão. “Por não ser uma doença, os sintomas são muito variados. Podem ir desde uma dor de cabeça, distúrbios do sono, irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração ou tensão muscular, a dificuldades respiratórias, dificuldade de memória, problemas digestivos, pressão alta, problemas cardíacos, e até mesmo distúrbios psíquicos como síndromes, depressão e pânico”, explica Borba.

Para evitar esses problemas, é preciso que a pessoa encontre sua identidade no trabalho, senão ela começa a fazer tudo no automático – e o trabalho perde o sentido na sua vida e começa a torná-la infeliz. “Se você não se encaixa onde trabalha ou não se sente bem, começa a trabalhar igual um ‘zumbi’: sem vida”, exemplifica o especialista. 

Sabe o filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin? É mais ou menos isso o que a pessoa faz: atividades repetidas, sem pensar, apenas no automatismo. “Uma hora ela vai se estressar, mesmo que seja com o menor dos detalhes. Ela acumula insatisfações que, em alguma hora, vão aparecer: seja na forma de alguma dor, seja reclamando, seja ficando doente, etc.” exalta.

A competição cada vez maior por vagas de emprego assim como a maior necessidade aparente por recursos financeiros faz com que os profissionais demandem esforços e sofram pressões diárias para serem melhores, “e acredite: viver assim não é saudável. É preciso gostar do que se faz”, ressalta Borba.

Muito desse estresse acontece porque o perfil do que se diz ser de um bom profissional, passa por características de semideuses, em que devem existir absolutamente todos os adjetivos de um ser “perfeito” – mas, que os anúncios afirmam ser fáceis de serem atingidos. 

Para que o estresse seja evitado no ambiente de trabalho, é preciso que o trabalhador tenha um controle sobre suas condições de saúde, ou seja, suas necessidades básicas devem ser atendidas. Isso significa que deve ser proporcionada uma alimentação saudável, moradia adequada, meios de transportes, lazer, saúde e educação eficientes e direitos básicos à condição humana. “Essas características influenciam diretamente na forma com a qual o trabalhador irá desempenhar sua função na empresa. Quando sua vida está mais organizada e ele não precisa se preocupar com essas coisas ‘básicas’, ele pode dedicar-se mais e melhor ao trabalho”, conclui Borba.





João Alexandre Borba - Master Coach Trainer e Psicólogo


1º de Maio: Dia de se reinventar no trabalho


Você sabe o que é portfólio? É um conjunto de trabalhos realizados que apresentam o profissional. É típico das artes visuais. Um desenhista tem uma pasta com seus trabalhos mais importantes publicados ou veiculados, por exemplo.

Em tempos de grande dificuldade de se arrumar trabalho, vamos tentar pensar de um pouco diferente. Primeiro, preste atenção que falei trabalho e não emprego! O emprego de carteira assinada está cada vez mais raro e assim continuará depois da reforma trabalhista. Um único emprego, férias anuais e 13º tende a existir cada vez menos. O trabalho remunerado pode acontecer por meio da micro empresa, microempreendedor individual ou até mesmo dando um recibo como autônomo.

A tendência é de cada um de nós tenhamos diferentes fontes de renda e não necessariamente ligada a uma atividade única. Exemplo: de uma forma ou de outra, sempre exerci isso. Enquanto fazia faculdade de Psicologia, assessorei um coordenador de grupo, fui guia na Disney e fiz estágios na área. Formada, trabalhei na Prefeitura por concurso público, dei aula na faculdade, no consultório, com projetos sociais. Quando larguei a faculdade me joguei no Falatório, faço palestras, dou consultoria, além do consultório.

Tenho amigos que além das profissões tocam, cantam, fazem bijuterias, são escritores, professores particulares, chefs, ou seja, combinam a formação acadêmica com habilidades e experiências desenvolvidas ao longo da vida e formam uma carteira de renda pessoal. Diferentes fontes de renda compõem a remuneração total.

Nos tornamos um portfólio, um conjunto de talentos, habilidades e capacidades com as quais podemos trabalhar e ganhar dinheiro.

E esse conjunto, muitas vezes, acontece por acaso. A profissão principal torna-se secundária e o que era hobby se transforma em fonte de renda principal. Em tempos fluidos, incertos e imprevisíveis, temos que ser criativos e experimentarmos, ousarmos.

Fico um tanto preocupada quando ouço dos jovens vestibulandos aflitíssimos com a escolha de uma profissão única, que o satisfará e o sustentará para o resto da vida. A profissão é um caminho que nos mostra outros dentro e fora dela. Muitas coisas que fiz foram surgindo, oportunidades apareceram e eu encarei. Umas deram mais certo, outras não.

Dentro da Psicologia há tanta coisa que eu adoro e ainda gostaria de estudar, como por exemplo as mudanças provocadas pelas redes virtuais. Fico fascinada e preocupada ao mesmo tempo!!

Mas o que interessa é chamar atenção para o leque de possibilidades que cada um de nós tem. Então, não pense em uma única saída para fazer grana, pense num conjunto delas, torne-se um portfólio profissional, pense como se você fosse uma pasta virtual de atividades e apresente-se. Exponha o conteúdo desta pasta, explore-se!!!



Gisela Monteiro - Doutora em Psicologia Social pela USP, com experiência em Saúde Coletiva, Projetos Sociais e Consultório Particular. Faz consultoria para empresas e escolas e é autora do Falatório com Gisela- www.falatoriocomgisela.org


Dia do Trabalhador: entenda as habilidades mais requeridas pelo mercado de trabalho

No dia 1º de maio, o Brasil (e muitos outros países) comemora o Dia do Trabalho ou Dia Internacional dos Trabalhadores. A data se originou em razão das manifestações de trabalhadores de Chicago (Estados Unidos), em 1886, que buscavam melhores condições para exercerem suas profissões.

Hoje, existem mais de 13 milhões de desempregados no Brasil. E, de acordo com dados do IBGE, a quantidade de jovens de 16 a 29 anos que não estudavam e nem trabalhavam cresceu rapidamente nos últimos dois anos (2016 e 2017), chegando a 25,8% da população dessa faixa etária em 2016, ou 11,6 milhões de pessoas.

No entanto, as perspectivas são positivas. Segundo o Ministério da Fazenda o País criará 2,5 milhões de postos de trabalho até o fim do ano, o melhor resultado desde 2010, em diversas atividades e para profissionais de diferentes níveis. “Com dois anos de PIB positivo, acredito que gradativamente reduziremos o número de desempregados”, afirma Rodrigo Vianna, CEO da Mappit –  empresa do Grupo Talenses especializada em conectar profissionais de cargos iniciais da carreira ao mercado de trabalho.

Nesse sentido, para esses profissionais que ainda estão desempregados, ou até para aqueles que desejam uma recolocação, Vianna endereça, abaixo, as principais competências técnicas e comportamentais mais requeridas atualmente, para que os profissionais saibam como se preparar em busca de oportunidades. São elas:


Habilidades técnicas (Hard skills)

  • Reciclagem constante

Os profissionais não podem parar de estudar, é preciso se reciclar constantemente, para se atualizar tecnicamente com as boas práticas de mercado. Além disso, a existência da formação complementar no currículo - seja uma pós-graduação, ou especializações - é um indicador de que não estão em zona de conforto;

  • Realizações de projetos

Outra diferencial importante são as entregas efetivas. É preciso contar isso tanto no currículo, como nas entrevistas. Ou seja, é importante saber contar sobre as atividades que você já participou e tiveram resultados positivos: é necessário evidenciar isso de forma qualitativa e quantitativa. E, aqui, podem ser incluídos também seus projeto pessoais. Ou seja, intercâmbio, cursos que não estejam relacionados a sua formação, trabalhos voluntários, e atividades diferentes que te enriqueceram de alguma forma;

  • Inglês – e terceiro idioma

A fluência no idioma inglês ainda é um desafio para grande parte dos profissionais – em diversos níveis hierárquicos. No entanto, essa capacitação é extremamente importante para um mercado de trabalho cada vez mais globalizado. Então, não deixe para desenvolver seu inglês quando começar a sentir falta. E, além disso, é válido focar também em um terceiro idioma como atrativo para o currículo.

Habilidades comportamentais (Soft Skills)

  • Cultura geral
Essa competência é sempre importante, independentemente da área de atuação e nível hierárquico. É importante saber debater assuntos sobre o mundo, ter visão sistêmica e lógica, conhecer assuntos diversos; Para isso, leia jornais, revistas, blogs, seja impresso ou digital, o que importa é não estar alienado com as coisas que acontecem no mundo. Elas com certeza têm impactos no seu trabalho.

  • Adaptabilidade/criatividade

Os profissionais devem trabalhar com performance satisfatória no cenário em que se encontra. A habilidade de extrair o máximo de resultado de acordo com a condição oferecida é cada vez mais valorizada pelas companhias;

  • Energia

A instabilidade econômica ainda é uma realidade, e as empresas devem retomar aos poucos suas estruturas de equipes antigas. Até então, a energia e disponibilidade são essenciais para ser multitarefa;

  • Otimismo

A atitude vencedora é ainda mais valorizada em períodos de instabilidade econômica. Um profissional que tem essa energia positiva pode fazer a diferença, quando também está munido de outras capacidades.



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