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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Pesquisa mostra que mais mulheres sofrem acidente vascular cerebral devido à fibrilação atrial do que homens


Fibrilação atrial é um dos principais fatores de risco para o acidente vascular cerebral, sendo responsável, todos os anos no Brasil, por 51 mil casos da doença¹


A pesquisa "A percepção do brasileiro sobre doenças cardiovasculares", encomendada pela Boehringer Ingelheim (BI) em parceria com o IBOPE CONECTA, apontou alguns dados interessantes. Por exemplo, dentre os participantes que relataram ter fibrilação atrial (FA) e um acidente vascular cerebral (AVC), a maioria era de mulheres. Entre julho e agosto de 2017, o estudo ouviu, no total, 2.001 pessoas, com idades entre 18 e 65 anos, das classes A, B e C, residentes de todas as regiões do país, com o objetivo de mapear o conhecimento dos brasileiros a respeito das doenças cardiovasculares, explorando, em profundidade, a compreensão da população sobre a fibrilação atrial.

Na pesquisa, os entrevistados diagnosticados com FA ou que conhecem alguém que possui a doença foram questionados se sofreram com a ocorrência de um AVC nos seis meses anteriores ao estudo. 30% deles responderam afirmativamente3, o que vai ao encontro dos principais estudos científicos na área que apontam a relação do derrame, como a doença é popularmente conhecida - com essa arritmia, um dos seus principais fatores de risco. Nessa amostra, 34% dos casos de AVC aconteceram em mulheres, contra 24% em homens3.

Para evitar tal complicação, que figura como a principal causa de incapacidade física globalmente4, a fibrilação atrial deve ser diagnosticada precocemente e tratada. A doença, que leva o coração a bater em um ritmo descompassado, favorece a formação de coágulos no órgão que, ao se desprenderem, entram na circulação sanguínea e podem chegar a qualquer parte do corpo, como o cérebro, levando ao acidente vascular cerebral isquêmico5. Assim, parte do tratamento da FA consiste no uso de medicamentos anticoagulantes, que "afinam" o sangue e previnem a ocorrência do AVC.

Entretanto, a pesquisa também mostrou que 47% dos entrevistados com FA não fazem uso de medicação anticoagulante³, ficando mais expostos ao risco de AVC. De acordo com especialistas, essa porcentagem pode ser justificada graças à preocupação com sangramentos, um dos principais efeitos colaterais desse tipo de medicação. Mas, hoje, caso esses pacientes sofram acidentes, sangramentos incontroláveis ou tenham que ser submetidos a procedimentos emergenciais, já existe na medicina um agente reversor, específico para a dabigatrana, que age revertendo, imediata e momentaneamente, efeito anticoagulante6-7.


Doença assintomática x AVC

Recentemente a Boehringer Ingelheim também anunciou novos resultados do GLORIA™-AF, um dos maiores programas de registro observacionais que coleta dados reais de segurança, eficácia e resultados em pacientes com FA que fazem uso controlado de anticoagulantes.

De acordo com essa subanálise dos dados do GLORIA™-AF, apresentada em uma sessão científica da Associação Europeia de Ritmo Cardíaco – European Heart Rhythm Association, pacientes com fibrilação arterial (FA) não valvar, com poucos ou sem sintomas da doença, são mais propensos a ter um AVC (Acidente Vascular Cerebral), antes mesmo do diagnóstico de FA, quando comparados aos pacientes com FA sintomática8

Provavelmente, a constatação é uma consequência da falta de conhecimento sobre a patologia, já que pacientes com FA assintomática levam mais tempo para receber o diagnóstico da doença.

Nesta subanálise do GLORIA™-AF, que comparou as características de 6.011 pacientes com FA no Leste Europeu, 69% (4.119 pessoas) apresentaram poucos ou nenhum sintoma da doença e 31% (1.892 pessoas) reportaram sintomas quando foram diagnosticados. Constatou-se, portanto, que pacientes com FA sem sintomas tiveram duas vezes mais chances de sofrer um AVC prévio (14,7% contra 6%)8.

Segundo o Dr. Steffen Christow, cardiologista e chefe do Laboratório de Eletrofisiologia do Hospital Ingolstadt GmbH, na Alemanha, sem o diagnóstico, os pacientes com FA continuam em risco de sofrer um AVC, que pode ser debilitante e provocar não só mudanças na vida dos pacientes, como pode ser uma condição fatal.

"O GLORIA™-AF enfatiza a necessidade de programas de saúde pública de triagem para identificar a FA na população de alto risco, para que as pessoas possam ser diagnosticadas precocemente e assim receber a terapêutica apropriada com o uso de anticoagulantes. Além disso, também é importante fazer o gerenciamento de todos os fatores de risco da doença, para reduzir assim os riscos de AVC e morte", esclarece o Dr. Christow.

De acordo com o Professor Jörg Kreuzer, vice-presidente médico da Área de Terapêutica Cardiovascular da Boehringer Ingelheim, o GLORIA™-AF é uma iniciativa importante: 
"Estamos realmente satisfeitos por essas descobertas estarem na pauta da sessão científica da EHRA. Estamos aguardando mais resultados do GLORIA™-AF que irão dar suporte nas prescrições do médico para prevenção do AVC. Análises futuras do programa incluirão dados de cerca de 5.000 pacientes que usam a dabigatrana e a rotina clínica prática em todo o mundo, grupo acompanhado por dois anos", comenta.






Boehringer Ingelheim
www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil



Referências
  1. Martins S World StroKe Coference 2011.
  2. Atrial Fibrillation Fact Sheet, National Heart Blood and Lung Institute Diseases and conditions Index, October 2009. Disponível em www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/af. Último acesso em 18 de setembro de 2017.
  3. Pesquisa "A Percepção dos Brasileiros sobre Doenças Cardiovasculares". Coleta de Dados pelo IBOPE CONECTA em parceria com a Boehringer Ingelheim. Análise de Dados feita pela Edelman Significa.
  4. Figin et al 2015-2016.
  5. Atrial Fibrillation Fact Sheet, National Heart Blood and Lung Institute Diseases and conditions Index, October 2009. Disponível em www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/af. Último acesso em 18 de setembro de 2017.
  6. Base de dados da Boehringer Ingelheim
  7. Pollack, C.V. et al. Idarucizumab for Dabigatran Reversal – Full Cohort Analysis. New Engl J Med. 2017; DOI: 10.1056/NEJMoa1707278.
  8. Christow.SP. et al. Increased Rate of Previous Stroke in Asymptomatic/Minimally Symptomatic versus Symptomatic Patients with Newly Detected Atrial Fibrillation in Western Europe – Results From the GLORIA-AF Registry. (Abstract #41120) apresentado no EHRA-EUROPACE CARDIOSTIM, em 21 de junho de 2017.

Cirrose: a doença silenciosa que pode afetar também não alcoólatras


A doença pode ser causada por outras patologias e pode levar à morte 

Engana-se quem pensa que a cirrose é um problema que afeta apenas quem consome bebidas alcoólicas em exagero. Segundo Eduardo Ramos, cirurgião geral do Hospital Nossa Senhora das Graças, a doença que afeta as células do fígado, prejudicando a circulação do sangue que passa pelo órgão, pode ser causada por outras patologias. “A cirrose pode ser originada pela hepatite B e C, pela esteopatite não alcoólica, que é o acúmulo de gordura no interior das células do fígado, pela cirrose biliar primária e secundária, entre outras”, conta.

Trata-se de uma doença silenciosa, com poucos sintomas até estar em uma fase avançada. “Os sintomas nessa fase são sangramentos digestivo, água na barriga, confusão mental, alterações renais, perda de massa muscular, aranhas vasculares, e infecções”, afirma. 

O tratamento vai depender das causas, dos sintomas e das complicações. 

“Para as aranhas vasculares os pacientes devem realizar endoscopia digestiva alta. Já para a ascite, que é a água na barriga, o paciente deverá restringir ou evitar o uso de sal e fazer uso de diuréticos. E assim por diante”, comenta. 

Baseando-se no diagnóstico, o médico vai dar o prognóstico do paciente em relação à doença. No caso da cirrose, a pessoa poderá viver vários anos. 

“Dependendo do grau de comprometimento do fígado. Sintomas como ascite e varizes de esôfago que sangraram indicam doença avançada”, ressalta. 

Para evitar a cirrose é necessário impedir as causas de hepatite e fazer o tratamento adequado no caso dos sintomas. “Não se deve compartilhar materiais que tenham sangue, como escova de dentes, giletes e material de manicure. As relações sexuais devem ser com proteção. Não utilizar drogas ilícitas, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas”, finaliza. 



Nem sempre boca seca é sinal de sede


 Especialista explica as doenças que podem estar associadas

 
Sua boca fica seca constantemente? A sensação de boca seca, também conhecida como xerostomia, nem sempre indica que é hora de beber água e pode ser sinal de alguma outra doença, como baixa produção ou entrega de saliva na cavidade bucal.

Além de boca seca, outros sintomas podem surgir como dificuldade para engolir ou mastigar. As causas podem estar associadas às glândulas salivares responsáveis pela produção de saliva ou ao uso de determinados medicamentos (antidepressivos, relaxantes musculares, ansiolíticos, tranquilizantes).

“O tabagismo e os efeitos de radioterapia local também constituem etiologias importantes. Se além da boca seca o indivíduo tem dor ou dificuldade para mastigar o problema pode ser cálculo nos ductos das glândulas salivares”, explica Dra. Jeanne Oiticica, otorrinolaringologista, otoneurologista e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

O diagnóstico é feito, principalmente, pela história clínica. Em casos específicos, exames complementares podem ser solicitados, incluindo sangue, imagem e biópsia. O tratamento deve ser conduzido caso a caso, dependendo do diagnóstico verificado pelo especialista.

A boca seca pode trazer complicações para a cavidade bucal e garganta. Além de afetar o hálito e o pH da boca, pode indicar doenças inflamatórias e/ou infecciosas das glândulas salivares, que podem ser crônicas e nocivas ao organismo, acometendo diretamente as defesas e a imunidade local, deixando o indivíduo mais suscetível.

A Dra. Jeanne lista algumas dicas de prevenção para evitar as doenças que causam a boca seca. São elas:
  • Higiene bucal regular (escovar os dentes após as refeições e antes de dormir, uso de fio dental, gargarejos com água morna e uma pitada de bicarbonato de sódio);
  • Hidroterapia (beber pelo menos 2 litros de água por dia);
  • Evitar o consumo de bebidas e ou alimentos que deixam a saliva grossa e espessa (laticínios, café, refrigerantes, álcool);
  • Não fumar.

“Sempre indico o consumo de uma maçã por dia, já que a fruta tem efeito desengordurante, adistringente, capaz de limpar e remover resíduos e impurezas da boca. Existem ainda as salivas artificiais e estimulantes do fluxo salivar, que podem repor a falta de produção intrínseca de saliva”, conclui Dra. Jeanne.


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