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domingo, 15 de abril de 2018

Entenda a importância da vacina da gripe para a saúde do idosos neste inverno


Geriatra faz alerta sobre importância da vacinação e explica em quais casos existe contraindicação

A campanha de vacinação para a gripe começa no dia 26 de abril, em muitos municípios de São Paulo. Junto com essa ação, surgem diversos questionamentos referentes a como os grupos de risco devem se comportar, como os idosos, por exemplo, que têm receio de tomar a vacina e sofrer com os efeitos colaterais.
De acordo com a geriatra da Clínica Soulleve em São Paulo, Dra. Renata Scilla, pessoas com risco alto de desenvolver complicações pela gripe precisam ser vacinadas todo ano e como os idosos fazem parte desse grupo, é fundamental manter a vacina em dia. 
Além disso, segundo uma pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, realizada em parceria com o Instituto de Infectologia Emílio Ribas (SP), as internações de idosos, com 60 anos ou mais, em hospitais públicos do estado por complicações decorrentes da gripe caiu 62% depois que a vacinação contra a doença foi introduzida no calendário da rede pública de saúde anualmente. 
A especialista ainda alerta que os efeitos colaterais mais comuns da vacina contra a gripe geralmente ocorrem ainda no local da aplicação e apenas eventualmente, casos de dor local, endurecimento e vermelhidão podem durar até 48 horas. "É raro, porém a vacina ocasiona reações sistêmicas, como febre e dores musculares nos idosos. No entanto, a recomendação ainda é que a população da terceira idade procure os postos de saúde e se vacinem. E, se caso perceberem os sintomas dos efeitos colaterais, procurar ajuda médica o mais depressa possível”, explica Renata.
As contraindicações para a vacinação em idosos são raras. No entanto, a geriatra explica que em casos de alergia a algum componente da vacina, como a neomicina e também alergias a proteína do ovo, o paciente deve evitar a vacinação e passar por uma consulta com o geriatra para uma análise do que pode ser feito nesses casos. “Outra contraindicação é a de pacientes idosos que estejam com doenças que levem ao estado febril. Nesse cenário, é preciso esperar passar os sintomas de febre, analisar o histórico do paciente e depois isso tomar a vacina”, explica a médica.
Abaixo, a geriatra deixou algumas dicas simples para os idosos, que podem fazer diferença na prevenção contra o vírus da gripe durante o pico de infecções, que ocorre de junho a agosto. Confira:
- Lavar bem as mãos, principalmente antes das refeições; 
- Usar lenço de papel para higiene nasal;
- Evitar levar as mãos aos olhos, nariz e boca; 
- Não compartilhar talheres, pratos e copos;
- Manter sempre os ambientes ventilados, mesmo frio;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados.


Dra. Renata Scilla - CRM 133.281  |  RQE 150918 - Médica formada pela Faculdade de Medicina de Teresópolis.
Residência médica em clínica médica pelo Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Bragança Paulista. Residência médica em geriatria no Hospital Servidor Público Estadual de São Paulo. Titulo de especialista em geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Especialização em cuidados paliativos pelo Instituto Paliar. Aperfeiçoamento em psiquiatria geriátrica pelo Instituto de Psiquiatria da USP. Atualmente, atua como médica preceptora do serviço de geriatria e gerontologia do Hospital Servidor Público Estadual de São Paulo e no atendimento de pacientes ambulatoriais e internados.

Temporada de gripe preocupa por causa de vírus que assustou Hemisfério Norte


Infectologista do Sírio-Libanês explica como evitar a doença e reforça o poder da vacina
 

Com a chegada do outono e a proximidade do inverno, começa também a temporada de gripe. Este ano, a preocupação é ainda maior, pois a expectativa é que a Influenza A subtipo H3N2, gripe que assustou o Hemisfério Norte, chegue ao Brasil. Nos Estados Unidos, a H3N2 causou milhares de mortes e registrou recorde de internações. No Brasil, já foram identificados casos em Minas Gerais e São Paulo, com pelo menos duas mortes confirmadas em Taubaté (SP).

Por causa da gravidade da doença, a infectologista Maria Beatriz de Souza Das, do Hospital Sírio-Libanês, destaca a importância da vacinação. “É uma forma de se proteger da doença”, alerta, acrescentando que, nos Estados Unidos, a vacina teve eficiência de 36%. “As vacinas que começam a chegar no Brasil, feitas para o Hemisfério Sul, são diferentes e, por isso, ainda não temos como informar a sua taxa de eficiência.” De acordo com a infectologista, a vacina impede um grande número de pacientes de adoecer e reduz o número de internações.

A vacina é recomendada especialmente para os grupos de risco, que são os idosos com mais de 60 anos; crianças com menos de 2 anos; portadores de doenças pulmonares, cardiovasculares, hepáticas, renais, neurológicas; pessoas imunossuprimidas (inclusive portadores do HIV); diabéticos; gestantes e mulheres que deram à luz nas duas últimas semanas e profissionais de saúde. A vacina estará disponível, a partir de meados de abril, na rede pública. Na rede particular ela já está disponível, como no Hospital Sírio-Libanês. Além de cepa do H3N2, a vacina protege também contra a H1N1 e outros dois tipos de Influenza B.

Dra. Maria Beatriz lembra que os antivirais, como o Tamiflu, são eficientes para o tratamento da doença. “A recomendação é que os pacientes com sintomas fortes da gripe, como febre, tosse, dor de garganta e dificuldade para respirar, entre outros, procurem atendimento médico o mais urgente possível”, afirma.

Para evitar as gripes e outras doenças respiratórias, a infectologista recomenda evitar aglomerações, ficar a pelo menos a 2 metros de distância de pessoas gripadas, usar lenço de papel, lavar as mãos constantemente, evitar levar as mãos aos olhos e outras mucosas e cobrir a boca com a parte interna do braço ao tossir ou espirrar.






Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês

ANTICONCEPCIONAL MASCULINO DEVE SER REALIDADE EM POUCOS ANOS


Pesquisadores da Universidade de Washington, em Seattle, estão desenvolvendo um anticoncepcional masculino, e os primeiros testes clínicos são promissores. A nova pílula é conhecida pelo nome químico undecanoato de dimetandrolona (DMAU), contém uma combinação de hormônios com o objetivo de inibir a produção de espermatozoides, pela inibição do eixo hormonal hipotálamo-hipófise-gonadal (HHG).

Segundo os estudos, ao contrário das tentativas anteriores de anticoncepcionais masculinos, que provocavam inflamações no fígado e precisavam de duas doses diárias, o DMAU possui um ácido graxo de cadeia longa em sua composição, que garante a sua eficácia com um comprimido por dia.

Segundo o urologista e andrologista Jorge Hallak, a previsão é de que o anticoncepcional masculino esteja à disposição no mercado em no máximo 10 anos. No entanto, ele alerta que métodos que focam no eixo hormonal trazem riscos de alteração temporária ou até mesmo permanente na função testicular. Também esclarece que as pesquisas mais promissoras focam em anticoncepcionais que não atuem no eixo HHG, mas no  bloqueio de receptores na superfície do espermatozoide o que impede que ele reconheça o óvulo como alvo, impossibilitando assim o processo de fertilização.

O especialista acredita que a temática é importante para fomentar uma mudança de comportamento e dar maior responsabilidade ao homem, retirando da mulher a exclusividade na responsabilidade reprodutiva

“Essas conquistas farão com que os jovens e adolescentes do sexo masculino possam assumir o papel de protagonista na prevenção da gravidez, o que muda radicalmente a relação deles com a paternidade. Além disso, esse tipo de estudo amplia o debate e provoca uma reflexão sobre a saúde do homem, o que é extremamente positivo para homens de todas as faixas etárias”, ressalta Hallak.


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