Empliciti
(elotuzumabe), produzido pela Bristol-Myers Squibb, é a única terapia que demonstrou benefício de sobrevida livre de
progressão (PFS) mantida em 3 anos
A biofarmacêutica Bristol–Myers Squibb (BMS) anuncia que a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o
medicamento Empliciti (elotuzumabe) para o tratamento dos pacientes que
enfrentam o mieloma múltiplo no Brasil. Trata-se do terceiro imuno-oncológico
aprovado para o tratamento de doenças hematológicas e o terceiro medicamento
desta classe, produzido pela BMS, aprovado no país, o que reforça a liderança
da empresa na busca pelas
melhores opções de tratamento em imuno-oncologia. O medicamento é indicado em
associação com lenalidomida e dexametasona para o tratamento de pacientes com
mieloma múltiplo previamente tratados com uma ou mais terapias.
Baseado no estudo de fase
III ELOQUENT-21, em associação terapêutica com
lenalidomida e dexametasona, o Empliciti (elotuzumabe) é a única terapia
que demonstrou benefício de sobrevida livre de progressão (PFS) mantida em 3
anos. A taxa é de 21% versus 14% quando comparada com lenalidomida e
dexametasona apenas. A associação tripla reduziu o risco de progressão de
doença ou morte em 23% e o ganho de sobrevida global, em 3 anos, foi de 50%
versus 43%.
Apesar de ser uma doença incurável, Empliciti (elotuzumabe),
já aprovado nos Estados Unidos e Europa, possibilitará aos pacientes atingir
ganhos significativos de sobrevida em comparação à terapia padrão atualmente
disponível no mercado nacional.
De acordo com o Dra. Luciana Barreto Herriot,
médica hematologista do Instituto Nacional de Câncer, a chegada do primeiro
imuno-oncológico para mieloma múltiplo representa, a médio prazo, um resultado
ainda imensurável. “Trata-se de uma abordagem até então não explorada, que
passa por vias novas no controle da doença e que podemos imaginar associada aos
tratamentos vigentes de primeira linha e de recidiva, sem acréscimo
significativo de toxicidade e com boa tolerância”.
A médica ainda alerta que a prevalência da
doença é maior entre idosos a partir de 60 anos e o imuno-oncológico será uma
opção segura de tratamento para esse público. “A chegada de uma classe
totalmente nova de drogas ativas para o mieloma múltiplo, com perfil de
toxicidade e segurança adequadas a população de maior prevalência desse tipo de
câncer, permitirá uma série de associações com outros remédios também ativos
para diferentes fases da doença”.
O Empliciti (elotuzambe)
é o único medicamento disponível para o tratamento do mieloma múltiplo que
apresenta duplo mecanismo de ação, pois induz diretamente a morte da célula
tumoral e também estimula o sistema imunológico para combater o tumor.
Para o presidente da Bristol-Myers Squibb no Brasil, Gaetano
Crupi, esta nova aprovação reafirma o posicionamento de liderança global da
biofarmacêutica em imuno-oncologia e a importância do papel desempenhado pela
empresa no combate ao câncer no Brasil. “Com base na nossa experiência com
Sprycel (dasatinibe), indicado para leucemia mieloide crônica, e a recente
aprovação de Opdivo (nivolumabe) para o tratamento do linfoma de Hodgkin,
estamos fortemente empenhados em continuar a impulsionar a inovação e avançar
no cuidado de pacientes com malignidades hematológicas por meio da nossa
liderança em imuno-oncologia”, afirma o executivo. “O Empliciti (elotuzumabe) é
um exemplo, pois trata-se do terceiro tratamento imuno-oncológico para doenças
hematológicas, no Brasil. A aprovação deste medicamento está em linha com a
estratégia pan-tumor da companhia, de tratar vários tipos de câncer com uma
mesma molécula”.
Sobre o mieloma múltiplo
O mieloma múltiplo é um câncer relativamente raro. Nos
Estados Unidos, a possibilidade de ser diagnosticado com mieloma múltiplo é de
1 em 143 (0,7%)². De acordo com dados do Globocan 2012³, apenas no Brasil, foi
registrada a incidência de 3518 casos de pacientes diagnosticados com a doença.
A doença é um tipo de câncer que se origina a partir dos plasmócitos
(um tipo de célula do sistema imunológico responsável pela produção de
anticorpos). Esta célula doente se multiplica infiltrando a medula óssea (sede
da produção do sangue) levando a anemia. O plasmócito doente infiltra os ósseos
gerando destruição do tecido ósseo o que causa dor intensa e traz o risco de
fraturas. Além disso, a produção de anticorpos anômalos pode levar a infecções
de repetição e insuficiência renal4.
De acordo com estudos, mais de 90% dos casos ocorrem após os 50
anos, com idade média ao diagnóstico de 70 anos, no Ocidente5, mas,
no Brasil, a ocorrência da doença ocorre mais cedo, sendo de 60 anos a idade
mediana dos pacientes ao diagnóstico6,7.
Imuno-Oncologia na Bristol-Myers Squibb
Cirurgia, radioterapia, citotóxicos ou terapias-alvo têm sido
as alternativas de tratamento para o câncer nas últimas décadas, entretanto
sobrevida a longo prazo e uma boa qualidade de vida continuam sendo prioridade
para os pacientes com a doença em fase avançada.
Para atender a essa necessidade médica, a Bristol-Myers
Squibb está liderando pesquisas em áreas inovadoras do tratamento de câncer,
como a Imuno-Oncologia, que envolve agentes cujo mecanismo primário é estimular
o sistema imunológico para combater o câncer. A empresa está estudando uma
variedade de compostos e abordagens imunoterapêuticas para pacientes com
diferentes tipos de câncer, incluindo pesquisas sobre o potencial de
combinações entre agentes imuno-oncológicos que têm como alvo diferentes
caminhos no tratamento do câncer.
A Bristol-Myers Squibb está comprometida em avançar na
ciência da Imuno-Oncologia com o objetivo de mudar a expectativa de vida e a
maneira como os pacientes com câncer vivem.
Bristol-Myers Squibb
Referências
5 Swerdlow SH, Campo E, Harris NL, Jaffe ES, Pileri SA,
Stein H, et al. WHO Classification of Tumours of Haematopoietic and Lymphoid
Tissues. 4th ed. Lyon: International Agency for Research on Cancer 2008
6 Hungria VT, Maiolino A, Martinez G, Colleoni GW,
Coelho EO, Rocha L, et al. Confirmation of the utility of the International
Staging System and identification of a unique pattern of disease in Brazilian
patients with multiple myeloma. Haematologica, 2008; 93(5):791-2.
7 Hungria VTM. Mieloma
múltiplo no Brasil: aspectos clínicos, demográficos e validação do Sistema de
Estadiamento Internacional (ISS) em pacientes brasileiros. Rev bras hematol hemoter, 2007; 29(Suppl. 1):10-3.