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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Bulimia e anorexia: como tratar o problema



4 em cada 100 pessoas sofre com algum distúrbio alimentar. As principais vítimas são as mulheres


Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos (NIMH), 70 milhões de pessoas no mundo sofrem com algum tipo de transtorno relacionado à alimentação. E o índice de mortes provocadas por esse de problema é alto, quase 20%. A incidência de mortes relacionadas à anorexia, por exemplo, é doze vezes maior do que qualquer outra causa, entre mulheres na faixa dos 15 anos 24 anos, apontou estudo realizado pelo Centro Nacional de Informações sobre Transtornos Alimentares do Canadá (NEDIC). E apesar da prevalência de casos entre mulheres, dados mostram que a incidência entre os homens está aumentando vertiginosamente. 

Segundo Dra. Adriana Pessoa, endocrinologista do Docway, tanto a bulimia, quanto a anorexia são problemas relacionados com a comida. “Enquanto nos casos de anorexia a pessoa não come, justamente pelo medo de engordar, mesmo estando muito magra. Nos casos de bulimia a pessoa come tudo que deseja e logo depois vomita por um sentimento de culpa, um remorso, com medo de que aquela comida a faça engordar”, explica.

Ambos os distúrbios são graves e se não identificados e tratados adequadamente podem levar a morte. Nos casos de anorexia, a médica alerta que além da magreza, outros comportamentos podem ser observados para identificar o problema. “Nos casos de anorexia a pessoa enxerga-se gorda, quando muito vezes estão até abaixo do seu peso. Recusa constantemente a se alimentar ou experimentar algo por medo de engordar. Está sempre de dieta e pratica atividade física com um único objetivo, que é perder peso”, detalha. Pessoas que sofrem de anorexia geralmente tentam esconder ou camuflar o problema, chegando a ponto de fingir comer ou evitar encontros que tenham comida. 

Já os pacientes com quadro de bulimia, têm uma relação um pouco diferente com a comida. Pessoas que sofrem com esse distúrbio estão com o peso normal, ou um pouco acima do “ideal” considerado por elas, e apresentam o desejo exagerado de perda de peso, mesmo que sem necessidade. Além disso, a bulimia faz com que as pessoas comam exageradamente em determinadas refeições, excesso que provoca o uso regular de remédios laxantes e diuréticos, e também a ida ao banheiro logo após cada alimentação. “Nos casos de bulimia, as pessoas são tomadas pelo sentimento de culpa, angústia e arrependimento, que acabam penalizando e gerando impactos graves ao corpo”, comenta.

Para finalizar, a especialista fala sobre a importância de estar atento aos sintomas e sobra a importância de um diagnóstico e tratamento adequados. “É importante que família e pessoas próximas estejam atentas, ao identificar qualquer um dos sintomas, a pessoa deve ser encaminhada ao atendimento especializado e multidisciplinar, para diagnóstico e tratamento adequados. Embora a bulimia e a anorexia possam parecer diferentes, muitas vezes são confundidas pela grande maioria da população”, finaliza Dra. Adriana Pessoa. 





A cada hora, 3 brasileiros se intoxicam com uso incorreto de medicamentos



 Farmacêutico explica como identificar se você está se automedicando e alerta para os perigos


Os medicamentos são a principal causa das intoxicações registradas no Brasil, seguidos por produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados, segundo dados da Anvisa e do Sistema Nacional de Informações Toxicológicas (Sinitox). A cada hora, três brasileiros sofrem por intoxicação causada por medicamentos, na maior parte das vezes consumidos sem a orientação de um médico ou farmacêutico.

Uma pesquisa realizada recentemente com 8.000 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em 272 cidades do Brasil mostrou que 10% dos pacientes usavam cinco ou mais medicamentos por dia. Esse consumo indiscriminado pode causar efeitos indesejáveis e trazer sérios riscos à saúde.

Adriano Ribeiro, farmacêutico da rede nacional de farmácias Extrafarma, listou os principais erros na hora de usar medicamentos e os danos causados pela automedicação.  


9 hábitos das pessoas que se automedicam

- Consumir analgésicos e anti-inflamatórios em excesso

- Usar medicamentos por recomendação de amigos ou parentes 

- Aumentar por conta própria a dose dos medicamentos

- Usar remédios caseiros, chás e vitaminas para tratar sintomas de doença, sem o devido acompanhamento

- Recorrer ao famoso “Dr. Google” e confiar em tudo o que lê na internet

- Interromper o tratamento antes do prazo recomendado

- Comprar medicamentos em locais sem regulamentação 

- Usar produtos com validade vencida

- Comprar medicamentos fora da embalagem original ou com o lacre violado


5 riscos da automedicação

- Causar intoxicação

- Mascarar sintomas de doenças graves

- Cortar ou potencializar o efeito de outras medicações 

- Tornar o organismo resistente a tratamentos

- Tornar o organismo dependente de substâncias presentes no medicamento

“Diante de qualquer sintoma, o melhor a fazer é procurar um médico. Mas o farmacêutico também cumpre um papel importante, pois está capacitado para informar o consumidor sobre os riscos potenciais relacionados ao uso dos medicamentos. Ele é o último profissional a entrar em contato com o paciente antes do início do tratamento, portanto sua ajuda é essencial”, ressalta Thais Pereira, também farmacêutica da Extrafarma.





Primeiro imuno-oncológico para mieloma múltiplo é aprovado no Brasil



Empliciti (elotuzumabe), produzido pela Bristol-Myers Squibb, é a única terapia que demonstrou benefício de sobrevida livre de progressão (PFS) mantida em 3 anos


A biofarmacêutica Bristol–Myers Squibb (BMS) anuncia que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o medicamento Empliciti (elotuzumabe) para o tratamento dos pacientes que enfrentam o mieloma múltiplo no Brasil. Trata-se do terceiro imuno-oncológico aprovado para o tratamento de doenças hematológicas e o terceiro medicamento desta classe, produzido pela BMS, aprovado no país, o que reforça a liderança da empresa na busca pelas melhores opções de tratamento em imuno-oncologia. O medicamento é indicado em associação com lenalidomida e dexametasona para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo previamente tratados com uma ou mais terapias.

Baseado no estudo de fase III ELOQUENT-21, em associação terapêutica com lenalidomida e dexametasona, o Empliciti (elotuzumabe) é a única terapia que demonstrou benefício de sobrevida livre de progressão (PFS) mantida em 3 anos. A taxa é de 21% versus 14% quando comparada com lenalidomida e dexametasona apenas. A associação tripla reduziu o risco de progressão de doença ou morte em 23% e o ganho de sobrevida global, em 3 anos, foi de 50% versus 43%.

Apesar de ser uma doença incurável, Empliciti (elotuzumabe), já aprovado nos Estados Unidos e Europa, possibilitará aos pacientes atingir ganhos significativos de sobrevida em comparação à terapia padrão atualmente disponível no mercado nacional.

De acordo com o Dra. Luciana Barreto Herriot, médica hematologista do Instituto Nacional de Câncer, a chegada do primeiro imuno-oncológico para mieloma múltiplo representa, a médio prazo, um resultado ainda imensurável. “Trata-se de uma abordagem até então não explorada, que passa por vias novas no controle da doença e que podemos imaginar associada aos tratamentos vigentes de primeira linha e de recidiva, sem acréscimo significativo de toxicidade e com boa tolerância”.

A médica ainda alerta que a prevalência da doença é maior entre idosos a partir de 60 anos e o imuno-oncológico será uma opção segura de tratamento para esse público. “A chegada de uma classe totalmente nova de drogas ativas para o mieloma múltiplo, com perfil de toxicidade e segurança adequadas a população de maior prevalência desse tipo de câncer, permitirá uma série de associações com outros remédios também ativos para diferentes fases da doença”.

O Empliciti (elotuzambe) é o único medicamento disponível para o tratamento do mieloma múltiplo que apresenta duplo mecanismo de ação, pois induz diretamente a morte da célula tumoral e também estimula o sistema imunológico para combater o tumor.

Para o presidente da Bristol-Myers Squibb no Brasil, Gaetano Crupi, esta nova aprovação reafirma o posicionamento de liderança global da biofarmacêutica em imuno-oncologia e a importância do papel desempenhado pela empresa no combate ao câncer no Brasil. “Com base na nossa experiência com Sprycel (dasatinibe), indicado para leucemia mieloide crônica, e a recente aprovação de Opdivo (nivolumabe) para o tratamento do linfoma de Hodgkin, estamos fortemente empenhados em continuar a impulsionar a inovação e avançar no cuidado de pacientes com malignidades hematológicas por meio da nossa liderança em imuno-oncologia”, afirma o executivo. “O Empliciti (elotuzumabe) é um exemplo, pois trata-se do terceiro tratamento imuno-oncológico para doenças hematológicas, no Brasil. A aprovação deste medicamento está em linha com a estratégia pan-tumor da companhia, de tratar vários tipos de câncer com uma mesma molécula”.


Sobre o mieloma múltiplo

O mieloma múltiplo é um câncer relativamente raro. Nos Estados Unidos, a possibilidade de ser diagnosticado com mieloma múltiplo é de 1 em 143 (0,7%)². De acordo com dados do Globocan 2012³, apenas no Brasil, foi registrada a incidência de 3518 casos de pacientes diagnosticados com a doença.

A doença é um tipo de câncer que se origina a partir dos plasmócitos (um tipo de célula do sistema imunológico responsável pela produção de anticorpos). Esta célula doente se multiplica infiltrando a medula óssea (sede da produção do sangue) levando a anemia. O plasmócito doente infiltra os ósseos gerando destruição do tecido ósseo o que causa dor intensa e traz o risco de fraturas. Além disso, a produção de anticorpos anômalos pode levar a infecções de repetição e insuficiência renal4.

De acordo com estudos, mais de 90% dos casos ocorrem após os 50 anos, com idade média ao diagnóstico de 70 anos, no Ocidente5, mas, no Brasil, a ocorrência da doença ocorre mais cedo, sendo de 60 anos a idade mediana dos pacientes ao diagnóstico6,7.


Imuno-Oncologia na Bristol-Myers Squibb

Cirurgia, radioterapia, citotóxicos ou terapias-alvo têm sido as alternativas de tratamento para o câncer nas últimas décadas, entretanto sobrevida a longo prazo e uma boa qualidade de vida continuam sendo prioridade para os pacientes com a doença em fase avançada.

Para atender a essa necessidade médica, a Bristol-Myers Squibb está liderando pesquisas em áreas inovadoras do tratamento de câncer, como a Imuno-Oncologia, que envolve agentes cujo mecanismo primário é estimular o sistema imunológico para combater o câncer. A empresa está estudando uma variedade de compostos e abordagens imunoterapêuticas para pacientes com diferentes tipos de câncer, incluindo pesquisas sobre o potencial de combinações entre agentes imuno-oncológicos que têm como alvo diferentes caminhos no tratamento do câncer.

A Bristol-Myers Squibb está comprometida em avançar na ciência da Imuno-Oncologia com o objetivo de mudar a expectativa de vida e a maneira como os pacientes com câncer vivem.








Bristol-Myers Squibb


Referências
5 Swerdlow SH, Campo E, Harris NL, Jaffe ES, Pileri SA, Stein H, et al. WHO Classification of Tumours of Haematopoietic and Lymphoid Tissues. 4th ed. Lyon: International Agency for Research on Cancer 2008
6 Hungria VT, Maiolino A, Martinez G, Colleoni GW, Coelho EO, Rocha L, et al. Confirmation of the utility of the International Staging System and identification of a unique pattern of disease in Brazilian patients with multiple myeloma. Haematologica, 2008; 93(5):791-2.
7 Hungria VTM. Mieloma múltiplo no Brasil: aspectos clínicos, demográficos e validação do Sistema de Estadiamento Internacional (ISS) em pacientes brasileiros. Rev bras hematol hemoter, 2007; 29(Suppl. 1):10-3.




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