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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Espírito de Natal invade pet shop neste final de semana

                                                                 Divulgação

HiperZoo promove evento de adoção de cães participantes de projeto inédito e encontro de cães adotados em 2017


O período natalino é marcado por confraternizações e momentos para relembrar os principais fatos ocorridos durante o ano. Não poderia ser diferente no HiperZoo, pet center localizado no bairro Parolin e conhecido por suas ações sociais. Para celebrar a data, a loja realiza neste sábado (16) o “NatAU AnimAU”, um evento de adoção em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), e no domingo (17), um grande encontro de tutores e animais adotados no pet center.

No sábado, entre 10h e 16h, o pet center recebe cerca de 15 animais provenientes do Projeto de Reabilitação e Sociabilização de Cães para Adoção da PUCPR, programa que visa preparar os animais para adoção de forma completa. Além da castração, vacinação, alimentação super premium e tratamento com antipulgas e desvermifugação, os animais passam por um processo de reabilitação comportamental com comandos de adestramento básico para aumentar as chances de adoção.

O projeto, que é coordenado pelo curso de medicina veterinária e pela médica veterinária e doutoranda da PUCPR, Luciana Galeb, conta com o apadrinhamento dos cães por alunos de veterinária, que acostumam os animais a tomar banho, caminhar usando coleira e serem transportados nos carros, e também, a responder comandos simples como dar a pata, sentar e deitar. “É um projeto inédito. Com ele queremos criar um modelo de reabilitação comportamental e sanitária para aumentar as chances de adoção de um cão abandonado”, comenta a médica veterinária. Além disso, um protocolo de comportamento é aplicado no pet para identificar seu perfil, proporcionando encontrar um tutor que se ajuste a ele. 

A expectativa é que 12 cães sejam adotados. O evento é organizado pelo HiperZoo em parceria com a Escola de Ciências da Vida da PUCPR e conta com o patrocínio das marcas Royal Canin, 8 in 1, Bravecto e Vetoquinol. Para adotar um pet, o interessado deve ter mais de 21 anos, responder a uma entrevista sobre seus motivos para buscar um animal e apresentar RG, CPF e comprovante de endereço para assinar o termo de adoção. 

Já no domingo o pet center promove um grande encontro entre voluntários e tutores que adotaram um cachorro ou gato da ONG Amigo Animal nos encontros promovidos no HiperZoo ao longo do ano. Fundada em 2000 para dar suporte ao trabalho desenvolvido pela família Misga desde 1994, a Amigo Animal fornece abrigo e assistência para animais abandonados e que viviam nas ruas. Hoje a organização conta com a ajuda de cerca de 30 voluntários que se revezam nas ações de captação de recursos e eventos de adoção. 

“Pensamos em celebrar o Natal de forma especial e nada representaria melhor o verdadeiro espírito da data do que homenagear a solidariedade dos voluntários que se dispõem a cuidar dos animais, e os tutores que adotaram um novo membro para a família”, revela a sócia-proprietária do HiperZoo, Patrícia Maeoka. A expectativa é que evento seja um sucesso pois, em 2017, mais de 350 animais foram adotados nos eventos da ONG no pet center. Para registrar a celebração, o HiperZoo irá gravar um vídeo com depoimentos e os melhores momentos do encontro. 

Quem quiser colaborar com a Amigo Animal pode escolher um dos pedidos de presente na árvore de Natal instalada na entrada da loja. Ração, vermífugos e outros itens necessários para a manutenção dos animais estão entre os presentes solicitados. Essa é uma forma de colaborar e fazer a diferença neste fim de ano, período em que cresce o número de abandono e diminui o volume de doações. 

Complementando as ações de Natal, no sábado e domingo, o “Papai Noel” estará presente recebendo crianças e animais para tirar fotos. E para presentear os animais que já têm uma família, o HiperZoo lançou promoções de diversos produtos e trouxe ainda novas linhas de acessórios com personagens como Liga da Justiça e Snoopy.




Serviço
Encontro de Adoção do Projeto de Reabilitação e Sociabilização de Cães para Adoção da PUCPR
Quando: sábado, 16 de dezembro, das 10h às 16h
Entrada: gratuita
Local: HiperZoo - Rua Desembargador Westphalen, 3.448 – Curitiba/PR

Chegada do Papai Noel
Quando: sábado e domingo, 16 e 17 de dezembro, das 13h às 17h
Entrada: gratuita
Local: HiperZoo - Rua Desembargador Westphalen, 3.448 – Curitiba/PR

Encontro de pets e adotantes com ONG Amigo Animal
Quando: domingo, 17 de dezembro, das 13h às 17h
Entrada: gratuita
Local: HiperZoo - Rua Desembargador Westphalen, 3.448 – Curitiba/PR
HiperZoo
Telefone: (41) 3051-7777




Passe as festas com um novo amigo: Shopping de Guarulhos promove feira de adoção de animais neste domingo




 Após o sucesso das últimas edições, em que 70% dos animais foram adotados, o Shopping Bonsucesso recebe no próximo domingo (17), mais uma Feira de Adoção de Animais. Essa é a última feira de 2017 e oferece aos visitantes uma chance de passar as festas de fim de ano com um novo amigo canino.



Todos os cães que participam da feira são previamente vacinados, vermifugados e castrados e a nova família leva para casa uma carteirinha de vacinação e o contrato de adoção.

O evento acontece ao lado da entrada principal do shopping, a partir das 13h. Nesta edição também serão aceitas doações de rações que, posteriormente, serão entregues a ONG Cão sem Dono.



Serviço:
Feira de Adoção no Shopping Bonsucesso
Data: domingo, 17/11
Horário: a partir de 13h
Local: ao lado da entrada principal do shopping
Shopping Bonsucesso
Endereço: Estrada Juscelino Kubitschek de Oliveira, 5308 - Jardim Albertina, Guarulhos – SP
Horário de funcionamento do shopping: de segunda-feira a sábado, das 10h00 às 22h00, domingos e feriados, das 14h às 21h e praça de alimentação, de segunda-feira a domingo, das 10h00 às 22h00.





A mensagem do Natal

Durante muitos anos, tive sempre uma certa dificuldade em captar a mensagem do Natal. Quando menino, ouvia as mais diversas explicações, ditas apressadamente pelos adultos: “é o nascimento do nosso Senhor”; “é a data mais importante do mundo”; “é tempo de amor e de paz”; “é dia do papai Noel trazer presentes”. Como não hesitar diante de tão desencontradas respostas? Se é aniversário de alguém, cabe a nós dar presentes, não? Se é a data mais importante do mundo, por que os governantes não vão para a televisão falar sobre ela? Não, não pode ser um tempo de amor e paz, afinal, trata-se de um dia (ou uma noite). Além disso, tempo de amor e paz não é nunca, ou deveria ser sempre. Ou quase sempre, pois era preciso descontar  quando eu sentia raiva do meu irmão, por usar minhas camisas, do meu pai, por me bater de cinta, ou da minha mãe, por me obrigar a comer quiabo.

Sobrava a resposta mais plausível, mais razoável, pelo menos para uma criança: era dia de ganhar presente. Isso implicava acreditar que, durante a noite, um homem velho, com barbas longas, silenciosamente pularia o muro, abriria a janela, entraria na sala da sua casa e deixaria presentes sob a árvore. Não, não lá em casa. Não havia árvore. O presente era deixado no pé das nossas camas. 

Ele, portanto, saltava o muro, entrava na casa, atravessava o corredor, abria a porta do nosso quarto, no escuro (os cachorros não latiam, os patos não grasnavam, o galo não cantava) e deixava o presente de cada um no lugar certo. Presentes embrulhados com papel das Lojas Americanas. Era adorável, mas não havia como não questionar tudo isso. Olhávamo-nos, meu irmão e eu, titubeantes frente àquelas incoerências. Mas, como o crente diante da teoria do criacionismo, deixávamos as lacunas e as contradições óbvias de lado e agarrávamo-nos na única certeza que interessava: ganhamos presentes!

Outra coisa era igualmente impactante. Na noite de Natal - havia sempre frango assado, arroz a grega e farofa, além de refrigerante (raríssimo!) - pairava um clima de assustadora tranquilidade: meus pais falavam com a voz mais pausada e éramos acarinhados com mãos nos cabelos e beijos nas bochechas, como se tivéssemos feito a lição na hora e limpado o quintal sem ninguém pedir. Só depois descobri que essa mudança de atitude era produzida pelo “clima de Natal”. Que se, no dia seguinte, a impaciência e os ruídos voltassem aos níveis normais, ninguém questionava. O clima era o que era: só uma brisa passageira. Mas era tão bom!

Décadas se passaram e, é lógico, busquei repetir toda essa encenação com meu filho. Não importava o quanto eu o deixava confuso com a minha separação da mãe dele, nem com as minhas explosões diante de suas perguntas sofridas; muito menos com as minhas ausências cada vez mais longas da sua pequena vida. No dia de Natal, havia festa e presentes e o papai Noel. Abraços, palavras tremidas pela emoção, promessas de amor e paz. Eu tentava manter o clima. E passou-se ainda mais tempo desde então. Hoje, distraio-me buscando a mensagem de Natal nas memórias dessas décadas de eventos repetidos. E de tanto perscrutar, percebo agora que havia uma coisa a mais que sempre me escapou. Na ceia, em um certo momento - curto, distraído - alguém lembrava, mesmo que para fazer algum tipo de graça, de Jesus. E eu me lembrava (como ainda me lembro) da história de seu nascimento. E isso sempre me emocionava.

 Não me refiro a estilização ficcional da vaquinha, da manjedoura, dos três reis magos. Vinha-me à mente (quase como um cheiro) o medo de José e Maria, o desamparo, o frio, a incerteza quanto ao que ia acontecer. Aquele menino chorando, a mãe aliviada da dor, mas angustiada com o momento seguinte; o pai atento e aflito. Esse momento de vida, esse instante na noite perdida no tempo - ou apenas criada pela imaginação - resume para mim a mensagem do Natal (que eu demorei tanto para aprender): há alguém, agora, sempre, nascendo em perigo, e viverá em perigo, sem que isso seja absolutamente necessário. Alguém vindo de uma mãe e de um pai, que não espera nada da vida, apenas está aí, porque foi gerado. E tudo o que será dele depende de como o trataremos e do que seremos para ele. O primeiro milagre de Jesus foi tornar Maria mãe e José pai. E esse é o começo e a possibilidade de tudo.





Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica pela UFPR e professor no Curso Positivo.





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