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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Os desafios dos pais: Fobia Alimentar Infantil



A relação que a criança tem com a alimentação precisa ser observada a partir da introdução alimentar


No processo de introdução alimentar existe uma certa preocupação por parte dos pais em relação ao tipo de alimento que estão oferecendo para a criança. A partir dos seis meses de vida a criança começa a introdução alimentar e nesse momento já é necessário começar a avaliar a relação que a criança tem com a comida. Com o passar do tempo a criança começa a ter preferência em relação a determinados tipos de alimento e comece o processo de escolher o que ela gosta e o que não gosta, mas é preciso avaliar se a recusa por determinados alimentos é normal ou se precisa de ajuda de especialistas.

A nutricionista comportamental Ariane Bomgosto alerta que é preciso estar atento. "Desde que entra em contato com os primeiros alimentos ela pode apresentar algum tipo de fobia alimentar, o que, geralmente ocorre por volta dos seis meses".

A fobia alimentar é o medo de experimentar alimentos e a neofobia é o medo de experimentar alimentos novos e tem sido um assunto que assombra a vida dos pais.

Os pais precisam estar atentos ao comportamento dos seus filhos na hora de comer. Ou seja, devem observar as suas reações frente à comida, como não querer permanecer à mesa, manifestarem repúdio ou aversão aos alimentos servidos, estarem constantemente fugindo dos momentos que envolvem experiências alimentares através de procura por outras atividades neste momento.

Ariane Bomgosto explica que as reações das crianças com fobia alimentar podem ser diversas. "Algumas crianças com fobia alimentar, quando submetidas ao contato forçado com os alimentos que rejeitam, podem manifestar reações como vômito, perda de controle emocional ou agressão física.

O primeiro passo dos pais após a suspeita é procurar um especialista em comportamento alimentar para que possa auxiliá-los a diagnosticas o problema que o filho apresenta orienta Ariane Bomgosto. "Quando percebem que o seu filho está manifestando um comportamento não saudável em relação à comida, o que traz consequências como momentos de angústia na hora das refeições, crianças que não demonstram prazer na hora de comer e que apresentam grande dificuldade em lidar com a forma como se alimentam".

A fobia alimentar pode prejudicar o crescimento a medida em que a criança fica paralisada frente ao ato de ingerir um alimento que não faça parte da sua rotina alimentar. Com isso, tem o cardápio pouco variado, o que pode influenciar no aporte nutricional que necessita nesta fase da vida. Além disso, esta criança costuma ter pouco interesse pelo universo dos alimentos e ser reativa em relação ao assunto, o que a prejudica na capacidade de fazer suas próprias escolhas alimentares ao longo da vida. Por fim, podemos dizer que esta fobia pode atrapalhar no desenvolvimento social da criança, já que, por não conseguir comer certos alimentos, ela pode tender a se isolar e a não participar de eventos que incluam os alimentos que rejeita.

O caminho é complexo e desafiador, porém, ao pensarmos que uma criança que ganha consciência alimentar tem toda uma vida para desfrutar dos benefícios que esta pode lhe trazer, temos uma motivação para ajudá-la a começar este percurso nesta fase da vida.

Ariane Bomgosto alerta que o processo é delicado e que é preciso ter o apoio dos pais, mas que trará benefícios para a vida toda da criança. "O caminho é complexo e desafiador, porém, ao pensarmos que uma criança que ganha consciência alimentar tem toda uma vida para desfrutar dos benefícios que esta pode lhe trazer, temos uma motivação para ajudá-la a começar este percurso nesta fase da vida e os pais serão os principais responsáveis pelo auxílio no processo de melhora na fobia".







Ação combate proliferação de pernilongos na região do Rio Pinheiros



Equipes aplicam inseticida na vegetação às margens do rio


         A Secretaria Municipal da Saúde deu continuidade nesta sexta-feira (17) às ações de controle das formas imaturas do Cúlex (pernilongo) nas margens do Rio Pinheiros. O prefeito João Doria e o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, acompanharam equipes das Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS) que aplicaram inseticida na vegetação às margens do rio, a partir da Usina Elevatória de Traição, na Zona Sul de São Paulo.

         A atividade já havia sido realizada em janeiro e em outubro nesta mesma região. A ação ocorre também em outros locais da cidade, com o objetivo de reduzir a proliferação dos mosquitos diante da proximidade do verão.

         Além disso, as regiões com maior incidência deste inseto contarão com atividades educativas e controle larvário do mosquito. Para o sucesso na ação, é fundamental que a população colabore e não jogue lixo nos córregos, fator responsável pela maioria dos criadouros do mosquito.


Combate ao Aedes aegypti

         Além do combate à proliferação do Cúlex, a proximidade do verão traz a preocupação com o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue e outras graves doenças. Até o fim de outubro, foram confirmados 753 casos da doença neste ano no município. Não houve nenhum óbito.

         Conforme o decreto nº 41.660, de 1º de fevereiro de 2002, que institui, no âmbito da Secretaria Municipal da Saúde, o Grupo de Coordenação Geral das Ações de Controle do Aedes aegypti, medidas estão sendo elaboradas para evitar os criadouros do mosquito transmissor.

         Além disso, técnicos de Saúde Ambiental poderão aplicar multas em residências e estabelecimentos que já foram orientados, notificados por carta, mas ainda não providenciaram a remoção imediata dos possíveis criadouros. Os valores variam entre R$ 180 e R$ 700.

         Durante todo o ano, dentro do Programa Municipal de Vigilância e Controle de Arboviroses, são realizadas visitas aos imóveis de toda a cidade, com o objetivo de eliminar os criadouros e orientar seus moradores sobre medidas preventivas e corretivas a serem adotas para impedir a proliferação de Aedes aegypti. Também são realizadas ações de intensificação de eliminação de criadouros nas áreas consideradas de maior risco para a transmissão.

         Para evitar a proliferação do mosquito, é fundamental o engajamento de toda a sociedade no combate aos focos de proliferação de Aedes aegypti, que são recipientes que acumulam águas das chuvas, tais como: latas, potes, materiais inservíveis (embalagens plásticas, tampas de garrafa, pedaços de plástico ou metal, etc), caixas d'água mal tampadas ou sem tampas e outros recipientes que sirvam para armazenar água, além dos já conhecidos, pneus, pratos e vasos de plantas, entre outros.

         As atuações são coordenadas pela Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) e executadas de forma descentralizada pelas 26 Supervisões de Vigilância em Saúde (Suvis) espalhadas pela cidade de São Paulo.




Em documento científico, SBP alerta para medidas que podem reduzir os riscos à vida e à saúde dos bebês prematuros



Os problemas que levam ao nascimento de bebês pretermos, bem como os desafios para estender os cuidados necessários e a sua integração na família e na comunidade, foram abordados em documento científico divulgado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) na semana em que se comemora o Dia Mundial da Prematuridade (17 de novembro). No texto, “Prevenção da prematuridade- uma intervenção da gestão e da assistência”, a entidade faz um alerta sobre a importância da adoção de medidas que garantam um nascimento saudável, em benefício de crianças, gestantes e seus familiares.

“O nascimento pretermo não é uma entidade única, mas o desfecho final de múltiplos determinantes. O processo que resulta no nascimento de um prematuro inicia-se na gestação, em um curso contínuo, a partir de condições de risco pré-concepcionais e da gestação, com possíveis repercussões durante toda a vida da criança”, destaca o trabalho, elaborado pelo Departamento Científico de Neonatologia.

Para a presidente da SBP, dra Luciana Rodrigues Silva, com o material produzido a entidade ressalta a importância da organização da assistência perinatal, dos fluxos assistenciais e da tipologia das unidades perinatais, nos resultados na prevenção da prematuridade, além dos processos clínicos. Após analisar o trabalho, ela destacou que a atenção a todos esses itens é fundamental para o “nascer seguro”.


PROBLEMA DE MILHÕES - O Dia Mundial da Prematuridade (ou Dia Internacional da Sensibilização para a Prematuridade) foi criado para chamar atenção de um problema que atinge milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo. Criada em 2009, sendo adotada imediatamente pelo Canadá, Estados Unidos, Austrália e Portugal, hoje é celebrada em mais de 50 países. Na avaliação de especialistas da SBP, o parto prematuro pode, na maioria dos casos, ser prevenido com a ajuda de um pré-natal adequado.

Nessa etapa, são detectados precocemente os problemas maternos que podem desencadear o parto prematuro, o que exige a realização de consultas de pré-natal com qualidade e acesso aos exames clínico-laboratoriais disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Contudo, isso nem sempre acontece.
Somente 45% das mulheres, assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm acesso à ultrassonografia obstétrica no primeiro trimestre da gestação, considerado o padrão ouro para estimativa da idade gestacional frente à imprecisão da data do último período menstrual por grande parte das gestantes. 

Para aperfeiçoar o atendimento oferecido na rede pública, no documento divulgado, a SBP defende, entre outros pontos, a sistematização dos fluxos na vinculação da gestante à maternidade a partir do pré-natal; a urgente a concretização do conceito de rede na assistência perinatal; e a oferta de cuidados a mães e bebês, em função de suas necessidades e características.


HOSPITALIZAÇÃO - O documento ainda menciona aspectos relacionados à hospitalização prolongada dos recém-nascidos, o que exige cuidado com o atendimento médico na alta hospitalar, com impacto na vida familiares, com aumento do risco de abuso, violência e negligencia. “A família é determinante no prognóstico de vida da criança e precisa ser apoiada e orientada. O plano de cuidados para definir o programa de acompanhamento ambulatorial multidisciplinar deve ser individualizado de acordo com o grau de prematuridade e a presença de condições especificas, valorizando recursos disponíveis pelas famílias e na comunidade”, cita o texto, que preconiza o atendimento multiprofissional e a comunicação interdisciplinar como componentes fundamentais no processo.

“A redução de mortes potencialmente evitáveis e de complicações da prematuridade demanda aplicação do conhecimento cientificamente evidenciado, além da organização dos fluxos assistenciais ao longo da gestação e período neonatal, com base regional”, ressalta o documento do DC de Neonatologia, para quem a regionalização da assistência na gestação e período neonatal é de responsabilidade do Ministério da Saúde em trabalho coordenado e conjunto com as Secretarias de Saúde, Estaduais e Municipais e com apoio técnico cientifico de instituições parceiras como associações e conselhos das especialidades médicas e de disciplinas afins, além da participação de instituições acadêmicas.


DADOS ESTATÍSTICOS - Em 2015, a prematuridade representou a principal causa de mortes em crianças menores de 5 anos, em todo o mundo. No Brasil, de acordo com o estudo Global Burden of Disease (GBD) - Brasil 2015, uma parceria do MS-Brasil e do Institute of Health Metrics and Evaluation (IHME) da Universidade de Washington (Estados Unidos), as complicações associadas à prematuridade ocupam o primeiro lugar nas causas de óbitos nos primeiros cinco anos de vida, desde os anos 1990.

Apesar da queda notável nos últimos 25 anos, há um número significativo de óbitos potencialmente evitáveis relacionados à prematuridade e sensíveis à atenção efetiva no pré-natal, parto e período neonatal. A taxa de prematuridade no Brasil está estimada em 11,5% do total de nascimentos, ou seja, cerca de 345 mil crianças do total de 3 milhões de nascimentos. Os pretermos tardios representam a grande maioria dos prematuros, em torno de 74% do total, seguido pelos menores de 32 semanas (16%) e de 32-33 semanas (10%), de acordo com o Projeto Nascer no Brasil.




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