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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Empresas podem recuperar impostos sobre os gastos feitos no exterior



Quem já viajou a trabalho e fez compras fora do país com cartões de crédito deve ter se deparado com a sigla IVA, o Imposto sobre o Valor Acrescentado. Em resumo, este imposto que é adotado na maior parte do mundo, incide sobre a despesa ou consumo e torna as transações efetuadas pelo contribuinte mais caras do que elas de fato foram.
O IVA, que é um imposto indireto, assim como o ICMS no Brasil, deve ser pago pelo consumidor sempre que um produto é comprado ou um serviço é contratado. O tributo também incide sobre transmissões de bens, transações intracomunitárias e importações.
Segundo o contador especializado em tributos, Gabriel de Carvalho Jacintho, o percentual do imposto varia de país para país. Na União Europeia, por exemplo, são 23%. Já em Gana, são apenas 3%; no Canadá são 5%, assim como no Panamá e no Japão. Mas alguns países não são tão generosos em sua taxação de consumo. Quem optar por ir à Dinamarca, Hungria, Noruega ou Suécia amargará pesados 25% de imposto.
O que muitos não sabem é que é possível reaver esse valor pago a mais sobre o consumo, no caso das compras feitas na União Europeia. “De modo geral, as companhias têm o direito de receber um reembolso do IVA que pagaram a outras empresas contra faturas que lhes resta do montante do IVA que cobram aos seus clientes. “Os melhores e mais fáceis países para obter um reembolso do IVA são o Reino Unido, a Suécia, a Dinamarca, a Finlândia, a Áustria, a Alemanha, os Países Baixos e a Suíça. Estes permitem a recuperação do IVA especialmente em acomodações, que costumam ser a transação de viagem mais cara. O prazo para o retorno financeiro é de, no máximo três meses”, explicou Jacintho.
Uma das grandes vantagens deste processo é que não há custos iniciais para a empresa com o profissional que fará o requerimento de restituição. Será cobrado apenas um percentual sobre o IVA recuperado se o processo for bem sucedido e houver a real recuperação, do contrário não há desembolso por parte do cliente.
Nem todos os gastos nos quais incidiu o IVA podem ser recuperados, mas uma grande parte deles sim, como no caso de aluguel de carros, conferências e feiras, hotéis, custos de marketing, combustível, honorários profissionais, transporte público, restaurantes, táxi, telefone, treinamentos e cursos/seminários.
Para isso, é preciso apresentar o CNPJ da empresa solicitante, o relatório detalhado da despesa ou Nota Fiscal, além do contrato assinado.
Esta recuperação do imposto pago pode, inclusive, constar no planejamento tributário das companhias que possuem muitas atividades no exterior, por ser um gasto recorrente no caixa da empresa, que, com as medidas certas, pode não ser um ônus tão pesado ao final do ano.





Três estratégias para ter um time de resultados



Para que uma empresa funcione bem, é fundamental que à frente dos funcionários haja uma liderança produtiva. Mas o que fazer para ser um bom líder e estimular a equipe a alcançar os melhores resultados?
Muitas estratégias são interessantes e podem ser adotadas para esse fim. A seguir, destaquei três que considero primoridiais. Confira:


1 – Adotar um sistema de gestão de atividades: Muitas vezes, um líder começa a delegar tarefas para vários funcionários assim que chega ao trabalho e, em seguida, vai fazer outras atividades. As chances de esquecer algo que ordenou no início do dia são enormes - e isso é natural, já que existem muitas responsabilidades no expediente. O problema é que as atividades esquecidas geralmente acabam sendo realizadas de última hora e se tornando urgências para o funcionário, a equipe e a empresa. Para evitar que isso aconteça, recomendo o uso de um recurso que ajude a delegar tarefas mais eficaz que a fala ou a troca de e-mails. Hoje, o mercado já dispõe de várias ferramentas que auxiliam no controle de tarefas, projetos e processos; e dessa forma o gestor não precisa ficar o tempo todo perguntando sobre o andamento das atividades.


2 – Criar indicadores: É difícil saber se a equipe está melhorando sem mensurar desempenho, então ter um tipo de indicador é de extrema importância. Dependendo do tipo de negócio. Pode ser um indicador de vendas, de performance, de hora extra, urgências, volume de produção etc. Os indicadores permitem identificar se as coisas estão fluindo bem, se as pessoas estão sendo produtivas e se precisam de intervenções, treinamentos ou nova ferramentas para melhorar a performance.


3 – Ser intolerante à ineficiência: Suponhamos que uma equipe tem cinco colaboradores; entre eles, um improdutivo. Se esse funcionário não traz bons resultados há bastante tempo e o líder o mantém na equipe, os demais tendem a igualar seu desempenho ao do membro improdutivo. Ou seja, se você valoriza um profissional ineficiente tanto quanto os demais, a consequência é uma queda nos resultados. É dever do bom líder estar atento, especialmente, aos erros da equipe para que a qualidade do produto ou serviço oferecido ao público não seja comprometida. E, quando os erros acontecem, é necessário cobrar o time e, junto a ele, criar alternativas para corrigir e evitar que se repitam. Lembre-se: estar à frente de uma equipe é uma grande responsabilidade e, sem um líder eficiente, o trabalho de todos dificilmente renderá bons frutos.





Christian Barbosa - maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade e CEO da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. 



 

Reforma da Previdência: como a tecnologia também irá afetá-la



Uma das reformas mais aguardadas por todos os setores da sociedade é a da previdência. Por ser um tema que importa cada um, tanto empresários quanto trabalhadores, o assunto está sempre nas rodas de conversa. Porém, muita desinformação tem sido propagada, seja por questões ideológicas ou por puro desconhecimento.

“A discussão sobre a reforma da previdência parte de premissas incompletas e que fazem com que o projeto em tramitação no Congresso, uma vez aprovado, tenha data de validade vencida. O argumento sobre ‘a conta que não fecha’ encontra razões facilmente mapeadas pelo IBGE, que projeta um crescimento até 2030 de 6,9% da população em idade ativa e de 70,6% dos cidadãos acima de 65 anos”, afirma o consultor de estratégia e coach Edson Moraes, do Espaço Meio.

Moraes frisa que outro aspecto delicado do tema é que não há garantia alguma de que pessoas de 50 anos encontrem emprego e contribuam por mais quinze anos. As empresas não declaram, mas sabemos que há preconceito na contratação de pessoas nesta faixa etária. “Contudo, as pessoas a favor ou contra a reforma esquecem-se, inocente ou propositalmente, de um aspecto que tornará os números ainda mais cruéis. A produção industrial e os serviços estão sendo transformados pela automação, pela robótica e pela inteligência artificial, aumentando a produção na mesma intensidade da redução do emprego para as pessoas em idade ativa, afetando todas as faixas etárias”, lembra.

Para ele, os profissionais do futuro, não tão distante, precisam se preparar para trabalhar ao lado de sistemas, de robôs e de chatbots, não somente em atividades com mão de obra intensiva e rotinas repetitivas, mas em uma ampla gama de atividades ligadas aos serviços, tais como rotinas de advogados, de médicos e de professores. Profissões inimagináveis hoje serão criadas e a relação com o trabalho será transformada. 
Além disso, a saída para a previdência deverá passar por uma reforma tributária ampla, na qual a tecnologia que substituirá a mão de obra deverá colaborar na manutenção de pessoas sem empregos. O governo deverá administrar políticas públicas que garantam um programa de renda mínima para a população e o modelo atual de previdência pública deverá ser adaptado a um sistema misto e opcional.
Um dos grandes desafios que Moraes enxerga é como preparar as próximas gerações para o futuro: “A escola precisará educar os jovens em temas como gestão financeira e empreendedorismo. Em um mundo com carência de empregos, a geração de renda poderá ser realizada por outros caminhos além da carteira assinada. As pessoas precisarão aprender a gerir seus recursos de forma independente, em uma atitude madura e responsável, cuidando cada um de sua própria previdência e se desvinculando dessa relação de dependência do governo”.

Edson Moraes é sócio do Espaço Meio -  https://espacomeio.com.br, Executive Coach desde 2014 e Consultor (Gestão & Governança) desde 2003. Foi Executivo do Bank of America entre 1982 e 2003. Seguiu carreira na Área de Tecnologia da Informação, foi Head do Escritório de Projetos e CIO por 4 anos. É Master em Project Management pela George Washington University.  Participou de programas de educação executiva na área de TI ( Stanford University, Business School São Paulo e  Fundação Getúlio Vargas). Formado em Comunicação Social – Jornalismo pela PUC/SP. É Conselheiro de Administração formado pelo IBGC, Coach pelo Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF.  Articulista e palestrante nas áreas de Governança, Tecnologia da Informação e Gestão de Projetos.




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