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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Seguro rural em risco



A produção brasileira no ano que vem não estará segura como deveria. O Governo Federal compromete os recursos destinados à execução do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), cortando quase pela metade o valor deste ano – sempre insuficiente para cobrir a demanda dos nossos produtores rurais.  

No Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) para 2018, o Governo Federal prevê destinar apenas R$ 260 milhões para o Seguro Rural. Para este ano foram R$ 400 milhões, com R$ 377 milhões liberados até agora - após uma ameaça em maio de corte de 90% no orçamento, o que significaria apenas R$ 44 milhões disponíveis.  

É muita instabilidade e incerteza para um setor que precisa se planejar para continuar dando ótimos resultados econômicos, sociais e ambientais. O homem do campo está acostumado apenas à alguma imprevisibilidade no clima, nos períodos de chuva e seca – justamente um dos principais objetivos do Seguro Rural, assegurá-lo contra as intempéries.  

O Governo Federal não pode deixar o auxílio ao produtor rural à mercê dos humores políticos. Não pode cobrar do homem do campo a conta dos desmandos de anos de administração federal malfeita e irresponsável.

A agropecuária já vem há anos sustentando o Brasil, diminuindo déficits da Balança Comercial, amenizando as sucessivas quedas do Produto Interno Bruto (PIB) e gerando empregos mesmo no cenário econômico mais tenebroso. A atual crise pela qual o País passa não pode cair na conta do setor agropecuário.

Os cortes nas despesas federais são necessários, com certeza, mas deve-se levar em consideração a capacidade de geração de emprego, riqueza e inovação de cada setor onde o governo investe. Se há uma possibilidade de retomada de crescimento nacional ela se baseia principalmente na força do agro. 

No Estado de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin sabe da importância de assegurar nosso produtor e garantir confiabilidade para que ele semeie. Reconhece a importância da agricultura para o orçamento estadual, para o meio ambiente e, principalmente, para impulsionar a qualidade de vida da população.  

O governo paulista não apenas mantém como aumenta ano a ano os recursos para a subvenção do prêmio do Seguro Rural – feita pelo nosso Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap).

Em 2015, o orçamento foi de R$ 25 milhões, sendo utilizados R$ 17,6 milhões. Já em 2016, foram R$ 20 milhões disponibilizados ao produtor paulista - valor insuficiente para atender à demanda, sendo complementado com mais R$ 15 milhões, totalizando R$ 35 milhões – com 11.996 contratos consumindo R$ 34,5 milhões.

Para este ano, o Governo do Estado orçou e nossa Assembleia Legislativa autorizou o investimento de R$ 30 milhões, sendo que, até a primeira quinzena de outubro, 8.868 contratos com subvenção estadual acessaram R$ 29.171.273,63.  

São Paulo faz sua lição de casa e assegura seu agricultor porque quer ajudá-lo a cada vez mais gerar renda e agregar valor à sua produção. Objetivo dificultado por outro ponto negativo do Plano Safra: além da incerteza dos recursos para o prêmio do Seguro Rural, há ainda a alta taxa de juros agrícolas.

O setor foi punido por uma queda menor das taxas de financiamento da safra 2017/2018 do que a redução da Selic. Entre a safra atual e a safra 2016/2017, a taxa básica de juros caiu 5 pontos porcentuais, de 14,25% para 9,25% ao ano, na época do anúncio dos recursos para o atual período, em junho. Enquanto a Selic baixou cinco pontos, a taxa de juros agrícolas baixou mísero um ponto. 

O setor que tem a virtuosidade para a economia teve a penalização com a política de juros adotada para esta safra. Estamos passando por uma provação, mas o agronegócio busca uma saída. Tanto que o financiamento usando essa taxa de referência é de apenas um terço da safra e o restante é feito por outras formas.

Um novo ciclo impulsionador da economia brasileira terá como ponto de partida a agricultura. A capacidade de inovação e as condições gerais de conformidade, com seguro e Plano Safra decentes, são os pontos básicos dessa política pública. Estar seguro é essencial para nosso homem do campo. 





Arnaldo Jardim - secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e deputado federal PPS/SP (licenciado)





Outubro Rosa: sua participação pode mudar a realidade de milhares de pacientes



Em sua décima edição, a campanha nacional Outubro Rosa da FEMAMA quer conscientizar pacientes com câncer sobre a importância de munir-se de informação e participar ativamente da tomada de decisões no enfrentamento da doença, empoderando-se e exigindo o melhor para si. Amigos, familiares e colegas também podem participar desse processo. Trabalhando o tema central “#PacientesNoControle – Atitude Exige Coragem”, a campanha da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) chama a atenção também para a necessidade de conhecer e exigir os direitos que garantem acesso à assistência médica digna.

Dentre as ações que compõem a ação para o mês de outubro, destaca-se uma mobilização online. O objetivo dessa iniciativa é reivindicar que projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados relativos ao acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer tornem-se direitos efetivos para milhares de pacientes oncológicos no País. Alguns dos projetos tramitam há anos sem desfecho. Neste pacote está um PL que determina a realização do diagnóstico em até 30 dias no Sistema Único de Saúde, prazo que consiste no período entre a suspeita do câncer até sua confirmação em biópsia.

“Quando identificado cedo, as chances de cura do câncer de mama podem chegar a 95%; porém, atualmente não há nenhuma regulamentação neste sentido e pacientes aguardam longos períodos antes de confirmar a doença, sem receber tratamento e vendo sua situação se agravar”, conta a presidente voluntária da FEMAMA, Dra. Maira Caleffi.

Também consta projeto de lei a respeito da inclusão de testes que apontem mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 no SUS, capazes de avaliar a predisposição ao câncer de mama em mulheres com alto risco para a doença, permitindo medidas preventivas. Hoje, esses exames estão disponíveis somente na rede privada e o acesso a eles ainda ocorre de forma limitada.

Outros projetos solicitam a adoção do registro compulsório do câncer no país, medida necessária para ampliar e qualificar os dados sobre a doença e orientar melhor a gestão pública de recursos em saúde. Ainda há outros projetos sobre acesso à mamografia, ultrassonografia e acesso a tratamentos na rede pública de saúde.
“Nosso objetivo é convidar toda a sociedade para participar da mobilização online! É importante que as pessoas saibam que seu engajamento pode ajudar a mudar a realidade de muitos pacientes!”, finaliza a presidente da FEMAMA.

Para participar, basta entrar no site www.pacientesnocontrole.org.br, localizar a mobilização, preencher o formulário e clicar em “enviar pedido”. Com isso, uma mensagem será enviada ao Presidente da Câmara dos Deputados pedindo que vários projetos de lei que poderiam melhorar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento do câncer de mama sejam aprovados e passem a valer como direitos aos pacientes.






FEMAMA
Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama www.femama.org.br







Dermatologista destaca que informação é fundamental para acabar com preconceito sobre Psoríase



No próximo dia 29 de outubro, é comemorado o Dia Mundial da Psoríase; objetivo da data é conscientizar as pessoas sobre a doença


A Psoríase é uma doença autoimune, que acomete pele e articulações, mas não é transmissível. No dia 29 de outubro, é comemorado o Dia Mundial da Psoríase, data que tem como objetivo conscientizar a população sobre o problema, que atinge cerca de 5 milhões de pessoas no Brasil. A dermatologista Daniela Bellucci, de Campinas, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, destaca que a população precisa conhecer melhor a doença para buscar tratamentos adequados logo após o aparecimento dos primeiros sintomas. O conhecimento também é fundamental para acabar com o preconceito sofrido pelos pacientes.

“A Psoríase é relativamente comum e não tem cura, mas tem tratamento. É muito importante que a pessoa procure ajuda de um dermatologista logo nos primeiros sintomas para que seja feito um diagnóstico e iniciado o tratamento, que vai variar conforme o grau da doença”, explica Daniela. “Como os sintomas são visíveis, é comum que os pacientes sofram preconceitos, principalmente, porque muitas pessoas acham que é transmissível e evitam o contato”, afirma a dermatologista.

Entre os sintomas mais comuns da Psoríase, estão as manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas, pele ressecada e rachada, coceira, queimação, dor, inchaço e rigidez nas articulações, unhas grossas e descoladas, entre outros. “Nos casos mais graves, ela pode realmente afetar a vida do paciente, que chega a sofrer preconceito porque as pessoas acham que é contagioso. Por isso, recomendamos o tratamento o mais rápido possível para que esses sintomas fiquem controlados e a qualidade de vida seja melhorada”, destaca Daniela.

Há, atualmente, diversos tipos de tratamento disponíveis, desde os tradicionais até os com medicamentos imunobiológicos. A indicação do tratamento correto é feita por um médico dermatologista, de acordo com a fase da doença do paciente.

Em casos leves, manter a pele hidratada e utilizar medicamentos tópicos nas lesões podem ser suficientes. “A exposição ao sol, em horários recomendados e por um período seguro, também ajuda”, orienta a dermatologista.

Quando a Psoríase já está um pouco mais avançada, é indicado tratamento com exposição à luz ultravioleta A (PUVA) ou ultravioleta B (banda estreita) em cabines. “Para os casos mais graves, temos opções de medicamentos orais e injetáveis”, explica a médica. “Alimentação saudável e exercício físico também são fortes aliados no tratamento. Além disso, o tabagismo e a obesidade podem piorar as lesões”, completa.

Nos últimos anos, os medicamentos imunobiológicos também começaram a ser usados no tratamento da Psoríase, com efeito superior ao tratamento convencional. “As primeiras gerações de medicamentos contra a Psoríase atuam mais no controle dos sintomas. Já os imunobiológicos agem na causa da doença e impedem ou modulam a resposta inflamatória, fazendo com que as lesões de pele melhorem “, explica a dermatologista.

Daniela explica que, diferentemente das substâncias convencionais, os medicamentos imunobiológicos proporcionam uma melhora da Psoríase por um tempo mais prolongado após o uso. No entanto, um fator que precisa ser considerado é que esses medicamentos, apesar de eficientes, possuem alguns efeitos colaterais e são de alto custo. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a Psoríase é causada por fatores genéticos, imunológicos e ambientais e, frequentemente, está associada a artrite psoriática, doenças cardiometabólicas, doenças gastrointestinais, diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor.

Alguns fatores aumentam as chances de uma pessoa ter a doença ou pioram o quadro clínico. Entre eles, estão a hereditariedade; o estresse, que é importante gatilho, já que debilita o sistema imunológico; a obesidade, que causa a psoríase invertida; o tempo frio; tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.

Há vários tipos de Psoríase. A mais comum é a em placas ou vulgar, em que o paciente apresenta placas secas, avermelhadas com escamas prateadas ou esbranquiçadas. Essas placas causam coceira e até dor, dependendo do caso. “Como há vários tipos diferentes da doença, é fundamental uma avaliação dermatológica para a indicação do melhor tratamento. Hoje a medicina conta com medicamentos modernos e eficientes que chegam ao desaparecimento completo das lesões”, reforça Daniela.





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