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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Alternativas para resolver o problema passam pela conscientização do professor




O preconceito no Brasil é quase tão impressionante quanto a diversidade do país. Ao mesmo tempo em que temos múltiplas culturas e tradições, somos racistas, sexistas, xenofóbicos... Um dos lugares onde esses problemas mais se manifestam é a escola.

Uma pesquisa realizada em 2009 pelo Ministério da Educação revelou que o preconceito atingia 99,3% das escolas no país na época. Entre as discriminações mais citadas estavam as contra portadores de necessidades especiais, grupos étnico-raciais e gênero. Oito anos se passaram e o quadro parece ter sido pouco alterado.

Um levantamento de 2016, realizado pela Universidade Fereral de São Carlos (UFSCar), revela que 32% dos homossexuais entrevistados haviam sofrido preconceito em salas de aula.

Para ajudar a reverter o problema, o curso de Pedagogia do Instituto Singularidades, em São Paulo, criou em seu currículo disciplinas que trabalham com os futuros professores a questão dos preconceitos. A professora Denise Rampazzo, mestre em educação pela USP, percebeu que uma mudança no modo de pensar de seus alunos dependia de uma mudança em sua didática de aula.

Foi então que ela resolveu estruturar uma de suas disciplinas, Cultura Brasileira e Diversidades Étnicas, em  três pilares: autoconhecimento, reflexão e ação. Ela constatou que os alunos tinham dificuldade em assimilar o que eram as práticas preconceituosas.

 “A maioria conseguia falar sobre o preconceito, mas 95% diziam que nunca sofreram. Há um certo mecanismo de naturalização do que são estas situações”, conta Denise.

O campo teórico da disciplina é trabalhado de forma a variar as fontes. Os alunos leem textos de autores com perspectivas diferentes, como Roberto Da Mata e Darcy Ribeiro, livros de escritores africanos ou assistem filmes que relatam lados opostos da Guerra Fria, por exemplo. “Isso é uma forma de diversificar o repertório”, aponta a professora.

A partir destas propostas, os futuros professores passam a repensar antigas convicções e ideias. “Uma aluna negra  contou que quando era pequena não tirava notas altas e nem ganhava  presentes da professora. Só após algumas discussões em nossas aulas ela  percebeu que todos os outros colegas eram brancos, e conseguiu enxergar o racismo presente na situação”, relata Denise.

Para a professora do Instituto Singularidades, o objetivo não é acabar totalmente com os preconceitos, o que seria impossível, mas conscientizar os alunos. “Meu papel é formar alunos críticos, e não alunos que pensam igual a mim. Muitos professores tem o orgulho de acharem que seu pensamento é o único e o correto”, reflete Denise.

A luta contra os preconceitos é longa e diária. E o ambiente escolar mostra-se um bom local para quebrá-los, a partir de novas didáticas que desconstruam as convicções cristalizadas. “Ser professor é isso, é pensar e repensar”, ensina a educadora.




Quer escolher a carreira certa? A neurociência te ajuda



Quando falamos da carreira futura devemos decidir com a cabeça ou com o coração? Certamente com os dois e não precisamos nos preocupar sobre como fazer isso – o algoritmo cerebral já tem tudo pronto. O importante é pensar e ao mesmo tempo perceber os feelings que acompanham as ideias. É dessa engenhosa combinação que nascem decisões sábias.

Se você experimentar abrir o telefone celular, acionar o microfone e perguntar “Google, que carreira devo escolher”, verá que a resposta virá com a abertura do navegador e uma listagem de sites com aconselhamentos sobre a escolha da carreira. Isso ocorre devido aos incríveis avanços recentes na tecnologia. Primeiro, o Google está equipado com um software que transforma voz em comandos digitais. Segundo, a empresa detém uma parcela das inovações tecnológicas do mundo e desenvolveu um algoritmo capaz de antecipar o que você deseja saber.
Algoritmos são simplesmente instruções para executar determinada tarefa. Digamos que você queira a média entre suas notas 8, 9 e 10. O algoritmo dirá “tome a primeira nota, adicione a segunda, e assim com todas as notas subsequentes, e divida o produto pelo número de notas”. A resposta é 9, mas algoritmos podem ser bem mais complexos do que isso. Um deles está escondido uma região do cérebro esperando você perguntar “então, que carreira devo escolher?” No futuro, com a transferência dos algoritmos para as máquinas — uma divisão da tecnologia chamada inteligência artificial —, o Google será direto. Em vez de nos direcionar para páginas da web, ele terá em seus algoritmos as nossas preferências pessoais e todas as curtidas realizadas. Ele poderá informar sobre qual carreira devemos pensar seriamente.
Talvez você queira argumentar dizendo “mas por que oceanologia, se nem entendo de oceanos?” A disciplina denominada machine learning será capaz de “aprender a conhecer" você melhor do que você mesmo. Nem mesmo você lembrava como costumava dar longos passeios à beira do mar coletando conchas da areia, mas o algoritmo da máquina jamais esquece essas coisas.
Mas ainda não chegamos em 2025 e você precisa decidir sobre sua carreira agora, utilizado seus próprios algoritmos. Em primeiro lugar, eles estão codificados em neurônios. Segundo, estão agrupados em uma região do cérebro chamada córtex prefrontal, exatamente atrás dos olhos. Vamos ao funcionamento do algoritmo. Ele possui uma entrada denominada cognitiva e outra, que conta com muito peso, chamada interna. Ao pensar sobre a sua carreira, você provavelmente já possui alguns pontos de partida. Esta ou aquela carreira é rentável? Terei liberdade para tomar minhas próprias decisões ou terei que ser obediente a alguém? O conhecimento técnico necessário está dentro do meu gosto? São informações chamadas cognitivas. Uma parte do córtex prefrontal vai armazená-las no processo da consulta do algoritmo.
A segunda fonte é a que traz ao cérebro informações acerca do funcionamento dos órgãos do organismo. O neurocientista Antonio Damasio, trabalhando durante muitos anos na Universidade de Iowa nos EUA, detectou que o processo de tomada de decisões é acompanhado de feelings, em cuja base está a facilidade com que as operações internas são realizadas. Através de estudos de imagem ele e sua equipe conseguiram detectar que pessoas com lesões cerebrais que afetam áreas que nada tem a ver com conhecimento, raciocínio, fluência ou memória – mas que monitoram as atividades internas do organismo – são incapazes de tomar decisões que lhes sejam favoráveis.
O batimento do coração é dono de um ritmo que não pode ser chamado exatamente de regular. Certos batimentos do coração ocorrem fora da regularidade rítmica habitual. São batimentos fora do tempo (como o golpe da guitarra base no contratempo do reggae song). Eles não são percebidos como algo fora do normal, mas para os centros de tomadas de decisão cerebrais elas agem como um “sim" ou “não", dependendo de como a questão está sendo tratada nos corredores da mente. Muitas vezes, toda uma rede cognitiva favorável para determinada decisão está sendo armada, mas subitamente a decisão segue na direção oposta. Isso se deve à chegada de um feeling – uma escolha intuitiva, que viaja em trem bala diretamente do coração.
Então, quando falamos da carreira futura devemos decidir com a cabeça ou com o coração? Certamente com os dois e não precisamos nos preocupar sobre como fazer isso – o algoritmo cerebral já tem tudo pronto. O importante é pensar e ao mesmo tempo perceber os feelings que acompanham as ideias. É dessa engenhosa combinação que nascem decisões sábias. Por enquanto é assim, mas talvez no futuro o Google vá também cuidar disso para nós.



Dr. Martin Portner - Médico Neurologista , Mestre em Neurociência pela Universidade de Oxford e especialista em Mindfulness. Há mais de 30 anos divide suas habilidades entre atendimentos clínicos e palestras, treinamentos e workshops sobre sabedoria, criatividade e mindfulness. www.martinportner.com.br




Coach ensina como sair da área de conforto através de metas e planejamento eficaz



"Pessoas de sucesso não procrastinam", aponta Renata Tolotti


A maioria das pessoas não leva a sério o estabelecimento das metas e muito menos fazer o planejamento. Especialistas no assunto defendem que quando se estipula prazos aliados a tarefas e ações, o sistema neurológico entende que há um desejo de futuro repleto de realizações, tanto na esfera profissional quanto pessoal. Afinal, sem ter noção de aonde se quer chegar, qualquer caminho ou resultado serve e o resultado desta incerteza gera frustração ou, em alguns casos, até a depressão. 

Mas a coach Renata Tolotti traz uma boa notícia para quem deseja dar um passo assertivo em relação ao seu objetivo tão desejado e sair, definitivamente, da zona de conforto. " A primeira parte é entender que os resultados só dependem de si mesmo. Ao olhar para o cenário atual, ocorrerá uma reflexão sobre o que foi planejado ou não. Para muitos, trata-se de uma etapa dura, porque quando eu deixo de responsabilizar o outro, começo a entender que eu posso ter uma vida muito melhor", avalia Renata. 

Mas antes de estipular uma meta, a coach aconselha que o ideal é se auto avaliar para saber o quanto a empresa, ou pessoa, está aberta a mudanças. " Antes de qualquer processo de coaching, tanto life quanto business, deve-se refletir sobre o quanto se quer empenhar para ter sucesso. Todos sonham em conquistar o que deseja, mas poucos estão dispostos ter as ações certas para isso acontecer", aponta a coach. 

Estabelecer metas é algo positivo. Segundo a palestrante, basta eliminar o que não se quer e escrever o que realmente se deseja, colocando em um papel o maior número de detalhes, sendo bem especifico. E na sequência, fazer um plano de ação detalhado para cada etapa e quem deve cumprir tal tarefa. "Não existe milagres, cito em minhas palestras que normalmente uma nova ação gera mudança e um certo desconforto resultando em medo e ansiedade, mas não existe alternativa, é preciso enfrentar e seguir em frente", explica. 

O grande estimulo para superar essa fase é ver os ganhos que tal mudança trará e a vida começando a acontecer da forma que se espera. "A partir daí, sair da zona de conforto torna-se um hábito", pontua Renata. 

As pessoas procrastinam seus desejos por vários motivos, crenças, medos, vícios emocionais. Quem tem um comportamento diferente deste lidera com eficiência e se torna referência porque seguem suas vidas com maestria e se destacam em meio profissional e social. "Se a ideia é seguir assim, comece a cumprir tarefas", revela Renata. 

De acordo com a coach, muitas pessoas sonham com o resultado esperado, nos mais variados segmentos, mas ao mesmo tempo, não querem fazer sacrifícios. 

"É preciso revisar a rotina e abrir mão de alguma coisa, ou minimamente se organizar através de um cronograma coerente com o seu objetivo", destaca. 

Para alcançar qualquer resultado positivo, Renata explica que se deve entender profundamente quais são os hábitos e comportamentos que levarão para onde se deseja chegar e, assim, aprimorá-los. " Durante este processo podem ocorrer desafios, por isso é interessante recorrer a ajuda de um coach, que é um instrumento de autoconsciência. Esses profissionais irão auxiliar com ferramentas a criar no coachee (cliente) crenças novas, positivas, eliminando vícios emocionais, auto sabotagem e organizar a bagunça mental que a maioria das pessoas está. Depois dessa etapa, estabelece-se aonde quer-se chegar", ressalta. 

No ambiente corporativo, esse cuidado deve ser redobrado. Por mais incrível que pareça, a maioria dos gestores e seus colaboradores não sabem onde e como desejam, chegar. " Há empresas que não possuem planejamento nem para seis meses e é por isso que muitas fecham todos os anos. Infelizmente, os empreendedores investem na ideia, mas não possuem conhecimento nenhum em gestão. O sonho é importante porque é o primeiro passo para qualquer realização, mas deve ser seguido de um estudo para analisar a viabilidade do negócio, aliado a um planejamento estratégico", finaliza Renata.





Renata Tolotti - A coach ministra treinamentos, mentoria de negócios, cursos e também atua como palestrante. Trabalha mostrando para as pessoas que elas são capazes de ter a vida que elas merecem, com mais amor, sonhos, risos e realizações. É formada em Coaching Integral Sistêmico, Coaching Business, Coaching For Money, Coaching Executivo, especialização em High Business Permanece e Comportamento Humano, pela Florida Christian University. Mais informações pelas redes socais http://facebook.com/coachrenatatolotti Instagram: @coachrenatatolotti



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