Pesquisar no Blog

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Nem amador, nem herói



Muito se fala sobre a chamada Indústria 4.0, cada vez mais automatizada e operada remotamente. Antes de pensar sobre todas as inovações nos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos produtivos, vale fazer uma reflexão sobre a influência da qualidade no contexto das fábricas inteligentes. 

De nada adianta tanta modernidade – como máquinas autônomas e sensorizadas – se não houver o básico. Não se pode esquecer que hoje, com as máquinas manuais, é possível fazer ações de contenção e trabalhar com pequenos desvios na produção, compensados com retrabalhos, inspeções extras ou desvios especiais.

Com as máquinas autônomas, não será possível parar no meio uma produção, que é dotada de inúmeras conexões. Se não houver a estabilidade necessária nas máquinas, refugos serão produzidos, com geração de enormes prejuízos e atrasos em toda a cadeia. Provavelmente máquinas trabalharão por horas ou, talvez, dias a fio sem uma correção.

É fato que fazer o correto da primeira vez sempre foi uma exigência de toda a cadeia automotiva, mas agora, com a Indústria 4.0, é mais do que nunca um imperativo.

Para tanto, o profissional precisa pensar no sentido horário ou seguir o ciclo PDCA. Não se pode sair executando uma nova atividade sem saber exatamente o que está sendo feito, o que é uma prática bastante comum no ocidente. O brasileiro geralmente tenta se instruir somente quando algo dá errado ou faz por tentativa até acertar.

O contrário é visto em outras culturas. Quando o japonês ou o alemão se propõe a fazer uma nova tarefa, o primeiro passo é sempre estudar, planejar, fazer experimentos para conhecer tudo sobre aquele assunto. Ter sucesso no experimento é a condição para ele se propor a executar a atividade. Esta é a premissa básica da qualidade.

As empresas têm à disposição diversas ferramentas de qualidade, mas comumente ainda só trabalham com tais ferramentas na ocorrência do erro. Essa propensão do brasileiro de ser criativo está chegando a um expoente que não cabe na Indústria 4.0. Não haverá espaço para amador ou herói nas fábricas inteligentes.

Agora é necessário dar atenção à qualidade dos processos produtivos. Mais do que nunca, a capabilidade das máquinas deve ser observada, assim como a estabilidade e a precisão dos instrumentos de medição, a aplicação dos ciclos de manutenção (preventiva e preditiva) e a reposição dos ferramentais, todos devem ser aplicados à risca.

Vale lembrar que a qualidade é medida na indústria automotiva pela satisfação da necessidade do cliente, que é traduzida na entrega de produtos sem defeitos, nos prazos combinados e com custos adequados. Pensar no sentido horário é requisito na Indústria 4.0 para equilibrar as três forças que geram a satisfação do cliente.

Estes são alguns desafios para o desenvolvimento do parque industrial brasileiro no contexto das fábricas inteligentes, que também serão discutidos no 5º Fórum IQA da Qualidade Automotiva. O encontro reunirá lideranças da indústria, da academia e do governo no Centro de Convenções Milenium, em São Paulo, dia 9 de outubro.




 Eng. Flávio Nascimento Mateus - diretor do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA)




8 dicas para tornar as reuniões mais produtivas




Gerente da Randstad Professionals, Sócrates Melo, indica algumas medidas para otimizar o tempo em reuniões no trabalho


As reuniões são necessárias no mundo dos negócios e, muitas vezes, chegam a preencher horas e até dias nas agendas dos profissionais. Seja um meeting com a equipe, fornecedores, gestores e até possíveis clientes, elas sempre passam do horário planejado.

O gerente regional da Randstad Professionals, Sócrates Melo, conta que tornar as reuniões mais enxutas é uma tendência. Há empresas que chegam a cobrar dos funcionários quando as conversas se estendem, fazendo com que esse atraso dê prejuízos financeiros aos envolvidos. Mas, o que fazer para que esses encontros sejam mais produtivos e, consequentemente, durem menos? Sócrates preparou oito dicas para atingir o objetivo:

1)   Antecipar aos participantes o tema central da reunião. Antes de iniciar o encontro, relembre o que será discutido;

2)   Pontualidade: chegar no horário combinado é essencial e educado com todos presentes;

3)   Eleger um líder e centralizar a condução dos temas, alterações e dúvidas;

4)   Ter clareza dos objetivos do encontro e, quando terminar, o que se espera dela. Ex.: Ao final da reunião esperamos definir a contratação de dois novos funcionários etc.;

5)   Não fugir do assunto mesmo que seja sobre trabalho. Ex.: Se o tema é expansão, não vamos falar de ações de marketing.

6)   Não dar abertura para conversas paralelas ou abordar assuntos pessoais;

7)   Comunicar ao líder da reunião se precisar sair mais cedo ou chegar um pouco atrasado. Ao iniciar, avisar a equipe que vai precisar se ausentar um tempo antes do término. Isso faz parte da etiqueta das reuniões e precisa ser respeitada. Ou, se alguém vai chegar atrasado, o líder precisa comunicar aos envolvidos.

8)   Respeite o horário final.

As reuniões se tornam mais produtivas quando seguimos algumas premissas e, de uma hora ou mais, podem durar apenas 30 minutos.




Posts mais acessados