Pesquisar no Blog

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

No Congresso INCA 80 Anos, Instituto apresenta resultados inéditos do Projeto ITC, estudo sobre tabagismo no Brasil e outros 27 países



49% dos fumantes brasileiros planejam deixar de fumar nos próximos 6 meses, maior índice entre todos os países pesquisados


Os fumantes brasileiros estão altamente motivados para deixarem de fumar e apoiam fortemente novas ações governamentais para a cessação do tabagismo, de acordo com o Projeto ITC Brasil, pesquisa que mede o impacto psicossocial e comportamental de políticas para o controle do tabaco. Os resultados do estudo foram divulgados no Congresso INCA 80 Anos.

O Brasil tem a maior porcentagem (49%) de fumantes que planejam deixar de fumar nos próximos 6 meses nos 25 países pesquisados (em três países esta pergunta não foi feita). O índice é bastante elevado, principalmente se comparado a de países desenvolvidos com programas estruturados de controle do tabaco, como EUA (índice de 37%), França (34%), Inglaterra (33%) e Alemanha (apenas 10%).

A pesquisa indica que os fumantes e não fumantes apoiam a criação de novas ações governamentais para a cessação do tabagismo. Existe um forte apoio até mesmo para uma proibição total da comercialização dos produtos de tabaco – algo que não está em pauta, mas demonstra a aprovação da atuação do Estado no controle do tabagismo. O Projeto ITC perguntou a todos os entrevistados se eles apoiam ou se opõem a uma proibição total de produtos de tabaco nos próximos 10 anos, dado que o governo forneceria tratamento para ajudar fumantes a deixarem de fumar. Os resultados mostram que 68% dos fumantes e 77% dos não fumantes pesquisados "apoiam" ou "apoiam fortemente" essa proibição.

Fumantes e não fumantes apoiam fortemente duas políticas-chave para reduzir publicidade e promoção de produtos de tabaco: a proibição de exibição de produtos de tabaco nos pontos de venda e a padronização de todas as embalagens de cigarros. Aproximadamente três quartos dos fumantes (72%) apoiam a proibição de displays de cigarros dentro de lojas e quase metade (49%) apoiam embalagens padronizadas. O apoio é ainda maior entre os não fumantes: 86% apoiam a proibição de displays de cigarros dentro de lojas e 56% apoiam embalagens padronizadas.

“Houve uma mudança na aceitação social do ato de fumar, que era bem-visto e amplamente estimulado no Brasil entre as décadas de 70 a 90. Essa mudança é fruto de um longo trabalho desenvolvido pelo INCA e Ministério da Saúde, em parceria com secretarias de Saúde e sociedade civil,” analisa Tânia Cavalcante, secretária-executiva da Conicq/INCA. “Nosso desafio é o de ampliar o acesso desses fumantes ao tratamento para deixar de fumar, que é uma das intervenções médicas mais custo efetivas.”

A pesquisa perguntou aos fumantes e ex-fumantes quais as razões que os levaram a pensar em deixar de fumar nos últimos 6 meses ou os levaram a parar. As razões mais comuns para pensar em deixar de fumar "muito" entre fumantes e ex-fumantes eram preocupações com a própria saúde (68% dos fumantes, 89% dos ex-fumantes); dar exemplo para crianças (66% dos fumantes, 63% dos ex-fumantes); e preocupações sobre os danos causados pelo tabagismo passivo em não fumantes (51% dos fumantes e 60% dos ex-fumantes). O preço dos cigarros foi o motivo na metade dos entrevistados (50% dos fumantes e ex-fumantes).

Sobre o ITC

O Projeto Internacional de Avaliação das Políticas de Controle do Tabaco (Projeto ITC) foi desenhado para medir o impacto das políticas da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco da OMS (CQCT), o grande tratado público mundial em resposta à epidemia do tabaco, ratificado pelo Brasil em 2005. Esta é a terceira edição do Projeto ITC no Brasil – a primeira foi em 2009 e a segunda em 2013. Além do Brasil, a edição 2017 englobou outros 27 países, onde residem dois terços dos fumantes no mundo. No Brasil, a pesquisa ouviu 1.358 fumantes e 470 não fumantes.

O projeto ITC do Brasil é coordenado pelo INCA em associação com a Universidade de Waterloo, do Canadá, e em parceria com a Fundação do Câncer, CETAB/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Aliança de Controle do Tabaco (ACTbr) e Secretaria Nacional da Política sobre Drogas (SENAD).

Congresso INCA 80 Anos

O INCA apresentou as informações inéditas do ITC Brasil durante o Congresso INCA 80 Anos, encontro médico e científico que marca o aniversário de fundação do Instituto. O Congresso, realizado nesta sexta-feira e sábado (29 e 30 de setembro) no Rio Othon Palace, em Copacabana, conta com a participação de cerca de 700 pessoas por dia, 300 palestrantes, 30 convidados internacionais, 157 palestras e 32 mesas-redondas.


INCA precisa de doações de sangue

O Banco de Sangue do INCA precisa de doações para suprimir a demanda gerada pelo grande número de cirurgias realizadas na instituição.

“É muito importante ter estoque de sangue e plaquetas para que o tratamento dos pacientes prossiga e que a possibilidade de uma transfusão seja assegurada”, afirma Iara Motta, chefe do Serviço de Hemoterapia do INCA.

Doar sangue é seguro. Qualquer pessoa em boas condições de saúde, entre 16 e 69 anos e pesando mais de 50kg pode doar sangue. Não é necessário estar em jejum, mas é importante evitar alimentos gordurosos três horas antes da doação. Pessoas com febre, gripe ou resfriado não podem doar temporariamente, assim como as grávidas e as mulheres no pós-parto. Os doadores devem apresentar documento oficial com foto e os menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis.

O Banco de sangue do INCA está localizado na Praça Cruz Vermelha, 23, Centro do Rio e funciona de segunda a sexta-feira: das 7h30 às 14h30. Aos sábados o horário de atendimento vai das 8h às 12h.





Aumento dos caracteres do Twitter indicia a necessidade de autoexpressão do usuário



 Especialista em redes sociais faz análise do anúncio do Twitter sobre teste para dobrar o limite de suas publicações para 280 caracteres


Essa iniciativa é uma tentativa do Twitter em alcançar novos usuários, ou seja, combater a estagnação, explica o especialista em redes sociais da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Celso Figueiredo Neto. “É interessante pensar que essa iniciativa inverte a lógica de less is more (menos é mais) ou o discurso de que as coisas estão cada vez mais rápidas, com menos texto e mais imagens. Dobrar o número de caracteres é um modo de dizer que preciso de mais palavras para dizer o que eu sinto”, explica o Figueiredo.


O profissional ressalta que essa mudança sinaliza que o usuário precisa falar mais para capturar cliques e colher curtidas, e nesse caso o Twitter entende que precisa ceder mais espaço para isso, mas com um limite para não perder o seu DNA. “O textão do Facebook indicia a necessidade de autoexpressão do usuário. Ele precisa mostrar seu ponto de vista. Os 280 caracteres podem dar mais espaço para a pessoa contar a história e levar o usuário a clicar no link”, frisa o professor.

A persuasão demanda tempo em qualquer mídia, se você reduzir excessivamente o tempo e espaço de expressão ele vai perder sua capacidade persuasiva e, portanto, cliques de outros usuários, afirma o professor do Mackenzie. “O motor de qualquer rede social são seus usuários. E o que move os usuários nas redes sociais é a capacidade de gerar cliques, que significam apoio, concordância, autoestima. Aumentar o espaço de exposição para o usuário significa dar a ele mais liberdade para exercer sua persuasão”, sintetiza Figueiredo.






Jovens não estão isentos de doenças do coração



A saúde do coração não está diretamente ligada à idade. Apesar da menor probabilidade ao problema, os jovens não estão imunes às doenças cardíacas. De acordo com o cardiologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Renato Arnoni, até os 30 anos os diagnósticos mais comuns não estão atrelados apenas aos maus hábitos.

Nesta faixa etária, uma das principais causas de problemas no coração são as alterações congênitas, adquiridas antes do nascimento. Arnoni explica que, quando o diagnóstico é feito em adultos jovens, a possibilidade de ser uma doença benigna torna-se maior.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados em 2016, apontam que cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem todos os anos vítimas de doenças cardiovasculares (como ataques cardíacos e derrames) – causa número um de morte em todo o planeta.

Além das doenças congênitas, outros problemas cardíacos podem aparecer de maneira silenciosa. O médico reforça que, por não apresentarem sintomas claros, fatores de risco como antecedente familiar de doença cardíaca, estresse e histórico de colesterol alto desde a infância não devem passar despercebidos.
Esses quadros clínicos podem evoluir para outras consequências, como o infarto. O cardiologista esclarece que, nesta fase da vida, como ainda não há a circulação colateral, a lesão na artéria tende a ser mais grave. "O organismo dos mais jovens tem dificuldade em desenvolver outras formas do sangue passar após a obstrução", explica Arnoni.

As arritmias, caracterizadas pelos batimentos irregulares do coração, estão também entre as preocupações. Os casos mais graves necessitam de cirurgia, porém, na maioria das vezes, é possível controlar com medicamentos.

Para evitar situações mais críticas e ter um diagnóstico precoce, é recomendado o acompanhamento médico desde a infância, principalmente quando há fatores de risco. O cardiologista salienta que, algumas destas doenças do coração podem estar ligadas aos maus hábitos, sendo importante ter uma vida saudável.

"É fundamental começar a se cuidar desde cedo para evitar problemas futuros, como as doenças coronárias. Por isso deve-se controlar os fatores de risco, como tabagismo, colesterol alterado, obesidade e histórico familiar", pontua o especialista.

A atividade física está também entre as práticas de prevenção. Arnoni aconselha exercícios regrados, como caminhadas, com acompanhamento clínico.



Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
Site: www.hpev.com.br
Facebook: www.facebook.com/ComplexoHospitalarEV
Twitter: www.twitter.com/Hospital_EV
YouTube: www.youtube.com/user/HospitalEV



Posts mais acessados