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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Crianças brasileiras estão entre as mais estressadas do mundo, segundo Pisa. Escolas já oferecem aulas de alfabetização emocional



Desenvolvido por médico psiquiatra e educador, programa aplicado em escolas brasileiras ensina a lidar com as emoções. De acordo com estudo, 56% dos alunos entrevistados relataram tensões relacionadas à escola


De acordo com estudo realizado com mais de 500 mil estudantes de 72 países, crianças brasileiras estão entre as mais estressadas dentro da escola no mundo inteiro. Os dados de 2015 são referentes ao Pisa — Programa Internacional de Avaliação de Estudantes promovido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

56% dos entrevistados relataram tensões relacionadas à escola. Entre os países com menor percentagem de alunos ansiosos estão: Holanda (39%), República Tcheca (40,5%) e Alemanha (41,5%). Nas colocações mais altas estão Republica Dominicana (com 80%), Brasil (81%) e Costa Rica, em primeiro lugar, também com 81%. 

Quando falamos em ansiedade, podemos até pensar naquele frio na barriga ou, nos casos mais extremos, no medo exagerado. Mas a ansiedade é um estado absolutamente natural e esperado, que nos ajuda a lidarmos melhor com as situações do dia a dia. “A questão é que a ansiedade tem um ponto de equilíbrio – menor que esse ponto não ajuda e maior, atrapalha”, explica Celso Lopes de Souza, médico psiquiatra e fundador do Programa Semente.

Junto com um grupo de educadores e com base no Casel, principal centro de estudos da aprendizagem socioemocional do mundo, Celso fundou o Programa Semente, que está oferecendo às escolas brasileiras a possibilidade de preparar seus alunos a lidarem com as emoções, como a ansiedade.  O Casel reuniu em 2011 diversos pesquisadores ao redor do mundo para avaliar o impacto de programas de habilidades socioemocionais na vida de 270 mil estudantes. Os resultados de boas práticas incidiram não só na diminuição da possibilidade de surgimento de transtornos psiquiátricos, como também, na melhora em média de 11% no desempenho acadêmico.

Numa aula sobre autoconhecimento e autocontrole do Programa Semente, por exemplo, o aluno é incentivado a refletir sobre suas emoções e se conhecer melhor. De forma estruturada, o programa trabalha os cinco domínios: autoconhecimento, autocontrole, empatia, tomada de decisões responsáveis e habilidades sociais. O controle da ansiedade, por exemplo, é fomentado com estratégias que auxiliam os estudantes a enfrentarem situações, procurando reconhecer os desafios e as capacidades de forma realista e sem distorções.

“Saber reconhecer emoções, relacionando-as com os pensamentos que as geram e entendendo como tudo isso influencia o comportamento permite que cada um compreenda melhor as próprias limitações e conheça suas fortalezas, o que aumenta a confiança, o otimismo e a autoestima”, afirma Celso.

Para isso, o programa ensina ao aluno estratégias para identificar e questionar os pensamentos, especialmente quando as emoções não estão contribuindo para o enfrentamento das situações.

Um exemplo do que acontece nas aulas é a indicação e prática do acrônimo IDEA: A - Identifique os pensamentos que estão ocorrendo no momento da ansiedade intensa; D – Desafie os pensamentos com perguntas simples: “Posso estar exagerando?” “Há outras possibilidades para interpretar essa situação? ; E – Encontre novas formas de pensar e A – Assuma um novo comportamento.

“É o que chamamos de flexibilização cognitiva, muito eficaz para evitarmos armadilhas em momentos em que enxergamos a realidade de modo distorcido, o que pode levar a erros de interpretação”, explica. Um exemplo disso é quando uma pessoa acorda com dor nas costas e interpreta aquela situação como sendo uma doença grave. Um rápido questionamento sobre o pensamento “Estou com uma doença grave” pode desarmar dias de ansiedade.

Para Celso, as competências socioemocionais, se trabalhadas com êxito nas escolas, e também em casa, podem ser um grande trunfo para prevenir que a ansiedade saudável se torne patológica. “Todos os pilares são essenciais, mas existem dois que são a chave para que esse problema não se intensifique: os pais e as escolas precisam incorporar que as emoções importam. Do mesmo jeito que ensinamos as crianças a nadar e andar de bicicleta, devemos ensiná-las a lidar com suas emoções”, conclui.




Programa Semente





Horário de Verão terá início dia 15 de outubro



Horário de Verão terá início dia 15 de outubro


O Horário de Verão 2017/2018 terá início no domingo, dia 15 de outubro, quando os relógios deverão ser adiantados em uma hora nos seguintes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. À meia-noite do dia 14 (zero hora do dia 15), o relógio deverá passar para 1h e este dia terá uma hora a menos.

Com o Horário de Verão aplicado ao "horário de Brasília", o Leste do Amazonas e os estados de Roraima e Rondônia ficam com duas horas a menos em relação ao horário de Brasília; Acre e Oeste do Amazonas ficam com três horas a menos.

Conforme determina o Decreto 6.558, de 8 de setembro de 2008, o Horário de Verão é adotado “a partir de zero hora do terceiro domingo do mês de outubro de cada ano, até zero hora do terceiro domingo do mês de fevereiro do ano subsequente". Assim, o Horário de Verão terminará a zero hora do dia 19 de fevereiro de 2017. Criado com a finalidade de economizar energia durante os meses mais quentes do ano e cujos dias são mais longos, a medida foi adotada no Brasil pela primeira vez em 1931.

O Observatório Nacional é responsável pela geração, distribuição e conservação da Hora Legal Brasileira (HLB), desde 1850, quando essa atividade teve início no país. É na sua sede, no bairro São Cristóvão, zona norte da cidade do Rio de Janeiro, que será feita a troca de horário no próximo domingo. Para saber a hora certa, basta acessar a página http://www.horalegalbrasil.mct.on.br/ e clicar no link "acerte seu relógio".

Também está disponível na internet a Rádio DSHO/ON. Acessando a página http://www.horalegalbrasil.mct.on.br/MenuRadioDSHO.html, é possível escutar os enunciados de dez em dez segundos da Hora Legal Brasileira, de acordo com o respectivo fuso horário de cada região do território nacional.





Quatro riscos que as empresas ainda encaram com o Bring Your Own Device



Os dispositivos móveis vêm sendo usados em ambientes corporativos há décadas - com os enormes telefones portáteis, notebooks e PDA’s ou “computadores de bolso”. Em seguida surgiu a Apple com a onda dos smartphones, e desde então, a mobilidade empresarial não tem sido a mesma.

Enquanto inúmeros avanços ocorreram na gestão de dispositivos móveis, nem todos os problemas foram solucionados. Um exemplo é que ao mesmo tempo que os hackers fazem constantes inovações em suas táticas, a maioria das empresas ficam estagnadas sem um upgrade significativo em suas funcionalidades de segurança.

Em 2016, 67% dos profissionais de segurança em TI entrevistados em um estudo do Ponemon Institute, disseram que era uma certeza ou pelo menos provável que ocorresse uma invasão como resultado do uso de um dispositivo móvel. Além disso, 64% admitiram que as empresas onde trabalham não estavam vigilantes quanto à proteção dos dados confidenciais neste hardware, e 63% não tinham políticas relacionadas a qual tipo de dados da empresa poderiam ser armazenados nos dispositivos móveis dos funcionários.

Abaixo exemplifico quatro maneiras pelas quais os dispositivos móveis podem ameaçar os negócios e colocar os dados confidenciais em risco.


1. Falta de acompanhamento do usuário

Os funcionários são o elo mais fraco na segurança da informação. Apesar de não terem más intenções, se os membros da equipe não aderirem totalmente aos padrões da companhia, podem se tornar uma porta aberta para um hacker.
Mesmo com simples medidas de melhores práticas estabelecidas, como bloqueio de tela ou autenticação em seus aparelhos, uma falta de acompanhamento do usuário deixará os negócios vulneráveis.

No relatório do Pew Research Center de 2017 descobriu-se que 28% dos donos de smartphones não usam um bloqueio de tela, e 40% atualizam seus aparelhos somente quando é conveniente. Este tipo de comportamento pode facilitar o controle do aparelho por hackers e o acesso a informações confidenciais.


2. Vulnerabilidades de aplicativos e aparelhos

Tradicionalmente, os aplicativos deveriam passar por um período de verificação rigoroso para garantir que o software seja seguro e valioso para o uso comercial. No entanto, os funcionários podem optar por utilizar um programa que seja mais conveniente, criando um amplo ambiente de shadow IT. Da mesma maneira, as organizações podem selecionar um aplicativo que seja bom na teoria, mas sofra de práticas de codificação ruins ou inseguras na prática, o que pode não ser aparente à primeira vista.

Em mais uma pesquisa do Ponemon Institute, descobriu-se que os participantes acreditavam que os aplicativos de Internet das Coisas são mais difíceis de proteger devido à falta de garantia de qualidade e testes para esses programas. Os participantes também se mostraram levemente mais preocupados em serem hackeados através de um aplicativo de IoT (Internet das Coisas) do que por um aplicativo móvel.

No entanto, a pesquisa indicou que a ameaça de malware para aplicativos móveis é muito mais predominante do que os softwares de IoT. 63% dos entrevistados não tinham certeza que sua empresa conhecia todos os aplicativos móveis e de IoT que estavam sendo usados no local de trabalho. Estes aplicativos não aprovados podem ter falhas significativas, e tais vulnerabilidades podem oferecer oportunidades aos hackers.



3. Sofisticação das lojas terceirizadas de aplicativos

As lojas de aplicativos iOS e Android têm programas disponíveis para download para fornecer o suporte aos usuários. No entanto, infelizmente algumas lojas terceirizadas ainda conseguem evitar a detecção e passam até mesmo a oferecer aplicativos aparentemente normais nas lojas oficiais.

Por exemplo, a Haima, uma loja terceirizada de aplicativos para iOS, promoveu de forma agressiva aplicativos reagrupados por meio de canais de rede social, aproveitando-se da popularidade de certos jogos para atrair usuários. A Haima driblou o programa de desenvolvimento da Apple fingindo ser uma empresa sem precisar ser verificada pelo processo de certificação da Apple.

A Loja Oficial de Aplicativos iOS também já sofreu uma fraude por meio de uma loja terceirizada. Ao se disfarçar como um programa legítimo, a loja oferecia aos usuários acesso a aplicativos de jailbreak e outros softwares. O aplicativo foi removido desde então, mas mostra uma enorme falha na análise destas ofertas.



4. Funcionalidades de segurança mal implementadas

Negócios confidenciais e dados do usuário devem ser protegidos de entidades externas. Se um telefone é roubado ou hackeado, a parte maliciosa não será capaz de invadir o aparelho graças a métodos como criptografia e autenticação de dois fatores.

No entanto, como discutido anteriormente, muitos usuários não instalam um bloqueio de tela em seu aparelho, deixando-o aberto para que qualquer um possa acessá-lo caso seja perdido ou roubado, criando riscos significativos de conformidade para organizações e usuários móveis.

Graves incidentes são os maiores motivadores para conscientização das mudanças necessárias para proteção.

As organizações devem reservar tempo para estabelecer processos mais rígidos de gestão móvel e reforçar políticas mais específicas. A flexibilidade e produtividade do funcionário durante a rotina de trabalho são fatores primordiais. Medidas muito severas tornam as empresas pouco competitivas diante da rapidez e inovação do mercado e podem impactar os negócios. Com melhores práticas e ferramentas de detecção podemos identificar, impedir e responder rapidamente às ameaças dando continuidade aos negócios.





Igor Valoto - Especialista em Segurança da Trend Micro 




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