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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

10 fatos sobre a biópsia que todo paciente precisa saber

Especialista fala sobre exame presente na vida de todos pacientes, mas que ainda gera dúvida e receio


A biópsia é um procedimento extremamente comum na prática médica que ainda é pouco entendido pela maioria da população. Por conta disso, uma grande parcela dos pacientes nutre certo temor a respeito do exame, imaginando que ele seja dolorido, traga riscos à saúde ou que sua solicitação esteja sempre associada à suspeita de alguma doença grave. Segundo a médica patologista e diretora da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Gerusa Biagione, a falta de informação figura como principal causa para esse medo infundado.

“O procedimento é feito para a coleta de fragmentos de um determinado órgão ou tecido para análise posterior por um médico patologista. Quando solicitada, a biópsia é parte importante do processo de investigação de uma doença, o que possibilita o diagnóstico e fornece informações que contribuem para a escolha da conduta terapêutica adequada”, explica Gerusa.

Para melhorar a informação sobre o que é o exame e como ele é realizado, ela enumera os 10 principais fatos sobre o procedimento que todo paciente deveria saber:




1º) A solicitação de uma biópsia não significa suspeita de câncer. Grande parte dos pacientes fica assustada quando o médico pede esse tipo de exame, imaginando que isso só ocorra quando existe uma suspeita de câncer. Entretanto, muitas outras patologias menos graves também podem ser diagnosticadas via biópsias, como dermatite e outras doenças de pele. Via de regra, esse procedimento é indicado sempre que há necessidade de algum tipo de esclarecimento.



2º) A biópsia não precisa de um anestesia geral para ser realizada. Esse tipo de sedação só é usado quando a coleta de material precisa ser feita em uma cirurgia. Na maioria dos casos, contudo, essa retirada é mais simples, sendo feita por meio de procedimentos ambulatoriais, dentro do consultório médico.



3º) Ela não é um procedimento dolorido. O nível de dor é relativo, depende do órgão e do local a ser biopsiado. Em alguns casos pode ser necessária anestesia local, enquanto em outros mais simples não há dor alguma.



4º) A biópsia de medula óssea não é perigosa. Esse é um procedimento simples que é encarado com terror por muitos pacientes. A obtenção de material da medula óssea apenas requer alguns cuidados que justificam sua realização em ambiente hospitalar, como assepsia. Ainda assim, a retirada não representa riscos à saúde do paciente.





5º) A biópsia sozinha não é o suficiente para diagnosticar o tipo de câncer e fornecer seu prognóstico. O exame histológico de uma amostra de tecido é parte importante da investigação clínica de uma doença. Ainda assim, a investigação completa inclui o exame clínico, além de exames de sangue, imagem e até outras biópsias, sempre que houver necessidade para o esclarecimento do diagnóstico.



6º) O tamanho e o local de onde a amostra foi retirada são importantes. Os patologistas estudam seis anos de medicina e pelo menos três de residência e especialização para conseguir avaliar tipos diferentes de tecidos com base nas imagens do microscópio. Para tanto, a amostra deve ser grande o suficiente para ser analisada. Outro ponto é o local de onde ela é retirada, que deve ser exatamente aquele em que as alterações celulares e do tecido fornecerão as informações que possibilitarão um diagnóstico preciso.



7º) O tempo para chegar a um diagnóstico pode variar. O tempo até a emissão do laudo é influenciado por fatores como o tipo de amostra a ser analisada e até a disponibilidade de serviços de patologia no hospital ou clínica. Como esse material precisa chegar até o microscópio do patologista para ser analisado, o período pode ser muito diferente de uma região, estado ou serviço para outros.



8º) O patologista deve garantir que a amostra utilizada é correta para o melhor diagnóstico possível. Como os fragmentos de órgãos e tecidos são seu instrumento de trabalho, esse profissional os avalia com atenção e cuida de sua preservação. Mais do que utilizar a biópsia para diagnosticar o câncer, o patologista pode usar a mesma amostra para identificar outros fatores que podem influenciar no tratamento e recuperação do paciente, como alterações genéticas relacionadas ao desenvolvimento de tumores.



9º) Sua biópsia é guardada em segurança para ajudar em tratamentos futuros. Os laboratórios são obrigados por lei a guardar as amostras por um determinado período de tempo. Esse material é valioso porque fornece informações importantes sobre um tumor primário, ajudando a identificar, por exemplo, se outras manifestações cancerígenas são reincidências dessa primeira lesão ou se são um novo câncer. O paciente ainda pode dar autorização para que essas amostras sejam incluídas em bancos de tumores ou para outras pesquisas científicas.



10º) Todo diagnóstico tem por trás de si um processo quase artesanal. Para emitir seu laudo, o patologista precisa analisar as amostras minuciosamente no microscópio. Longe de ser um diagnóstico automatizado impresso rapidamente por uma máquina, ele leva tempo e envolve etapas como exame da amostra a olho nu (macroscopia), processos químicos para preservação e coloração dos tecidos e de corte para que as lâminas fiquem prontas para serem analisadas. Depois disso o especialista utiliza anos de experiência e estudo para comparar as imagens obtidas para emitir seu parecer. Só assim ele consegue indicar qual é a doença em questão, seu estágio e a melhor conduta terapêutica que o restante da equipe médica deve utilizar.













Dia Mundial do Coração: entenda o que é estenose da carótida, terceira maior causa de AVC no mundo



A data de 29 de setembro foi criada com o intuito de conscientizar a população a respeito dos problemas cardiovasculares, que podem acontecer em qualquer idade


Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem todos os anos vítimas de doenças cardiovasculares. No Brasil, essa é uma das principais causas de morte, sendo o Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico o líder da lista das principais doenças cardiológicas que levam a óbito no país. O que poucas pessoas sabem é que existem diversas doenças que podem levar ao AVC, sendo uma delas a estenose da carótida, a terceira maior causa de acidentes vasculares cerebrais em todo o mundo.

A estenose da carótida é uma doença que ocorre quando as artérias carótidas, principais responsáveis pelo fluxo de sangue no cérebro, se tornam estreitas ou ficam obstruídas. Quando estes vasos encontram-se doentes, eles podem privar o cérebro de oxigênio ao enviar êmbolos de gordura e cálcio, levando o paciente ao AVC.

Segundo Fábio Espirito Santo, cirurgião vascular da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a cirurgia de carótidas é uma opção para tratar a obstrução antes que as artérias estejam totalmente comprometidas. “Existem dois métodos para realizar a desobstrução: via cirurgia aberta, a endarterectomia; ou por meio da colocação de um stent percutâneo, prática conhecida também como angioplastia. Ambas as técnicas têm resultados eficientes e é necessário que cada caso seja avaliado individualmente para que seja indicada a melhor opção”.

Nos últimos cinco anos, a equipe de cardiologia do Hospital São Camilo tem executado os processos com índices de sucesso comparáveis à literatura mundial. “A angioplastia com stent é uma opção mais moderna, mas para a maioria das pessoas a endarterectomia tem melhores resultados, principalmente nos pacientes mais graves e idosos”, explica o cirurgião vascular.

As causas para o entupimento das artérias podem ser de origem genética, mas o principal motivo para o acúmulo é comportamental. Hábitos como: dietas não saudáveis, sedentarismo, tabagismo e consumo abusivo de álcool, são os principais fatores de risco das doenças cardiovasculares. Além disso, é preciso ficar atento a sinais como pressão alta, glicose sanguínea elevada, grande número de lipídios no sangue, obesidade ou baixo peso, que também fazem com que aumentem as chances de desenvolver a patologia.











Outubro Rosa – Mamografia pós-implantes de silicone



Amplamente divulgado, o Outubro Rosa é uma campanha para alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Porém, o que a maioria das pessoas não sabe é que muitas mulheres com próteses de silicone acabam não realizando seus exames de rotina por receio de romper os implantes durante a compressão do mamógrafo.

Para quebrar este mito, o cirurgião plástico Vitorio Madarena, explica que para mulheres com próteses mamárias existe a "Manobra de Eklund". "Uma técnica que consegue uma melhor visualização, afastando a prótese do tecido mamário, empurrando-a para trás, enquanto a mama é puxada para frente", conta.

Porém, por ser um procedimento diferente do usual, o cirurgião alerta para que as pacientes sempre avisem ao operador do mamógrafo sobre os implantes. Desta forma a manobra pode ser empregada corretamente, a pressão aplicada será reduzida e será gerada uma quantidade de imagens necessária para ser ter uma boa leitura do tecido mamário, que geralmente é maior do que em mulheres sem próteses.


Cuidados redobrados – Outro alerta do cirurgião plástico é com relação a periodicidade com que as mulheres com seios turbinados fazem seus check ups. "Muitas delas acabam esquecendo as recomendações e só voltam a procurar o médico quando surgem sintomas de complicações", diz. Segundo Maddarena, é extremamente importante consultar periodicamente o cirurgião que colocou as próteses, para que ele possa fazer um melhor acompanhamento. E os cuidados vão mudando, passados 10 anos da cirurgia, por exemplo, os exames devem ser anuais, alternados por ressonância magnética a cada dois anos.






Vitorio Maddarena Junior - Graduado em medicina na Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (UNESP), Vitório Maddarena Junior é especializado em cirurgia geral e posteriormente em cirurgia plástica, sendo também pós-graduado em administração hospitalar pela FGV. Diretor da Clínica Maddarena, o cirurgião plástico é membro de diversas associações respeitadas na área da medicina, como a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, American Society of Plastic Surgery, Associação Paulista de Medicina, Federação Ibero-Latino Americana de Cirurgia Plástica e da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia. Além de atuar na em sua clínica, a Clínica Maddarena, em São Paulo, o médico realiza procedimentos cirúrgicos nos Hospitais Albert Einstein e Hospital São Luiz.





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