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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Alzheimer: é possível viver bem e com qualidade de vida



Bom humor e estrutura familiar podem fazer toda a diferença no dia a dia do paciente e do cuidador


As lembranças contam a jornada que percorremos para nos tornarmos quem somos hoje. Perder essas memórias é impensável, mas é a realidade de quase 44 milhões de pessoas que vivem com Alzheimer ao redor do mundo. No Brasil, pelo menos 7,1% das pessoas acima de 65 anos apresentam algum tipo de demência, sendo a doença de Alzheimer responsável por mais de 50% desses casos. E a incidência vai mais que dobrar até 2030, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).

O motivo para esse aumento é simples: a população brasileira está vivendo mais – e como um dos principais fatores de risco para o Alzheimer é a idade, a doença está cada vez mais comum. Mesmo assim, muitos ainda vivem sem diagnóstico ou tratamento. “Problemas de esquecimento, especialmente na população idosa, necessitam de uma avaliação médica cuidadosa que permita o diagnóstico e tratamento precoces, garantindo ao paciente melhor qualidade de vida”, pontua o neurologista Antonio Eduardo Damin, especialista em Neurologia Cognitiva e Comportamental pelo HCFMUSP. 

Em geral, a descoberta do Alzheimer traz grande impacto para a família. Mas, com os tratamentos disponíveis, é possível melhorar os sintomas, oferecendo uma rotina mais saudável ao paciente. “É importante buscar informações que nos motivem a seguir em frente, levando a rotina com mais leveza”, diz Fernando Aguzzoli, autor do livro Quem, eu? Uma avó. Um neto. Uma Lição de vida, que conta sua trajetória como cuidador (e melhor amigo) de sua avó diagnosticada com Alzheimer. 


Os desafios do esquecimento 

Quando falamos em Alzheimer, a dica mais importante é cuidar com amor. Manter a paciência e a leveza no dia a dia é essencial para uma boa resposta do idoso aos desafios diários. “Sempre digo que o bom humor é capaz de alcançar a nossa alma, amenizando o sofrimento. No meu caso, vi que era possível criar cenários mais favoráveis e divertidos para a minha avó. Isso, sem dúvidas, fez toda a diferença para ela e para todos nós”, pontua Aguzzoli.  

“A doença de Alzheimer impacta não só o paciente, mas também as pessoas ao seu redor. Por isso, manter o bem-estar físico e psicológico de toda a família é essencial para que o paciente seja bem cuidado”, aponta Damin. “Nas fases avançadas da doença, o idoso precisa de atenção integral. Portanto, é importante que a família se estruture para não deixar que uma só pessoa se comprometa, pois, sobrecarregado, o cuidador não poderá dar o seu melhor”, orienta Aguzzoli. 

Ainda assim, muitas vezes, pode ser difícil lidar com as frustrações do idoso pelas suas limitações. “O tratamento multidisciplinar pode amenizá-las, trazendo melhoras de memória e linguagem, diminuindo, ainda, as dificuldades físicas e alterações de comportamento. Essa abordagem mais ampla oferece uma melhora global da saúde, evitando o estresse do cuidador”, indica Damin. Segundo ele, além do acompanhamento de um especialista – em geral neurologista, geriatra ou psiquiatra – é indicado o cuidado de profissionais como o neuropsicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo.  

A ideia de que o idoso um dia se esquecerá de quem são os familiares também preocupa. “Nós só entendemos a dimensão da doença quando o esquecimento das pessoas amadas se faz presente. É um baque tremendo e a gente pensa que tudo acabou. Mas que nada! Depois a gente descobre que eles se esquecerão da gente todos os dias, mas que o amor deles por nós nunca será apagado”, finaliza Aguzzoli. 


Confira algumas dicas para o dia a dia 

Dificuldades de comunicação e perguntas repetitivas fazem parte da doença, então tenha paciência. Fale com a pessoa usando uma linguagem simples, mas não o trate como uma criança. Não tente ter razão ao falar com ele. 

Se ele estiver agitado, não discuta. Afaste-se e tente novamente mais tarde. Muitas vezes, o paciente pode se recusar a fazer algo porque não entende o que você quer ou simplesmente tem medo. 

No ambiente doméstico, mantenha o caminho livre de objetos que podem causar quedas. Retire os tapetes do caminho e evite toalhas de mesa e banho com muitas estampas. À noite, deixe o caminho até o banheiro iluminado. 

Segurança é essencial. Em casa, bloqueie o acesso às escadas e a utensílios e substâncias perigosas. Mantenha as portas para o exterior trancadas e deixe o paciente com pulseira de identificação, com nome e telefone. 

Na hora de comer, o paciente pode ter dificuldade motora ou para reconhecer o alimento. Dê preferência para os pratos que ele gosta e não apresse a refeição. Comunique o médico em caso de perda de peso ou dificuldade em deglutir.

Para motivá-lo, deixe-o participar de atividades de acordo com suas habilidades atuais. Peça dicas do médico sobre terapias complementares. Em casa, incentive-o a fazer coisas simples, como dobrar roupas e guardar louça. 

Não se esqueça de você. O bom humor vai ajudá-lo a cuidar do paciente da melhor maneira, mas também trará menos estresse ao seu dia a dia. Procure grupos de apoio e reserve um tempo para descansar e fazer o que gosta.




Serviço
Quer mais dicas como essas? Acesse o canal Convivendo com Alzheimer, no Youtube. Lá você encontra entrevistas com especialistas de diversas áreas para auxiliá-lo no cuidado multidisciplinar do paciente. Além de ouvir as orientações de médicos, é possível conferir soluções para o dia a dia com arquitetos, arteterapeutas e advogados, entre outros profissionais. Compartilhe o canal e ajude a melhorar a vida de milhares de idosos e cuidadores, afinal, #SomosTodosNetos!  




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Cerca de 25% de Millennials entrevistados em pesquisa estão desempregados. Desses, 57% há mais de um ano.



É a geração mais preparada, mais informada, mais educada da história e a mais desempregada, diz especialista

A pesquisa foi apresentada durante o CONAREC 2017, no Hotel Transamérica, São Paulo.


Além do desemprego identificado em 25% dos jovens, entre esses, 57% há mais de um ano, a pesquisa, que ouviu 1 mil brasileiros entre 18 e 32 anos em julho deste ano, aponta que 47% deles não estudam atualmente, e desses, 34% nem estudam nem trabalham. É a denominada por especialistas como a geração Nem Nem, parcela que vem chamando a atenção de estudiosos em comportamento jovem no Brasil.

O resultado faz parte da pesquisa inédita “Millennials e a Geração Nem Nem”, realizada pelo Centro de Inteligência Padrão (CIP), em parceria com a empresa de pesquisa digital MindMiners, que levantou aspectos como carreira, valores profissionais, emprego dos sonhos - moradia, renda e despesas - prioridades de consumo e entendimento de conceitos como economia compartilhada por parte dos jovens.

"É a geração mais preparada, mais informada, mais educada da história e a mais desempregada. Eles querem participar, se engajar, querem ser envolvidos, querem ganhar o mundo", afirma Roberto Meir, especialista em relações de consumo, varejo, cidadania e CEO do Grupo Padrão (organização responsável pelo Centro de Inteligência Padrão).


DESEMPREGO ELEVADO E VALORES DIFERENTES 

A pesquisa também aponta que, entre os que estão empregados, a modalidade CLT ainda é maioria 29%. Entre toda a amostra, 54% dos entrevistados se consideram satisfeitos e muito satisfeitos com o trabalho atualmente. E 60% são contra a reforma trabalhista.

Segundo Meir, o mercado brasileiro precisa olhar mais para os profissionais jovens para não perdermos talentos para outros países. "Se não tiver essa mão de obra mais para usar em favor do país, vamos começar a perder talentos, a exportar uma geração brilhante", ressalta.

  


- Perfil Nem Nem, os que nem trabalham* nem estudam
34%: 28% “desempregado” e 6% “nunca trabalhei”



Para os que estão em busca de uma oportunidade, a pesquisa revelou que as fontes prioritárias são os contatos pessoais (58%), sites de busca de emprego (56%) e as redes sociais (51%)

Quanto aos critérios e às exigências para estar no mercado de trabalho, a maioria se mostrou flexível: 68% dos jovens concordam em aceitar empregos que paguem menos; 82% avaliam como possíveis as oportunidades que estejam fora de sua área de formação; 60% consideram uma outra cidade como local de trabalho, e 45% se dizem dispostos a trabalhar mais que 40 horas semanais.  

Para os Millennials, que se consideram ambiciosos, trabalhadores e estudiosos, o papel das empresas é questionado: 76% discordam que as empresas atuam de forma ética; 75% discordam que estão comprometidas a melhorar a sociedade, e 71% discordam que há respeito aos funcionários. Já 63% dos Millennials concordam que existe falta de espaço para quem não tem experiência, porém reconhecem possibilidades de crescimento dentro das corporações e valorização dos jovens profissionais, com 45% e 39% de concordância. 

Sobre o ambiente de trabalho, os respondentes indicaram como aspectos mais importantes o incentivo à geração de novas ideias e melhorias (54%); a comunicação aberta e transparente, (47%), e o compromisso com igualdade e inclusão (44%), frente a quesitos como horários e performance monitorados (8%), forte hierarquia e importância de cargos (7%) e tempo reduzido para aprendizado (3%).


Quando perguntados sobre o emprego ideal, equidade de salário e direitos entre homens e mulheres, liderança de pessoas jovens, e inclusão social resumem, como mostram os números abaixo, o que a nova geração espera encontrar nas empresas.


 
Para esses brasileiros, o emprego ideal é em empresas de tecnologia (48%) ou no próprio negócio (49%). Mas ainda é alto o número de pessoas que desejam construir carreira em grandes corporações (37%). Google (31%) aparece como empresa dos sonhos para se trabalhar, seguido da Apple e Microsoft (empatados com 3%); Netflix e Facebook (1%).

 

PRAZO DE 2 A 10 ANOS PARA FINANCIAR O ESTILO DE VIDA QUE DESEJAM (Moradia e Renda)
Os dados também registram que 60% desses jovens moram com pais ou familiares. Entre os integrantes da geração Nem Nem, o índice sobre para 67%


A maioria sai de casa entre os 15 e 25 anos. E, para os que ainda moram com os pais, a pretensão de 35% dos jovens é sair de casa entre 26 e 30 anos.



Um terço dos Millennials afirma não pagar nenhuma conta – entre a geração Nem Nem o índice é maior 52% e 59% dos millennials afirmam receber ajuda dos pais para se manter.


Segundo a amostra total, seriam precisos de 2 a 10 anos para alcançar uma renda suficiente para financiar o estilo de vida que desejam.  Em a geração Nem Nem, 18% indicou “daqui a pouco” (na amostra total é 9%).  7% do total não acredita que vai conseguir a vida que sonhou.

  

COMPORTAMENTO DE CONSUMO

Falando de consumo, esta geração revela que os itens fundamentais de compra são: casa própria (95%), plano de saúde (88%), smartphone (79%) e carro (76%).


Nos hábitos de compra, se têm dúvidas, preferem fazer pesquisa pelo celular a falar com um vendedor e, mesmo quando estão em loja física, comparam preços pelo celular antes de decidir realizar a compra. A preferência por marcas que possuem programas de vantagens e benefícios, que tenham valores parecidos com os seus, e sejam sustentáveis, são pontos que incentivam o consumo.

Outro destaque é quando se trata de economia compartilhada. Na amostra, 70% dos Millennials afirmam não saber o que significa o termo. E, depois de entender a definição, o Uber é a maior referência entre as empresas. Aliás, as respostas apontam que existe na mente dos entrevistados uma conexão direta entre o conceito de economia compartilhada e as empresas de mobilidade urbana. Poucos deles indicaram marcas de outro segmento.



Ainda sobre a mesmo tópico, a maioria afirma utilizar os serviços pelos custos reduzidos (62%); praticidade e facilidade (24%), e a experiência proporcionada (7%), e reconhece o impacto positivo no mundo. Grande parte também acredita que o crescimento da economia partilhada é reflexo da crise que o país enfrenta. Os entrevistados também concordam que grandes empresas tradicionais irão adaptar seus modelos de negócio se quiserem sobreviver, e desejam que novas empresas de mobilidade e transporte surjam com o mesmo conceito, seguidas de alimentação.




POSICIONAMENTO E QUESTÕES SOCIAIS


Quando questionados sobre a afirmação “ser uma pessoa ambientalista” 75% concordam que sim. E quando perguntados sobre “Eu sou uma pessoa que apoia os direitos das minorias sociais” e “Eu sou uma pessoa patriota”, em ambos os casos, 37% dizem que sim.






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