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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Amamentar pode ajudar a prevenir cânceres de mama e ovário



Médica nutróloga da ABRAN reforça que o aleitamento materno também pode evitar anemia, diabetes e infarto cardíaco


Além de ser responsável por aumentar o vínculo entre a mãe e o bebê, o aleitamento materno pode ajudar a prevenir doenças como anemia, câncer de mama e de ovário, diabetes e infarto cardíaco, explica a Dra. Elza de Mello, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Isso acontece, segundo a especialista, porque, durante a amamentação, as mulheres passam a produzir mais ocitocina – hormônio que inibe as substâncias que desencadeiam nervosismo e estresse.

“Existem estudos observacionais que comprovam esta ligação entre a amamentação e a prevenção de doenças crônicas. Então, além de benéfico para o bebê, o aleitamento também é ótimo para a mãe”, explica a médica nutróloga. 

Um levantamento publicado no Journal of the American Academy of Pediatrics, em 2012, mostrou uma redução de 28% nos índices de câncer de mama e nos ovários nas mães que amamentaram por mais que 12 meses. A análise também comprova que houve diminuição nos casos de leucemia e linfoma entre as crianças que foram amamentadas por mais que seis meses. A leucemia linfocítica aguda teve redução de 20%, enquanto a do tipo mielogênica aguda, 15%.

O estudo ainda mostra que houve uma redução de 30% do diabetes tipo 1 naquelas crianças que foram exclusivamente alimentadas por meio da amamentação por pelo menos três meses. Houve também uma diminuição entre 15% e 30% nos índices de obesidade nos jovens e adultos que foram amamentados na infância em comparação aos que não foram.

O leite materno ainda é o alimento mais completo para os bebês, já que seus nutrientes estimulam o desenvolvimento do cérebro e da imunidade. A recomendação é que as crianças sejam alimentadas apenas com o leite materno até os seis meses, e com alimentos sólidos e leite até os dois anos. A amamentação ainda previne hemorragias pós-parto, fraturas por osteoporose, artrite reumatoide, e contribui na recuperação do peso, já que gera um aumento da atividade metabólica.




ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia
 www.abran.org.br - facebook.com/nutrologos - Instagram @nutrologia





Volta às aulas: cuidado com o peso das mochilas das crianças



A volta às aulas traz sempre uma preocupação para aqueles com crianças em idade escolar: o peso das mochilas. Isso porque, apesar do projeto de lei 66/2012 de 2013 (que propõe que o peso da mochila não ultrapasse 15% do peso da criança que a carrega); muitos alunos ainda levam malas mais pesadas do que o considerado ideal.

O excesso de peso pode levar a lesões preocupantes, como o aumento da cifose torácica ("encurvado"), além de desgastes nos discos e/ou articulações (artrose) e outras alterações posturais. É importante, desta forma, ficar atentos para algumas dicas:

  • Certifique-se de que os itens que o seu filho leva na mochila são realmente necessários.
  • Dê preferência para alças acolchoadas.
  • A mochila deve ajustar-se à coluna sem folga. Ela solta puxa o corpo para trás, forçando os músculos e fazendo a criança curvar os ombros.
  • Objetos mais pesados devem ficar no espaço principal.
  • O fundo da mochila deve estar na altura da curva lombar, nunca a mais de 10 cm abaixo da região da cintura.
  • Não deixe a criança levar a mochila em uma única alça, sobrecarregando apenas um dos ombros.
  • Mochila de rodinhas é uma excelente solução, mas atenção: a alça tem de estar regulada de forma que a coluna fique reta, para não sobrecarregar os quadris e os joelhos.  

Pais, Adolescentes!




Adolescer vem do latim ad que significa para e olescer, que significa, crescer. Portanto, crescer para... No dicionário Michaellis, adolescer é "entrar na adolescência, crescer e desenvolver-se". Já no Aurélio, é "o período caracterizado por intensos processos conflituosos, persistentes esforços de autoafirmação e de absorção de valores sociais".

A partir dos mais recentes estudos sobre neurociência, o período da adolescência é uma fase de mudanças estruturais e neurocognitivas, é um segundo big bang sináptico. São mudanças fisiológicas, psicológicas, neurológicas inerentes a esta fase etária.

Mas, já no dicionário de muitos pais e professores adolescer é ...aborrecer.

Na minha "leitura", todas estas fontes estão corretas. O que não está correto é justificarmos todas as ações de rebeldia e desrespeito dos jovens entre 13 e 18 anos (fase etária estipulada como adolescência) com este momento tão rico e cheio de desafios.

Todos nós, independentemente da faixa etária, tendemos à reorganizações, sejam de ordem neuronal, emocional, social ou cognitiva.

Sendo assim, como uma orquestra, buscamos afinar nossos instrumentos para compormos as partituras mais harmônicas, de acordo com nossas experiências, possibilidades, desejos e intenções.

Cada orquestra tem sua fase de desenvolvimento, por exemplo: quando bebês somos dependentes quase totalmente das estruturas paternais e exógenas. Quando crianças passamos a testar e experimentar ações e reações concretas, mas ainda precisamos muito das partituras familiares (pais e escola). Já quando púberes passamos a testar a potência de nossas asas, buscando criar nossas próprias músicas. Lembrando do mito de Ícaro, este último é um momento cuidadoso de treino, pois podemos "morrer na praia" ou "queimar" junto a proximidade do sol. Portanto, ainda precisamos dos modelos, mas não mais para copiar e se apoiar, mas para voar junto, mesmo que ainda com asas desajeitadas.

Neste momento é que deparamos com um problema de nossa atualidade: Junto de quem? Junto à quê? Junto por quê?

À priore, falo junto aos pais, orientadores, seres maduros que já conduzem suas vidas, autores de suas próprias composições musicais, de voo solo, com harmonia e afinação.
Mas...Onde estão estes pais?

Vejo alguns competindo com seus filhos, outros distantes destes, outros ainda carregando, em suas asas, seus rebentos.

As justificativas são inúmeras:
- "Trabalho muito e me sinto culpado de não estar presente; sou muito ocupado e não tenho tempo, nem paciência; prefiro dar tudo que posso materialmente à eles, pois não posso lhes dar atenção; dou 110% de atenção; não vivo minha vida, mas vivo por e para eles..."

Basta redigirmos estas alternativas para vermos que este caminho não é o de uma música sonora, audível, não é mesmo? Mas o que fazer? Que rumo tomar?.

Entendimento, compreensão e informação. Respeitar e agir...refletir, ponderar e agir. Agir com austeridade, autoridade-não digo autoritarismo - agir com compromisso, não omisso; agir com amor e limites.

Limite, eta palavrinha que temos o maior preconceito! O respeito pelo conceito de limites, seria uma fértil possibilidade...A começar com a postura paternal.

Possibilidades, são tantas, que podemos criar, recriar para nos orientar....para então orientar.
O que é educar se não, também, orientar?

O que é um voo seguro se não nos orientarmos, se não traçarmos um rumo, delimitarmos ações, assumirmos nossas possibilidades e limitações e refletir o trajeto enquanto traçamos o caminho?

É verdade, na adolescência nosso cérebro se reorganiza, nossos hormônios gritam. Alteramos nossos humores, quebramos padrões, buscamos limites...

Porém, basta lembrarmos de uma música de Mozart, Vivalde ou até mesmo de Wagner para identificarmos quem tem maturidade, quem já aprendeu sobre disciplina, que pode ser exemplo, para as notas em transformação?

Pais, adolescer é ouvir Marcelo D2, Jota Quest, eletrorock, eletro pop, eletro house...É eletricidade em combustão, isso é neurociência, isso é experiência, isso é sapiência.
Ser pai/mãe é também conhecer ou apreciar músicas clássicas, certo? Ser pai/mãe não é simplesmente fumar maconha com o filho ou escondido dele...
Precisam de um diapasão, afinar a escuta? Ótimo!

Toquem, dancem perto de seus filhos, exercitando a sabedoria, o discernimento e os ritmos!
- "Nunca tão perto para sufocar, nunca tão longe para se esquivar, mas perto o suficiente para educar".

Esta palavra também se encontra em diversos dicionários, mais preciosamente no dicionário dos pais realizados.





Adriana Fóz - Educadora (FEUSP), especialista em Orientação Educacional (USP), Psicologia da Educação (USP). Psicopedagoga (Instituto Sedes Sapientiae) e especialização em Neuropsicologia, pelo CDN/UNIFESP. Diretora Clínica da Unidade Integrativa Santa Mônica.






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