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terça-feira, 1 de agosto de 2017

Por que a presença do pai é essencial na educação dos filhos?



 
Desde os primeiros anos de vida, a criança precisa da presença ativa, dos cuidados, das orientações e do afeto tanto do pai quanto da mãe para desenvolver-se de modo pleno. O arquétipo do pai provedor, frio emocionalmente e não participativo na educação dos filhos está ficando para trás. Atualmente, a figura paterna está apropriando-se do que realmente deve ser: presente, participativo da rotina familiar e da vida do filho.

Esta mudança se deve pelas transformações sociais, culturais e familiares ocorridas. Com o crescente número de mulheres ingressando no mercado de trabalho e conquistando a independência econômica, surgiram novos arranjos familiares. Nessa nova redistribuição igualitária dos papéis dos progenitores, o papel do pai tem sido o principal alvo de transformação. 

O pai está buscando dividir as responsabilidades do lar, arrumar o filho para ir à escola, fazer o almoço, auxiliar nas tarefas escolares, orientar quanto aos comporta­men­tos adequados e inadequados, dar afeto e envolver-se nas brincadeiras. Essa participação ativa do pai na vida do filho é essencial para que a criança construa um modelo positivo sobre si mesma, os outros e o mundo. É a partir da interação com o pai que a criança começa a descobrir a relação com as demais pessoas e a desenvolver segurança para explorar este mundo novo.

Os pais são os modelos de referência para a criança. Quando os papéis de mãe e pai são bem trabalhados e divididos, os efeitos são altamente benéficos para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança. Entretanto, quando há ausência emocional e negligência educacional tanto da figura paterna quanto da materna, a sensação de não ser amado e desejado se instala na cognição da criança, podendo levar a grandes prejuízos emocionais e interpessoais quando não tratados.

Quando a criança é rejeitada pelo pai, ela pode se sentir mais insegura e até agressiva. Este repertório de comportamento é refletido em sala de aula através das dificuldades de concentração e baixo rendimento escolar, assim como na sociedade por meio da maior probabilidade de envolvimento com drogas, brigas e infrações sociais. Em contrapartida, o pai que compensa sua ausência superprotegendo o filho, ignorando os comportamentos errados, recompensando as birras e o mau comportamento, reforça as posturas inadequadas da criança. O filho, por sua vez, aprende que os outros devem servi-lo, tornando-se um verdadeiro “imperador doméstico”.

Tais crianças mandam em casa, definem a comida que deve ser servida, o programa de TV, mentem e agridem as pessoas de modo frequente, tanto na casa quanto na escola. Esses repertórios de comportamentos agressivos e hostis ficaram conhecidos pelos profissionais da área da saúde como “Síndrome do Imperador”, devido a semelhança das atitudes com a dos imperadores.

Mas, então, qual é o modelo de pai ideal? É consenso pelas diversas abordagens da Psicologia, que o pai autoritário, ou seja, aquele que apenas manda, grita e não interage emocionalmente com o filho, não é o ideal, já que a criança tende a ficar com medo da figura paterna e não adquire o respeito, e sim, o afastamento emocional. Ainda existem crianças que reagem de modo hostil e agressivo com os coleguinhas, imitando o pai.

Já o pai permissivo é aquele que não consegue dizer “não” para os comportamentos de birra da criança, tente a ceder ou aceitar os erros para evitar conflitos, ou seja, o choro. Também há o pai indiferente, aquele que nunca tem tempo para participar da vida da criança e da rotina da casa.

Entretanto, há pais que “vestem a camisa” e se tornam recíprocos na educação, ou seja, compartilham as tomadas de decisões, orientam os filhos, participam ativamente da vida e da rotina da criança, sendo verdadeiros exemplos positivos para a criança. Esse é o modelo ideal de pais!

É a partir da complemen­tariedade do pai e da mãe na educação do filho que ocorre a profilaxia ou o reajuste dos comportamentos inadequados da criança, como as birras, os gritos e o desrespeito. Cabe ressaltar que a figura paterna deve ser utilizada para dar orientações seguras e gerar confiança e autonomia para o filho.

Com isso, a criança terá um modelo de crescimento saudável com uma base educacional assertiva e afetiva. Os efeitos deste modelo de educação compartilhada entre pai e mãe são o alicerce para a estruturação de um futuro adulto saudável.





Lilian Zolet - psicóloga e fisioterapeuta formada pela Faculdade União das Américas (UNIAMÉRICA), e especialista em Saúde Pública e da Família e em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo. Trabalha com crianças, adolescentes e famílias e ministra palestras e cursos sobre psicoeducação. É autora dos livros ‘Síndrome do Imperador – Entendendo a mente das crianças mandonas e autoritárias’ e coautora do livro ‘Terapia Cognitivo-Comportamental em Crianças e Adolescentes: Guia de Referência de Ferramentas e Estratégias Terapêuticas’, premiado pela Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (FBTC) com o prêmio Bernard Rangé, em 2013. Atualmente, atende em sua clínica em Foz do Iguaçu, no Paraná.
www.sindromedoimperador.com.br


 

8 Dificuldades Escolares que os Pais Precisam Prestar Atenção



O segundo semestre do ano letivo começou. Para a maior parte dos estudantes é motivo para comemorar, rever amigos e voltar à vida normal. Porém, para algumas crianças e adolescentes estudar ou ir para a escola pode não ser tão divertido assim.

Por isso, com a ajuda da neuropsicopedagoga Viviani Zumpano e da neuropediatra, Dra. Karina Weinmann, preparamos uma lista de 8 sinais que podem indicar que o estudante está passando por uma alguma dificuldade que precisa ser avaliada:
  1. Notas ruins em todas as matérias: Se a criança ou adolescente era um bom aluno e de repente começa a apresentar queda do desempenho escolar em todas as matérias, é preciso ficar atento. “Os pais precisam avaliar se há problemas em casa, como divórcio, chegada de um irmão, morte de um parente, etc. Além disso, conversar sobre um possível bullying ou conflito escolar também é importante. Pensar em problemas de visão é uma boa ideia, já que quando a criança não enxerga bem isso pode levar a problemas em sua performance escolar.  
  2. Notas ruins em matérias específicas: A criança é ótima em português, mas tem um desempenho ruim em matérias que envolvem cálculos ou vice-versa. Cada dificuldade pode ser um sinal dos diferentes tipos de Transtornos de Aprendizagem, como a discalculia  ou dislexia. 
  3. Desatenção: A atenção é uma habilidade que se desenvolve com o tempo. Porém, se há reclamações da escola em relação a isso é bom averiguar. A falta de atenção é um dos comportamentos relacionados ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas pode também ser consequência de um sono não reparador, ansiedade, estresse ou depressão.
  4. Agressividade: Se repentinamente a criança começa a apresentar comportamentos agressivos, bater nos colegas ou até mesmo a xingá-los, é um sinal de alerta. Bullying e problemas em casa podem ser a causa, assim como o TDAH ou ainda o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD).
  5. Choro excessivo: Do mesmo modo que a agressividade, o choro pode indicar que a criança está passando por problemas com colegas, professores ou até mesmo com a família.
  6. Dificuldades no relacionamento: Crianças brigam e fazem as pazes no mesmo dia e é importante deixar que resolvam suas questões sozinhas. Mas, se a criança não consegue fazer e manter amizades, os pais devem procurar ajuda especializada. A dificuldade de interação social pode ser simplesmente timidez, como também indicar algum transtorno do desenvolvimento, como o autismo.
  7. Oposição excessiva: Por natureza, as crianças costumam desafiar pais e professores. Mas, se as reações são agressivas demais, se há resistência em aceitar regras, se incomodam os demais com suas atitudes e argumentam o tempo todo com os adultos, sem reconhecer sua responsabilidade perante um mau comportamento, os pais precisam procurar ajuda, uma vez que estes sinais podem indicar a presença do Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), que costuma aparecer na idade pré-escolar, antes dos 10 anos. Vale lembrar que em 50% dos casos, o TOD e o TDAH acontecem juntos.
  8. Preguiça de estudar: Se não há nenhum explicação orgânica ou doença diagnosticada, a preguiça de estudar pode estar relacionada à falta de atribuições de responsabilidade em outros setores da vida da criança. “Atualmente, muitos pais não têm o costume de ensinar as crianças a terem tarefas e responsabilidades, como ajudar na arrumação da casa, ou organizar o próprio quarto, por exemplo. A única responsabilidade é estudar. Mas, como não aprenderam esses conceitos de deveres e direitos, alguns estudantes têm preguiça de estudar e acabam indo muito mal na escola.
O que fazer?
Se você é pai ou mãe e identificou algum sinal na lista, o ideal é procurar ajuda especializada. “Quanto mais precoce é o diagnóstico, melhor é a resposta ao tratamento. Mais importante ainda é lembrar que não adianta medicar a criança. É preciso identificar a causa e procurar resolvê-la. Quando necessário são usadas terapias como fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicoterapia e neuropsicopedagogia”, explica Dra. Karina.

“A fase escolar é um dos períodos mais marcantes na vida de uma pessoa. Por isso, precisamos estar atentos aos comportamentos das crianças e oferecer recursos que possam ser utilizados para que elas superem as dificuldades, principalmente quando o problema está mais ligado ao gerenciamento das emoções do que a alguma doença física”, conclui Viviani.






Veja os 6 benefícios que a amamentação oferece para as mulheres



A amamentação é fundamental para todos os recém-nascidos, fonte de vitaminas e nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebê, a sua alimentação deve ser feita exclusivamente com o leite materno até os seis meses e continuar, se possível, até os dois anos.

Neste sábado 01 de agosto é celebrado o Dia Mundial da Amamentação e a pediatra do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Danielli Serra fala como a amamentação beneficia não somente a criança, mas também a mulher, “O nascimento da criança pode gerar da mãe uma turbulência de sensações e sentimentos”, diz a pediatra.  Veja os benefícios listados pela médica: 


- Incondicional. 

A sucção do leite é muito importante, ela estimula a produção da ocitocina hormônio que leva a contração uterina e com isso o menor risco de sangramentos e consequente menor risco de anemia materna, ajudando também a volta do útero para o tamanho normal. Além disso, ele é conhecido como hormônio do amor porque diminui a ansiedade, relaxa, acalma e faz com que a ligação entre a mãe e o bebê se fortaleça. 


- Se sinta valorizada. 

O vinculo materno se cria no toque da pele do bebê com a mãe. Ele causa uma sensação de bem-estar, realização e importância na mulher. 


- Mais bonita

Nos casos de diabetes gestacional, há estudos em que comprovam que o risco das mulheres desenvolverem diabetes após a gestação diminui quando estão amamentando, pois isso restaura a tolerância do corpo a insulina. E é claro que a amamentação consome calorias, o que também ajuda na perda de peso.


- Bom para memória

Pesquisas também dizem que a amamentação reduz a probabilidade do mal de Alzheimer, pois normaliza a tolerância à insulina, e há indícios de que a resistência das células cerebrais a insulina pode ser uma das causas do mal.


- Fique mais saudável 

Amamentar por mais de um ano, reduz as chances de doenças cardiovasculares após a menopausa. Especialistas dizem que a amamentação diminui em 3% ou 4% as chances de desenvolver câncer de mama e ovário, pois causa alterações na menstruação e diminui a exposição da mulher ao estrógeno. 


- Contraceptivo 

Quando o bebê suga o leito do peito materno faz com que aumente os níveis de prolactina, hormônio responsável pela produção do leite que também inibe a ovulação e diminuindo a chance de engravidar enquanto amamenta.



Todos esses benefícios podem ser facilmente atingidos quando se tem o cuidado necessário para manter a sua saúde e também a do seu bebê, a médica do Hospital e Maternidade São Cristóvão lembra, “Os cuidados com o seio materno, areal e mamilo são importantes, caso contrário pode acarretar em inflamações locais e até a fissura com sangramentos”. Confira algumas dicas da pediatra Danielli Serra para se prevenir:


- Antes do nascimento e mesmo depois que começar a amamentar, lave a mama com uma bucha macia, sem esfregar, massageando. Isso ajuda a diminuir a sensibilidade local;

- Sempre que possível exponha os seios ao sol por 15minutos antes da 10h e após as 16h;

- Lembrar sempre que a “boa pega” do bebe diminui as chance de “empedrar” o leite pelo esvaziamento da mama e diminui o risco de fissuras dos mamilos;

- Passe uma gota do seu próprio leite no mamilo e espere secar após as mamadas e apos o banho, isso ajuda a evitar as rachaduras;

- Deixar que o bebê solte a mama espontaneamente, não puxe;

- Lembre-se de manter seus mamilos secos.




 

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