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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Adoção de criança: um Cadastro Nacional mais transparente e ágil



 
O Cadastro Nacional de Adoção (CNA), da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), passa por reformulação para agilizar a identificação de pais e as crianças a serem adotadas em todo o país. 

A juíza auxiliar da Corregedoria, Sandra Silvestre Torres, disse que um conjunto de medidas estão sendo adotadas para que até o próximo semestre os dados do cadastro de adoção estejam mais transparentes e deem maior rapidez aos processos. A magistrada está à frente do grupo de trabalho de infância e juventude, instalado pela Portaria n. 36/2016 da Corregedoria, para fazer essa reformulação dos cadastros. 

O CNA é uma ferramenta digital de apoio aos juízes das Varas da Infância e da Juventude na condução dos processos de adoção em todo o país lançado em 2008 pela Corregedoria Nacional de Justiça. Conforme demonstra o cadastro, há cerca de 7,4 mil crianças cadastradas para adoção no país, ou seja, cujos genitores biológicos perderam definitivamente o poder familiar. Existem no Brasil mais de 46 mil crianças e adolescentes em situação de acolhimento, ou seja, que vivem atualmente em quase 4 mil entidades acolhedoras credenciadas junto ao Judiciário em todo o país, de acordo com o Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA).
 


Transparência e agilidade

Atualmente, o cadastro permite que, no momento em que um juiz insira os dados de uma criança no sistema, ele seja informado automaticamente se há pretendentes na fila de adoção compatíveis com aquele perfil. O mesmo acontece se o magistrado cadastra um pretendente e há crianças que atendem àquelas características desejadas. 

De acordo com a juíza Sandra, a intenção do grupo de trabalho é fazer uma modificação para que esse sistema rode automaticamente, como acontece com um banco de dados, e elenque diariamente quais seriam os pretendentes possíveis para a criança que está no cadastro. Em seguida, o sistema deverá avisar o juiz, por e-mail, da existência de um pretende para uma criança cujo processo está em sua jurisdição e, simultaneamente, informar também por correio eletrônico – assim como o “sistema push” – para o pretendente selecionado. 

“Isso seria uma transparência mais absoluta que fará que as pessoas possam ficar mais tranquilas ao saberem dessa movimentação, porque uma das grandes reclamações é que os pretendentes colocam o nome e ficam parados e não acontece mais nada, eles precisam estar em constantes idas à vara por meio de advogados e grupos de auxílio à adoção”, diz a juíza Sandra. 

Entre as possíveis mudanças no CNA, está o acréscimo de alguns campos, como o RG e o CPF, no preenchimento dos dados das crianças e adolescentes aptos à adoção. Essa alteração evitaria as guias duplicadas, que ocorrem quando a criança sai e entra novamente no sistema, por conta de uma “devolução” após uma adoção, por exemplo. 

Segundo o assessor técnico do grupo de trabalho, Paulo do Amaral, a intenção é fazer uma validação no banco de dados da Receita Federal. 

Para garantir que as crianças e adolescentes que vivem em abrigos possam ter o seu CPF emitido, as Corregedorias dos Tribunais de Justiça estaduais têm até o dia 30 de junho para realizar mutirões voltados à regularização da documentação de crianças e adolescentes em programas de acolhimento ou em cumprimento de medidas socioeducativas. 


Alimentação dos dados

De acordo com a juíza Sandra, um dos problemas atualmente é que, conforme demonstrou uma pesquisa da Unicef, mais de 50% dos estados não alimentam ou alimentam de forma indevida o cadastro. “É preciso levantamento e conscientização das pessoas que trabalham com os cadastros da importância de alimentarem os dados para que funcionem de uma forma adequada, pois são vidas que estão ali”, diz. De acordo com a juíza, a Corregedoria parte da premissa de que somente quando as pessoas que trabalham diretamente com o cadastro participarem do debate para sua reformulação os cadastros passarão a funcionar adequadamente. 

Por isso, a Corregedoria realizou está realizando workshops por todas as regiões brasileiras, com a presença de magistrados, procuradores e técnicos, para discutir as mudanças a serem feitas – o primeiro deles foi realizado no início do mês, em Maceió/AL, durante o XX Fórum Nacional da Justiça Juvenil (Fonajuv). “No máximo até início do próximo semestre o cadastro de adoção estará mais transparente e mais ágil”, diz a juíza Sandra. 


Destituição familiar 

De acordo com a juíza Sandra, existem diferentes correntes ideológicas que estão em debate atualmente sobre o processo de destituição do poder familiar (antigo poder pátrio), que muitas vezes se estende para que se tente realocar a criança com algum parente da família extensa, por exemplo. Por um lado, existe a cobrança da sociedade para que acelere essa etapa e que as crianças fiquem por menos tempo institucionalizadas em abrigos e, por outro, há aqueles que defendam que apressar essa etapa poderia significar a criminalização da miséria, já que esta condição muitas vezes acaba levando as crianças aos abrigos. 

Para a juíza Sandra, muitas vezes essas crianças têm mães com problemas com drogas ou que estão no sistema prisional. “Como o problema com drogas está atualmente classificado com um problema de saúde, equivaleria a tirar uma criança de uma mãe que tem câncer, a sociedade não acharia razoável isso, mas vê com bons olhos retirar uma criança de uma usuária de drogas da forma mais rápida possível”, afirma Sandra. 

De acordo com ela, essa matéria está sendo amplamente discutida entre os juízes e na Secretaria dos Direitos Humanos (SDH), e o CNJ não tem nenhuma orientação ou posição firmada sobre isso. 


Apadrinhamento 

O apadrinhamento afetivo é um programa voltado para crianças e adolescentes que vivem em situação de acolhimento ou em famílias acolhedoras, com o objetivo de promover vínculos afetivos seguros e duradouros entre eles e pessoas da comunidade que se dispõem a ser padrinhos e madrinhas. Para a juíza Sandra, a adoção é uma das formas de recolocação da criança em uma família substituta, mas não é a única. “Hoje nós vemos muitos projetos excelentes de apadrinhamento, para receber essa criança no seio de uma família e que não seja só como uma adoção definitiva”, diz. Na opinião dela, a sociedade está cada vez mais generosa, mais aberta a formas múltiplas e olhares mais diferenciados. “Isso é uma evolução extrema, acolher a infância e oferecer oportunidades na infância para que se torne um sujeito de direito, escolha o seu futuro e a sua história”, diz.




Luiza Fariello
 Agência CNJ de Notícias


Maternidade e sexualidade: uma combinação importante



Psicólogos destacam a importância da mulher entender as fases da sua sexualidade sem anulá-la por conta da maternidade

Ser mãe é o sonho de muitas mulheres. A confirmação positiva da gestação representa a consolidação da família e o início de uma nova etapa na vida amorosa. Romanceada por muitas, a maternidade pode acabar afetando a vida conjugal e a sexualidade femininas por diferentes motivos.
Os psicólogos Carla Zeglio e Oswaldo M. Rodrigues Jr., do Instituto de Sexualidade Paulista (InPaSex), lembram que o corpo feminino é regido por ciclos e hormônios, o que já colabora para que o desejo sexual seja afetado em variados momentos da vida. “Durante a gestação, por exemplo, há uma queda acentuada no desejo, porque gerar uma nova vida exige muita energia do corpo dela e os hormônios destinam-se a promover a gravidez e colocam a mulher mais lentificada”, contam. Após a chegada do bebê, muitas mulheres perdem o desejo sexual temporariamente por conta das mudanças no corpo e da nova rotina, e por medos irracionais relativos à relação sexual. “Ela se sente desconfortável com suas novas curvas ou tem medo de sentir dor, dependendo do tipo de parto que teve. Cada caso é muito específico e deve ser compreendido e orientado adequadamente”, destacam os profissionais do InPaSex.
O papai também precisa ser parceiro da nova mãe. “Ele também tem uma nova rotina e precisa apoiar sua companheira, demonstrando todo o seu afeto neste momento. O marido que pressiona, que briga e reclama pode colaborar para que a mãe fique com mais medos de não ser capaz de voltar ao papel de ser mulher e para a vida sexual. Outro problema possível a ser enfrentado é a depressão pós-parto”, orienta Oswaldo.
E não são apenas as mães recentes que precisam cuidar da sexualidade. “A mulher precisa compreender que ela tem diferentes papéis em sua vida. Ela não é apenas mãe. A maternidade é parte do seu dia, mas não a define por completo. A mulher também é filha, amiga, profissional e amante”, lembra Carla. Por isso, por mais que a rotina esteja puxada e os cuidados com os filhos seja cansativa, é importante separar um momento do dia para ficar a sós com o parceiro e manter a paixão acesa. De acordo com os psicólogos, não há uma receita pronta – cada casal tem a sua --, mas a mãe que é feliz, se sente amada e está satisfeita sexualmente, certamente fará seu filho também feliz. Construir um plano para atravessar os primeiros meses é uma necessidade que o casal precisa construir durante a gravidez.



Carla Zeglio - Dedica-se à psicoterapia de casais e em sexualidade e supervisão clínica com enfoque na sexualidade. Graduada em Psicologia pela Universidade São Judas Tadeu (1995), diretora do InPaSex- co-editora da Revista terapia sexual: Pesquisa e Aspectos Psicossociais. Foi Tesoureira da FLASSES - Federación Latinoamericana De Sociedades De Sexologia Y Educación Sexual (2003 / 2005) e Membro do Comitê de Ética da FLASSES (2007-2011). Coordenadora e Idealizadora do CEPES - Curso de Qualificação em Psicoterapia com enfoque na Sexualidade. Organizou e presidiu três congressos profissionais, os Encontros Brasileiros de Análise do Comportamento e Terapia Cognitivo-Comportamental com Casais e Família (2012, 2013 e 2015).


Oswaldo M. Rodrigues Jr - Psicólogo formado pela UNIMARCO (1984); foi Secretário Geral e Tesoureiro da WAS – World Association for Sexology (2001-2005); Presidente da ABEIS – Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual (2003-2005); dedica-se a tratar de problemas sexuais junto ao InPaSex – Instituto Paulista de Sexualidade – do qual é fundador e diretor. Autor de mais de 100 artigos científicos e mais de 35 livros, dentre eles: Parafilias (Ed. Zagodoni) Terapia da Sexualidade (2 vol., Ed. Zagodoni); editor chefe da Revista Terapia Sexual : clínica, pesquisa e aspectos psicossociais e co-cordenador do CEPES – Curso de Qualificação em Psicoterapia Sexual do Instituto Paulista de Sexualidade..




Mãe não paga e o filho paga meia



 
A comédia O FILHO DA MÃE, que retrata
o dia a dia da relação entre mãe e filho,
comemora o DIA DAS MÃES
com uma promoção imperdível.

No dia 11 de maio, quinta-feira anterior à data,
quem for teatro Itália assistir ao espetáculo
acompanhado de sua mãe pagará
apenas R$ 20 pelos dois ingressos.
 (mãe gratuito e filho paga meia)

 
Texto: Regiana Antonini
Direção Geral: Eduardo Martini
Elenco: Eduardo Martini e Guilherme Chelucci
Figurinos: Adriana Hitomi
Cenografia: Eduardo Martini
Cenógrafo: Fabio Jeronimo
Iluminação: Marcus Filomenus (Filó)
Fotografia: Marcos Rogério Meneghessi
Direção de Produção e Administração: Valdir Archanjo
Produção: Bira Saide, Valdir Archanjo e Eduardo Martini
Operação de Som: Ale Rocha
Operação de Luz: Marcus Filomenus (Filó)
Contra Regragem de Figurinos e Adereços: Adriana Hitomi


A peça busca na comédia e na sátira do estereótipo das mães, uma forma de abordar temas como paixão, carinho e relações familiares. A história se passa em um apartamento e gira em torno da convivência de uma mãe divorciada com seu filho. A trama mostra de forma bem-humorada os conflitos e dramas nas mais diversas situações vividas entre Valentina (Eduardo Martini) e Fernando (Guilherme Chelucci). Enquanto Valentina é uma publicitária bem-sucedida profissionalmente, mas completamente desmiolada e apaixonada pelo filho, Fernando é um recém-formado roteirista, que está indo para Nova York estudar cinema contra a vontade da mãe. Diferente de peças que apostam na ordem cronológica, O Filho da Mãe não possui um enredo linear. Em quatro momentos diferentes, o texto joga com flashbacks que mostram essa relação de mãe e filho, revelando acontecimentos passados da vida dos dois.


Teatro Itália
Avenida Ipiranga, 344 – República – São Paulo – SP
Bilheteria: Terça a domingo a partir das 15h Tel.: 3255-1979/3120.6945
Temporada prorrogada até 25 de maio
Ar-condicionado, acessibilidade para pessoas com necessidades especiais
Aceita todos os cartões
Classificação: 12 anos    




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