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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Sujeira como aliada da saúde da criança



Pediatra explica como a sujeira pode fazer bem ao seu filho


Apesar de causar dor de cabeça nos pais que gostam de ver seus filhos sempre limpinhos, deixar as crianças entrarem em contato com os micro-organismos presentes na natureza estimula o desenvolvimento da imunidade natural da criança. Esse contato promove o desenvolvimento de anticorpos e aprimora a capacidade de combater germes e bactérias, aumentando a resistência das crianças às infecções. Ou seja, um pouquinho de sujeira não faz mal a ninguém.

De acordo com a pediatra de São Paulo, Dra. Maria Júlia Carvalho, o contato com a “sujeira” do meio ambiente, como terra, barro, argila e areia fortalece o sistema imunológico, prevenindo doenças e diversas alergias. “No meio ambiente existem inúmeros agentes e micro-organismos que ajudam a amadurecer as funções do sistema imunológico, protegendo o organismo e fortalecendo a saúde da criança”. Os pais devem proporcionar as condições para que essa etapa ocorra naturalmente, não impedindo que seus filhos desfrutem dos momentos ao ar livre, complementa a médica.

No entanto, é preciso equilíbrio e consciência, já que brincar na terra e se sujar são hábitos saudáveis, mas ficar sujo não. Por isso, para preservar a saúde dos pequenos é fundamental que o passo seguinte a diversão seja tomar um banho e incentivar a higiene das mãos.

“É claro que não basta deixar se sujar para que os anticorpos das crianças se fortaleçam. Uma alimentação rica e balanceada, hidratação constante com água e estímulo ao aleitamento materno  são fundamentais para o bom desenvolvimento da imunidade da criança. Além disso, manter o calendário vacinal em dia também é fundamental”.






Dra. Maria Julia Carvalho - formada pela UNICAMP (2004-2009). Fez residência em pediatria pela Santa Casa de SP (2010-2012). E é especialista em oncohematologia infantil pela Santa Casa de São Paulo (2012-2014). Plantonista na unidade de internação do hospital infantil Sabara e na UPA do Einstein de Perdizes. facebook.com/dramajucarvalho




MEU FILHO ESTÁ MANCANDO




 O QUE É A SINOVITE DE QUADRIL?


De forma súbita, seu filho começa a sentir dor e não quer mais andar, por vezes não quer nem colocar o pé no chão. Ele assume uma posição que lhe traz mais conforto, com melhora da dor, em flexão da articulação do quadril (articulação entre a bacia e a coxa). Isso pode ser uma doença chamada Sinovite Transitória do quadril.


O que é a Sinovite?
A Sinóvia é uma cápsula que envolve todas as articulações (“juntas”) e contém um líquido que atua na lubrificação articular. Quando ela está inflamada, temos a Sinovite. Ocorre com maior frequência na articulação do quadril, mas raras vezes pode acontecer em outros locais. É mais comum ser unilateral, mas podem acometer os dois lados em até 5% dos casos.


Quando ela ocorre?
Ocorre em geral junto ou após uma infecção viral (mais da metade dos casos ocorre após uma infecção de vias aéreas superiores - resfriado comum e gripe, por exemplo), porém algumas vezes, a dor pode aparecer antes. A idade de acometimento concentra-se principalmente na faixa de 3 a 8 anos, com predomínio no sexo masculino.


Quais os sintomas?
A criança sente dor na porção anterior do quadril, passa a mancar ou até mesmo não quer mais andar. Reclama quando se palpa o local ou quando tentamos movimentar a articulação. Febre baixa pode ocorrer concomitante à dor.


O que fazer?
Procure o atendimento médico imediatamente. A avaliação do ortopedista ou do pediatra é fundamental. Apesar de 90% dos casos de dor no quadril em crianças ser decorrentes da Sinovite transitória, outras doenças potencialmente mais graves podem estar ocorrendo com o seu filho. Assim, o médico poderá solicitar alguns exames como radiografia, ultrassonografia e exames de sangue para excluir outras doenças.


Quanto tempo dura a Sinovite?
Como o próprio nome diz, ela é transitória. Geralmente dura poucos dias, mas excepcionalmente, em raros casos, pode demorar semanas para o desparecimento dos sintomas.


Qual o tratamento?
A criança deve permanecer em repouso, pois o esforço pode aumentar a inflamação. Analgésicos ou anti-inflamatórios podem ajudar na melhora do quadro. Quando a criança se sentir bem, ela mesma irá voltar a fazer todas as coisas que estava acostumada. Dê tempo para o seu pequeno se recuperar, sem tentar força-lo a andar.


A Sinovite transitória deixa sequelas?
Não, a Sinovite é uma doença benigna, de cura espontânea e que não traz qualquer comprometimento para o futuro do seu filho.






Dr. Marco Aurélio Safadi (CRM: 54792) - parceiro da NUK e professor de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenador da Equipe de Infectologia Pediátrica do Hospital Sabará.



Aumento dos nódulos na tireoide é indicação cirúrgica?



O diagnóstico de doenças da glândula tireoide tem aumentado consideravelmente. A glândula tireoide é um órgão importante, pois, possui a  capacidade única de captar o iodo ingerido dos alimentos e o reutilizar para produzir o famoso hormônio da tireoide. As alterações estruturais da tireoide consistem nos nódulos que a glândula pode apresentar. Dr. Murilo Neves Cirurgião Cabeça e Pescoço da Clinica MedPrimus São Paulo explica que descobrir nódulos na tireoide é sempre uma causa de estresse e preocupação. Mas, vale lembrar que aproximadamente 85% das vezes os nódulos são benignos. 


O mau funcionamento da glândula elevará o valor do TSH (estimulante natural da tireoide). Da mesma forma, se a tireoide funcionar normalmente menor será o valor do TSH. Dessa maneira, a tireoide doente produz pouco hormônio T4 (hormônio produzido pela tireoide controlado pelos níveis de TSH) e a  hipófise passa a produzir muito TSH, na tentativa de reverter a situação. Condição clinica chamada de  hipotireoidismo. Quando a tireoide produz muito hormônio significa que T4 livre estará alto e o TSH  resultante baixo. Esse estado é chamado de  hipertireoidismo .


Entre essas duas situações o hipotireoidismo é o mais comum. Em que os sintomas mais frequentes são: cansaço e fadiga, dor muscular, cabelos e unhas fracas, ganho de peso e dificuldade de perder peso, intolerância aofrio. No hipertireoidismo os sintomas são inversos: perda de peso, calor e sudorese, palpitação do coração, tremores e ansiedade.


“Entre os dois diagnósticos o hipertireoidismo exige um tratamento mais complexo. Inicialmente envolve controle medicamentoso da função da glândula. As medicações utilizadas reduzem a produção e secreção do hormônio da tireoide, no entanto, não tratam o problema que causa a hiperfunção, além disso agridem o fígado e a medula óssea.  Sendo assim, a utilização destas medicações deve ser restrita a um período não superior a 2 anos ou como preparação para o tratamento definitivo.” Explica Dr. Murilo Neves. 


Atualmente existem duas opções de tratamento definitivo nos casos de hipertireoidismo: a cirurgia ou a iodoterapia. Ambas apresentam vantagens e desvantagens. A decisão entre elas deve ser tomada em conjunto com o médico.


A cirurgia esta indicada nos seguintes casos:


·      Nódulos malignos ou suspeitos de serem malignosna biópsia;

·      Nódulos que apresentam uma velocidade de crescimento rápida;

·      Nódulos grandes e que avançam em direção ao tórax ou que causam sintomas compressivos no pescoço;

·      Os nódulos grandes, mas que não causem sintomasou nódulos associados a hipertireoidismo podem ser operados ou tratados clinicamente. 


Sendo assim, nem sempre um nódulo de tireoide deverá ser tratado com cirurgia obrigatoriamente.







Dr. Murilo Neves  
Especialidades: Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Formação: Medicina pela Universidade de São Paulo - USP
Residência médica em Cirurgia Geral no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP
Residência médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
Título de especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço - SBCCP
Pós-graduando em Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP




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