Pesquisar no Blog

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Dia da Poupança - quem poupa realiza mais sonhos




Neste dia 31 de outubro comemora-se, no Brasil e no mundo, o Dia da Poupança. A data foi estabelecida em 1924, durante um congresso internacional de Economia, na Itália. No Brasil é comemorada desde 1933. Porém, apesar de passados 78 anos em que a importância de poupar é relembrada anualmente no Brasil, as estatísticas de endividamento do brasileiro demonstram que o hábito de poupar seja para comprar ou para reservar para imprevistos ou para uma aposentadoria digna, ainda não foi totalmente assimilado.& nbsp;
 
"Brasileiros compram primeiro para depois tentar pagar. E muitas vezes compram o que não precisam e deixam de realizar sonhos porque não poupam", explica Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) que criou a Metodologia DSOP (Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar) de Educação Financeira, na qual estão baseados seus livros para crianças, jovens e adultos e obras didáticas usadas em diversas escolas do país.
 
Para Domingos, esse problema preocupa porque atinge pessoas de diferentes faixas etárias e níveis sociais e culturais, e porque a população brasileira está envelhecendo sem se preparar financeiramente para essa fase da vida. "De um lado temos muitos jovens, alguns em seus primeiros empregos e salários, já endividados, de outro temos os aposentados, que em sua gr ande maioria depende de parentes ou de continuar trabalhando para viver, já que não possuem poupanças", alerta Domingos.
 
A falta de domínio da situação financeira leva a um hábito comum que é esperar sobrar algum dinheiro no orçamento mensal para realizar os sonhos. Tem também o poupador que guarda dinheiro sem um objetivo definido. "Quem não poupa realiza menos sonhos e quem poupa sem um propósito tem grande probabilidade de gastar este dinheiro aleatoriamente, sem nem perceber", diz o educador financeiro.
 
Seja qual for o perfil do consumidor, Domingos diz que reservar parte do que se ganha para realizar sonhos é possível desde que se tenha foco e disciplina. O ideal é definir três sonhos materiais - de curto (um ano), médio (até 10 anos) e longo (mais de 10 anos) prazos. Ele recomenda que entre esses sonhos estejam a liquidação de dívidas (caso as tenha) e o próprio sonho da aposentadoria digna, da independência financeira.
 
Deve-se calcular quanto seria necessário poupar por mês para a realização desses sonhos dentro dos prazos pretendidos. O valor a ser poupado deve entrar no orçamento. Ou melhor, deve ser priorizado. Isso significa que o valor a ser poupado para os sonhos deve ser descontados dos ganhos (da receita) e com o saldo restante é que se define o real orçamento ou padrão de vida que o indivíduo ou a família terá de adotar se quiser garantir a realização de seus sonhos. Para essa readequação de orçamento, recomenda-se um balanço anual da situação financeira, um diagnóstico de gastos diários durante 30 dias - para identificar para onde está ind o cada centavo e facilitar a escolha de corte de supérfluos -, além do controle mensal do orçamento.
 
Esse é um exercício que leva o indivíduo ou a família a um esforço de corte de gastos, porém, motivados pela certeza de que serão recompensados com a realização dos sonhos. Isso está relacionado com o conceito DSOP de Dívida de Valor: aquelas que se contrai porque há o desejo de ampliar o patrimônio, diferentemente da Dívida sem Valor, que não agrega nenhum valor à vida das pessoas e pouco a pouco vai minando a saúde financeira. "Pensar sobre isso antes de consumir faz grande diferença no saldo bancário e na satisfação pessoal ao longo da vida", diz Domingos.


 
Outras formas de poupar

- Evitar compras por impulso: os consumidores devem se fazer algumas perguntas antes de comprar - Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima? Se não comprar isso hoje, o que acontecerá? Tenho dinheiro para comprar à vista? Se comprar a prazo, terei o valor das parcelas?
- Pesquisar preço e comprar à vista: Tudo que se compra em prestações paga-se mais caro. Já quem pesquisa o melhor preço paga menos e aumenta a chance de comprar à vista e obter desconto.
- Pedir desconto: Se um produto custa mil reais e pode ser parcelado em 10 vezes de 100 reais, certamente à vista custará de 10% a 20% menos.
- Reter 10% dos rendimentos: para começar a construir a independência financeira, deve-se guardar 10% do que ganha. Com o tempo, pode-se partir para um plano de previdência privada para complementar o INSS.

 
Como investir o dinheiro poupado 

Domingos explica que poupar é o ato de guardar dinheiro. Investir é direcionar o dinheiro poupado ou não gasto a algum tipo de investimento, que também deve estar atrelado ao prazo do sonho e ao perfil do investidor: conservador (não corre riscos), moderado (corre riscos somente em uma pequena parte do investimento) e arrojado (prefere correr riscos e ter mais retorno na aplicação).

Assim, para sonhos de curto prazo, ele recomenda a caderneta de poupança. Para sonhos de até 10 anos, os fundos de renda fixa ou variável são boas opções porque quanto maior o prazo de investimento, menor o imposto cobrado. Investimentos como CDB, títulos do tesouro direto, ouro, entre outros, requerem ajuda de profissionais especializados para avaliação de vantagens e riscos. Já os investimentos de longo prazo como ações na Bolsa de Valores, títulos do Tesouro Direto e previdência privada, exigem cuidado maior porque há punições tributárias caso queira resgatar a curto ou médio prazos. Mais informações: www.abefin.org.br.


DSOP Educação Financeira
www.bazz.com.br



GRANDE EVENTO ASSOCIAÇÃO FEMININA DAS SERVIDORAS PUBLICAS DO BRASIL NO PARQUE DA AGUA BRANCA - FEIRA DE ARTESANATO, SHOW COM VELASKE BRAWM, MARCELO DI ANGELLO E MUITO MAIS. DIVERSIFICADA GASTRONOMIA E ESTACIONAMENTO GRATIS NO LOCAL


01 de novembro - DIA MUNDIAL DO VEGANISMO



CONHEÇA OS BENEFÍCIOS DA DIETA VEGANA

Nos últimos anos, além do aumento de adeptos houve um notável aumento no número de lançamentos de produtos que não possuem origem animal


Estabelecido em 1994 por Louise Wallis, então presidente da Vegan Society da Inglaterra, a instituição vegana mais antiga do mundo, o Dia Mundial do Veganismo possui o objetivo de chamar a atenção para uma filosofia de vida que descarta o consumo de qualquer produto de origem animal. No Brasil, a comemoração vem de encontro a um momento em que a demanda por produtos veganos cresce quase que de forma exponencial.

“É visível a ampliação desse mercado, principalmente pelo crescimento de estabelecimentos e restaurantes que, cada vez mais, voltam seus cardápios para o público vegano e vegetariano. Além disso, temos notado um grande aumento no número de empresas que estão investindo no lançamento de produtos que não possuem ingredientes de origem  animal”, explica Ricardo Laurino, presidente da SVB - Sociedade Vegetariana Brasileira.

Segundo Laurino, um levantamento realizado pela própria SVB , por meio do Google Trends, revelou que, entre 2011 e 2015, o volume de buscas pelo termo “vegano” teve um aumento de 700% no país. Além disso, a entidade teve um incremento de mais de 60% no número de filiados nos últimos doze meses.

Para David Oliveira, gerente de marketing da Superbom, uma das principais empresas brasileiras do segmento de alimentos veganos e vegetarianos, o segmento está em ampla expansão. “Hoje, existem diversos produtos, como snacks (doces e salgados), enlatados, congelados, e até queijos, sem nenhum tipo de componente de origem animal, o que facilita a vida de quem quer manter uma dieta restritiva. Há 10 anos, os adeptos da dieta vegana não tinham tantas opções”,

Benefícios da dieta vegana

Em alusão a essa data tão importante e com o intuito de auxiliar quem deseja parar de consumir produtos que possuem qualquer procedência animal, Cyntia Maureen, nutricionista e consultora da Superbom, empresa alimentícia especializada em produtos saudáveis, veganos e vegetarianos, listou seis benefícios da dieta vegana.

1 - A dieta vegana pode salvar milhões de vidas humanas
Pesquisa publicada em março de 2016 no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que se todas as pessoas adotassem o veganismo, 8,1 milhões de vidas seriam salvas até 2050. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Oxford (Inglaterra), que foram os idealizadores do estudo, o número está relacionado com a menor incidência de doenças como diabetes, obesidade, problemas cardíacos e câncer, comumente ligadas com a dieta que inclui alimentos de origem animal.

2 - Menor possibilidade de desenvolver câncer
No mês de outubro de 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu comunicado afirmando que o consumo excessivo de carnes processadas como salsicha, presunto, salame, mortadela, carne seca e carne enlatada, aumenta o risco de desenvolvimento de câncer, principalmente o câncer colorretal. “Como a dieta vegana exclui o consumo dos alimentos citados, seus adeptos possuem uma possibilidade menor de desenvolver a enfermidade”, pontua Cyntia.

3 - A dieta vegana pode contribuir para o emagrecimento
Os adeptos da dieta vegana não consomem gordura saturada encontrada em produtos de origem animal. A consultora da Superbom pontua que cada grama de gordura equivale a 9 kcal, assim, ocorre uma redução significativa no consumo final de calorias diárias. “Por conter variedade de vegetais e alimentos integrais, a alimentação vegana costuma ser rica em fibras que fará com que a pessoas comam porções menores e aumentará a sensação de saciedade, contribuindo para o emagrecimento e também para o bom funcionamento do intestino”, afirma.

4 - Salva animais dos abatedouros
Ao não comprar ou consumir produtos de origem animal, o indivíduo sabe que está contribuindo para a queda da demanda desses alimentos e, consequentemente, pela diminuição das mortes dos animais. “É a melhor maneira de ajudar os animais e de acabar com o sofrimento deles. Nas fazendas industriais existem muitos casos em que eles são mantidos em condições ultrajantes e em espaços exíguos”.

5 - Não consumir produtos de origem animal é uma atitude sustentável
A produção de carne afeta negativamente o equilíbrio do planeta pelos altos índices de desmatamento para pastagens para o rebanho bovino em regiões não recomendadas, como a Floresta Amazônica. “De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) é gasto 16 vezes mais água para produzir uma libra (o equivalente a 0,453 kg) de proteína de carne comparada à proteína vegetal”, informa a especialista.

6 - Economia
De acordo coma nutricionista, seguir um cardápio isento de alimentos de origem animal não necessariamente compromete o orçamento familiar, muito pelo contrário. “Em uma dieta convencional, é o consumo da carne animal que acaba onerando as compras, já que o produto tem um alto valor agregado. No caso dos  veganos, a base da alimentação inclui verduras, legumes, hortaliças e cereais, que são os alimentos mais baratos na gôndola do supermercado”.

Informação é essencial
Por fim, a especialista destaca que o mais importante quando o assunto é dieta vegana é a informação. “Quanto mais a pessoa conhecer a procedência do que consome, as necessidades do próprio corpo e a composição de uma dieta equilibrada, que seja capaz de fornecer os nutrientes necessários, mais certeza ela terá de que está no caminho certo quanto aos seus hábitos alimentares, melhorando assim sua qualidade de vida”, conclui a nutricionista e consultora da Superbom.


Um dia para se discutir o baixo índice de leitura



Em 2015, o Brasil tinha 188 milhões de habitantes com mais de cinco anos, conforme estimativa populacional do IBGE. Considerando que a partir dessa idade os indivíduos têm potencial para ser leitores, é possível fazer um interessante cálculo, cruzando os dados demográficos com a última edição da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro (Fipe-USP/CBL/SNEL).

No ano passado, foram vendidos 389,27 milhões de livros no País. Dividindo-se esse número por 188 milhões, temos média de 2,07 exemplares/ano por brasileiro com mais de cinco anos. Esse total, contudo, inclui os 134,59 milhões de unidades compradas pelo governo. Se efetuarmos a conta apenas com os 254,68 milhões de exemplares adquiridos diretamente pelos consumidores nas livrarias e demais canais de venda, a média cai para 1,35 livro/ano por habitante com mais de cinco anos.

Então, continua sendo inevitável a velha pergunta: por que o brasileiro lê tão pouco? Refletir sobre a resposta é oportuno por ocasião do transcurso do Dia Nacional do Livro (29 de outubro). Os principais motivos são a distribuição desigual da renda; o analfabetismo, inclusive funcional, de quase 30 milhões de pessoas; a falta de estímulo em casa e na escola; a carência de pontos de venda e de bibliotecas públicas; 2,8 milhões de crianças e adolescentes, ou 6,2% dos brasileiros entre quatro e 17 anos, estão fora da escola (base de dados do IBGE); e mais de 3,3 milhões de crianças e adolescentes (entre cinco e 17 anos) encontram-se em situação irregular de trabalho infantil (Fundação Abrinq).

São muitos os brasileiros, adultos, crianças e adolescentes, que, antes da oportunidade da leitura, lutam pela sobrevivência. Por isso, é lamentável que nosso país careça de políticas públicas que ampliem o acesso ao livro, pois o direito de ler é inerente à cidadania e decisivo para a ascensão socioeconômica e redução da dívida social. Quantos mais lerem, menor será o contingente de excluídos.

As escolas seriam uma grande porta de entrada para o universo dos livros. No Brasil, porém, 53% das 120,5 mil existentes nas redes públicas não têm biblioteca ou sala de leitura, conforme levantamento feito em 2015 pelo portal Qedu, da Fundação Lemann. Além disso, em decorrência da crise econômica e fiscal, os programas de compras governamentais de obras não didáticas também sofreram atrasos e paralisações nos últimos anos.

Outra questão a ser solucionada para o estímulo à leitura diz respeito a um incompreensível e impune desrespeito ao princípio constitucional referente à imunidade tributária do livro: na sua impressão, as gráficas recolhem alíquota de 9,25% de contribuição para o PIS/COFINS. Daí a importância do projeto de lei 2.396/2015, que reduz a zero as alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da impressão de livros, reduzindo o seu custo. Aliás, por mais incrível que possa parecer, os materiais escolares, como cadernos, fichários e agendas, também são taxados, o que pode ser solucionado por outro Projeto de Lei, o de número 6.705/2009, já aprovado no Senado.

Da baixa renda de parcela populacional expressiva ao desrespeito à Constituição, são muitas as causas do pífio índice de leitura no Brasil. Entretanto, o problema não tem apenas origem social ou referente ao preço dos livros, pois também nas classes média e alta lê-se pouco. O motivo, definitivamente, também não é a concentração do foco dos jovens na internet e redes sociais. Em numerosas nações, inclusive na Argentina, as pessoas continuam lendo bastante.

Falta ao nosso país uma política consistente, pois o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), instituído por decreto presidencial em 2011, jamais decolou em seus quatro eixos (Democratização do Acesso; Fomento da Leitura e Formação de Mediadores; Valorização Institucional da Leitura e Incremento de seu Valor Simbólico; e Desenvolvimento da Economia do Livro). Assim, é preponderante passar da inércia à ação. É preciso que, nos próximos anos, tenhamos motivos concretos para comemorar o Dia Nacional do Livro!



Levi Ceregato - presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF Nacional) e do Sindicado das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (SINDIGRAF).




Posts mais acessados