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domingo, 16 de outubro de 2016

Cinco mitos e verdades do cateterismo cardíaco




O cateterismo cardíaco trata-se de um exame médico invasivo para examinar vasos sanguíneos e o interior do coração. Sua realização consiste na introdução de um tubo longo, fino e flexívepor meio de uma veia ou artéria periférica até o sistema cardiovascular. Ele pode ter várias finalidades, como visualizar as artérias coronárias (cinecoronariografia), desobstruir placas de gordura (angioplastia), avaliar a função do coração (estudo hemodinâmico), entre outras.

Ao saberem que precisam realizar esse procedimentomuitos pacientes ficam apreensivos e cheios de dúvidas. Por isso, o cirurgião cardíaco do hospital Beneficência Portuguesa, Dr. Marcelo Sobral, listou alguns mitos e verdades para desmistificar as lendas sobre o assunto, confira:

O procedimento só deve ser feito em adultos. Mito!  A realização do exame não tem restrição de faixa etária e pode ser executado até em bebês recém-nascidos para diagnóstico e tratamento de problemas congênitos.

O cateterismo pode oferecer riscos. Verdade! Apesar de ser um procedimento seguro e que não trás qualquer incômodo na grande maioria dos casos, alguns pacientes após o exame podem manifestar reações alérgicas ao uso do contraste com iodo, lesões nos vasos sanguíneos, sangramento no local onde o cateter foi inserido e arritmias cardíacas.

Pode ser feito em vários locais do corpo. Verdade!  A inserção de cateteres pode ser realizada em vasos sanguíneos dos braços ou das pernas, mas geralmente a preferência é a de fazer pelo braço porque costuma ser mais confortável para o paciente.

O tempo de duração da permanência do paciente no hospital após o cateterismo varia de acordo com a região onde foi realizado. 

Verdade! Quando o exame é feito pelo punho ou pela prega do cotovelo, após 2h o paciente pode receber alta. Já quando é realizado pela região da virilha, será necessário pelo menos 6h de repouso no leito para ser liberado.

Não é necessário ficar internado após o exame. Mito! A internação vai depender do resultado do exame e se as alterações diagnosticadas apresentam risco de vida para o paciente.




Doutor Marcelo Luiz Peixoto Sobral - membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Título de Especialista em Cirurgia Cardiovascular pela AMB, Membro Habilitado e Especialista do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA). MBA Executivo em Saúde pela FGV. Cirurgião Cardiovascular da Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo com mais de 4.000 cirurgias realizadas. facebook/dr.marcelosobral,




Nova pesquisa – Consumidores de farmácias trocam de produtos por causa de preços



O consumidor está priorizando preço à marca na hora de adquirir medicamentos. Essa é uma das conclusões da pesquisa Análise do perfil de compra dos consumidores de medicamentos, divulgado no dia 5 de outubro, pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC). Segundo a pesquisa, 45% dos consumidores acabaram comprando produtos diferentes do objetivo inicial; a quase totalidade desses clientes buscava economia.

A pesquisa teve como objetivo apurar as características de compras de medicamentos dos brasileiros, o tipo de medicamento adquirido, o percentual de consumidores que portavam receituário e o índice de troca de medicamento, bem como os motivos que levaram a essa troca.

Segundo a pesquisa, dos entrevistados que foram às farmácias, 72% adquiriram os medicamentos, contudo, apenas 24% compraram exatamente o que foram comprar, 31% modificaram parte da compra e 45% trocaram os medicamentos por vontade própria ou por indicação dos farmacêuticos.

“Esse fato demonstra a existência de uma característica muito comum dos brasileiros, que é não ser fiel ao produto que foi procurar em uma farmácia, ouvindo a indicação dos farmacêuticos. O principal fator de troca é o preço, demonstrando que as pessoas estão mais preocupadas com o bolso”, explica o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.

Tal afirmação se baseia no fato de que a pesquisa constatou que 97% dos entrevistados que trocaram de medicamentos compraram uma opção de menor preço.

Um ponto importante a ser destacado na pesquisa foi que a cada quatro compradores de medicamentos, três não portavam receita médica. Quando perguntados se estavam com ela, 74% dos clientes afirmaram que não, contra apenas 26% que disseram estar.

A pesquisa também demonstrou a força que os medicamentos genéricos estão obtendo no mercado, sendo que 37% dos consumidores adquiriram medicamentos dessa modalidade, 32% compraram os de marcas e 31% compraram dos ambos os tipos.

“Os genéricos já venceram uma desconfiança inicial e natural que enfrentaram no mercado e, hoje, já fazem parte das opções de escolhas dos consumidores. Eles possuem um grande potencial competitivo por causa da economia que proporcionam e, como visto, os preços são fundamentais na escolha”, analisa Tamascia.

A pesquisa foi realizada com 4 mil consumidores de todo o Brasil, no momento em que saíam das farmácias nas quais efetuaram a compra.





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Como as bactérias do intestino podem influenciar a saúde das crianças na vida adulta






A microbiota intestinal é formada principalmente durante os primeiros 1000 dias e pode influenciar, de modo positivo, a saúde das crianças por toda a sua vida

Além da sua conhecida função de absorver os nutrientes da alimentação, o intestino ainda abriga cerca de 1 trilhão de células estranhas ao nosso corpo. O conjunto dessas células, antigamente conhecida como flora intestinal, chama-se microbiota intestinal. As células são na verdade micróbios, que vivem em nosso intestino. Além de ajudar na digestão dos alimentos, essas bactérias são responsáveis por combater substâncias tóxicas que possamos ingerir, por regular o nosso humor e até por definir a probabilidade de desenvolvermos doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) como a obesidade, por exemplo.

O período que vai da concepção até a primeira infância, que termina no 6º ano de idade, é uma fase de crescimento e desenvolvimento intensos, que estabelece as bases para a saúde futura. Os primeiros 1000 dias de vida (da concepção até o 2º ano de idade) são frequentemente citados como um intervalo crítico de oportunidades. É nesse momento que a microbiota intestinal se forma, sendo esse mais um motivo pelo qual o cuidado com a saúde tenha maior importância nesse momento. O intestino soma diversas funções importantes, como a de oferecer uma barreira contra agentes infecciosos, a de regular o nosso humor, entre outros. Ou seja, a atenção com a formação da microbiota impacta na saúde do indivíduo de forma geral e não apenas em uma função específica.

Todas as superfícies do corpo expostas ao ambiente externo, como a pele, as cavidades oral e nasal, como também o intestino, são colonizadas por micro-organismos. De todos os locais, o intestino é o que mais apresenta bactérias, sendo o cólon, uma das partes do intestino grosso, o mais densamente populoso. Ele apresenta aproximadamente 100 trilhões de bactérias, que pertencem a cerca de 160 espécies e podem chegar a pesar 2 quilos. Uma comparação que pode ajudar na compreensão da quantidade desses micro-organismos em nosso corpo é que, o ser humano recebe 23 mil genes dos pais, mas possui 3,3 milhões de genes que pertencem às bactérias alojadas.

"O intestino contém entre 70% e 80% das células do sistema imune do corpo, criando assim um sistema imunológico específico ao intestino. No órgão ainda há 100 milhões de células nervosas, ou neurônios, localizados ao longo de sua extensão, os quais produzem diversos neurotransmissores, como, por exemplo, a serotonina, que regulam o humor e a saciedade. Não há dúvidas de que a alimentação impacta diretamente no processo de colonização da microbiota intestinal, que desempenha um papel fundamental na função imunológica e na saúde, de forma global, em curto e em longo prazo", afirma o Dr. Jan Knol, professor da Universidade de Wageningen na Holanda. Knol é um dos cientistas responsáveis pelo estudo "Os primeiros 1000 dias - microbiologia intestinal no início da vida: estabelecendo uma simbiose", que foi publicado pela revista científica Pediatric Allergy and Immunology - PAI, em 2014.



Parto e Amamentação - Como o bebê adquire a microbiota

Recentemente foi descoberta a existência de diversas espécies de bactérias no sangue do cordão umbilical, no líquido amniótico, na placenta e no mecônio dos lactentes. Apesar disso, a maior parte do processo de colonização da microbiota intestinal ocorre após o nascimento, por meio do contato com a mãe e com o ambiente. A amamentação desempenha um importante papel no desenvolvimento da microbiota intestinal, assim como a alimentação na infância, uma vez que, por volta dos 3 anos de idade, a diversidade e complexidade da microbiota intestinal se consolida.

"Hoje é cada vez mais evidente na literatura que, o tipo de parto afeta a composição da microbiota intestinal do lactente. Em bebês nascidos por parto normal, pode-se observar uma composição de microbiota semelhante àquela encontrada no canal vaginal e intestinal materno, ao passo que nos nascidos por cesariana, a composição microbiana tende a parecer mais com a da pele da mãe e com o ambiente hospitalar", afirma Jan Knol.

Porém, é importante lembrar que existe uma gama de fatores que afetam o desenvolvimento da microbiota intestinal na primeira infância, sendo eles: fatores pré-natais, como a duração da gestação; fatores do nascimento, como o tipo de parto; e fatores pós-natais, como tipos de alimentação, uso de antibióticos e o ambiente familiar do lactente. "Os estímulos adequados, no momento oportuno de formação e colonização da microbiota intestinal têm se mostrado como uma ferramenta promissora para a manutenção da saúde futura", afirma Jan Knol.



Alergias e DCNTs - Consequências da má-formação da microbiota intestinal

A associação entre a microbiota intestinal, a saúde e a doença é aparente desde os estágios mais iniciais da vida e continua, à medida que a criança cresce e se desenvolve. "Um intestino saudável está associado à presença de um ecossistema diverso e equilibrado, estável e em bom funcionamento. Recentemente, vem se estabelecendo que qualquer alteração do complexo equilíbrio da microbiota intestinal está associada ao desenvolvimento de várias doenças, incluindo as de ordem metabólica, como a obesidade e o surgimento de doenças inflamatórias e imunológicas, como manifestações alérgicas, por exemplo", explica o Prof. Dr. Jan Knol.

Alterações ou desequilíbrios nas comunidades de micro-organismos intestinais são frequentemente chamados de "disbioses" - um termo antigo, mas que está ganhando novos interesses com o advento das pesquisas sobre a influência da microbiota intestinal na saúde e na doença.

Na maioria dos casos, a natureza exata da associação entre disbiose e a ocorrência de quadros patológicos, ainda precisam ser elucidados. Contudo, as evidências disponíveis no momento permitiram um avanço representativo sobre entendimento da saúde intestinal na primeira infância e, têm contribuído para a promoção da saúde intestinal, de forma a favorecer o bem-estar geral, tanto no momento atual quanto durante os anos seguintes, que são cruciais para o pleno desenvolvimento e alcance do potencial de cada indíviduo.

"O que devemos tirar deste estudo é a importância dos estímulos que a criança recebe durante os primeiros 1000 dias, que podem trazer mais saúde por toda a sua vida. Além disso, a pesquisa nos mostra que devemos olhar para o corpo humano como um ecossistema e não como um conjunto de órgãos que funcionam de forma independente. O intestino é um ótimo exemplo de como um único órgão pode acumular diversas funções. Nesse sentido, a nutrição é essencial para garantir o bom desenvolvimento dos sistemas digestório, imune e nervoso", finaliza o Prof. Dr. Jan Knol.




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