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domingo, 16 de outubro de 2016

Problemas oftalmológicos podem causar desinteresse escolar



Hipermetropia, astigmatismo e miopia prejudicam a visão e causam dores de cabeça


De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, 36% da população apresenta miopia e 34%, hipermetropia. Juntamente ao astigmatismo, os erros refrativos podem surgir também em crianças. Os erros refrativos ocorrem quando a luz que entra no olho não forma uma imagem na retina.

“O olho apresenta duas lentes – cristalino e córnea – que devem, em conjunto, focalizar a imagem na retina. A nitidez depende do poder de convergência destas lentes, bem como do tamanho do olho”, explica Rosa Maria Graziano, presidente do Departamento de Oftalmologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.


Hipermetropia

A especialista explica que, na infância, a mais prevalente é a hipermetropia de pequeno grau, que diminui com o crescimento da criança. Pode manifestar-se desde o nascimento e caracteriza-se pelo modo como o olho, menor do que o normal, foca a imagem atrás da retina.

“Para manter a acuidade visual, a criança mantém o esforço de acomodação, contraindo a musculatura ciliar e aumentando a capacidade de convergência do cristalino, direcionando a luz ao ponto focal da retina. Este esforço pode acarretar em astenopia, caracterizada por dor de cabeça, sensação de peso, ardor, lacrimejamento e hiperemia conjuntival, principalmente para leitura de perto”, lista a médica.

Contudo, quando a acomodação não for suficiente para compensar o alto grau de hipermetropia, a visão pode ficar comprometida. Graziano informa que a criança hipermetrope, com baixa acuidade visual e astenopia, corre o risco de desinteressar-se por atividades que exijam percepção acurada, como trabalhos manuais e leituras. Na sala de aula, ela pode se mostrar dispersa.


Miopia

Em geral, a miopia manifesta-se ao redor dos oito anos de idade, quando o crescimento infantil pode ser acompanhado por um aumento do diâmetro antero-posterior do globo ocular, fazendo com que a imagem caia em um ponto anterior à retina.

“O míope, ao contrário do hipermetrope, não dispõe de mecanismos que levem a imagem a se focalizar na retina. Assim, para conseguir boa visão, aproxima-se do objeto e diminui a fenda palpebral, também acarretando em cefaleia e desinteresse”, ressalta a oftalmologista pediátrica.


Astigmatismo

O astigmatismo é determinado por curvaturas diferentes entre os dois meridianos principais da córnea e/ou do cristalino, fazendo com que os raios de luz, ao passar por esses meridianos, não caiam no mesmo ponto da retina. “A imagem focada é distorcida: ou seja, quando as linhas verticais são vistas claramente, as horizontais não são – e vice e versa”, exemplifica.

“A criança astigmata pode apresentar acuidade visual deficiente para perto e para longe nos altos graus, assim como cefaleia, ardor e hiperemia, desencadeados por esforço visual”, diz.





Zumbido afeta 36% dos idosos



Perda auditiva, tontura e sensação de ouvido tampado são alguns dos sintomas


A médica otorrinolaringologista Dra. Jeanne Oiticica, especialista em Otoneurologia (que trata zumbido, tontura e surdez) e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, chama a atenção para um problema que atinge 36% dos idosos: o zumbido de ouvido.  Ela explica as causas, diagnóstico e tratamento do sintoma. 


1.Qual a incidência de zumbido?
Recentemente, realizamos uma pesquisa de campo com entrevistas em domicílio com cerca de 2000 habitantes da cidade de São Paulo e a prevalência de zumbido na população foi de 22%, este valor salta para 36% quando analisado o percentual entre aqueles com mais de 65 anos de idade, ou seja, idosos tem 1,6 vezes mais chances de apresentarem zumbido. Isto é fácil de entender já que a idade está habitualmente associada a um desgaste natural do corpo e dos sistemas, e a audição não fica de fora. Além disso, o envelhecimento está acompanhado de uma série de comorbidades, incluindo diabetes, pressão alta, apneia do sono, colesterol alto, entre outras, que interferem direta ou indiretamente no funcionamento do ouvido. Somado a isto, este percentual tem apresentado tendência ao crescimento nos últimos anos tendo em vista o aumento da exposição ambiental a ruídos e a longevidade da população. 


2.Quais os sinais que antecedem o problema de zumbido nessa fase?
Perda auditiva, tontura, sensação de ouvido tampado são sintomas comumente associados ao zumbido, e que podem anteceder o aparecimento do mesmo. Neste caso é sempre importante procurar a opinião de um Otorrinolaringologista. Algumas vezes, o problema é simples e poderá ser resolvido no próprio consultório, como no caso de uma rolha de cera. Outras vezes exames adicionais serão necessários para esclarecer o quadro clínico. 


3.Como se dá o diagnóstico?
O diagnóstico envolve uma boa história clínica e exame físico adequado. Algumas vezes exames complementares serão necessários, incluindo audiometria (teste feito em uma cabine acusticamente tratada para evitar os sons ambientais externos), exames de sangue, exames de imagem. 


4.Qual o tratamento adequado?
O tratamento é customizado caso a caso, vai depender da origem do problema. Às vezes, o zumbido pode sofrer influência muscular (músculos da cabeça e pescoço) e nestes casos algumas sessões de fisioterapia são suficientes para amenizar o sintoma. Outras vezes o fator desencadeante pode estar na dieta, na privação de sono e o tratamento é direcionado para a correção destes. Em alguns casos o maior problema é a dificuldade em escutar, isto muitas vezes pode incomodar até mais que o próprio zumbido. Nestes casos os aparelhos auditivos de amplificação sonora são fundamentais para o alívio do zumbido, pois audição e zumbido andam juntos e muito atrelados um ao outro. 


5.Quais as consequências desse problema causado nos idosos?
Insônia, confusão mental, irritabilidade, estresse, ansiedade, tristeza, depressão, dificuldade de entender o que os outros falam, dificuldade em se comunicar, isolamento social, desconfiança, dificuldade de interagir com familiares e entes próximos, incompreensão, choro, falta de ânimo, descrença, desesperança estão entre as queixas associadas mais observadas.




Dra. Jeanne Oiticica
- Médica otorrinolaringologista concursada do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Orientadora do Programa de Pós-Graduação Senso-Stricto da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP.
- Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
- Professora Colaboradora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
- Chefe do Laboratório de Investigação Médica em Otorrinolaringologia  (LIM-32) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
- Responsável do Ambulatório de Surdez Súbita do hospital das Clínicas – São Paulo.




Identifique os sintomas e saiba como lidar com cinco passos básicos



O stress faz parte da vida e em doses adequadas é útil e positivo. No entanto nos últimos tempos o stress tem se elevado mundialmente. No Brasil temos convivido com níveis elevados de stress, o que se acentuou na atual fase de crise econômica e política do país.  Este é um tema que merece atenção especial, pois em níveis elevados e extremos ele pode levar até à morte.

Um estudo realizado nos EUA pela HARVARD BUSINESS SCHOOL aponta que 80 % das consultas médicas nos últimos anos têm vínculo com o stress e pesquisas revelam que ele está associado ao desenvolvimento de uma série de doenças como o câncer, depressão, diabetes, hipertensão e infartos. 

As pessoas e as empresas têm sentido os impactos do stress. Cerca de 70% dos brasileiros ativos no mercado de trabalho sofrem sequelas do nível de stress elevado e os prejuízos diretos e indiretos, inclusive decorrentes de adoecimento físico e emocional, são cada vez maiores.

Uma das formas de você saber se o stress está atingindo patamares elevados é por meio da identificação dos seus sintomas e sinais. Conheça alguns deles:


·       irritabilidade excessiva

·       mal estar generalizado

·       cansaço constante

·       problemas de sono

·       pensamentos em torno do mesmo assunto

·       dificuldades para ter ideias novas

·       diminuição ou perda do apetite sexual

·       perda de interesse e motivação

·       dificuldades para manter a concentração e a atenção

·       problemas de memória

·       problemas de pele e gastrointestinais 

·       dores e tensão muscular


Além de ficar atento aos sinais e sintomas do stress é fundamental que você identifique o que tem gerado stress na sua vida, pois apenas tendo consciência do que nos afeta podemos fazer algo a respeito. Siga estes passos:

1.   Procure identificar o que te estressa. Liste tudo que o tem preocupado, aumentado a sua ansiedade, causado tensão, nervosismo ou irritação. 

2.   Reflita: como você tem reagido e lidado com cada item?

3.   Avalie o quanto as suas ações e reações (concretas ou subjetivas) têm contribuído ou não para resolver o problema ou diminuir o seu nível de stress.

4.   Reflita e procure descobrir alternativas e possibilidades para lidar com o que está acontecendo de uma forma diferente e mais eficiente!

5.   Procure identificar quem são as pessoas que podem contribuir e te ajudar a superar cada desafio. Relacionamentos e apoio fazem uma enorme diferença.

Mesmo que você descubra que não pode ter ações diretas sobre a situação, existe algo que está ao seu alcance: mudar a forma de encarar e enxergar a questão! Alguns desafios da vida podem ser difíceis, mas também são grandes oportunidades de aprendizado e crescimento. Ampliar a consciência sobre si mesmo, buscar o apoio de pessoas, rever o seu estilo de vida e se cuidar física e emocionalmente são aspectos cruciais para que você consiga enfrentar e superar os desafios da vida de uma forma mais saudável.”





Rosalina Moura - psicóloga é especialista em gerenciamento do stress e coach de bem estar e saúde.  Foi coordenadora da área de psicologia do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo de 1994 a 2005, onde atuou como psicóloga e pesquisadora em LER /DORT. Seus estudos e os convites para participar de eventos científicos a levaram a se aprofundar nas questões relacionadas ao stress elevado, desenvolvendo programas e metodologias para o seu gerenciamento. Em 2001 ela criou a RUMO, que hoje tem como  foco principal de atuação o desenvolvimento de programas de Prevenção e Gerenciamento do Stress para pessoas e empresas.



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