Um
laboratório NB3, que cumpre os requisitos de Segurança Biológica Nível 3,
estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), único do nosso Estado
e um dos poucos do País da área animal a ter esse nível de segurança, que será
fundamental para o apoio e a execução dos programas sanitários brasileiros,
contribuindo para as operações de comércio nacional e internacional.
Possibilita uma ação mais rápida na área de defesa agropecuária. Serão feitos
em até 48 horas atendimentos emergenciais para identificação de doenças - em
situações normais, essas análises são feitas em cinco dias úteis,
aproximadamente.
O
Governo de São Paulo investiu cerca de R$ 2 milhões para implantação deste
Laboratório NB3, inaugurado no dia 25 de maio. Certamente, o Estado terá
retorno desse investimento, seja ele direto ou indireto. A confiabilidade de
laboratórios de diagnóstico veterinário repercute na credibilidade da comercialização
internacional de commodities animais, importantes na balança comercial
brasileira. E o Instituto Biológico, da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo, é referência de laboratórios acreditados
pelos órgãos públicos.
O
Instituto foi criado há 89 anos principalmente para combater a broca do café,
mas ao longo do tempo foi ampliando sua atuação e se tornou símbolo de
confiança, saudabilidade para os alimentos, sanidade animal e vegetal e
inovação tecnológica.
Toda
essa importância está não apenas no prédio que é um símbolo da Vila Mariana, na
capital paulista, mas também em suas unidades em todo o Estado. Como o
estratégico Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola, em
Descalvado e Bastos, onde a sanidade dos planteis é constantemente analisada e
a comercialização internacional garantida - mantendo a marca de nada menos do
que R$ 1,5 bilhão anual em exportações.
Com
seus laboratórios acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade
e Tecnologia (Inmetro), o Biológico é credenciado pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para análises de pragas e doenças
de plantas.
É
essa confiabilidade que faz com que seja referência também na produção de
vacinas para pelo menos 14 Estados brasileiros. Em 2015, foram comercializadas
2.372.620 doses – sendo mais de 642 mil para o rebanho paulista. É referência
também internacional, com suas inovações buscadas por países de vários cantos
do mundo como Turquia, Bolívia, Camarões, Espanha e Canadá.
Os
resultados de suas pesquisas são agora diretamente transferidos para o homem do
campo em iniciativas como o Programa de Sanidade em Agricultura Familiar
(Prosaf). Sempre orientando sobre problemas que causam grandes prejuízos ao
agropecuarista como, por exemplo, a mastite bovina, a fusariose, o carrapato, a
Sigatoka Negra e o ácaro rajado – enfrentado via controle biológico com ácaro
predador, sem agredir a natureza.
É
referência nacional para diagnóstico da Sigatoka Negra, uma das doenças mais
temidas pelos bananicultores. É uma das duas únicas instituições brasileiras
credenciadas para detecção de pragas quarentenárias. Possui o único laboratório
no Brasil certificado para controle de qualidade de agentes de controle
biológico de natureza fúngica e é certificado pela ISO 9001 para 12 escopos.
É
dele o único laboratório público da administração direta acreditado pela NBR
ISO/IEC 17025 para análise de resíduos de pesticidas em alimentos e bebidas,
garantindo um alimento saudável à mesa da população. Possui a única Unidade
Laboratorial de Referência em Pragas Urbanas no Brasil.
É
cadastrado junto ao Ministério do Meio Ambiente como fiel depositário de oito
coleções biológicas. Abriga em seu Museu a maior diversidade de espécies de
insetos vivos, sendo considerado o único jardim zoológico de insetos no Brasil.
Mantém uma das maiores coleções do mundo de fitobactérias, provenientes de
áreas tropicais.
Monitora
cerca de 90% das centrais de inseminação artificial de touros registradas no
País, atendendo aos protocolos internacionais para a comercialização de sêmen e
embriões industrializados.
Esta
dinâmica de atuação que se estende também aos nossos Instituto Agronômico de
Campinas (IAC), Instituto de Zootecnia (IZ), Instituto de Tecnologia dos
Alimentos (Ital), Instituto de Pesca (IP) e Instituto de Economia Agrícola
(IEA), sob coordenação da Apta, corresponde à uma diretriz do governador
Geraldo Alckmin de diminuir a distância entre a pesquisa e a produção. Este
trabalho será intensificado com a implantação dos Núcleos de Inovação
Tecnológica (NITs).
São
quase nove décadas de história e importância que não cabem aqui, não encontram
espaço suficiente na mais afiada das memórias que seja. São 89 anos de uma vida
dedicada a tornar o cotidiano do setor mais seguro, inovador e produtivo. Um
trabalho que promete ainda muitas mais ótimas ideias.
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