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quarta-feira, 9 de março de 2016

Evite acidentes: cinco dicas sobre o manuseio correto de botijões de gás



Com a proximidade da Páscoa, muitas pessoas, com o intuito de incrementar o orçamento familiar, iniciam a produção de ovos de Páscoa em casa. Com isso, ocorre o aumento da utilização de fogões e, consequentemente, do botijão de gás. Além da preocupação em entregar as encomendas no prazo e deixar cada vez mais deliciosas as receitas, é importante se lembrar dos cuidados com o manuseio de botijões, garantindo a segurança dentro de casa. Sendo assim, a Copagaz, uma das principais distribuidoras de GLP (gás de cozinha) do país, sugere cinco dicas sobre o manuseio correto de botijões de gás, para evitar acidentes.


1. Fique atento ao cheiro de gás: Isso pode ser um sinal de vazamento do botijão. Neste caso, para evitar acidentes, não acione equipamentos elétricos, como interruptores e ventiladores. Ventile o ambiente de forma natural, abrindo portas e janelas, para dispersar o gás. Além disso, acione imediatamente a assistência técnica da distribuidora de GLP estampada no corpo do botijão e o Corpo de Bombeiros, se necessário;

2. Faça a instalação correta do botijão: não utilize o botijão em posição horizontal e na hora da instalação não passe a mangueira por trás do fogão, pois corre-se o risco de a mesma derreter e provocar um vazamento. Outra dica importante é ficar atento aos prazos de validade da mangueira e da válvula, sinalizados em ambos os produtos.

3. Compre seu botijão em locais confiáveis: evite comprar botijões em locais informais ou clandestinos, como pequenos mercados ou até mesmo em calçada. A venda de um recipiente com valor muito abaixo do mercado é outro alerta de que o botijão pode não ser de procedência confiável;

4. Atente-se a validade do produto: assim como qualquer produto, o botijão de gás também tem prazo de validade. A cada dez anos, ele deve passar por testes rigorosos para verificar se continua em condições de permanecer no mercado. Caso não, o botijão é sucateado e substituído por um novo. Ao consumidor, cabe ficar atento e verificar se o mesmo está em boas condições - botijões amassados ou enferrujados devem ser evitados;

5. Armazene em local adequado: não coloque o botijão em lugares fechados, como armários de cozinha. O ideal é que eles sejam armazenados do lado de foram da cozinha, em local arejado, coberto e protegido de chuvas. Além disso, coloque o produto a uma distância mínima de 1,50m de tomadas, interruptores, instalações elétricas, ralos ou grelhas de escoamento de água.

Adolescência: psicóloga do Colégio Humboldt dá dicas sobre como manter o diálogo com seu filho durante essa fase





Muitas vezes a chegada do filho à adolescência é um período de turbulência não só para o jovem, mas também para os pais, que precisam saber lidar com o comportamento dos filhos e também aceitar que seu filho não é mais um bebezinho e está próximo de se tornar um adulto.

A fase, por mais conflitante que seja para ambos, com emoções e sensações diversas, precisa ser superada, e os pais, mesmo com dúvidas e conflitos internos, precisam estar presentes e seguros para o filho, afinal, é ele quem está passando pela fase de principais mudanças e de autoafirmação, que é a adolescência. “Saber ouvir e respeitar o sentimento do jovem também é de extrema importância”, conta Karin Kenzler, psicóloga do Colégio Humboldt, instituição tradicional bilíngue de São Paulo, que completa 100 anos em 2016.

Segundo a profissional, o diálogo é uma ferramenta essencial na educação e na prevenção de desvios do desenvolvimento saudável e fundamental para que valores e limites sejam transmitidos. Além disso, o diálogo permite que pais conheçam melhor seus filhos e criem maior intimidade com eles.

“Para dialogar com adolescentes é necessário tomar alguns cuidados para não intimidá-los ou sufocá-los. Em primeiro lugar, é importante lembrar que o foco da conversa sempre deve ser o de criar intimidade e não o volume de informações ou instruções que se pretende passar”, explica a psicóloga.

A abordagem de temas sérios como sexo e drogas não pode ficar de fora do diálogo familiar e nem apenas sob a responsabilidade da escola. “Os programas de prevenção e orientação na escola devem ser complementados com diálogos em casa, onde os valores de cada família e cultura podem ser passados. Para facilitar a conversa, a abordagem deve ser informal, inserida em situações cotidianas como no carro, almoço ou passeio”, comenta Karin.

As recomendações na hora da saída e divertimento do jovem também devem ter uma atenção especial. Segundo Karin, o melhor jeito de ser ouvido por seu filho é em algum momento oportuno, com calma, e não fazer uma lista de recomendações antes dele sair, quando a chance de não darem atenção é muito maior.

Já sobre os estudos, Karin adverte sobre a cobrança por meio de sermões. “Fiscalizar, cobrar, brigar para que seu filho estude pode até funcionar, mas não vai motivá-lo. Crie um ambiente familiar em que assuntos de conteúdo escolar são valorizados. O diálogo em casa, nas refeições, no carro, deve valorizar a cultura geral e motivar a busca de conhecimento. Não pergunte ao seu filho se fez a lição, mas o que esta estudando”, aconselha a psicóloga.

Confira as cinco “chaves do diálogo”, de acordo com a psicóloga Karin Kenzler:

1 - Escutar despindo-se de preconceitos, críticas ou julgamentos para não intimidar.
2 - Acolher seu sentimento para desarmá-lo e torná-lo apto a escutar.
3 - Perguntar para entender seus motivos e ajudá-lo a ter maior clareza da situação e uma postura mais reflexiva.
4 - Demonstrar o dilema que está em jogo, deixando claras as duas opiniões conflitantes.
5 - Buscar uma solução conjunta. Exige paciência para escutar soluções inviáveis que devem ser tratadas com racionalidade e bom senso.

MICROCEFALIA


Brasil adota recomendação da OMS e reduz medida para microcefalia



Parâmetro do perímetro cefálio para meninos e meninas será diferente. Bebês prematuros também terão definição específica

O Ministério da Saúde passa a adotar, a partir desta quarta-feira (09), novos parâmetros para medir o perímetro cefálico e identificar casos suspeitos de bebês com microcefalia. Para menino, a medida será igual ou inferior a 31,9 cm e, para menina, igual ou inferior a 31,5 cm. A mudança está de acordo com a recomendação anunciada recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e tem como objetivo padronizar as referências para todos os países, valendo para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação.

“Mais uma vez, mostramos que o Brasil está em consonância com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e com as conclusões das sociedades médicas e científicas de todo o mundo. Estamos caminhando juntos e no caminho certo para descobrir e definir de forma cada vez mais específica todas as orientações em torno da microcefalia e do vírus Zika”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

O novo padrão está sendo adotado pelo Ministério da Saúde em consonância com as secretarias estaduais e municipais de Saúde e recebeu avaliação favorável do comitê técnico formado por sociedades científicas médicas e especialistas nas áreas de pediatria, infectologia e genética médica. A aferição do perímetro deve ser feita, preferencialmente, após as primeiras 24 horas do nascimento, ou até a primeira semana de nascimento.

A medida faz parte das adequações que estão sendo realizadas diante dos novos achados científicos, levando em consideração o aprendizado contínuo com descobertas sobre a microcefalia e sua relação com vírus Zika.

PREMATUROS - Para bebês nascidos com menos de 37 semanas de gestação (prematuros), a mudança ocorrerá na curva de referência para definição de caso suspeito de microcefalia. Até então, era utilizada a curva de Fenton. A partir de agora, será utilizada a tabela de InterGrowth, que tem como referência a idade gestacional do bebê. Trata-se de recente estudo internacional do crescimento fetal e do recém-nascido, encomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2010 para oito países, entre eles o Brasil, pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e finalizado em 2015.

A utilização da curva de InterGrowth também é recomendação da OMS. Vale esclarecer que o perímetro cefálico (PC) varia conforme a idade gestacional do bebê, no nascimento, e continua sendo acompanhado ao longo de toda a infância.

A medição do perímetro cefálico deve sempre ser realizada logo após o parto, permitindo que o médico identifique possíveis problemas de forma precoce. No entanto, a confirmação do diagnóstico de microcefalia e da sua associação a outras infecções só pode ser feita após a realização de exames complementares, como ultrassonografia transfontanela e tomografia, já que a medida do crânio não é um fator determinante, ou seja, bebês com o tamanho da cabeça um pouco abaixo da medida de referência, não necessariamente, terão malformações.

Devido às atuais mudanças, o Ministério da Saúde revisou todas as definições previstas no Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika.

De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antonio Carlos Nardi, o Ministério da Saúde tem realizado videoconferências e reuniões presenciais, para que as informações sejam totalmente padronizadas. “Isso irá garantir, além da confirmação ou descarte de cada caso, o suporte às crianças e as famílias acometidas pela microcefalia”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antonio Nardi.

Diante do aumento inesperado e inusitado dos casos de microcefalia em recém-nascidos, verificado em outubro de 2015, no Brasil, o Ministério da Saúde recomendou, no primeiro momento, que fosse adotada a medida de 33 cm para o perímetro cefálico. A iniciativa teve como objetivo incluir um número maior de bebês na investigação, para uma melhor avaliação e compreensão da situação. Em dezembro de 2015, após o andamento das primeiras investigações destes casos, o padrão foi reduzido para 32 cm.

MUDANÇAS – Desde o dia 18 de fevereiro, a notificação dos casos suspeitos de Zika no Brasil passou a ser obrigatória para todos os estados do país. A medida foi publicada no Diário Oficial da União por meio da portaria 204, de 17 de fevereiro de 2016. A mudança significa que todos os casos suspeitos de Zika devem ser comunicados pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, às autoridades de saúde, semanalmente. Nos casos de gestantes com suspeita de infecção pelo vírus ou de óbito suspeito, a notificação deve ser imediata, ou seja, deverá ser feita em até 24 horas.

A mudança na notificação também foi resultado de uma análise criteriosa dos métodos de acompanhamento do vírus Zika no Brasil. Até então, a doença era monitorada por meio de vigilância sentinela para prestar apoio às medidas de prevenção à doença. Cabe ressaltar que o Zika é uma doença nova no Brasil, tendo sido identificada pela primeira vez em maio de 2015 e, como qualquer outra nova doença identificada, necessita de estudos e reavaliações periódicas.


Camila Bogaz
Agência Saúde

Diferença de remuneração é maior quanto maior é a escolaridade da trabalhadora





As mulheres são maioria nas escolas, universidades, cursos de qualificação, mas ainda recebem menos do que os homens para desempenhar as mesmas atividades, e estão mais sujeitas a trabalhos com menor remuneração e condições mais precárias.
Das mulheres ocupadas com 16 anos ou mais de idade, 18,8% possuíam ensino superior completo, enquanto para homens, na mesma categoria, este percentual é de 11%, apontam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2014, realizada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa indica ainda que as mulheres são maioria para ensino médio completo ou superior incompleto: 39,1% das mulheres se enquadram nesta categoria, contra 33,5% dos homens.
Mas não só a escolaridade é maior entre as mulheres no mundo do trabalho. Elas também são maioria nos cursos de qualificação de mão de obra, indicam os dados do Plano Nacional de Qualificação, do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). De 2003 e 2012, dos 1,8 milhão de alunos e alunas dos cursos de qualificação, 713 mil eram mulheres, o que corresponde a mais de 60% do total.
Para as mulheres, no entanto, uma maior escolaridade e presença nos cursos de qualificação não se traduz em maiores rendimentos e, essa diferença se amplia conforme aumenta a escolarização. As mulheres com cinco a oito anos de estudo receberam por hora, em média, R$ 7,15 e os homens, com a mesma escolaridade, R$ 9,44, uma diferença de R$ 24%. Para 12 anos de estudo ou mais, esta diferença na remuneração vai a 33,9%, com R$ 22,31 para mulheres e R$ 33,75 para homens.
"Os estudos apontam que as mulheres têm mais escolaridade que os homens, mais isso não tem sido determinante para que ela possa entrar em setores mais qualificados e, mesmo ela estando nesses setores, ela recebe menos e não é valorizado o seu grau de instrução", afirma Rosane da Silva, coordenadora do Núcleo de Gênero do MTPS.
No entanto, apesar desta diferenciação por gênero ainda existir no mercado de trabalho brasileiro, as mulheres vêm conquistando avanços e espaços e diminuindo, ainda que lentamente, a diferença entre salários e rendimentos. Em 2004, ainda segundo dados da Pnad, a diferença da remuneração por hora entre homens e mulheres foi, em média, de 38,53% para trabalhadoras com 12 anos de estudo ou mais.
A busca por diminuir essa diferença é contínua, e envolve o fortalecimento de políticas públicas que estimulem a igualdade de gênero no mercado de trabalho, além de exemplos individuais de superação, qualificação e avanços. Este é o caso da empresária Zeli D'Ambros, de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Filha mais nova de uma família de agricultores de nove irmãos, saiu do interior do estado com 13 anos para trabalhar e estudar em Caxias, segunda maior cidade do estado. Entrou no mundo do trabalho cuidando de crianças, e estudando para concluir o segundo grau. Depois, trabalhou em uma malharia, onde passou por diversas funções até ser contratada por uma empresa de logística, na qual chegou ao cargo de gerente, mas não conseguia ser promovida.
"Não importava o que eu fizesse, houve três oportunidades de promoção, e sempre traziam um homem para a vaga de direção", lembra Zeli, acrescentando: "nas empresas que visito vejo muitas mulheres gerentes, mas poucas diretoras. Hoje 51% das micro e pequenas empresas de Caxias são lideradas por mulheres. Fico pensando se não é porque as mulheres não são reconhecidas para cargos de direção, e acabam saindo para se tornarem donas da própria empresa", conta Zeli.
A persistência, aliada a estudos e disposição para encarar cursos noturnos de graduação e pós-graduação levaram Zeli a se tornar dona de uma das subsidiárias da empresa de logística, e, posteriormente, a abrir o próprio negócio. "Existe uma barreira, e parece que a mulher tem que estar o tempo todo provando sua capacidade, e se fazer reconhecida. Mas eu acho que a competência não está em uma calça ou uma saia. A competência está em se qualificar e ver que, independente de gênero, as capacidades são iguais", pondera a empresária.
Hoje a empresa de Zeli gera trinta e cinco empregos diretos e indiretos, e muitos dos empregados são homens.

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