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segunda-feira, 3 de abril de 2023

Cidades de todas as regiões do Brasil se preparam para celebrar a Semana Santa

As tradicionais celebrações católicas devem reunir mais de 1,3 milhão de pessoas em 2023 e movimentar o turismo religioso no país 

 


O mês de abril se inicia, e com ele as celebrações pascais tomam conta das principais cidades brasileiras. Com base em informações das prefeituras municipais, o Conexão123 reuniu a programação das principais cidades brasileiras do país que irão celebrar o feriado.  

 

A Semana Santa é uma das festas religiosas mais importantes para os cristãos em todo o mundo. No Brasil, a tradição é bastante rica e envolve diversos eventos, de procissões até encenações teatrais que remetem aos tempos bíblicos, com a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo sendo relembradas pelos fiéis. As comemorações devem reunir mais de 1,3 milhão de pessoas em 2023 e movimentar o turismo religioso no país, segundo levantamento do Ministério do Turismo. 

Entre os destinos que devem receber um fluxo intenso de turistas no período destacam-se as cidades de Aparecida (SP), Juazeiro do Norte (CE), Trindade (GO), Brejo da Madre de Deus (PE) e Planaltina (DF), que estão entre os lugares mais populares do segmento no Brasil. 

Em Minas Gerais, estado dos tradicionais tapetes devocionais, a estimativa é de que pelo menos 70 mil pessoas celebrem o feriado religioso, principalmente nas cidades de Ouro Preto, Mariana, São João del-Rei e Tiradentes. 

No Centro-Oeste do país, a cidade-satélite de Planaltina (DF) promove o espetáculo A Paixão de Cristo, no Morro da Capelinha. A celebração, aclamada na capital federal e região, reúne, em média, 100 mil pessoas. 

Confira abaixo as dicas do Conexão123 de destinos para celebrar o feriado. 

 

Semana Santa em Ouro Preto (MG) 

Em Ouro Preto, Minas Gerais, as celebrações pascais são um evento religioso e cultural que atrai visitantes de todo o país. A tradição começou no século XVIII, quando a cidade ainda era um importante centro da produção de ouro no Brasil. A Semana Santa em Ouro Preto é marcada por procissões, missas, encenações teatrais e apresentações musicais.  

Destacam-se a "Procissão dos Passos", na quarta-feira, e a "Procissão do Enterro", na sexta-feira, que percorrem as ruas históricas da cidade, repletas de belíssimas igrejas barrocas e casas coloniais. É um momento de reflexão e devoção para os fiéis, além de uma oportunidade única de conhecer a cultura e a história de Minas Gerais. 

Em 2023, segundo a prefeitura municipal da cidade histórica, a Semana Santa começará no dia 2 de abril, no Domingo de Ramos, e terminará no dia 9, no Domingo de Páscoa. Os ritos são organizados por duas paróquias diferentes, em revezamento. Neste ano, é a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, localizada no bairro Antônio Dias, que será responsável pelas celebrações.  

Os tapetes devocionais são uma das principais atrações da cidade neste período. Lindos e extensos tapetes de serragem são montados pelas ladeiras de Ouro Preto na madrugada do Sábado de Aleluia por moradores e turistas em conjunto, promovendo a união dos fiéis e ilustrando vários símbolos religiosos.  

Neste ano também haverá a Procissão do Fogaréu, que foi retomada em 2019 após 100 anos sem ser realizada. A celebração conta com fiéis usando vestimentas pretas com longos capuzes e grandes tochas, os Farricocos, que encenam a captura de Jesus Cristo. A procissão ocorre após a Cerimônia do Lava-Pés, na noite da Quinta-feira Santa, e atrai inúmeros turistas e moradores curiosos com o visual peculiar do evento, com as tochas acesas em meio à escuridão da noite, trazendo às ruas de Ouro Preto um clima solene e também sombrio.

 

Semana Santa em Tiradentes (MG) 

Continuando com a programação da Semana Santa 2023 no estado de Minas Gerais, em Tiradentes as ruas também são enfeitadas com tapetes de serragem colorida e flores, e são realizadas diversas procissões e encenações teatrais.  

A tradição remonta ao século XVIII, quando a cidade era um importante centro de mineração de ouro. Destaca-se a "Procissão do Encontro", que ocorre na Sexta-feira Santa e reúne imagens de Jesus e de Nossa Senhora das Dores, que saem de igrejas diferentes e se encontram em uma praça no centro da cidade. É uma oportunidade única de conhecer a cultura e as tradições mineiras. 

Neste ano, segundo a prefeitura municipal de Tiradentes, as tradicionais celebrações ocorrem a partir do dia 2 de abril, no Domingo de Ramos. Na Sexta-feira Santa ocorre a encenação da Paixão de Cristo e, no Sábado de Aleluia, é dia de vigília.  

Já no Domingo de Páscoa, a missa é seguida pela procissão do Santíssimo Sacramento pelo centro histórico, e por todo o caminho ruas e janelas são cuidadosamente ornamentadas e enfeitadas pelos moradores. 

 

Semana Santa em Brejo da Madre de Deus (PE) 

Brejo da Madre de Deus, em Pernambuco, é onde está localizada Nova Jerusalém: cidade cenográfica que é palco da mais emblemática encenação teatral que recria os últimos dias de Jesus Cristo. O evento é um dos maiores indutores de fluxo turístico no estado e deve receber cerca de 60 mil pessoas, gerando um impacto de mais de R$ 200 milhões somente neste ano. Ao todo, o espetáculo já foi assistido por mais de 4 milhões de espectadores. 

A Semana Santa em Nova Jerusalém é uma das celebrações mais grandiosas do Brasil. A tradição começou em 1968 e, desde então, atrai turistas de todo o país e do mundo inteiro. Além da encenação, a Semana Santa em Nova Jerusalém também conta com diversas outras atividades culturais e religiosas, como procissões, missas e apresentações musicais. É uma experiência única e emocionante para quem visita a região nessa época do ano.

 

A Semana Santa em Nova Jerusalém é uma das celebrações mais grandiosas do Brasil

Neste ano, segundo a prefeitura municipal, a cidade de Brejo da Madre de Deus realizará entre os dias 1º e 8 de abril a 54ª edição da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. O espetáculo é encenado na cidade cenográfica, que, com cerca de 100 mil m², é considerada o maior teatro ao ar livre do mundo. A peça deste ano contará com o ator Kléber Toledo no papel de Jesus Cristo; Eriberto Leão, como Pilatos; Luiza Tomé, interpretando Maria; Nelson Freitas, vivendo Herodes; e Duda Reis, no papel de Herodíades. 

Os ingressos para a apresentação estão a partir de R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia entrada). 

 

Semana Santa em Juazeiro do Norte (CE) 

Em Juazeiro do Norte, no Ceará, cerca de 150 mil fiéis devem aproveitar a semana para visitar a estátua de Padre Cícero, que recebe anualmente 2,5 milhões de visitantes por ano. Foi lá, como sacerdote, que Padre Cícero viveu por mais de 60 anos, até sua morte, e onde ganhou fama de milagreiro.  

Juazeiro tem ainda o Museu Vivo, que conta a vida do padre e fica bem ao lado da famosa estátua. O local reúne turistas e devotos de várias partes do Brasil para exercerem sua fé e aliarem esse momento à contemplação de uma linda paisagem, de onde o turista consegue visualizar toda a cidade. 

A celebração da Semana Santa na cidade teve início no século XIX, quando o Padre Cícero começou a promover as tradições religiosas na região. Desde então, a cidade mantém vivo esse costume, que se tornou uma das principais atrações turísticas do estado.  

Segundo a prefeitura municipal de Juazeiro do Norte, neste ano, como é tradição, haverá diversos eventos religiosos ao longo da Semana Santa, como os que ocorrem no Horto do Padre Cícero, com a Bênção de Ramos, no domingo, e muitas procissões, missas e orações no decorrer da semana, em diversos horários, desde às 7h15 até 21h30.

 

Semana Santa em Campos do Jordão (SP) 

A cidade de Campos do Jordão, conhecida por seu clima frio e suas belezas naturais, se transforma durante a Semana Santa, recebendo diversos eventos religiosos, como procissões, missas e encenações teatrais. A segunda edição do "Estação da Páscoa" tem início em 31 de março na cidade. De acordo com a prefeitura, a cidade deve receber um público de cerca de 300 mil visitantes para as festividades de 2023. 

Um dos destaques é a "Procissão do Encontro", que ocorre na Sexta-feira Santa e reúne imagens de Jesus e de Nossa Senhora das Dores, que saem de igrejas diferentes, encontrando-se em uma praça no centro da cidade. É uma oportunidade única de vivenciar a religiosidade e as tradições de Campos do Jordão, localizada na Serra da Mantiqueira. 

A programação inclui decoração especial, atividades divertidas para as crianças, desfiles do tradicional bondinho, com direito à gôndola personalizada, e paradas com apresentações musicais até 23 de abril. 

Nos dias 7, 8, 21 e 22, o tradicional bondinho vai percorrer as ruas de Campos do Jordão com uma gôndola especialmente decorada para a Páscoa, com paradas nas estações da Abernéssia e Capivari. Gosta de música? A cidade vai receber um show da cantora Marisa Monte, no Parque Capivari, em 8 de abril, às 20 horas. Os ingressos estão disponíveis para compra online.

 

Semana Santa em Aparecida (SP) 

A Semana Santa em Aparecida, no interior de São Paulo, é uma celebração religiosa e cultural que atrai milhares de fiéis de todo o país. A cidade é conhecida por abrigar o maior santuário mariano do mundo, onde se encontra a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.  

De acordo com a prefeitura da cidade, pelo segundo ano seguido o período litúrgico será celebrado no santuário sem restrições aos fiéis após as medidas restritivas nos anos anteriores, por causa da pandemia. 

A Semana Santa teve início no domingo, dia 2, no Santuário Nacional de Aparecida, e vai até 9 de abril. A principal cerimônia do dia de abertura será a tradicional Bênção e Procissão de Ramos, às 8h. 

A Semana Santa em Aparecida (SP) é uma celebração religiosa e cultural que atrai milhares de fiéis de todo o país

 

Haverá também a realização de missas ao longo do dia. Na quinta-feira, dia 6, data de encerramento da quaresma, inicia-se o Tríduo Pascal. A principal atração será a missa das 20h, com o tradicional rito do lava-pés, que celebra a Última Ceia de Jesus. No sábado, dia 8, a Solene Vigília Pascal, a principal celebração do ano, será realizada às 20h. Já no domingo, o dia de Páscoa, haverá a Procissão da Ressurreição na Basílica.  

O grande destaque deste ano vai ser uma apresentação do Auto da Paixão. A encenação está agendada para os dias 4, 5 e 7 de abril, às 19h30, com entrada solidária de 1 quilo de alimento não perecível, exceto sal e açúcar.

 

Semana Santa em Gramado (RS) 

Gramado, no Rio Grande do Sul, famosa por sua arquitetura europeia e suas belezas naturais, se transforma durante a Semana Santa, recebendo diversos eventos religiosos, como as tradicionais Procissão de Ramos e Procissão dos Passos. 

A celebração pascal em Gramado começou no início do século XX, quando os primeiros colonos europeus se estabeleceram na região, e a tradição se mantém viva entre os fiéis e turistas que visitam a cidade. A emoção da Páscoa em Gramado acontece de 9 de março a 9 de abril de 2023. As ruas ficam lindamente decoradas para receber e encantar seus moradores e visitantes. Além disso, o evento terá programação diária, com atrações lúdicas e religiosas por toda a cidade.  

Entre os destaques, a Corrida e Caminhada do Coelho, que este ano espera reunir mais de 300 atletas, no dia 8 de abril, das 7h às 11h30, e o Concurso de Decoração de Páscoa. Nos fins de semana, a Avenida Borges de Medeiros, uma das principais da cidade, recebe a Parada de Páscoa, que conta com a participação de diversos artistas, dando vida a um dos momentos mais mágicos da programação da Semana Santa 2023 em Gramado.

 

Semana Santa na Cidade de Goiás (GO) 

Na Cidade de Goiás, no estado de Goiás, a Semana Santa é uma celebração religiosa que mistura fé e tradições culturais. A cidade histórica é conhecida por seu patrimônio arquitetônico e cultural e se renova durante os festejos de Páscoa, com procissões, missas e encenações teatrais.  

Por lá, destaca-se a Procissão do Fogaréu, realizada na Quinta-feira Santa. Este ano, segundo estimativas da prefeitura da cidade, a celebração deve atrair 20 mil pessoas. 

Ponto alto da Semana Santa, a Procissão do Fogaréu tem origem europeia e representa a perseguição de Jesus Cristo pelos soldados romanos. Os fiéis, vestidos com roupas brancas e capuzes, percorrem as ruas segurando tochas acesas. É um espetáculo emocionante que atrai turistas de todas as regiões do país.

 

Conexão123


Esforço ou resultado: o que as empresas realmente buscam?

O que determina nossa produtividade? A quantidade de horas que desempenhamos em uma determinada tarefa ou a qualidade daquilo que está sendo feito? Não há um consenso sobre essa resposta, e muito vem sendo debatido sobre esse tema no mercado, especialmente com a proposta da semana de trabalho de quatro dias.

Já é passada a hora de se equilibrar a balança do esforço versus resultados esperados – principalmente em meio a tantas mudanças que deixam mais do que claro que, não necessariamente, um profissional que fique horas excessivas em serviço trará resultados melhores do que aqueles que não seguem o mesmo padrão.

Apesar deste modelo já estar sendo amplamente discutido em outros países, no Brasil, ainda vemos que o assunto necessita ser melhor abordado em vista dos questionamentos sobre seus benefícios ou riscos de incorporação. Afinal, por aqui, muitas empresas parecem valorizar mais aqueles que se debruçam sob muitas horas de trabalho, associando esse empenho à conquista de ótimos resultados para a empresa.

É claro que em determinados negócios, como indústrias de ampla escala, essas jornadas mais definidas são realmente necessárias para que as demandas sejam atendidas. Mas, em muitas outras companhias, a flexibilidade de trabalho se mostra completamente benéfica para a maior produtividade e desempenho dos times – tendo sido, inclusive, um critério para profissionais que buscam uma vaga depois da pandemia.

Em um levantamento conduzido pelo LinkedIn, 78% dos profissionais brasileiros defendem que o período de isolamento social fez com que percebessem o desejo em trabalhar em companhias que permitissem essa maior flexibilidade. Dentre os motivos justificados para essa escolha, 49% buscam um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, junto com 40% que alegam este ser um fator essencial para manutenção de sua saúde mental.

Não há mais como prezar por um modelo de trabalho rígido em meio a essas claras necessidades. Em seu lugar, é preciso encontrar soluções vantajosas para ambas as partes, incorporando mudanças ao longo da jornada que nos deem maior espaço para encontrarmos nossas próprias formas de sermos produtivos nas tarefas e, ainda, nos tornarmos realmente satisfeitos em nossos empregos. Embora esse seja um novo modelo essencial, pode encontrar grandes pedras no caminho.

Legalmente, as próprias regras celetistas são empecilhos da flexibilidade no trabalho, determinando relações mais rígidas que devem ser revistas a fim de encontrar soluções que deem a liberdade de firmar contratos mais adaptáveis conforme o que for benéfico para a empresa e para seus times. Por parte do negócio, será preciso uma mudança cultural desde os maiores cargos, do CEO ou presidente, compreendendo a importância em estabelecer esse novo mindset organizacional e administrando essa transição gradualmente, sem que esse período traga qualquer prejuízo para nenhum dos envolvidos.

Ter esse olhar analítico internamente trará grandes conquistas para o destaque das empresas, principalmente em meio a um movimento crescente de profissionais brasileiros procurando por oportunidades remotas no exterior. Até porque, além de oferecerem essa flexibilidade, a obtenção de remuneração em uma moeda mais valorizada do que o real é um fator difícil de ser combatido pelas empresas nacionais.

O mercado se regula sempre conforme as necessidades e anseios dos clientes, trabalhadores e também das companhias. Por isso, após tantas mudanças ocasionadas pela pandemia elevando a preocupação com a qualidade de vida e saúde mental, entendemos que as empresas que se adaptarem a essa preocupação e estiverem abertas a adotar jornadas maleáveis e que permitam essa conciliação, certamente irão se sobressair em meio aos concorrentes e reter com mais facilidade os seus talentos. No final, pessoas felizes sempre entregarão melhores resultados. 



Fábio Steren - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


Wide
https://wide.works/


Cresce número de brasileiros que buscam mais de oito canais para fazer compras

Estudo da Kantar aponta principais tendências para consumo dentro do lar em 2022

 

Impactados pelos preços altos, os brasileiros buscam cada vez mais canais para encontrar as melhores ofertas e abastecer a despensa de casa. Prova disso é que cresceu o número de compradores que visitam mais de oito meios no mês: de 18,9% em 2021 para 26,9% em 2022. As informações são do Consumer Insights 2022, estudo produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria. 

De forma geral, a dinâmica de canais ocorre ao longo do mês. Nos 10 primeiros dias, quando há uma concentração do salário e uma maior disponibilidade de promoções, os atacarejos são a preferência, com alta de 8% em gastos. Já entre o 11º e o 31º dia, com menos opções de ofertas, o consumidor opta por compras menores, feitas para reposição do lar ou urgência. 

Além de adequar sua rotina de compras, o brasileiro tem optado mais pelas marcas econômicas – a categoria cresceu 11,9% em unidades no último trimestre de 2022 em comparação ao mesmo período de 2021. Aqui, o destaque vai para as cestas Limpeza (+7,3%) e Bazar (+6,4%). 

Nesse contexto de omnicanalidade, é importante estar presente em toda a jornada do consumidor, seja offline, seja online. Isso porque o e-commerce segue conquistando os brasileiros quando o assunto é consumo dentro do lar. No ano, um usuário offline tem, em média, 95 ocasiões de compra. Enquanto isso, um e-shopper faz 110 – frequência 15% maior. Também é importante dizer que a penetração deste canal passou de 19,7% em 2021 para 23,2% em 2022, o que representa mais de 2 milhões de novos compradores. 

É válido ressaltar que o Consumer Insights, da Kantar, é um relatório trimestral sobre o mercado de consumo massivo. Para dados dentro do lar, o estudo reúne 11.300 domicílios de todas as regiões e classes sociais do País, representando 60 milhões de lares. Enquanto para fora do lar, a empresa acompanha o comportamento de 43 milhões de indivíduos. 



Kantar
www.kantar.com/brazil

 

Cidadania italiana: existe limite de geração?

 

Divulgação

CEO da Trastevere, Eduardo Velloso, desmistifica uma das maiores dúvidas sobre a documentação

 

Quando descobre-se a ascendência italiana, descobre-se também a imensa possibilidade de mudar o próprio futuro. Mas também, muitas dúvidas surgem em alguns quesitos, principalmente, quando se trata de gerações. Para isso, o CEO da Trastevere, uma das maiores consultorias de cidadania italiana do País, Eduardo Velloso, desmistifica uma das dúvidas mais frequentes na empresa: a cidadania italiana tem limite de geração? 

A cidadania italiana é cheia de questões e apesar de algumas leis pelo mundo serem mais rígidas e complexas em questão do direito a essa documentação, pode-se dizer que o processo italiano é bem flexível, então, não há limites de gerações!

“A cidadania italiana é muito flexível, é necessário prestar atenção em algumas condições. A primeira condição é em relação à naturalização brasileira de seu antepassado. Ele pode ser seu avô, bisavô ou até mesmo trisavô. Se ele tiver se naturalizado brasileiro antes de ter filhos, os seus descendentes não têm o direito da cidadania italiana, mas caso ele tenha se naturalizado depois de seus filhos, seus descendentes têm, sim, o direito à cidadania italiana”, explica Eduardo. 

A segunda condição importante, segundo o CEO, é a questão da Via Materna. Se a sua antepassada de via materna teve um filho após 1º de janeiro de 1948, o reconhecimento da cidadania italiana via judicial - por jus sanguinis - ainda é possível, mas caso o oposto tenha ocorrido, o reconhecimento será levado adiante via administrativa.

Essas flexibilizações variam de acordo com o País. Por exemplo, quem é descendente de português, é limitado à terceira geração e tudo isso pode variar conforme a lei em vigor em cada região. “Por isso, quem tem a descendência italiana, vá atrás da sua dupla cidadania, pois às vezes com uma mudança de lei, perde o direito desse processo”, completa Velloso. 

Em paralelo, para se ter uma ideia, segundo o VisaGuide.World, que classifica os passaportes mundiais, em 2023, o passaporte se encontrou no ‘top 3’ mais poderoso do mundo, ficando atrás apenas do Japão e de Cingapura. Com isso, este índice também revelou que os italianos, quem tem a cidadania italiana, podem entrar em nada mais, nada menos que 41 países só com uma carteira de identidade válida, ou seja, sem precisar de visto e passaporte.

 

Trastevere
https://trasteverecidadania.com/
Instagram: @trasteverecidadania


Novo Score do agronegócio pode aumentar em 40,4% o número de produtores rurais com boa pontuação de crédito, indica Serasa Experian

 Regiões Norte e Nordeste serão as mais beneficiadas pela nova análise de crédito do Agro Score; produtores com mais de 60 anos têm o maior salto na pontuação 



Um estudo inédito da Serasa Experian revelou um cenário positivo para a concessão de crédito aos produtores rurais. Na comparação com modalidades tradicionais de análise, a adoção da inteligência específica para o agronegócio pode fazer com que 40,4% dos trabalhadores do campo passem a ter score acima de 500. “A solução, que ajuda a preencher a lacuna de informação que ainda existe nessa área, facilita ao setor agrícola a aquisição de um crédito de qualidade para financiar suas atividades e mitiga os riscos de concessão para os credores”, explica o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.

“Com o modelo tradicional utilizado pelo mercado, cerca de 58,6% desses trabalhadores teriam acesso a um crédito de qualidade. Mas quando utilizamos informações específicas do agronegócio para a análise, a expertise do Agro Score foi capaz de aumentar esse percentual para 82,4% deles. Ou seja, para cada 1.000 produtores rurais, 586 estariam aptos ao crédito com o modelo comum de análise. Ao passo que, com o novo Score específico para o agronegócio, esse número cresce para 824”, pontua Marcelo Pimenta.

Também de acordo com Marcelo Pimenta, o estudo demonstra como é fundamental que o setor tenha análises tecnológicas customizadas para garantir negociações mais vantajosas. “A avaliação dessa solução é mais assertiva, pois são levados em consideração os riscos do comportamento financeiro do produtor no mercado e sua relação com inadimplência relacionada ao agronegócio. Por isso, temos um Score de crédito específico para o setor, desenvolvido com modelagem estatística avançada para atender as peculiaridades do agronegócio, um dos principais motores da economia no país”.

O Agro Score considera em sua análise o desempenho do produtor rural no mercado financeiro de cooperativas de crédito, comércio atacadista, indústrias do agronegócio, insumos, fertilizantes, maquinário agrícola, entre outros indicadores.


Produtores rurais com mais de 60 anos são os mais beneficiados

O recorte por faixa etária mostrou que aqueles com mais de 60 anos tiveram o maior salto na pontuação, já que marcaram alta de até 22,4% em comparação com as modalidades tradicionais de análise entregues pelo mercado. Os agricultores com idade entre 51 e 60 anos também tiveram destaque, crescendo aproximadamente 21,4%. Confira no gráfico abaixo os dados completos:







Regiões Norte e Nordeste do Brasil marcam o melhor percentual de aumento

A análise por Estados brasileiros mostrou que as regiões Norte (variação média de até 23,2%) e Nordeste (variação média de até 21,1%) são as mais beneficiadas pelo Agro Score, em relação a melhora da pontuação dos produtores rurais. Desta forma, eles podem otimizar sua tomada de crédito por meio da avaliação assertiva dos credores. A região Sudeste marcou 20,9%, seguida pela Centro-Oeste (20,3%) e Sul (15,3%).

Segundo o estudo, os donos de propriedades rurais do Pará tiveram o melhor ganho, em termos de Score, marcando alta de até 26,8%. Em sequência está a Bahia, com aproximadamente 26%. No gráfico abaixo é possível conferir os dados estaduais completos:





“O crédito rural tem sido fundamental para fomentar a produção agrícola e, cada vez, mais esse recurso é solicitado para dar suporte aos trabalhadores do campo no país. Com a combinação de dados em uma análise customizada, os produtores têm mais chances de acessar linhas de crédito com melhores taxas de juros e investir com segurança em insumos necessários para suas atividades rurais”, finaliza Pimenta.


Metodologia

O Estudo de Impacto do Agro Score foi realizado em março de 2023, com uma amostra de cerca de 9 milhões de donos de propriedades rurais e/ou que possuam empréstimos e financiamentos na modalidade rural e/ou agroindustrial no Cadastro Positivo. A solução atribui uma pontuação de 0 a 1000 a cada produtor. Quanto mais alta é a pontuação, maior é a chance de que ele cumpra os compromissos financeiros com empresas relacionadas ao agronegócio (comércio atacadista, indústrias, insumos, fertilizantes e maquinário agrícola), mercado financeiro e cooperativas de crédito.



Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br


Como reduzir custos da empresa sem perder qualidade

Especialista dá as principais dicas para manter o bom serviço diante da economia


O número de pequenas e médias empresas abertas vem crescendo, mesmo com a crise. Seja por uma nova oportunidade que surge ou pela falta de possibilidades no mercado de trabalho CLT, o empreendedorismo chega como solução imediata para milhares de brasileiros. Mas, como fazer seu negócio dar certo com um pequeno investimento e sem comprometer a qualidade do atendimento? Éber Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS Consultoria, dá algumas dicas importantes de como reduzir custos sem sacrificar os serviços prestados. 

“Entre clínicas e hospitais, por exemplo, os principais custos são energia, água, luz, telefone, folha de pagamento, impostos, manutenção de equipamentos, material de uso médico, material de escritório, entre outros. Por isso, a melhor forma de redução é analisar esses gastos todos os meses, para verificar se há discrepância. Também é necessário evitar e controlar desperdícios de materiais. Importante ainda, antes de realizar qualquer tipo de compra, fazer no mínimo três cotações e fechar com a empresa que apresentar o melhor preço”, explica. 

O especialista esclarece que todas as áreas podem manter a qualidade de atendimento ou até melhorá-la enquanto faz uma redução de custos. Para isso, é importante que o profissional diretamente ligado ao atendimento ao cliente seja empático, paciente e saiba se adaptar para lidar com diversos tipos de situações e pessoas, sustentando uma comunicação clara e objetiva sem ser arrogante e demonstrando conhecimento no setor em que atua.

A estrutura também faz muita diferença. Feltrim explica que ter um software de gestão financeira é essencial para o negócio. Quando o sistema é bem alimentado com todas as informações, ele pode fornecer planilhas e gráficos automáticos para verificar a performance de cada plano de conta.

“Outro pilar é envolver a equipe nos processos. Fazer reuniões mensais com o quadro de colaboradores, explicando a importância de evitar desperdícios com materiais, sempre apagar a luz em ambientes que não estão utilizando, não esquecer uma torneira aberta, entre outros. Os colaboradores tendo ciência desses compromissos, isso é automaticamente repassado para os pacientes sem que haja um desconforto”, acrescenta.

Para otimizar a gestão financeira na redução de custos e aumentar a rentabilidade do negócio, as dicas principais incluem acompanhar diretamente todos os custos, através de software/ou planilha de gestão financeira, verificar possíveis discrepâncias (e resolver de imediato) e fazer três orçamentos antes de realizar uma compra. “Dessa forma, é possível controlar e planejar seus recursos com assertividade, de forma a potencializar seus investimentos e lucros”, conclui.


Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.


SIS Consultoria
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Instagram @sis.consultoria


Primeiros 90 dias de governo decepcionam o país

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu as eleições de 2022 prometendo dar fim à polarização e realizar um governo para todos os brasileiros, com ações voltadas principalmente para amenizar o sofrimento de grande parte da população. Compromissou-se também em fazer um governo intolerante com deslizes éticos e garantiu que não haveria aumento de tributos, além de prometer novo salário mínimo mais digno, correção das tabelas de imposto de renda, redução da inflação e crescimento econômico elevado. Todos compromissos reafirmados após o resultado das urnas que lhe deram a vitória com 38,57% dos eleitos aptos a votar (60.345.399 dos 156.454.011 eleitores brasileiros).

É decepcionante constatar, entretanto, que após 90 dias de governo a prática se revela bastante distante do discurso. Até agora, o presidente tem-se mostrado mais preocupado em criticar seu antecessor – incluindo familiares e seguidores – do que olhar para frente e governar efetivamente para todos os cidadãos brasileiros.

A tendência de redução do número de ministérios, iniciada por Michel Temer e repetida por Jair Bolsonaro, foi definitivamente revertida com Lula cumprindo sua promessa de restaurar pastas preteridas pelo sucessor. O novo governo conta com 37 pastas em vez de 23 e as pastas mais relevantes foram destinadas ao seu partido, o PT, que também ficou com o comando de bancos e agências financeiras do governo. O esforço incluiu até mudança urgente na Lei das Estatais, reduzindo drasticamente a quarentena legal para políticos ocuparem os cargos principais desses órgãos.

Houve, de fato, a desoneração de alguns tributos, mas, por outro lado, alguns outros sofreram oneração, gerando inclusive impacto inflacionário. O controle da inflação, aliás, ainda não é realidade. O índice de janeiro a março de 2023 deverá ficar em torno de 1,95% a 2,01% (www.ibge.gov.br) e o mercado já sinaliza com a expectativa de que a meta anual de inflação, de 5,36%, não será atingida e se aproximará de 5,90%. Da mesma forma, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), hoje estimado entre 0,85% a 0,95%, mostra que dificilmente será atingida a meta de 2,9% no ano.

Iniciado sob desconfiança em razão dos escândalos do Mensalão e do Petrolão, temas recorrentes na campanha, o governo prometeu rigor ético, porém até agora foi tolerante com deslizes de ministros denunciados pela mídia pela prática de atos que não se enquadram nos moldes da moralidade pública. Igualmente, nenhuma crítica foi feita em relação à nomeação das esposas de quatro ministros para os cargos vitalícios de conselheiras de Tribunais de Contas dos estados já governados por eles no passado e que poderão ser novamente por eles comandados no futuro.

Além disso, volta-se a falar na possibilidade de o governo autorizar operações de financiamento para países latino-americanos, a juros subsidiados pelo BNDES, apesar das enormes carências nacionais a exigir investimentos internos urgentes.

A expressão “mais do mesmo”, portanto, sintetiza bem o que foram esses primeiros 90 dias de governo a nível nacional.

Como é apenas o começo, e sou um otimista - embora moderado -, acredito que há tempo de sobra para este governo munido de verdadeiras boas intenções cumprir suas promessas e colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento. É preciso ter em mente, entretanto, que isso exigirá atacar gargalos estruturais. Um exemplo é o custo atual da máquina pública, que não se encaixa mais no PIB nacional. Somente com o funcionalismo (dos três entes federativos) são consumidos mais de 13% do PIB e, ainda assim, não há remuneração digna para os que atuam em três áreas prioritárias: os professores, os profissionais da saúde e os policiais civis e militares.

Quem governa o país não pode ter compromisso com o erro e o partido que voltou ao poder precisa olhar para o passado recente para identificar a origem do inchaço do Estado brasileiro. De 2003 a 2015 – oito anos do governo Lula e cinco anos do governo Dilma Roussef -, as despesas correntes do Brasil cresceram 115,9%, em valores corrigidos, e 390,0%, em valores correntes. Nesse período de 13 anos, o IPCA acumulado foi de 120,2%, muito abaixo da supracitada taxa de crescimento das despesas primárias, e a variação acumulada do PIB atingiu 44,4%, segundo dados do IBGE e do Ministério da Fazenda.

Essa realidade precisa mudar, sob o risco de o país – com o apoio de outros poderes da República – ressuscitar as capitanias hereditárias, a divisão administrativa e territorial implantada pelos portugueses durante o período do Brasil-colônia. A História registra bem esse período, no qual os donatários eram poderosos escolhidos pelo rei e exploravam os vassalos,  a maioria da população brasileira na época. Donos de poderes absolutos, os donatários pagavam o dízimo para a coroa portuguesa, mas tinham a possibilidade de passar a capitania para os filhos, como o nome já sugere.

O Brasil deixou de ser colônia em 1822, porém 200 anos depois ainda guarda resquícios desse período. Parece exagero, mas basta uma rápida pesquisa para se certificar de que cerca de 10 estados são governados nos últimos 20, 30 ou até 40 anos pelas mesmas famílias. Pais, esposas, filhos, filhas, irmãos e netos se alternam no poder, em verdadeiro arremedo de democracia.

A história também registra o fracasso das capitanias hereditárias por fatores que envolvem a inexperiência administrativa dos donatários, a falta de comunicação provocada pelo autoritarismo, e conflitos com a população explorada. É preciso aprender com os erros do passado para que eles não sejam repetidos no presente e para escrever um futuro melhor.

O Brasil precisa de mais ações e menos promessas. Ademais, prometer e não cumprir é pior do que mentir. 



Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. https://samuelhanan.com.br


"A garantia sou eu": Americanas e suas estratégias confusas de negociação

Iniciamos o ano com várias e tristes surpresas no Brasil. Tivemos os atos de 08 de janeiro, o escândalo da Americanas e o desastre no litoral norte paulista.

Agora, quando falamos no caso Americanas fica difícil afirmar que durante 10 anos nenhum colaborador não tinha conhecimento do que acontecia na parte contábil. Ademais, era público que um dos sócios tinha papel relevante nesta empresa. A primeira estratégia utilizada pelos sócios foi pela negação, ou melhor, pela alegação de cegueira deliberada desde o início do caso.

Entretanto, a estratégia inicial não deu certo e foi iniciada uma batalha jurídica com os bancos, maiores credores, que buscaram seus direitos creditórios junto a justiça brasileira. Consequentemente, a nova estratégia aplicada foi a contratação, pela Americanas, de renomadas bancas jurídicas para se defender. Em paralelo, entraram com o pedido de recuperação judicial na esperança de que o BNDES pudesse “salvar” a  empresa, principalmente mediante o apelo dos milhares de colaboradores que poderiam perder seus empregos, mas a resposta negativa foi clara e assertiva: Não vamos colocar dinheiro em uma empresa que, na figura de seus acionistas, possuem capital mais do que suficiente para recuperar a empresa.

Após essa tentativa frustrada, nova estratégia foi colocada na mesa, através da contratação de uma empresa especializada e de renome para atuar na renegociação com os credores. As solicitações desta empresa foram, no mínimo, ultrajantes, ao pedirem aos maiores credores um deságio de 50% para começarem a negociar. Novamente, voltaram à estaca zero e, em paralelo, as ações judiciais ficaram ainda mais intensas, alcançando as mídias e noticiários diariamente.

Neste momento, foi definida a criação de um Comitê Independente para investigar o que ocorreu de fato, no entanto, em uma gestão de crises eficiente é fundamental a existência de um porta-voz para transmitir os acontecimentos e deixar os stakeholder cientes do que tem sido investigado.

Entre um fato e outro, começaram a serem publicadas notícias sobre a conduta dos Conselheiros que perguntavam sobre o risco casado. Fica a grande dúvida, são realmente independentes os contratados, ou membros, deste Comitê? Afinal, os honorários são pagos pela Americanas. Vão de fato chegar à causa raiz e expor os responsáveis, não importa quem sejam os mesmos? Ou seria mais uma estratégia para tentar criar uma ilusão que querem descobrir a verdade. Ademais, temos membros deste Comitê que, aparentemente, possuem fortes conflitos de interesses, pelo simples fato de atuarem no Comitê ao mesmo tempo que também possuem participação em um dos principais credores.

Tendo em vista que o ato de delegar as negociações passou uma imagem de que não queriam se expor, os acionistas decidiram voltar ao Brasil para participarem pessoalmente do processo de negociações, afinal são empreendedores de sucesso internacional e acreditaram que a figura deles poderia acalmar os ânimos dos credores. Como estratégia, ofereceram um valor irrisório para injetarem na empresa, passando a imagem da  velha prática da “garantia sou eu”, como se o sucesso do passado fosse uma confirmação de sucesso futuro. Mas, o mundo dos negócios mudou, agora não basta mais ser uma figura renomada para garantir quaisquer operações, existem controles internos e respeito nas empresas como regra do jogo.

Depois de muito desgaste, finalmente a última estratégia teve que ser colocada: uma oferta dos acionistas de injetarem R$ 10 bilhões de reais na Americanas. Tal montante não cobre o rombo que ainda não foi totalmente apurado, mas pelo menos gera uma sensação de alívio aos bancos, principais credores.

Apesar do acima exposto, podemos verificar que as estratégias de negociação causaram mais danos e exposição a imagem da empresa e dos acionistas, basta acessar uma rede social e ler os comentários depois de uma notícia sobre a Americanas, com a mídia extremamente negativa, a empresa literalmente perdeu a credibilidade no mercado brasileiro.

Se os acionistas tivessem tido como estratégia inicial uma postura mais transparente, colaborativa e voltada para a ética, todo o contexto seria totalmente diferente. Poderiam ter resolvido esta situação em, no máximo um mês, sem afetar a economia brasileira como de fato aconteceu. Depois do escândalo da Americanas, os bancos estão mais cautelosos para conceder crédito para outros varejistas, o que pode levar a um efeito dominó de novas recuperações judiciais e mais desemprego.

Toda crise tem que ser gerida com estratégia, de forma bem pensada, estruturada e com total ética, não é mais possível usar da velha fórmula denominada “sabe com quem você está negociando?”. Chegou o momento de as crises serem tratadas mediante o uso de estratégia profissional buscando o “ganha-ganha” de todas as partes.

Impor condições unilaterais em uma negociação deste nível, utilizando um status do passado, passou a ser um ato ultrapassado e pretencioso. O mercado não aceita mais erros, seja de quem for.



Patricia Punder - advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020.
www.punder.adv.br


Corrida contra o tempo: alimentos sem a nova rotulagem têm até outubro para se adequarem

A nova rotulagem de alimentos alerta de forma objetiva e clara sobre a composição dos produtos e a presença de nutrientes que devem ser consumidos com moderação. Embora a medida tenha entrado em vigor no ano passado, produtos destinados ao consumidor final, que já se encontravam no mercado, têm até 9 de outubro para se adequar.  

De acordo com Joyce Fava, técnica de qualidade da Amicci, empresa de Desenvolvimento & Gestão de Marcas Próprias, as mudanças estão ocorrendo de maneira gradual, o que permite que as empresas façam as adequações à nova Resolução da Diretoria Colegiada (RDC), um tipo de regulamentação técnica para estabelecer processos, práticas e padrões de qualidade. 

O primeiro prazo foi 9 de outubro de 2022, válido para produtos destinados exclusivamente ao processamento industrial ou aos serviços de alimentação. Neste ano, o prazo de produtos que já se encontram no mercado também se encerra. Já os alimentos fabricados por empresas de pequeno porte (como agricultores familiares e microempreendedores) podem ser comercializados até a mesma data, só que em 2024. Por fim, bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis devem se adequar até 2025. “Na prática, um produto produzido em 7 de outubro, mesmo que na embalagem antiga, pode ficar no ponto de venda até abril de 2024”, explica a profissional. 

 

Como as mudanças afetaram as empresas 

A Amicci é responsável pelo desenvolvimento e gestão de produtos de Marca Própria  da maior rede varejista do Brasil - Carrefour, além das redes de supermercado Enxuto, UniBrasil e Prezunic. Com a nova legislação, a empresa precisou realizar mudanças nas estratégias dos clientes, sem deixar de lado a qualidade dos produtos.  

Antes, a falta de instrução e conhecimento nutricional, as confusões sobre a qualidade dos alimentos e as dificuldades de visualização, leitura, processamento e entendimento da tabela impediam que a população entendesse de fato o que estava consumindo. Além disso, duas questões latentes eram sobre as inconsistências na veracidade das informações declaradas e até a ausência delas em muitos alimentos. 

"As pessoas estão cada vez mais preocupadas sobre o que consomem. Não é para menos que foram lançados aplicativos que facilitam a leitura de rótulos. O debate para promover acessibilidade a essas informações é antigo e a revisão precisou ser minuciosa para que trouxesse uma transformação efetiva. Nós enxergamos as mudanças como positivas e já aplicamos nos produtos que cuidamos", analisa Antônio Sá, especialista em varejo e sócio-fundador da Amicci, empresa de Desenvolvimento & Gestão de Marcas Próprias.  

Após longa avaliação, a Anvisa entendeu que mudanças deveriam aperfeiçoar a visibilidade e legibilidade das informações nutricionais, facilitar a compreensão dos principais atributos dos alimentos, reduzir as situações que geram engano quanto à composição e facilitar a comparação nutricional entre os alimentos.  

"Os modelos devem atender às necessidades específicas de cada população. No Brasil, foi pautado na tabela nutricional, que apesar de similar à tabela como conhecemos, traz muitas mudanças no novo modelo que deverá ajudar o consumidor a tomar decisões melhores. Sendo assim, as informações nutricionais devem estar na face frontal do rótulo, assim como o aviso que traz um ícone de lupa, acompanhado de alertas textuais sobre os altos teores de açúcares adicionados, gordura saturada e sódio. São detalhes, alguns pequenos, mas que tornam a novidade única", pontua Sá.  

Todos os produtos, seja lançamento ou produção de novo lote, deverão estar de acordo com a nova legislação. Tudo que já foi produzido, no entanto, pode ser comercializado com a embalagem antiga até o final do shelf life

 

A nova rotulagem de alimentos  

A nova rotulagem de alimentos permite que a população saiba exatamente o que está levando para casa, sendo esta mais uma maneira de auxiliá-la a fazer escolhas alimentares conscientes, sem precisar pesquisar em mecanismos de busca ou consultar em aplicativos que decifram os rótulos.  

Uma das principais mudanças da nova RDC é a chamada Rotulagem Nutricional Frontal, uma informação complementar à tabela nutricional já existente. Será obrigatório em alimentos embalados longe do consumidor, cujas quantidades desses itens ultrapassem os limites pré-estabelecidos. Não é obrigatório em alimentos in natura, desde que não apresentem tais ingredientes adicionados, por exemplo frutas, hortaliças, carnes, leite, bebidas alcoólicas, entre outros.  

Os limites definidos pela Instrução Normativa tomam como base a quantidade de 100 gramas ou mililitros, com diferenças entre alimentos sólidos ou semissólidos e líquidos. 

 

Amicci


Inteligência Artificial pode facilitar a busca por voluntários para testes de novas vacinas e medicamentos e otimizar duração dos estudos clínicos

Com a aproximação cada vez mais estreita entre inteligência artificial e a medicina, quem pode se beneficiar com essa relação é a Pesquisa Clínica

 

A busca incansável do homem em tornar tudo mais dinâmico fez com que a tecnologia ganhasse cada vez mais espaço em um mundo conectado e veloz, onde a cada dia que passa um novo recurso é lançado, e o que era uma grande novidade, se torna obsoleto. E se antes era necessário que uma determinada função fosse executada por vários humanos, hoje em dia é possível reduzir tudo em uma única máquina graças à Inteligência Artificial. A Inteligência Artificial pode ser compreendida como uma forma de um dispositivo eletrônico funcionar de forma bastante similar ao pensamento humano.                    

A IA já é uma realidade no Brasil, sendo que 41% das empresas brasileiras já utilizam em seus processos algum recurso de inteligência artificial, segundo um estudo feito pela International Business Machines Corporation (IBM). Atualmente é possível encontrar empresas de diferentes segmentos que utilizam dessa nova tecnologia para aprimorar seus serviços, desde companhias de tecnologia, marcas renomadas do varejo e até mesmo a medicina.

Apesar de ser conhecido como um setor ainda um pouco relutante em adotar novas tecnologias, até por ser um setor que exige atenção, sigilo de dados e cuidado redobrado em todas as suas etapas, esse cenário acabou mudando nos últimos anos. A pandemia exigiu que a área médica tivesse que se adaptar com urgência, e isso fez aumentar o número de consultas online e a popularização da telemedicina. Com a aproximação cada vez mais estreita entre inteligência artificial e a medicina, quem pode se beneficiar com essa relação é a Pesquisa Clínica.

Fundamentais na descoberta de novas vacinas e medicamentos, os estudos clínicos são uma das etapas para encontrar novas opções de tratamentos de várias comorbidades. Nessa etapa, são feitos estudos com humanos para garantir que um medicamento em análise é seguro e de fato cumpre com o seu objetivo. “Toda pesquisa clínica precisa de um grupo específico com determinadas características, ou seja, em algumas situações, leva um tempo para encontrar o número de pessoas necessárias para participar dos estudos, e isso pode atrasá-los”, explica Fernando de Rezende Francisco, Gerente Executivo da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (ABRACRO).

Uma das alternativas que pode colaborar na hora de realizar o processo inicial de triagem de voluntários é utilizar a Inteligência Artificial para cruzar informações de registros médicos de pacientes e dados para realizar um comparativo com o estudo em questão. “Encontrar pacientes com um perfil específico em um período curto de tempo é um grande desafio, por isso a tecnologia pode ser uma aliada para otimizar esse tempo e facilitar na hora de encontrar o perfil desejado”, pontua Francisco.

A tecnologia aplicada à medicina e aos processos de pesquisa clínica também pode ajudar os voluntários a reduzir o tempo que é dedicado para se deslocar até o local onde os estudos estão sendo realizadas. Através de ferramentas específicas, eles podem se comunicar com a equipe responsável de uma forma mais assertiva, e relatar os sintomas e progresso do tratamento. “Além disso, pessoas que moram distante de grandes centros acabam se sentindo mais motivadas em participar, portanto é uma forma de democratizar a pesquisa clínica e diversificar o perfil dos voluntários”, afirma Francisco.

Seja no deslocamento dos voluntários ou então na procura por um determinado grupo para participar dos estudos, o fato é que a inteligência artificial pode contribuir com todas as partes interessadas na pesquisa clínica, desde os pesquisadores, pacientes e médicos investigadores, ou até mesmo os patrocinadores. “Com a tecnologia, as decisões poderão ser mais rápidas e assertivas, já que as informações serão extraídas de dados clínicos em tempo real, ou seja, isso vai impactar diretamente na saúde da população, que poderá fazer uso de novas opções de tratamentos sem ter que esperar por muito tempo”, finaliza Francisco.

 

ABRACRO - Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica

 

Inclusão e diversidade nas empresas: entenda por que as diferenças ajudam na formação de times de alta performance

No Brasil, para muitos negócios, inclusão e diversidade ainda são assuntos que dizem respeito somente à Lei de Cotas para pessoas com deficiência. Plataforma de recrutamento e seleção no Paraná viabiliza contratações


Hoje, um assunto bem abordado no mercado de trabalho é a luta pela inclusão, mas, infelizmente, no Brasil, para muitas empresas, o tema está atrelado às Leis 8.213/1991, conhecida como Lei das Cotas, e 13.146/2015, que sanciona o Estatuto da Pessoa com Deficiência (PcD). A primeira torna obrigatória a reserva proporcional de vagas para PcD em empresas com mais de cem funcionários, enquanto a segunda tem por objetivo garantir a inclusão social nas organizações e condições de igualdade também para as PcD.

Contudo, engana-se quem pensa que a inclusão social deve estar limitada ao cumprimento de leis voltadas exclusivamente para as PcD. Quando isso ocorre, é comum detectar que a pessoa contratada continua “à margem” da empresa. Aliás, uma pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre Diversidade e Inclusão (D&I), realizada com 12 mil indivíduos de 75 países, apontou que, de quatro pessoas, uma tem o sentimento de “não pertencimento” ao grupo.

A situação é agravada porque a maioria dos negócios tem dificuldade em interpretar o significado de “diversidade” e “inclusão”. Quem explica melhor é a consultora da Ímpar Inclusão e Diversidade, Thaís Tavares Pompêo:

“Apesar de serem temas cada vez mais trabalhados no cotidiano, em geral, ainda existe muito desentendimento entre os termos, que são afins e complementares, mas são diferentes”. A diversidade, explica Thaís, consiste basicamente na ideia de que todo ser humano é único, diferente dos demais. “Em suma, diz respeito à reunião de tudo aquilo que apresenta múltiplos aspectos, os quais se diferenciam entre si”. Já a inclusão se refere a criar um ecossistema favorável para que a diversidade possa organizar-se, desenvolver-se e prosperar. “Para que as pessoas deixem de sofrer por causa da discriminação ou exclusão do direito ao trabalho, previsto na Constituição, um dos desafios do RH está em propiciar um ambiente inclusivo e diversificado nas empresas, assegurando que todas as pessoas tenham chances igualitárias no mercado, independentemente de cor, sexo, etnia, deficiência, idade, classe socioeconômica, identidade de gênero ou crença, e o que estamos verificando é que a tecnologia ajuda muito nesse processo”.

Quando o tema é D&I, é frequente se falar em PcD, tons de pele ou sexualidade, mas e a gordofobia entra em pauta? A alimentação vegana? A tatuagem? Infelizmente não. “Quando me refiro a obesos, não estou assinalando as pessoas que estão um pouco acima do peso, que muitas vezes já são discriminadas no mercado de trabalho por conta de um padrão de beleza imposto pela mídia: falo de um excesso de contingente que não é contratado por conta da estética, porque muitas vezes o entrevistador já avalia o candidato com preconceitos. Já houve casos de diretores, ao se depararem com pessoas tatuadas recém-contratadas, explanarem, ‘Não sabia que estávamos admitindo ‘detentos’”.


Diversidade nas empresas reflete positivamente no atendimento ao cliente; tecnologia pode acelerar o processo de inclusão

A tecnologia está a nosso dispor como estratégia para propagar a diversidade e inclusão, pois ela ajuda a reduzir os vieses inconscientes do processo, em que o gestor tem a tendência de aprovar no processo seletivo pessoas que ele se identifica e afinadas com seus valores e visão de mundo.

“Com o auxílio da tecnologia, é possível viabilizar a contratação de pessoas de todos os públicos, não excluindo ninguém. Isso porque hoje já é possível seguir processos seletivos digitais sem que características que podem gerar exclusão sejam consideradas”, comenta Márcio Monson, CEO da Selecty.

Umas das estratégias de inclusão que a tecnologia permite é “a seleção de candidatos às cegas”, viabilizando “processos de seleção justos, sem vieses inconscientes, sendo possível encaminhar pessoas com as informações ocultas sobre orientação sexual, nome, idade, etnia etc., aos gestores. O que de fato o gestor irá analisar são as competências técnicas e comportamentais do candidato. Essa, sem dúvida, é uma grande evolução para o recrutamento e a seleção e para a formação de times de alta performance”, finaliza Monson.

As empresas interessadas em começar (ou aumentar) a diversidade no local de trabalho criando vagas afirmativas, por exemplo, também podem se valer de um software de recrutamento e seleção pró-diversidade, que se traduz em uma eficaz alternativa para acelerar o processo, já que traz informações de autodeclaração das pessoas, garantindo agilidade na triagem. Então, já no momento da triagem é possível seguir somente com os talentos da diversidade e inclusão.

O software auxilia as empresas em suas rotinas, permitindo, por meio de um fluxo automatizado, o acompanhamento da vaga em todos os momentos do processo seletivo, oferecendo dados em tempo real para a equipe de Recursos Humanos realizar a inclusão de forma estratégica e consciente. Uma de suas principais vantagens na promoção da diversidade diz respeito, justamente, à triagem do candidato, uma vez que ele possui filtros que tornam possível conhecer melhor suas atribuições. Para o indivíduo que está procurando uma oportunidade, o benefício é um portal único e personalizado, com direito a preenchimento automático e feedback do processo de seleção do qual participou.

Márcio reforça a relevância do uso da tecnologia a favor da empregabilidade, pontuando a importância da “responsabilidade como fornecedor de sistema para recrutamento e seleção, para que ajudemos de fato pessoas a encontrarem trabalho, e que ninguém seja excluído por uma tecnologia que tem, como uma das missões, incluir.”

Reitera, ainda, que “ao respeitarmos as diferenças, iremos olhar para o profissional de uma forma isenta, buscando critérios técnicos, como conhecimentos, habilidades, experiências, perfil comportamental aderente à necessidade da posição e capacidade de execução do trabalho”.

Isso promove a equidade de oportunidades no local de trabalho e, consequentemente, apoia a diversidade internamente. Uma pesquisa da Harvard Business Review mostrou que nas empresas onde o ambiente é diverso, os colaboradores estão 17% mais engajados e dispostos a se dedicarem mais, indo até um pouco além de suas responsabilidades.

Na prática, chegará o tempo em que não serão mais necessárias as “vagas afirmativas” ou a precisão de ocultar informações de um candidato, porque a D&I tende a ganhar força. Mas, “como a natureza não dá saltos”, hoje isso é importante para conseguirmos vencer as barreiras impostas pelos vários tipos de desigualdades presentes”, complementa Márcio.


Selecty
https://selecty.com.br/

Como o Chat GPT pode ser um aliado no trabalho?

Novas funcionalidades do robô podem auxiliar profissionais de diversos setores


A nova versão do já famoso Chat GPT - a GPT-4 - voltou a preocupar muita gente com a evolução das habilidades do robô. Porém, é preciso avaliar a situação: essa preocupação é realmente necessária? Neste momento, não. O Chat GPT é de fato uma ferramenta muito inteligente, mas é isso: uma ferramenta. Ele não vai atuar sem receber uma instrução ou permissão de um operador - que via de regra, é um humano. Mas, além de receber e cumprir orientações, o Chat GPT pode ser um aliado no trabalho - e não um inimigo.  

Tendo em mente que o GPT é um modelo de linguagem - ou seja, o objetivo dele é gerar textos de maneira autônoma, é possível prever que ele será uma ferramenta útil para profissionais de áreas de produção de conteúdo como jornalistas, roteiristas, escritores - mas, no fim das contas, qualquer profissional precisa produzir textos. E por isso o robô pode ajudar profissionais de muitas áreas a alavancarem suas carreiras, basta entender o funcionamento dele.  

Além dos produtores de conteúdo, na área de Tecnologia da Informação o Chat GPT pode ser um aliado na produtividade. Por exemplo: uma função muito corriqueira em Desenvolvimento de Softwares é pesquisar soluções para os problemas que aparecem e muitas vezes, essa tarefa demanda muito tempo. Este é um caso em que a tecnologia do GPT pode encurtar o tempo na busca por essa solução - como encontrar o erro em uma linha de código - o que melhora a produtividade. E conforme temos mais experiência, essa busca vai se tornando mais rápida ainda.  

Outras áreas também podem se aproveitar dos conhecimentos do Chat GPT. Nutricionistas, por exemplo, podem pedir a elaboração de uma tabela nutricional de acordo com as orientações fornecidas ao robô. Além disso, ele é capaz de fazer revisões e correções de acordo com a estrutura gramatical do idioma selecionado, e até mesmo traduções muito confiáveis. O grande segredo é saber explicar o que se quer para o robô - quanto melhor o usuário sobre o que precisa, melhores serão os resultados.  

Mesmo com todas essas funções - e com as atualizações que devem melhorar significativamente a atuação - o Chat GPT ainda não pode substituir um bom profissional porque ele não tem compreensão de negócio. Um jornalista ainda precisará revisar o texto escrito pelo robô. Um nutricionista terá que validar a tabela nutricional sugerida. Um desenvolvedor terá que verificar se o código obedece a todas as necessidades. Ou seja, a compreensão do que é necessário ainda é feita pelo ser humano. O que o chat faz é facilitar a parte operacional - e é desta que precisamos saber tirar proveito. A evolução da Inteligência Artificial é uma realidade e o Chat GPT é apenas um dos vários aplicativos que já existem com esse tipo de tecnologia, o que precisamos é entender como obter os melhores resultados e aplicar aos negócios. 

 

Leonardo dos Reis - desenvolvedor na Mouts TI


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