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domingo, 2 de abril de 2023

Autismo: 5 informações que você precisa saber


Neste Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o Pequeno Príncipe defende o conhecimento como solução contra os preconceitos

Foto: Mariana Souza/ Hospital Pequeno Príncipe


Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que uma em cada 160 crianças tem transtorno do espectro autista (TEA). A condição gera uma série de traços e sua intensidade muda entre cada paciente. Com diálogo, afeto e conhecimento sobre o transtorno, todos podem contribuir para a qualidade de vida de crianças e adolescentes.

Em 2023, a campanha do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril, reforça que quanto “mais informação, menos preconceito”. O Hospital Pequeno Príncipe apoia essa causa e destaca cinco informações essenciais sobre o TEA, de acordo com o neuropediatra Anderson Nitsche.


1) Meninos nem sempre são maioria entre diagnósticos

Estudos indicam que a proporção de diagnósticos para meninos é quatro vezes maior do que para meninas. No entanto, uma revisão das pesquisas pode apontar sub-representação nos números por diversos aspectos sociais. Meninas podem apresentar comportamentos diferentes em comparação com meninos – levando ao mascaramento dos primeiros sinais.

A interação social e a comunicação, influenciadas por questões hormonais, às vezes são estereotipadas e merecem observação atenta de pais e familiares. Nem todo comportamento é apenas “coisa de menina” e, em conjunto com outros traços, deve ser avaliado por especialistas.


2) O autismo não é uma doença

O transtorno do espectro autista se caracteriza por uma série de condições que prejudicam áreas do desenvolvimento neurológico e a capacidade de interação social, comunicação e comportamento. Seus primeiros sinais podem aparecer na primeira infância, causando dificuldades no contato visual, na percepção do ambiente e na aproximação de pessoas.

Meninos e meninas também podem apresentar padrões repetitivos de comportamento, como bater as mãos ou repetir palavras. Mas é importante lembrar que nem toda criança desenvolve os mesmos traços com a mesma intensidade. Por isso, a avaliação para diagnóstico segue a classificação internacional de doenças da OMS e exames multidisciplinares.


3) Cada diagnóstico envolve níveis diferentes do espectro

Foi só em 2013 que o termo “espectro” foi adotado para referir-se ao transtorno autista. No âmbito científico, o substantivo significa uma representação de amplitudes e intensidades diversas. Algumas pessoas com TEA podem realizar todas as atividades do dia a dia, outras nem sempre. Para conduzir o tratamento e recomendar as terapias mais adequadas, o transtorno é classificado a partir de três níveis, que são:

  • Nível 1 de suporte: exige apoio dos familiares e profissionais. Em geral, as pessoas apresentam sintomas leves, como dificuldades em situações sociais e na linguagem, comportamentos repetitivos e restritivos, ou comportamentos em excesso, por exemplo, cumprimentar ou falar com pessoas desconhecidas na rua.
  • Nível 2 de suporte: exige apoio substancial. Pessoas que apresentam sintomas intermediários, normalmente, podem ter dificuldade em interações sociais, comportamentos restritivos e repetitivos, podem não fazer contato visual ou não expressar emoções, e manter conversas curtas.
  • Nível 3 de suporte: exige muita necessidade de apoio substancial. Pessoas com sintomas severos, como dificuldade na comunicação e situações sociais, uso de poucas palavras e muitos comportamentos restritivos e repetitivos. Raramente iniciam alguma conversa e reagem somente a abordagens muito diretas.


4) O TEA não tem cura

Como o transtorno não é uma doença, também não tem cura. Mas uma vez realizado o diagnóstico, o acompanhamento multidisciplinar é fundamental. O desenvolvimento adequado deve ser estimulado a partir de terapias, que envolvem quatro profissionais principais: médico, psicólogo, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo.

Por ter diferentes níveis, cada paciente exige um tipo de acompanhamento específico e individualizado. Em alguns quadros, o uso de medicamentos é indicado para ajudar na manutenção do comportamento e na ocorrência de complicações de saúde e doenças relacionadas. Ao longo do tratamento, familiares, amigos e sociedade têm papel importante na compreensão de que há dias mais ou menos estáveis, mas com apoio em todos os momentos.


5) O transtorno do espectro autista nem sempre é hereditário

A causa do TEA não é única e vem de uma complexa interação entre fatores genéticos e condições ambientais. Alguns aspectos podem influenciar o aparecimento do espectro, como o uso de substâncias durante a gravidez, nascimento prematuro ou exposição excessiva de bebês às telas de aparelhos eletrônicos. Também há risco aumentado em determinadas condições genéticas – como a síndrome do X frágil e esclerose tuberosa.


Paciência e afeto são essenciais

Ao socializar com crianças e adolescentes com TEA, é preciso compreender que não se trata apenas de birra ou pais que não educam. Busque saber com a família as peculiaridades que geram conforto e desconforto, como ruídos, luzes e objetos. Meninos e meninas com o transtorno podem comunicar-se de maneiras diferentes – o que não anula a manifestação de suas vontades.

 

Abril Verde alerta para riscos da inatividade física

Mês de Combate ao Sedentarismo é promovido pelo Conselho Federal de Educação Física 

 

Globalmente, quase 500 milhões de novos casos de doenças evitáveis ocorrerão entre 2020 e 2030, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A inatividade física, o tabagismo, a má alimentação e o excesso de álcool, juntos, são responsáveis pela maioria dessas mortes. No Brasil, o problema é grave. Aqui, estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 40,3% dos adultos são sedentários.

Buscando conscientizar a população e incentivar a reversão desse quadro, o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) promove, pelo segundo ano, a Campanha Abril Verde: Mês de Combate ao Sedentarismo – aproveitando o Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril) e o Dia Mundial da Saúde (7 de abril). Para atingir este objetivo, durante toda a campanha, o órgão irá informar sobre os riscos de se manter inativo e conscientizar sobre os problemas causados na saúde individual, pública, na sociedade e na economia.

O Abril Verde nasceu da percepção de que é preciso fomentar o debate. De acordo com o Presidente do CONFEF, Claudio Boschi, a campanha visa munir a sociedade de informações. “A inatividade física traz diversos prejuízos à saúde humana, e combatê-la é papel de todos. Por meio do Abril Verde, pretendemos divulgar amplamente os prejuízos causados pelo sedentarismo”, explica. 

Além de incentivar a reflexão sobre o sedentarismo, é importante explorar marcadores sociais que limitam – e até inviabilizam – o acesso de certos grupos ao estilo de vida ativo: classe social, gênero, escolaridade, entre outros. O CONFEF acredita que chamar a atenção para esses recortes sociais é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes no fomento da atividade física.

Essas barreiras adoecem – literalmente. Por si só, o sedentarismo é considerado uma doença. O remédio? Não há outro: atividade física. Se praticada de maneira regular e sob orientação do profissional de Educação Física, é fator de prevenção e controle de doenças não transmissíveis (como as cardiovasculares, diabetes tipo 2 e vários tipos de cânceres) e beneficia ainda a saúde mental, prevenindo o declínio cognitivo, depressão e ansiedade.

E se a intenção for analisar o aspecto financeiro do país, levar uma vida ativa reduz custos com internações e medicamentos a longo prazo. Na esfera pública, a inatividade física causa gastos de até R$300 milhões ao SUS, somente com internações, de acordo com estudo realizado pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Vale lembrar que exercitar-se estimula ainda a adoção de novos hábitos saudáveis, como a melhora da qualidade do sono e da alimentação.

É notório: o sedentarismo é um problema de interesse público que não pode ser ignorado. Por isso, o CONFEF conta com cada cidadão para ajudar a divulgar essa ideia. Faça sua parte: acesse nossas mídias sociais (@confef), compartilhe publicações e dialogue sobre o assunto. Promova ações na sua academia, no seu condomínio, na sua família. E jamais se esqueça de ser o exemplo. Calce os tênis e busque um Profissional de Educação Física, porque ficar parado não é uma opção.



Em vez de fator de risco, estudo sugere que a asma protege contra o agravamento da COVID-19

Pesquisadores da Universidade São Francisco, no interior paulista, analisaram dados de mais de 1 milhão de pacientes hospitalizados na rede pública após contrair o SARS-CoV-2. Menor produção de citocinas e de proteína ACE-2 – que serve de receptor para o vírus – seriam a explicação (foto: Freepik) 

 

Desde o início da pandemia, em 2020, especula-se que a asma poderia contribuir para o agravamento e a letalidade da COVID-19. Divulgados recentemente na revista Frontiers in Medicine, os resultados do maior estudo feito até agora com pacientes que foram hospitalizados no Sistema Único de Saúde (SUS) por causa dos sintomas clínicos mais graves da COVID-19 sugerem exatamente o contrário. Além de não piorar o quadro, a asma pode ter um papel protetor na infecção pelo SARS-CoV-2.

“Apesar de desenvolverem mais sintomas clínicos, os pacientes com asma foram menos propensos a morrer da COVID-19 em comparação com indivíduos sem asma”, afirma um dos autores do trabalho, o biólogo e doutor em ciências da saúde Fernando Augusto Lima Marson, da Universidade São Francisco (USF), em Bragança Paulista (SP). Para chegar a essa conclusão, o grupo formado por cinco pesquisadores avaliou os registros clínicos e demográficos de 1.129.838 pacientes hospitalizados com COVID-19. Desse total, 43.245 (3,8%) eram pacientes com asma, uma prevalência baixa que já tinha sido apontada por estudos anteriores. Entre os doentes que precisaram de suporte ventilatório invasivo, por exemplo, 74,7% dos pacientes com asma morreram, enquanto o percentual de mortes entre os pacientes sem asma foi de 78%. No grupo que recebeu suporte ventilatório não invasivo, 20% dos pacientes com asma foram a óbito versus 23,5% entre os pacientes sem asma. Entre os que não precisaram de suporte ventilatório, 11,2% dos pacientes com asma morreram. Já o percentual de baixas dos pacientes sem asma na mesma situação foi de 15,8%. Todas as informações foram obtidas no banco de dados OpenDataSUS.

A hipótese dos pesquisadores é que as especificidades da resposta imune dada pelo organismo à asma criam um cenário desfavorável à escalada inflamatória associada à forma mais grave da COVID-19. A pessoa com asma apresenta uma baixa produção de citocinas inflamatórias, um grupo de proteínas que aumenta a capacidade do corpo de destruir células tumorais, vírus e bactérias (os interferons, por exemplo). Isso estimula uma resposta imune mediada por células de defesa (linfócitos) TCD4+Th2, em detrimento do subtipo Th1.

“A predominância da resposta Th2 é benéfica porque pode regular e diminuir o impacto da fase tardia da hiperinflamação, que é um ponto crítico em infecções respiratórias graves”, explica Marson, que coordena o Laboratório de Biologia Celular e Molecular da USF. Ele também é responsável pelos trabalhos de conclusão de curso na USF, onde 100% dos alunos de pós-graduação são bolsistas integrais.

De acordo com a pesquisa, que recebeu financiamento da FAPESP, a asma causaria ainda outras dificuldades ao SARS-CoV-2. A inflamação crônica dos alvéolos pulmonares das pessoas com asma diminui a quantidade de receptores ACE-2 (em português ECA-2, enzima conversora de angiotensina 2), uma proteína encontrada na superfície de diversas células do corpo, inclusive nas do epitélio do sistema respiratório. Ela é usada pelo vírus da COVID-19 para penetrar no interior das células, onde se multiplica.

“A menor produção de citocinas inflamatórias e a menor quantidade de receptores para o vírus resultam em menos chance de infecção grave”, afirma Marson. Quantidades maiores de eosinófilos [glóbulos brancos] presentes no sangue de pessoas com asma igualmente desfavoreceriam a COVID-19 grave. Para os pesquisadores, o impacto de todas essas circunstâncias ajuda a entender por que, embora a asma afete 10% da população, apenas 3,8% dos pacientes diagnosticados com COVID-19 e tratados pelo SUS tinham a doença.

Mais pesquisas são necessárias

Na avaliação de Marson, o tamanho da amostra avaliada faz diferença e pode diluir alguns vieses. “Para se ter ideia, na mesma época em que o nosso estudo foi feito, um trabalho nos Estados Unidos que acompanhou entre 300 e 400 pacientes concluiu que a asma era um fator de risco”, conta.

Ele afirma ainda que o estudo da USF pode conter alguns dados equivocados por causa da natureza das informações analisadas. “Nosso estudo se baseou em dados coletados por uma agência de governo. Ainda que tenhamos nos aproximado do cenário real do Brasil no que concerne à resposta da COVID-19 em relação à asma, com a inclusão de muitos pacientes, o banco de dados ainda possui limitações. Não há, por exemplo, a descrição de testes laboratoriais que poderiam confirmar o diagnóstico de asma”, diz Marson.

Nova análise e coleta de dados serão feitas pelo grupo da USF a partir deste mês, provavelmente com um universo de 4 milhões de pessoas hospitalizadas após a infecção pelo SARS-CoV-2. “Vamos trabalhar com um banco mais robusto e focar novamente no desfecho, mas também na influência da vacina contra o vírus”, adianta o pesquisador.

O estudo publicado na revista Frontiers in Medicine provocou desdobramentos. Um grupo de cientistas de dados pretende verificar as taxas de incidência da COVID-19 em pessoas com asma em nove municípios da região onde está situada a USF, no interior paulista. De Portugal, veio o convite da Universidade de Lisboa para uma parceria destinada a verificar a incidência da infecção em pessoas com fibrose cística. “Essa doença provoca alterações fisiológicas parecidas com as da asma e muito muco no pulmão, o que poderia dificultar a entrada do vírus na célula”, observa Marson.

O artigo Profile of coronavirus disease enlightened asthma as a protective factor against death: An epidemiology study from Brazil during the pandemic pode ser acessado em: www.frontiersin.org/articles/10.3389/fmed.2022.953084/full. 

 

Monica Tarantino
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/em-vez-de-fator-de-risco-estudo-sugere-que-a-asma-protege-contra-o-agravamento-da-covid-19/41017/



Vantagens de realizar abdominoplastia sem drenos no outono

Especialista em cirurgia plástica Dra. Chreichi L. Oliveira evidencia que técnica diminui complicações no pós-operatório 

 

Com o início do outono, o número de pessoas interessadas em realizar cirurgia plástica aumentou cerca de 50%, é o que aponta os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. A razão desse aumento tem relação direta com três benefícios: tempo de recuperação ideal até a chegada do verão, férias de inverno e temperaturas mais baixas.

A abdominoplastia é um procedimento que pode ser feito em qualquer época do ano, contudo, durante o outono, há uma busca maior por essa cirurgia plástica. Ela é muito procurada por quem tem como objetivo modelar o corpo, diminuir o volume e retirar o excesso de pele na região abdominal.

Essa cirurgia pode ser realizada em homens e mulheres. Primordialmente é indicada para pacientes que perderam muito peso e mulheres pós-gestação que desenvolvem um quadro de excesso de pele, flacidez e estrias, além, de pessoas com afastamento muscular, mais conhecido como diástase.

Com o avanço da medicina, existe a técnica realizada pela Dra. Chreichi que dispensa o uso de dreno. Para evitar o acúmulo de líquidos a especialista cauteriza minunciosamente todos os vasos e lava a região com soro e antibióticos, após realiza diversos pontos de adesão em toda extensão abdominal. “Essa técnica possibilita um contorno mais harmônico, uma melhor fixação da pele com a musculatura o que acarreta na diminuição dos riscos de infecção, sangramentos e desconfortos no pós-operatório”, ressalta a médica.


Vantagens de realizar a abdominoplastia sem drenos no outono:

  • Tempo de recuperação até o verão: O paciente poderá desfrutar de ir à praia, piscina e de se expor ao sol com segurança;
  • Menor impacto estético: Já que com as temperaturas mais baixas é possível usar roupas mais confortáveis e largas;
  • Temperatura mais agradável: Facilita o uso da cinta modeladora e ajuda na redução do inchaço, melhorando a circulação e tornando a recuperação mais rápida;
  • Menor exposição ao sol: Auxiliando na boa cicatrização e amenizando o risco de manchas na pele e cicatrizes escurecidas;
  • Pós-operatório com menor impacto na rotina: Convencionalmente, durante essa época do ano é mais fácil ficar recluso e cuidar da saúde em casa.

 

Dra. Chreichi  L. Oliveira - Referência em Cirurgia Plástica e Estética, Dra. Chreichi L. Oliveira atua na área há mais de 10 anos. Com ampla experiência, a especialista é formada em Medicina pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e possui o título de especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e pela Associação Médica Brasileira.



Você sabia que a perda auditiva e a demência têm relação? Descubra como aparelhos auditivos podem melhorar a qualidade de vida da população 60+

Para otimizar a qualidade de vida da população idosa do Brasil, a Audição de TODOS oferece aparelhos auditivos com preço até 50% abaixo do praticado no mercado e facilita o acesso aos dispositivos que diminuem em 32% o risco de demência na terceira idade 

 

Um estudo estadunidense divulgado pela Universidade de Johns Hopkings, no início deste ano, confirma uma suspeita secular da ciência internacional sobre os efeitos da perda auditiva estarem associados às causas do surgimento de demências em idosos. A pesquisa indica que: a cada dez decibéis perdidos na audição, o risco do desenvolvimento de doenças cerebrais aumenta em média 16%. Entre os indivíduos analisados pelo estudo, a ocorrência de demência foi registrada em 16,52% dos idosos que apresentavam quadro de perda auditiva severa, em 8,93% dos que apresentaram perda leve e em 6,19% dos que tinham a audição normal. 

De acordo com o estudo, quando a perda auditiva gera a diminuição da chegada de estímulos sonoros no cérebro, a atividade cognitiva do indivíduo é comprometida, criando um dos cenários em que a demência pode se desenvolver. Nestas situações, tratar casos de perda de audição em idosos, por meio de aparelhos auditivos, por exemplo, apresenta-se como uma medida preventiva às doenças cerebrais. O estudo constatou que o uso de aparelho auditivo está ligado à redução de 32% do risco de demência, tendo como base comparativa os idosos com perda auditiva que não utilizam aparelho auditivo.  

No Brasil, no entanto, conforme revelam os dados do Instituto Locomotiva, 87% dos indivíduos que apresentam algum grau de perda auditiva não fazem uso de aparelho auditivo para potencializar a sua percepção de sons, por fatores como o preço do aparelho auditivo e dos serviços de pós-vendas, além da dificuldade de adaptação à tecnologia assistiva. 

Atentas a este cenário e à importância do acesso a serviços de saúde auditiva para a garantia de qualidade de vida, em especial para os idosos, as empresárias Danielle Guieiro e Luciene Machado fundaram a Audição de TODOS, startup que disponibiliza aparelhos auditivos para venda com preços até 50% abaixo da média praticada no Brasil, com opções facilitadas de parcelamento e a comprovação de qualidade comprovada pelo Inmetro.

 “Para além da potencialização da percepção dos sons em si, o uso de aparelhos auditivos está diretamente ligado à melhora da qualidade de vida dos idosos. Isto porque os dispositivos possibilitam a comunicação destes com seus familiares, garantem independência em tarefas simples, diminuem o cansaço gerado pelo esforço que se faz para ouvir e ainda colaboram com a prevenção dos problemas de saúde gerados pelas doenças cerebrais. A Audição de TODOS nasceu com o objetivo de possibilitar essa melhoria no bem-estar de um segmento da população que cresce a passos largos no Brasil”, destaca Luciene Machado, fonoaudióloga e sócia da Audição de TODOS.

 

SOBRE A AUDIÇÃO DE TODOS

A Audição de TODOS atua com o oferecimento de aparelhos auditivos a preços até 50% mais baixos do que o praticado no mercado. Criada em 2022, com perspectiva de abertura de novas unidades em pelo menos 3 estados no ano de 2023, tem a pretensão de chegar à marca de 300 franquias em funcionamento para levar produtos e serviços de saúde auditiva de qualidade para todos. 


Anticoncepcional de uso contínuo: indicações e contraindicações

Por interromper a menstruação e também aliviar os diversos efeitos da TPM, o método é uma boa alternativa, mas deve ser escolhido sempre com orientação médica

 

Existem diversos métodos anticoncepcionais de uso contínuo. No caso dos anticoncepcionais hormonais orais, também chamados de pílulas anticoncepcionais, o uso contínuo, ou seja, sem pausas ao longo do mês, pode acarretar em interrupção da menstruação, explica o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP. 

“O método traz diversos benefícios, como a redução das alterações hormonais e, por isso, traz benefícios no controle da TPM e eventual redução das cólicas e de outros desconfortos comuns neste período. Por outro lado, pode haver pequenas perdas de sangue de forma esporádica ao longo do mês, chamadas de escape, especialmente nos primeiros meses de uso do método”. 

Com relação aos riscos, serão os mesmos do uso dos anticoncepcionais orais tomados de forma tradicional, ou seja, com intervalo. 

“Embora bastante seguros, como todo medicamento, há riscos que serão apresentados pelo médico à paciente. No caso dos anticoncepcionais orais, pelo fato de trazem a maior concentração de hormônios dentre todos os métodos contraceptivos existentes hoje no mercado, nem sempre será o método mais indicado para todas as pacientes”, alerta o Dr. Alexandre.

 

Atenção às orientações médicas 

O mais importante é seguir corretamente a orientação de um médico e levar a ele informações atualizadas sobre os antecedentes familiares, especialmente relacionados a trombose, AVC e doenças cardiovasculares. 

“Assim como qualquer medicamento, tome os anticoncepcionais corretamente e relate ao médico em caso de aparecimento de qualquer sintoma inesperado, tais como dores de cabeça constantes, hemorragias, dores abdominais, alteração visual de aparecimento súbito ou dor e sensação de peso nos membros inferiores”, orienta o especialista. 

 

Indicações e contraindicações 

A indicação do método contraceptivo levará em conta diversos fatores, como por exemplo o fato da mulher estar ou não amamentando, além de seu histórico de saúde. Por este motivo, é muito importante que esta indicação seja individualizada, sempre feita por um médico, e reavaliada periodicamente, explica o Dr. Alexandre. 

“No caso de mulheres com histórico de tabagismo, hipertensão, obesidade ou diabetes, é preciso especial atenção para o aumento do risco cardiovascular, incluindo a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC), infarto e trombose. Para estas mulheres, é preciso buscar opções mais seguras”, explica.   

Vale destacar que, mesmo tomada corretamente, a pílula anticoncepcional não previne contra as IST, infecções sexualmente transmissíveis. Por este motivo, o ideal é que seja combinada ao uso da camisinha, especialmente quando não houver parceiro fixo.

 

Somos gays e queremos a genética dos dois no mesmo embrião, é possível?

Normas éticas para a Reprodução Assistida no Brasil. Essa é uma das questões mais complexas da Fertilização in Vitro, mas tem resposta! É importante ressaltar que, periodicamente o CFM (Conselho Federal de Medicina) atualiza as normas éticas para a Reprodução Assistida no Brasil, abrindo portas para novas conquistas, principalmente para a classe mais interessada no assunto, a comunidade LGBT. Portanto, essa é uma informação volátil, que pode mudar a qualquer momento.

Primeiramente, vamos contextualizar o assunto para você que está chegando agora! Casais heterossexuais com problemas de fertilização e casais gays, precisam optar por outros métodos na hora de ter um bebê. E graças aos avanços científico-tecnológicos, hoje essas pessoas têm algumas opções, como a Inseminação Artificial e a FIV. Claro, de acordo com suas preferências e especificidades.


 

Por exemplo:


Um casal composto por duas mulheres pode realizar um desses métodos, sendo que o óvulo usado pode ser de uma delas e o útero de outra, ou ambos da mesma mulher, ou até mesmo, com o auxílio de uma terceira, para ceder o útero ou o óvulo, dependendo das necessidades deste casal. Já o material genético masculino, é coletado por meio de um banco de esperma.

 

No caso de dois homens, é necessário a doação do óvulo e do útero, sendo que ambos são cedidos por mulheres diferentes – a doadora de óvulos deve ser anônima e a barriga solidária deve ter até quarto grau consanguíneo com um dos homens envolvidos no processo. Além disso, o esperma deve ser cedido por um deles.

 


É nesse momento que a dúvida surge: não podemos colocar nossos espermas juntos?

 

A resposta é não! Segundo o CFM, hoje isso não é mais possível, porque pode comprometer o sucesso do procedimento, já que com o material genético de apenas um dos pais, em contato com o óvulo da doadora e implementado no útero da barriga solidária, as chances de o procedimento dar certo são potencialmente maiores.

Isso não quer dizer que os dois não podem ter filhos com a genética de ambos. Mas neste caso, o CFM aconselha que sejam feitos dois procedimentos separadamente, um para cada embrião formado com espermatozoides diferentes. 


 

Por quê?

É uma questão genética! Quando um embrião é formado de maneira natural, ou seja, por um óvulo e um espermatozoide, são criados dois conjuntos de cromossomos, com a genética dos dois materiais.


Em casos de gravidez de gêmeos, dois espermatozoides fecundam dois óvulos diferentes, e consequentemente nascem dois bebês. Ou, no caso de gêmeos idênticos, ao fecundar o óvulo, o embrião se divide, gerando duas vidas. Porém, mesmo assim, existem dois conjuntos de cromossomos para cada um dos bebês.

 

Quando um único óvulo é fecundado por dois espermatozoides diferentes, ou seja, de dois homens, são criados três conjuntos de cromossomos, o que segundo os médicos, é “tipicamente incompatível e os embriões não costumam sobreviver”. Então, é possível acontecer? Sim! No entanto, as probabilidades de falha são muito maiores do que de sucesso, e a chance de dar certo é raríssima. Só houve dois casos desses relatados até hoje.


 

Concluindo:


Por determinação do Conselho Federal de Medicina, e para que os processos de Reprodução Assistida tenham mais sucesso, é importante que apenas um dos homens envolvidos no processo doe seu esperma, ou, que ambos doem para implementação em úteros diferentes.


Ah! Devemos ressaltar também que é possível transferir mais que um embrião no procedimento, para que haja mais chances de gravidez, mas essa determinação varia de acordo com a idade da Barriga Solidária:

 

·    mulheres com até 37 anos podem receber até 2 embriões de uma vez

·   mulheres com mais de 37 anos podem receber até 3 embriões de uma vez

 

Outra coisa que é comum acontecer quando são transferidos mais que um embrião, é a gravidez de gêmeos, por isso, pense bem antes de dar início ao seu procedimento e tenha um planejamento na ponta do lápis.

 

 Helio e Tonanni - @2papais

 


Obstetra indica os exercícios físicos ideais para cada fase da gestação

O foco dos exercícios para gestantes deve ser as atividades mais leves e funcionais, de preferência, indicadas por especialistas   

 

Apesar de ainda haver tabus sobre a atividade física na gestação, a prática é altamente recomendada e ajuda a evitar problemas de saúde graves, como pressão alta e a diabetes gestacional. 

No Brasil, a prevalência de diabetes mellitus gestacional (DMG) é, de acordo com o Ministério da Saúde, de 7,6% – número considerado alto. Além disso, cerca de 20% das mulheres no país são consideradas obesas, o que aumenta as chances de desenvolverem uma gravidez de risco. 

E mexer o corpo na gestação não faz bem somente à mãe. Por estimular a circulação sanguínea, os exercícios melhoram o transporte de nutrientes e oxigênio do organismo materno para o bebê, que se dá por meio da placenta e do cordão umbilical. A melhor oxigenação do cérebro pode trazer, inclusive, benefícios cognitivos, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Montreal, no Canadá. 

Já um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que uma substância produzida pela placenta após a prática de exercícios tem efeitos positivos sobre a saúde da criança, reduzindo as chances de desenvolver diabetes no futuro. Além disso, hormônios responsáveis pelo bem-estar, liberados durante a atividade física, também podem atravessar a barreira placentária e chegar até o bebê.

 

Toda grávida pode treinar?

No entanto, a prática regular de atividades físicas durante a gestação deve ser avaliada junto com o obstetra. “Os exercícios devem ser compatíveis com o quadro e a evolução da gravidez”, diz Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, membro da FEBRASGO e especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, e em Infertilidade e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO, e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre. 

Segundo ele, o ideal é evitar esforço físico em gestantes com placenta prévia, pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional, doenças cardíacas e pulmonares prévias e outras condições similares. “Nestes casos, o obstetra pode recomendar fisioterapia e outras atividades de baixíssimo impacto, embora o ideal seja o descanso e o foco na gestação”, afirma Carlos Moraes.

 

Confira os exercícios adequados para cada etapa da gestação

Após a avaliação com seu obstetra, busque um profissional especializado que faça o monitoramento dos seus exercícios. E para ajudar na escolha das modalidades ideais, do início ao fim da gravidez, o ginecologista e obstetra Carlos Moraes listou as principais opções:

 

No primeiro trimestre

Para a mulher que pratica atividade regular, é comum ter se exercitado normalmente nas primeiras semanas antes de descobrir a gravidez. Entretanto, uma vez que a gestação esteja confirmada, é hora de adaptar a rotina. 

Para começar, o ideal são os alongamentos, sempre sob orientação de um educador físico ou fisioterapeuta. “Os alongamentos reduzem as chances de dores nas costas no decorrer da gravidez, ajudam a minimizar gases e prisão de ventre e fazem parte da preparação para o parto”. 

Atividades como bicicleta, natação, pilates, corridas leves e até alguns exercícios na academia de musculação podem continuar a ser feitas com regularidade, ajustando apenas a intensidade. 

“Já para as sedentárias, não é hora de pensar na atividade como meio de manter a forma ou perder peso. O foco dos exercícios físicos para gestantes deve ser as atividades mais leves e funcionais, de preferência, indicadas por especialistas”, adverte Carlos Moraes.

 

No segundo trimestre

Este período é considerado mais tranquilo, quando as náuseas e a fadiga do primeiro trimestre desaparecem ou diminuem. Mas, com o aumento de peso e a retenção de líquidos, alguns movimentos podem ficar mais difíceis, alterando o equilíbrio. 

“As mudanças corporais somadas à nova percepção de equilíbrio acabam favorecendo quedas. Por isso, a dica é reduzir a intensidade de caminhadas e outros exercícios aeróbicos, e trocar a bicicleta comum pela ergométrica. A natação e a hidroginástica continuam sendo ótimas opções de exercícios físicos para grávidas. Isso porque a atividade na água reduz o impacto e é mais fácil medir a intensidade”. 

Outra recomendação é iniciar práticas de fortalecimento do assoalho pélvico. “Feito com a orientação de uma fisioterapeuta especializada, o treinamento muscular do assoalho pélvico facilita o parto natural e pode reduzir as chances de lacerações perineais (ferimentos na região entre a vagina e o ânus que podem ocorrer durante o parto)”, explica o ginecologista e obstetra. 

Além disso, os exercícios para o assoalho pélvico ajudam no controle do escape da urina, comum neste período devido à pressão crescente da placenta sobre a bexiga.

 

No terceiro trimestre

Nesta fase, costuma ser mais difícil manter alguma atividade física. Dores na lombar, nas pernas e nos joelhos se intensificam e até as náuseas que eram comuns no primeiro trimestre podem retornar. Essas e outras transformações podem desanimar a continuidade dos exercícios, fazendo com que a gestante interrompa a rotina. “Se ocorrer, não há problema algum. Depois do nascimento, você volta a se exercitar normalmente, dentro do seu tempo”. 

Mas, se ainda houver disposição, vale apostar na hidroginástica e ioga, sempre com um profissional que tenha capacidade técnica para orientar gestantes. O treino muscular do assoalho pélvico pode continuar a ser feito. Nesta etapa, a grávida também pode iniciar a massagem perineal, que deve ser feita após orientações da fisioterapeuta. 

“Na reta final, o ideal é dar uma pausa nos treinos e aproveitar o resto da gravidez com massagens, relaxamento e preparação psicológica para o parto”, finaliza Carlos Moraes.



Exposição a canabinoide na gestação aumenta mortalidade e problemas respiratórios em recém-nascidos

Conclusão é de estudo com ratos conduzido por pesquisadores da Unesp e da USP. Ninhadas cujas mães receberam equivalente sintético da substância apresentaram taxa de morte neonatal 29% maior, além de alterações no controle da respiração e da sensibilidade ao dióxido de carbono – fatores que em humanos predispõem à morte súbita (foto: Freepik)

 

O consumo de maconha ou derivados durante a gravidez pode trazer problemas respiratórios aos bebês, como disfunção do controle da respiração e menor sensibilidade ao dióxido de carbono (CO2), fatores que favorecem inclusive a ocorrência de morte súbita infantil. O alerta é de um estudo publicado no British Journal of Pharmacology.

O grupo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP) administrou em ratas grávidas um composto sintético com ação cerebral análoga à dos canabinoides derivados da maconha. Grande parte dos efeitos deletérios observados ocorreu principalmente nos filhotes machos.

“Com a legalização e flexibilização da maconha e seus derivados em alguns países e um considerável aumento do consumo, grávidas utilizam desses compostos presentes na planta Cannabis sativa na forma de medicamentos, devido às propriedades de redução das náuseas, ou mesmo de modo recreativo. No entanto, as consequências dessa exposição a canabinoides no feto ainda são pouco conhecidas”, afirma Luis Gustavo Patrone, primeiro autor do estudo conduzido com apoio da FAPESP durante seu doutorado na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV-Unesp), em Jaboticabal.

Em comparação com os ratos que não sofreram exposição intrauterina à substância, os filhotes expostos tiveram uma mortalidade neonatal 29% maior. Nos machos, houve ainda intensificação dos tremores nos primeiros dias de vida, em decorrência de um quadro de abstinência, alterações na respiração basal e na resposta ventilatória ao oxigênio e ao CO2, além de menor capacidade de expansão dos pulmões.

Os autores também observaram queda na eficiência da respiração mitocondrial do encéfalo, alteração da quantidade de receptores para canabinoide (CB1) e de neurônios catecolaminérgicos em núcleos do encéfalo que controlam a função respiratória. Juntos, esses dados revelam alterações significativas.

Nas fêmeas, mais eventos espontâneos de apneia (períodos sem respirar) ocorreram, além de reduções nas populações de neurônios serotoninérgicos no tronco encefálico. Juntos, esses dados revelam que a exposição intrauterina a canabinoide resultou em relevantes alterações no controle mecânico e sensorial da ventilação, sendo mais acentuada sobre os indivíduos machos.

“Sabe-se que diversos compostos da Cannabis atravessam facilmente a placenta e podem interferir nas vias de sinalização dos endocanabinoides, que são produzidos pelo próprio cérebro. Isso pode afetar profundamente as funções neurais e fisiológicas do feto, incluindo os processos cardiorrespiratórios, causando efeitos duradouros na vida pós-natal”, resume Luciane Gargaglioni, professora da FCAV-Unesp e coordenadora do estudo.

O trabalho integra um projeto também apoiado pela FAPESP e coordenado por Gargaglioni.

Morte súbita

Os pesquisadores lembram que o uso de maconha durante a gravidez pode estar associado à ocorrência da síndrome da morte súbita infantil (SIDS), que é relacionada à detecção das concentrações dos gases O2 e CO2 na corrente sanguínea e ajustes ventilatórios. Os episódios de apneia espontânea nas fêmeas expostas à substância durante o estudo são indicadores da diminuição desse controle.

“Se o travesseiro cai no rosto e impede a respiração durante o sono, por exemplo, o bebê que tem essa síndrome não é capaz de detectar as alterações dos gases. Enquanto em um recém-nascido com o controle normal da respiração isso o faria despertar e chorar, na SIDS, mesmo com grandes reduções do oxigênio e aumento do CO2, o bebê pode morrer asfixiado”, explica Patrone.

A sensibilidade aumentada ao dióxido de carbono também foi testada, visto que é um determinante biológico dos ataques de pânico. Machos de diferentes idades apresentaram uma exacerbada resposta ventilatória ao CO2. Entre as fêmeas, o mesmo padrão foi observado apenas nas juvenis.

“A exposição pré-natal a canabinoides, portanto, pode aumentar a sensibilidade ao dióxido de carbono e, consequentemente, a vulnerabilidade a transtornos de pânico”, diz Gargaglioni.

As análises não demonstraram alterações expressivas sobre o controle cardiovascular e da temperatura corporal, ao menos em curto e médio prazo. Os experimentos foram encerrados quando os animais completaram 28 dias de vida.

“Ainda que seja um estudo feito em ratos, ele pontua importantes alterações na fisiologia respiratória em decorrência da exposição a canabinoides no útero e, por isso, lança uma nota de cautela para o uso terapêutico ou recreativo de canabinoides por mulheres grávidas”, encerra Patrone.

O artigo Sex- and age-specific respiratory alterations induced by prenatal exposure to the cannabinoid receptor agonist WIN55,212-2 in rats pode ser acessado em: https://bpspubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bph.16044.



André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/exposicao-a-canabinoide-na-gestacao-aumenta-mortalidade-e-problemas-respiratorios-em-recem-nascidos/41025/



Produto usado para limpeza a seco pode estar relacionado ao Parkinson, especialista explica

Neurocirurgião, Dr. Bruno Burjaili afirma que, diante da incerteza das causas do Parkinson, ter novos indicativos é fundamental 

 

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente pessoas idosas, mas também pode, mais raramente, ocorrer em indivíduos mais jovens, ele causa tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos, perda de equilíbrio e coordenação, além de alterações na fala e na escrita. Ainda não há cura para o Parkinson, mas existem tratamentos que ajudam a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

Ainda não se sabe ao certo as causas da doença, mas novas pesquisas e inovações tecnológicas têm ajudado a compreender melhor como a condição surge e se desenvolve, o que pode levar a novas terapias e tratamentos no futuro. 

Um novo estudo publicado pelo Journal of Parkinson’s Disease, indicou que o TCE - tricloroetileno químico - solvente muito usado para lavagem a seco, desengordurar metais, remover tintas e até para anestesiar pacientes, pode estar relacionado ao desenvolvimento de Parkinson, aumentando em até 500% o risco de ter a doença. 

Os resultados reforçam pesquisas anteriores que já relacionavam o produto ao Parkinson demonstrando sua capacidade de penetração nos tecidos cerebrais e danificar as mitocôndrias, organelas presentes nas células e responsáveis pelo processo de respiração celular, alterações nela também têm sido fortemente relacionadas com o surgimento de doenças neurodegenerativas. 

Segundo o neurocirurgião especialista em Parkinson, Dr. Bruno Burjaili, ter novos estudos que apontam possíveis causas para a doença é essencial para prevenção, diagnóstico e tratamento. 

Há uma certa dificuldade, mesmo com o avanço das pesquisas e tecnologias, na determinação das causas do Parkinson. Por isso, estudos como esse, que ajudam a compreender melhor esse processo, são fundamentais para direcionar melhor os esforços quanto ao tratamento e à possível prevenção da doença”. 

Nesse caso específico, a relação entre o TCE e o Parkinson já foi sugerida algumas vezes na literatura, tanto em testes com animais como em relatos de pessoas doentes que foram expostas ao produto, isso poderia indicar a necessidade de cuidados específicos, em especial, com moradores de regiões próximas a segmentos do comércio ou da indústria que utilizem o produto, o grande problema é que ele pode evaporar, se difundir e atingir de forma silenciosa esses moradores. De todo modo, ainda precisamos de análises mais detalhadas para entender melhor essa relação e qual nível de contato gera risco. Enquanto não sabemos ao certo, não podemos permitir que essas pessoas se exponham.” Explica o Dr. Bruno Burjaili. 

 

Dr. Bruno Burjaili - Neurocirurgião especializado no tratamento de doenças da cabeça, nervos e coluna vertebral, com experiência em doença de Parkinson, tremores, distonia, dores crônicas e fibromialgia.



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