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terça-feira, 28 de março de 2023

Clareamento dental ou lentes? Qual a melhor opção para quem quer dentes brancos

Dra. Pamela Pironi, dentista especialista há dez anos, explicou as vantagens dos dois procedimentos

 

Todo mundo quer ter um sorriso branco. E quem já tem os dentes alinhados pode ficar na dúvida entre clareamento ou lentes de contato. A Dra. Pamela Pironi, que faz parte do quadro Beleza Renovada, do programa Eliana, pontua qual é a melhor opção.

 

“Se o paciente estiver satisfeito com seu sorriso alinhado e com o formato dos seus dentes naturais, desejando apenas dar uma tonalidade mais clara ao dente, em razão de amarelamento no sorriso, a melhor opção é optar pelo clareamento dental. No entanto, se o paciente estiver com o sorriso amarelado, tenha os dentes alinhados, mas o formato dos dentes não o agrada, ainda que faça o clareamento para corrigir o amarelamento, os dentes continuarão com a mesma forma insatisfatória para ele. A indicação, neste caso, são as lentes de porcelana para dar um novo formato que seja ideal para o sorriso do paciente”, explica.

 

Dra. Pamela fala sobre os benefícios dos procedimentos. “A vantagem de fazer o clareamento dental é de ele devolver a tonalidade mais branca e natural do dente ao paciente, mas lembrando que cada paciente e cada organismo tem um limite de clarear o dente para que ele não seja desmineralizado. A vantagem das lentes de porcelana para reabilitar a boca é que elas não mancham, a sua resistência à mastigação e durabilidade são de, no mínimo, 20 anos. Mas sempre lembrando que se deve fazer a manutenção de limpeza e polimento de 6 em 6 meses”, diz.

 

Mas quem tem os dentes mais amarelados e optar pelas lentes de contato dental, precisará fazer clareamento. “Para início do tratamento com as lentes de porcelana ou reabilitação oral, é necessário concluir a parte clínica, iniciar a profilaxia (limpeza) e depois iniciar o clareamento para os pacientes que têm a tonalidade dos dentes muito amarelada, para depois iniciar o tratamento com as lentes de porcelana e reabilitação oral”, destaca.

 

Se a dúvida é entre o clareamento em gel ou a laser, Pironi aconselha o caseiro. “O clareamento a laser eu não indico por ele ter peróxido de hidrogênio em sua composição. E tende a desmineralizar o dente deixando o aspecto de dente branco, e de enganar o paciente pelo aspecto ‘brancão’. Pode desencadear uma forte sensibilidade dental. Seu efeito clareador é mais rápido, mas é preciso ter atenção a este ponto: o dente não estará naturalmente branco e com sinal de saúde, ao contrário, estará com desmineralização dental, podendo causar sérios problemas”, diz.

 

Ela continua: “Eu recomendo sempre o clareamento caseiro, à base de peróxido de Carbamida + Nitrato de Potássio + Flúor em sua composição.

 

É sem dúvida a melhor técnica a ser indicada para o paciente que deseja um clareamento mais duradouro. O paciente faz em casa com a placa de clareamento e o gel clareador viscoso durante a hora do sono. Essa técnica de clareamento será, certamente, muito mais eficaz e satisfatória ao dente e ao paciente.

 

Durante o sono, nossa salivação diminui, ajudando o gel clareador em contato com os dentes a ser mais eficaz e elevar a qualidade do poder clareador.

Lembrando que o melhor clareador é aquele que fica por mais tempo em contato com o dente, assim tirando todo o “manchamento” causado pelos diversos corantes nos alimentos e bebidas ingeridos durante a vida”, finaliza.


Desprescrição de medicamentos se populariza entre profissionais que cuidam da saúde da população idosa

A desprescrição foi um dos temas do XXIII Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado de 23 e 25 de março de 2023, em São Paulo

 

Estudos evidenciam o aumento do uso de medicamentos conforme o avanço da idade, em especial, devido a doenças crônicas como o câncer, o diabetes e as doenças cardiovasculares, entre outras. No Brasil, onde a população de 60 anos ou mais chega a mais de 30 milhões de indivíduos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que em torno de 80% dos idosos utilizem pelo menos um medicamento por dia e que cerca de um terço use cinco ou mais medicamentos simultaneamente [1]. No entanto, profissionais de saúde como médicos geriatras e farmacêuticos têm incentivado a desprescrição sempre que possível. 

Segundo o farmacêutico Márcio Galvão Oliveira, a desprescrição é uma prática antiga que consiste na retirada gradual ou na diminuição da dose de medicamentos que não apresentam benefícios ou têm grandes riscos para os pacientes, agora difundida com esse novo nome. “Ela vem se difundindo cada vez mais entre farmacêuticos e médicos geriatras e é preciso expandir essa prática para as demais especialidades médicas”, explica o professor da Universidade Federal da Bahia. 

Para a médica geriatra Ivete Berkenbrock, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), ampliar essa prática contra o uso indiscriminado é necessária. “A prescrição precisa ser sempre orientada pelo profissional de saúde e revista pelo mesmo ao longo do tratamento, sendo desprescrita quando possível. A automedicação também é um ponto de atenção. Para muitas pessoas, ainda é mais fácil ingerir um medicamento que buscar hábitos mais saudáveis”, complementa ela, que também é coordenadora do Programa de Saúde da Pessoa Idosa da Prefeitura de Curitiba (PR). 

Até mesmo os profissionais de saúde ainda resistem em praticar a desprescrição. No entanto, de acordo com Oliveira, profissionais como os médicos geriatras, que são considerados os coordenadores do cuidado de pacientes idosos, têm manejado de forma mais contida determinados medicamentos. “Os farmacêuticos também têm mostrado excelente atuação.

Agora, precisamos continuar avançando”, defende ele. 

Não é para menos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que mais de 50% dos medicamentos para pacientes de diferentes idades são prescritos ou dispensados de forma inadequada e que 50% dos pacientes utilizam medicamentos de maneira incorreta, com o agravante entre pessoas que fazem uso de polifarmácia, isto é, que utilizam diversos medicamentos rotineiramente [2]. 

Para os próximos anos, a aposta de Oliveira é que a desprescrição se torne ainda mais popular entre profissionais de saúde no Brasil, em especial, os que cuidam da saúde da população idosa.

“Apesar de ser um tema novo em nosso país, essa prática tem sido bastante difundida em outros países. Minha aposta é que as universidades e sociedades científicas tenham grande papel nisso. Nesse sentido, por que não inserir nas diretrizes clínicas as informações sobre a prescrição de medicamentos?”, questiona o professor da UFBA. 

“A nós, enquanto sociedade científica, cabe pautar esse tema para discussão entre os profissionais que cuidam da saúde da população idosa. Dessa maneira, estamos preocupados não apenas com o cenário da Saúde atual, mas projetando o futuro que queremos”, conclui a presidente da SBGG. 

A desprescrição foi um dos temas do XXIII Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado pela SBGG entre os dias 23 e 25 de março de 2023, no Expo Center Norte, em São Paulo.

 

 

[1] COSTA, Renata Mazaro e et al. Uso de medicamentos por idosos: algumas considerações. Geriatrics, Gerontology and Aging, v. 2, n. 3, 2008.



Colocar os exames de rotina em dia pode prevenir doenças futuras

Compostos muitas vezes por exames simples, os check-ups devem fazer parte dos cuidados com a saúde

 

A saúde vai além da ausência de enfermidades. Levar uma rotina saudável depende de uma série de fatores que são essenciais, tais como: lazer, boa alimentação, consumo de água, prática de atividades físicas e o descanso. Algumas doenças podem ser prevenidas com algumas mudanças nos hábitos de vida, porém é importante ressaltar a necessidade de realizar exames de rotina e visitar um médico com certa frequência.

Os checkups são um forte aliado para o bem-estar e para garantir uma qualidade de vida. Além de ajudar na avaliação do estado atual de saúde, eles são capazes de detectar doenças no início, aumentando assim, as chances de uma melhor evolução no tratamento.

Apesar de sua importância, não é de hoje que os check-ups de saúde não são um hábito comum na população. Pesquisas anteriores já mostravam um cenário em que 35% dos brasileiros nunca haviam feito exames preventivos, seja por conta das grandes filas do SUS ou pela dificuldade com os altos preços praticados no mercado.

Esse quadro traz desafios, e muitas empresas tentam mostrar a importância dessa verificação de rotina, além de evidenciar que os check-ups geralmente são rápidos e simples. “A prevenção é uma das ferramentas mais poderosas para cuidarmos da saúde. Detectar um problema no início traz vantagens para os tratamentos, resultados e, muitas vezes, também para o bolso, pois pode evitar procedimentos mais complexos. E, claro, os check-ups trazem o mais importante, que é a certeza de que a saúde está em ordem.”, afirma Vitor Moura, CEO da plataforma de saúde VidaClass Saúde.


Prescrição digital na odontologia garante agilidade e segurança

O novo recurso do EasyDental Cloud permite que o dentista envie receitas digitais por e-mail, WhatsApp ou SMS ao paciente.

 

A odontologia é uma das áreas que não para de inovar. Ano após ano, diversas tecnologias são inseridas nos consultórios odontológicos, garantindo agilidade e resultados que vão auxiliar cada vez mais a rotina do dentista e a vida do paciente. Este é o caso da prescrição digital de medicamentos, funcionalidade que chega aos clientes da EasyDental, em parceria com a Memed, empresa líder do setor na área médica com mais de 200 mil médicos cadastrados. 

A receita em formato digital foi regulamentada em 2020, durante a pandemia de Covid-19. Ela permite a compra de medicamentos sem a necessidade da receita impressa. A receita digital consiste em um documento online, que pode ser gerado em plataformas específicas e possibilitando uma grande praticidade ao dentista na hora de prescrever medicamentos, mesmo que controlados, sem a necessidade de uma visita do paciente ao consultório ou envio da mesma via correio.

Há quem pense que a prescrição digital seja o mesmo que um simples envio de uma receita ao paciente por e-mail, mas não é. A prescrição digital é um documento com valor legal, assinado digitalmente pelo dentista através de uma tecnologia muito mais segura que o papel tradicional. Assim que finalizada a consulta, o dentista encaminha a prescrição ao paciente pelo melhor meio digital pré-determinado que pode ser SMS, WhatsApp ou outro. A partir daí o paciente pode adquirir de maneira prática seu medicamento. “O paciente recebe um link com a prescrição digital que é aceita em todas as farmácias, bastando apenas apresentar o QR Code. Além disso, pode optar pela conveniência de realizar a compra online, a partir da própria receita, e receber os medicamentos onde quiser”, explica Allan Conti, executivo da Memed.

Além de todos os aspectos de segurança e agilidade ao paciente, a prescrição digital traz melhorias no fluxo de trabalho do dentista e redução de custos do consultório – seja com a eliminação de papel ou com processos de re-emissão de receitas – toda receita emitida é automaticamente armazenada no prontuário do paciente. Além disso, a ferramenta digital aumenta os níveis de engajamento dos pacientes ao tratamento prescrito.

“Temos benefícios para todos os envolvidos.  O paciente terá mais segurança ao receber uma prescrição digital, além de ter acesso ao histórico de todas as prescrições recebidas sempre à mão. O dentista passa a receber alertas importantes para, por exemplo, interações entre os medicamentos prescritos e alergias do paciente a algum componente receitado, isso tudo enquanto prescreve. Além disso, o dentista poderá consultar se algum medicamento foi descontinuado, as posologias indicadas e outros itens da bula, até mesmo o preço de referência”, reforça Conti.


Segurança garantida

Para uma receita digital ser válida e aceita, ela precisa estar assinada por meio de um certificado digital credenciado pela ICP-Brasil, que funciona como uma senha criptografada e garante a segurança no processo. O conteúdo da prescrição digital também é criptografado no envio ao paciente, com objetivo de garantir a confidencialidade de informações sensíveis e pessoais, impedindo o acesso não autorizado e os tornando ilegíveis para quem não possua a chave de encriptação (dentistas e pacientes). A partir de março, a EasyDental oferecerá gratuidade nos certificados digitais para os primeiros 1000 cirurgiões-dentistas que aderirem ao novo recurso de prescrição digital Memed no EasyDental Cloud.

 


Easy Software
www.easydentalcloud.com.br


A fisioterapia como caminho para eliminar o sedentarismo

A rotina nos consome. Para quem vive em cidades grandes é praticamente impossível diminuir o ritmo. Se de um lado nos sentimos pressionados pela multidão e pela cobrança dos que estão a nossa volta, por outro nos sentimos solitários em muitos momentos com a sensação de um individualismo que incomoda e liberta ao mesmo tempo.

Neste contexto, as pessoas estão cada vez mais suscetíveis a quadros de depressão, ansiedade e dores crônicas, com consequente aumento do absenteísmo, que é o termo usado pela área de Recursos Humanos para as faltas no trabalho, gerando diminuição da produtividade individual e das empresas. Ninguém se beneficia deste quadro e para mudá-lo precisamos entender a causa raiz do problema e como mudar esta realidade. Tudo começa com a mudança da perspectiva que temos sobre as doenças.

A dor crônica hoje é entendida como um processo mais parecido com o aprendizado, do que uma sensação. Ela se caracteriza por uma sensação que perdura por mais do que 3 meses ou uma dor que permaneça mesmo após a cicatrização de uma lesão. Geralmente está associada a uma memória ou acontecimento específico, podendo estar conectada a emoções que tenham sido vivenciadas em algum evento marcante no trabalho ou na vida pessoal. Isso não quer dizer que a dor seja “psicológica” como muitos costumam referir, mas entendemos que os sintomas crônicos normalmente são multifatoriais e que muito comumente associamos em formato de memória sensações físicas, com eventos e emoções, formando assim uma neuromatriz única, como qualquer outra memória guardada pelo nosso Sistema Nervoso.

A depressão já foi vista como um quadro que somente poderia ser tratado a partir de muita terapia e medicação, mas hoje a ciência nos mostra que exercícios físicos de leve a moderado também ajudam a melhorar os níveis de serotonina, sendo um recurso valioso nos tratamentos, juntamente com a psicoterapia e uma possível alternativa para abandonar a medicação à medida que o quadro estabilize. É muito comum que quadro de dores crônicas sejam agravados pela depressão em um ciclo vicioso de piora, já que a depressão também pode ser agravada por dores limitantes e persistentes.

A ansiedade que para alguns pode ser uma grande tendência desta década, já foi prevista por muitos estudiosos e abordada de forma precisa nos livros e entrevistas de Zygmunt Bauman sobre o Mundo Líquido e a dificuldade que temos em lidar com a inevitável inconstância de nossa realidade e a velocidade cada vez maior com que tudo muda. Durante o tratamento de dores crônicas, em muitos pacientes, percebemos o quanto a ansiedade atrapalha a evolução da melhora pela autocobrança de resultados e pela dificuldade em aceitar o processo de cura, que as vezes demora mais do que o esperado ou programado. Sempre uma questão de ajuste de expectativa!

Já entendemos que as dores são multifatoriais e que quadros depressivos e de ansiedade podem piorar os sintomas, mas como devemos lidar com quadros tão abrangentes? Não existe passe de mágica e nem pílula milagrosa, em geral é preciso uma equipe multidisciplinar para tratar estes quadros, mas a fisioterapia tem uma solução que aborda de forma bem abrangente este tipo de problema.

Primeiro, o fisioterapeuta hoje é um profissional que tem uma visão totalmente focada no diagnóstico funcional da doença, o que já é uma mudança de paradigma, já que por anos os diagnósticos foram direcionados para entender as doenças enquanto entidades e não os processos que levavam às doenças. Esta abordagem funcional prioriza entender quais são os fatores que geram piora do quadro e abordá-los de forma segmentada. Um exemplo é a Fibromialgia, entendida como uma doença sem cura por muitos anos, que tem três aspectos que devem ser abordados: a dor itinerante (que é referida em várias partes diferentes do corpo mudando sua localização de tempos em tempos), a depressão e o sedentarismo. Entendendo que desenvolver a capacidade para praticar qualquer tipo de atividade física é uma solução que irá abranger os três aspectos da doença, o fisioterapeuta irá trabalhar com o paciente o aumento de sua capacidade adaptativa aos exercícios, evitando chegar à fadiga, mas apresentando ganhos sistemáticos. (Diversos estudos nos últimos anos tem demonstrado que exercícios físicos controlados são a melhor opção no tratamento de dores, depressão e sem dúvida no combate ao sedentarismo.)

Segundo, o próprio processo evolutivo do paciente e aumento de sua capacidade em lidar com a dor e depressão ou ansiedade são uma mudança de perspectiva por si só, possibilitando uma visão diferente sobre a doença, como uma consequência de fatores que de certa forma podemos aprender a controlar, mesmo que não completamente, dando forças para superar situações cada vez mais complexas, gerando assim maior resiliência dentro de uma rotina estressante.

A conclusão é que, seja presencialmente ou online, a fisioterapia se mune de diversos recursos para lidar com estes processos de dores crônicas associados a quadros emocionais, mudando a perspectiva sobre a doença e orientando para que os pacientes superem seus limites físicos, muitas vezes impostos por crenças de que uma artrose ou hérnia de disco seja um quadro limitante e que o destino seja a cirurgia, como se bloquear o movimento de uma articulação ou colocar uma prótese, fosse solução para suas dores (claro que em alguns casos a cirurgia é a melhor solução, mas para isso é importante que esgotemos todas as possibilidades de tratamentos conservadores, ou seja, não cirúrgicos). As vezes a percepção inicial pós cirurgia é que o problema foi resolvido, mas com o passar do tempo vem as compensações e o corpo cobra caro.

Permita-se superar seus limites, mude sua perspectiva sobre as doenças, entenda mais a fundo e mapeie os processos que agravam ou que melhoram os sintomas para abordá-los com mudanças em seus hábitos diários, aumente sua capacidade adaptativa física, mental e, consequentemente, aumente sua produtividade no trabalho e a qualidade na convivência familiar. Enfim, reverta um ciclo vicioso em um ciclo virtuoso de melhora sem esperar milagres, somente as consequências do que cultiva a cada dia na sua rotina.



Claudio Cotter - Fisioterapeuta, com pós-graduação em Medicina Psicossomática, co-autor do livro “CURA PELO HÁBITO’ e idealizador da CM2 Clínica Multidisciplinar.
www.clinicamultidisciplinar.com.br
www.curapelohabito.com.br


Impactos socioeconômicos da legalização da cannabis no Brasil

O uso da cannabis medicinal vem se desenvolvendo no Brasil. Considerando esse avanço, a legalização engloba diversos impactos socioeconômicos, já que é um setor em constante crescimento. Em geral, podemos apontar que é um mercado heterogêneo entre todas as classes sociais, pois inclui áreas como saúde, educação, segurança e economia. 

Atualmente, a regulamentação da cannabis permite a importação de alguns medicamentos à base da planta, mas proíbe a produção e cultivo em solo brasileiro, fazendo com que hoje não seja um mercado acessível para todos os pacientes. No Brasil, o número de médicos prescritores vem se multiplicando a cada ano. Nos últimos seis anos, houve um crescimento médio de 124% ao ano, de acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Esse crescimento se deve à ampliação do acesso à gama de informações sobre o tema  e do número de conteúdos científicos que comprovam a eficácia da cannabis medicinal, que são essenciais para combater a desinformação em relação às propriedades da planta e o preconceito que é enraizado socialmente, dificultando o tratamento de muitos pacientes que poderiam ser auxiliados.

Assim, com a  ampliação da informação  sobre os benefícios da cannabis medicinal , a tendência seria aumentar o acesso e, por consequência, os preços seriam reduzidos, logo, as classes mais baixas e médias teriam mais condições de adquirir os produtos, gerando  oportunidades para as empresas do setor aumentarem seu market share.  

Podemos observar inúmeros países que começaram restrições semelhantes às do Brasil e hoje já estão mais flexibilizados como, por exemplo, Estados Unidos, Canadá e Alemanha. Além disso, existem diversos benefícios econômicos que uma ampla regulamentação  pode agregar ao país, tendo em vista a estrutura do solo brasileiro e o clima favorável para a produção e cultivo em larga escala da cannabis e suas subespécies.

Há de se considerar, também, a arrecadação de impostos sobre o produto como um ponto crucial para avaliar uma reestruturação da regulamentação atual. Nos Estados Unidos, por exemplo, nos estados onde é permitida a comercialização da cannabis, arrecadam-se milhões de dólares pelo mercado legal, capital que é investido em outros setores como saúde, educação, lazer, entre outros.

A cannabis teve um crescimento muito acelerado e esse movimento tende a se tornar cada vez maior. Estima-se que o Brasil se tornará um dos maiores players globais do produto. Além da diversidade que o uso da cannabis oferece, temos uma grande população, que está abrindo as possibilidades para novas formas de tratamento; e a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), que já vem trabalhando para incorporar essa realidade em seu sistema.

Observando o presente e incorporando o futuro, percebo que existem  diversas  inovações, formulações e pesquisas que podem ser realizadas. O Brasil está atrasado na regulamentação, mas nada impede que, vendo o desenvolvimento de outros países nesse segmento e tendo como exemplo, terá maiores possibilidades de ampliar as leis atuais em benefício dos pacientes.

 

Fabrizio Postiglione - fundador e CEO da Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal. O executivo estuda a planta há mais de 10 anos e ao longo de sua trajetória profissional, atuou em todo o processo para produção e comercialização de medicamentos à base de cannabis.


Edema de glote e anafilaxia: qual a diferença?


A Glote é um espaço localizado na faringe (garganta) que fica entre as duas pregas vocais. É importante porque dependendo da abertura e fechamento das pregas vocais, o ar passa e serão produzidos os sons, a fala. Quando acontece o edema de glote, inchaço que ocorre nessa região, a passagem de ar pode ser obstruída, impedindo a pessoa de respirar.

 

“O edema de glote pode acontecer por causa de uma reação intensa na região do pescoço ou por reação sistêmica, as chamadas anafilaxias, que podem acometer vários órgãos, inclusive pele e mucosa, ocasionando o inchaço da região. As anafilaxias, geralmente, ocorrem por alguns alimentos, medicamentos e ferroadas de insetos como abelhas, vespas e formigas”, explica a Dra. Albertina Varandas Capelo, Coordenadora do Departamento Científico de Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). 

 

A especialista conta que a anafilaxia é caracterizada pela associação de manifestações clínicas envolvendo dois ou mais sistemas. “Um desmaio súbito, obstrução de vias aéreas (edema de glote) e vômitos incoercíveis, também podem ser manifestações de anafilaxia. As manifestações alérgicas podem iniciar com sintomas cutâneo e mucoso e evoluir para anafilaxia, apresentando acometimento respiratório ou gastrointestinal por exemplo”, comenta Dra. Albertina. Seguem abaixo as manifestações clínicas da anafilaxia:

 

Manifestações na pele e mucosas (80% a 90% dos casos): Vermelhidão localizada ou no corpo todo, coceira, manchas na pele, placas no corpo e/ou inchaço nos olhos e lábios. Geralmente, são as mais frequentes e aparecem primeiro.

 

Manifestações respiratórias (70% dos episódios): coceira e entupimento nasal, espirros, coceira ou aperto na garganta, dificuldade para falar, rouquidão, estridor, tosse, chiado no peito ou falta de ar.

 

Manifestações gastrointestinais (30% a 40%): náuseas, vômitos, cólicas e diarreia.

 

Manifestações cardiovasculares (10% a 45%): pressão baixa, com ou sem desmaio, aceleração ou descompasso dos batimentos cardíacos.

 

Manifestações neurológicas (10% a 15% dos casos): dor de cabeça, crises convulsivas e alterações do estado mental.

 

Outras manifestações clínicas: sensação de morte iminente, contrações uterinas, perda de controle de esfíncteres, perda da visão e zumbido.

 

Tratamento – Considerada emergência médica, o tratamento da anafilaxia deve ser feito rapidamente, sendo a ADRENALINA AUTOINJETÁVEL o primeiro medicamento a ser administrado por via intramuscular, na região anterolateral da coxa. A adrenalina trata todos os sintomas associados à anafilaxia e pode prevenir o agravamento dos sintomas.

 

Porém, a adrenalina autoinjetável não é produzida no Brasil e apenas pode ser adquirida pelo paciente por meio de importação.

 

Outros medicamentos também podem ser associados ao tratamento, como antialérgicos, corticoides e broncodilatadores, mas não devem ser administrados antes ou no lugar da adrenalina e nunca devem atrasar a administração rápida de adrenalina assim que a anafilaxia for reconhecida.

 

“A adrenalina deve ser disponibilizada para a automedicação no domicílio e o paciente deve seguir o plano de ação indicado pelo seu médico, procurando a emergência para avaliação clínica e manter-se em observação, uma vez que que a anafilaxia pode recorrer, caracterizando-se a reação bifásica”, explica a Coordenadora do Departamento Científico de Anafilaxia da ASBAI. 

Após a recuperação da anafilaxia é recomendado o acompanhamento com um especialista em Alergia e Imunologia para realizar corretamente o diagnóstico, tentar identificar os agentes desencadeantes daquela reação, diminuindo o risco de reação anafilática futura. Assim, é possível adotar ações para reduzir a gravidade da reação em uma nova anafilaxia, incluindo a prescrição e educação sobre o uso de adrenalina autoinjetável..

 


Associação Brasileira de Alergia e Imunologia - ASBAI
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Cinco motivos para os homens perderem - agora - a vergonha de ir ao urologista

Plataformas de telemedicina especializadas na saúde do homem aparecem como solução para que eles se cuidem mais

 

Quando o assunto é saúde masculina, o preconceito em relação aos cuidados é um risco para a qualidade de vida dos homens. Não à toa, a cada 36 minutos, um homem morre no Brasil por conta do câncer de próstata, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), isso porque o comportamento deles em não procurar ajuda faz com que o diagnóstico de muitas doenças seja feito tardiamente. 

Um levantamento recente realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com dados do Sistema de Informação Ambulatorial do Ministério da Saúde aponta que, em 2022, foram registrados mais de 1,2 milhão de atendimentos femininos por médicos ginecologistas no Sistema Único de Saúde (SUS), seis vezes mais do que os 200 mil atendimentos de homens pelos urologistas. A conclusão, portanto, é óbvia: as mulheres cuidam muito mais da sua saúde do que os homens. 

No caso deles, as consultas regulares ao urologista desde criança podem detectar e tratar mais facilmente desde problemas hormonais até de crescimento ou desenvolvimento do órgão genital. E para aqueles que ainda não se convenceram da importância de consultar um urologista regularmente, listamos abaixo cinco motivos sobre a importância de manter esses bons hábitos:

 

  1. Urologista vai muito além da vida sexual

  2. O urologista é o médico que cuida não apenas de problemas que afetam a vida sexual, mas também de órgãos como bexiga, rins e próstata. Por isso, ao fazer consultas regulares com seu médico, você poderá prevenir doenças graves como pedras nos rins e o temido câncer de próstata, que no Brasil atinge 65 mil homens todos os anos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer.

    2. Atenção as dores frequentes

  3. Homens que sentem dores lombares podem estar com inflamação ou até mesmo pedra nos rins. Nesses casos, o melhor é não deixar a dor nas costas ‘prá’ lá e procurar logo um especialista.

    3. Não é apenas uma coceira: pode ser DST

    As infecções sexualmente transmissíveis afetam, anualmente, mais de 1 milhão de pessoas em todo o Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Ao procurar um urologista, você não apenas poderá se informar sobre formas de prevenir essas doenças, como evitará transmiti-las à sua parceira.

    4. Sem vergonha de falar sobre a vida sexual

    Se o seu problema é a disfunção erétil, saiba que você não está sozinho: de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, quase metade dos homens acima dos 40 anos no país têm essa dificuldade. Não importa a causa -- que pode ser clínica ou psicológica, falar com o médico é o primeiro passo para resolver a questão.

    5. Hábito não é apenas escovar os dentes, é preciso consultar um especialista

    Assim como na infância e na adolescência as consultas regulares ao urologista podem prevenir e tratar vários problemas, ao chegar à meia idade manter esse hábito significa maior qualidade e expectativa de vida. A prova disto é o fato de que homens acima dos 50 anos têm dificuldade para urinar progressivamente devido ao crescimento da próstata, o que chamamos de hiperplasia prostática. O diagnóstico precoce desta condição influencia diretamente a qualidade de vida das figuras masculinas.

    A boa notícia é que, com o avanço das plataformas de telemedicina, as consultas online com um urologista aparecem como uma solução para os mais tímidos ou para aqueles que nunca encontram tempo para visitar um médico pessoalmente. Uma dessas plataformas é a Omens, criada em 2020 para conectar pacientes a profissionais de saúde de diversas áreas. “Nossos serviços incluem todas áreas da saúde masculina, desde problemas com perda de libido e disfunção erétil, até tratamentos para pele e cabelo, além de atendimento psicológico”, explica o urologista João Brunhara, cofundador da Omens. “Com atendimento por videoconferência, telefone e mensagem de texto, buscamos facilitar o caminho para que os homens procurem ajuda médica profissional, contornando o tabu que ainda existe em relação às dificuldades sexuais”, ressalta.

 


Dr. João Brunhara - Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), onde também fez Residência em Cirurgia Geral e Urologia. João dedicou também um ano de estudos na Universidade de Harvard, onde teve a oportunidade de se aprofundar em cirurgia robótica e pesquisa científica. Além disso, teve experiência no Hospital Henri Mondor em Créteil, na França, onde foi realizada a primeira cirurgia robótica de próstata do mundo. Possui certificação em cirurgia robótica pelo Hospital Sírio Libanês, além de ser membro da European Association of Urology (EAU) e consultor científico da American Urological Association (AUA) bem como de outros periódicos científicos.

Omens


Carteira de Vacinação na Matrícula Escolar? Descubra Agora se é Realmente Necessário

A vacinação é uma ds maiores conquistas da medicina moderna. Ela tem sido responsável por salvar milhões de vidas e prevenir a disseminação de doenças contagiosas em todo o mundo. No entanto, muitas pessoas ainda resistem em vacinar-se, seja por falta de informação ou por acreditar em mitos e desinformação sobre as vacinas. 

Nesse contexto, a exigência da apresentação da carteira de vacinação no ato da matrícula é uma medida importante para garantir a saúde e a segurança de todos os alunos, professores e demais funcionários das escolas. Isso porque, dentro do ambiente escolar, o contato entre as pessoas é muito intenso e isso aumenta as chances de transmissão de doenças infecciosas. 

A apresentação da carteira de vacinação atualizada no ato da matrícula é uma exigência legal em muitos países, inclusive no Brasil. Essa medida foi estabelecida pela Lei nº 13.770/2018, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente. De acordo com a lei, os pais ou responsáveis pela criança ou, adolescente devem apresentar a carteira de vacinação atualizada no ato da matrícula, sob pena de não efetivação da mesma. 

O médico e diretor técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações Dr. Marco César Rodrigues Roque comenta que essa medida é extremamente importante, pois ajuda a garantir que todos os alunos estejam em dia com as principais vacinas recomendadas para a sua faixa etária. Isso evita a disseminação de doenças contagiosas, como sarampo, rubéola, caxumba, gripe, meningite e outras. Além disso, a vacinação também protege a pessoa contra doenças mais graves, como hepatite, pneumonia, poliomielite, entre outras.

Vale ressaltar que a vacinação é um direito e uma responsabilidade de todos os cidadãos. É uma forma de proteger a si mesmo e a toda a comunidade contra doenças contagiosas. Manter a carteira de vacinação em dia é uma atitude de responsabilidade e cidadania, que deve ser incentivada e valorizada por todas as pessoas. 

“É importante destacar ainda que a vacinação é segura e eficaz. As vacinas passam por rigorosos testes e estudos científicos antes de serem aprovadas para uso em humanos. Além disso, os benefícios da vacinação são amplamente comprovados pela ciência. Portanto, não há razão para temer as vacinas ou acreditar em mitos e desinformação sobre elas.” esclarece o Dr. Marco César Rodrigues Roque. 

Vale lembrar que a vacinação não é apenas uma medida de proteção individual, mas também coletiva. Quando nos vacinamos, estamos contribuindo para a saúde de toda a comunidade. Por isso, é essencial que todos os cidadãos estejam engajados na luta pela vacinação e que apoiem medidas como a exigência da apresentação da carteira de vacinação no ato da matrícula escolar. 

“É fundamental que a sociedade como um todo apoie medidas como a exigência da apresentação da carteira de vacinação no ato da matrícula escolar e se engaje na luta pela vacinação. A vacinação é uma das maiores conquistas da medicina moderna e deve ser valorizada e utilizada para proteger a saúde de todos.” Finaliza o Dr. Marco César Rodrigues Roque.


 Marco César Rodrigues Roque - Diretor Técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações. Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos com residência em Neurologia Pediátrica pelo Hospital do Servidor Público Estadual- IAMSPE, responsável pelo setor de Neurologia Pediátrica do Grupo Santa Joana. Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, é preceptor do programa de Residência Médica do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus -PMSP

Estômago atacado após exagerar na bebida alcoólica, como evitar?

Vanessa Zanoni Carvalhaes, coordenadora do curso de Nutrição do Ceunsp, e Larissa Mazocco, professora do UDF, dão dicas para evitar o sistema digestivo irritado depois de beber

 

Seja para relaxar aos finais de semana ou em festas com os amigos e familiares é comum as pessoas consumirem bebidas alcoólicas em demasia. Para alguns indivíduos, é difícil fugir das confraternizações e alguns excessos. 

Nestes casos, pessoas mais sensíveis ao álcool ou com doenças gastrointestinais, como a gastrite que é a inflamação na mucosa do estômago, têm restrições e não devem se esbaldar no excesso de bebida. 

Dra. Larissa Mazocco, professora de Nutrição do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), explica que a ressaca é causada pela desidratação que a bebida alcoólica provoca no organismo e por causa da sobrecarga no fígado, que tem a função de eliminar o álcool do sangue.  

Para evitar os impactos da ressaca e o estômago atacado, a coordenadora de Nutrição do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), Vanessa Zanoni Carvalhaes, ressalta que os principais cuidados que as pessoas devem ter é intercalar junto com a bebida alcoólica o consumo de água constantemente, antes, durante e depois da diversão, para aliviar a desidratação e ajudar o organismo a eliminar o álcool. Assim como beber mais devagar. 

“Outra dica é nunca beber de estômago vazio, e consumir antes de sair, alimentos ricos em carboidratos e proteínas, pois retardam a absorção do álcool,” salienta a nutricionista Vanessa.  

Larissa indica alguns alimentos que são essenciais para serem consumidos antes de beber: carboidratos complexos como batata doce, mandioca, batata baroa, proteínas (carne, ovos, peixes e outros). Além de fibras, encontradas nas frutas e verduras, principalmente cruas e com casca. 

Em casos de estômago atacado, o que fazer? 

Dra. Larissa Mazocco, professora de Nutrição do UDF, destaca que depois de exagerar na bebida alcoólica, se o estômago começar com uma dor aguda é necessário tratar com alimentos leves ricos em amido, como pão de forma branco e batata cozida, sendo estes os mais indicados para esse quadro. 

Já a coordenadora do Ceunsp, orienta que para salvar o indivíduo de uma ressaca e estômago atacado, é fundamental uma alimentação saudável prévia, ricas em frutas, verduras e legumes, como fonte de carboidratos e proteínas. “O café pode ajudar também!”. 

Mazocco dá mais algumas dicas para driblar a ressaca e estômago atacado durante e pós o exagerar no álcool, confira: 

  1. Evite destilados puros ou mais de cinco doses. Entre uma dose e outra, consuma 300ml de água sem gás e durante o dia ou noite, prefira sucos com maior percentual de frutose: melancia, manga, goiaba, laranja, eles ajudarão na recuperação. 
  1. Mantenha as atividades físicas. Neste período não pause os exercícios, faça de forma leve uma caminhada, bicicleta no parque, nadar na piscina e outros. O sedentarismo durante esses dias aumenta o inchaço e faz com que a rotina seja mais "dolorida" para voltar. Capriche na alimentação! 
  1. Não durma de estômago vazio após beber. Faça uma refeição leve antes de deitar, isso vai melhorar (e muito) seu dia seguinte! 
  1. Evite longo períodos de jejum. Não fique mais de 5h sem comer para que a bebida não cause ainda mais intoxicação. O alimento é o principal aliado para ajudar na desintoxicação do álcool.  

 


Ceunsp
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Entenda o porquê a enxaqueca pode ser um sintoma relacionado ao período menstrual

Neurologista explica quais os sintomas da enxaqueca menstrual e como aliviá-los

 

Se você é mulher já deve conhecer todos os sinais que o seu corpo envia quando o período menstrual está chegando, seja aquela sensação de inchaço abdominal ou de peso nas pernas, cólicas, surgimento de acnes ou, até mesmo, aquela vontade de comer doces. Além dos sintomas clássicos, estudos revelam que até 60% das mulheres, que sofrem com enxaquecas, percebem o aumento da frequência e da intensidade das dores de cabeça durante o período menstrual e isso tem uma explicação.

Segundo a Dra. Natália Longo, Neurologista pela Santa Casa de São Paulo e neurofisiologista pelo HCFMUSP, esse tipo de enxaqueca é conhecida como catamenial e tem relação direta com a menstruação. 

“As dores de cabeça correlacionadas ao período menstrual, ocorrem devido a flutuação hormonal dos hormônios ovarianos, mais especificamente a queda de estrogênio, acontecendo as dores de cabeça, geralmente dois dias antes ou até três dias depois do início do período menstrual. Essa mesma alteração hormonal é responsável por causar os outros sintomas típicos da TPM, principalmente a irritabilidade, que somados a dor de cabeça podem atrapalhar a rotina da mulher, já que as enxaquecas geralmente são acompanhadas de náuseas, vômitos e sensibilidade a luz”, explicou.

Uma das características típicas da enxaqueca menstrual é a progressão da dor, ou seja, ela começa fraca e vai ficando mais forte com o passar das horas, sendo esta dor do tipo pulsátil e com sensibilidade ao barulho e a luz.

“Quando a mulher percebe essa relação entre o seu período menstrual e o surgimento das dores de cabeça, é importante que ela passe por uma avaliação médica. Nestes casos, ginecologista e neurologista farão um trabalho em conjunto para garantir uma boa saúde íntima e, ao mesmo tempo, o alívio das enxaquecas da paciente. E, assim, receitar o tratamento mais adequado, seja por meio de medicamentos como anti-inflamatório ou mesmo contraceptivos hormonais”.

Agora, se você já tem o diagnóstico, existem algumas dicas que podem ajudar no alívio das dores de cabeça, de acordo com a Dra. Natália Longo. A primeira delas é o trabalho em conjunto do neurologista com o ginecologista, que podem escolher a melhor estratégia de tratamento com anticoncepcionais hormonais. Em segundo lugar, a mudança de hábitos, como diminuir a ingesta de doces neste período, assim como ter um medicamento para abortar a crise de dor de cabeça.

Agora, se você já tem o diagnóstico, existem algumas dicas que podem ajudar no alívio das dores de cabeça, de acordo com a Dra. Natália Longo. A primeira delas é tomar o medicamento receitado pelo seu médico assim que a dor começar, desse modo é possível evitar maiores desconfortos. Em segundo lugar, o recomendado é repousar e respirar lentamente para diminuir a sensação de dor. Além de prevenir crises, evitando lugares barulhentos e muito iluminados, e o consumo de bebidas alcoólicas, diminuindo o ritmo de trabalho e mantendo uma rotina de sono de qualidade durante todo o período menstrual.

 

Dra. Natália Longo – médica neurologista e neurofisiologista graduada em medicina pela Universidade Federal do Pará. Residência médica de neurologia clínica na Santa Casa de São Paulo. Título de especialista em Neurofisiologia pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica (SBNC). Fellowship no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) em neurofisiologia com ênfase em epilepsia, eletroencefalograma e videoeletroencefalograma.
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Dia do Transtorno Bipolar: sintomas distintos confundem diagnóstico

 

O diagnóstico pode demorar em média dez anos para ser estabelecido

 

30 de março é o Dia Mundial do Transtorno Bipolar em homenagem ao aniversário do pintor Vincent Van Gogh, que foi diagnosticado como possível portador do transtorno. O objetivo da data é chamar a consciência mundial para transtornos bipolares e eliminar o estigma social.

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o transtorno bipolar atinge cerca de 140 milhões de pessoas em todo o mundo e está entre as 10 principais doenças incapacitantes em adultos jovens. Já a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB) aponta que as taxas de suicídio em pacientes com bipolaridade são de 7,8% em homens e de 4,9% em mulheres.

 

“A doença é crônica, caracterizada pela recorrência de episódios de mania/hipomania e depressão. As manifestações clínicas geralmente aparecem no final da adolescência e início da fase adulta, o que leva a grandes deficiências, redução da expectativa de vida e altas taxas de mortalidade”, explica Danielle H. Admoni, psiquiatra geral, preceptora na residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).


 

Como identificar

O transtorno bipolar é dividido em dois grupos: tipo 1 e tipo 2. Cada um deles é determinado pelo padrão de sintomas que a pessoa apresenta, que são bastante heterogêneos.

 

No tipo 1, há episódios de mania, em que o indivíduo tem um aumento da energia, euforia, uma alegria intensa e felicidade fora do normal. Também apresenta ideias de grandeza, superioridade ou elevada autoestima e autoconfiança excessiva, que pode atingir um grau fora da realidade. A pessoa pode apresentar também irritabilidade e impulsividade de forma exacerbada.

 

“O pensamento fica acelerado, muitas ideias e projetos fluem simultaneamente ou numa sequência tão rápida que fica difícil entender sobre qual assunto a pessoa está falando”, diz a psiquiatra. Há diminuição da necessidade de sono, comportamento sexual excessivo, descontrole nos gastos e atitudes sem a percepção de sua inadequação. Fica agitado, eventualmente agressivo, distraído e totalmente desconcentrado.

 

Já no tipo 2, o quadro abrange a hipomania, cujas características são similares ao de mania, mas com sintomas mais brandos; e a depressão, envolvendo tristeza profunda, perda de interesse por tudo, pensamentos negativos (ideias de ruína, culpa, inutilidade, baixa autoestima) que podem ser intensos a ponto de configurar um delírio. Também há modificações no sono: enquanto algumas pessoas têm insônia, outras apresentam hipersonia (dormem mais do que o habitual).

 

Em relação ao apetite, pode haver aumento no consumo de alimentos como forma de aliviar a ansiedade. No entanto, a perda de apetite é mais comum neste quadro. Há também diminuição da libido, perda do prazer, fadiga excessiva e desinteresse por tudo. “A pessoa mal tem vontade de levantar da cama pela manhã ou não existe forças para realizar suas atividades básicas da vida diária”, ressalta Danielle Admoni.

 

A sequência de manifestação dos episódios maníacos/hipomaníacos e depressivos é variada, ou seja, não acontece, necessariamente, de forma alternada. Os eventos de hipomania e mania, assim como os de depressão, têm duração, em geral, de dias ou semanas.

 

Relação com suicídio


O transtorno bipolar é uma das doenças psiquiátricas com maior índice de suicídios, ao lado da depressão. Segundo a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, de 30% a 50% dos pacientes com o diagnóstico tentam o suicídio, sendo que cerca de 15% cometem o ato.

 

No quadro agudo de euforia, a pessoa tem a sensação de que pode tudo, inclusive se colocar em situações de risco, podendo levar ao ato suicida. Já na depressão, a intensidade da angústia, da perda de interesse pela vida e dos pensamentos sempre negativos acaba chegando ao extremo do suicídio.

 

“Por isso, no transtorno bipolar, detectar os sintomas e o risco de um quadro suicida é uma tarefa ainda mais complexa, pois tanto na fase depressiva quanto na euforia existe a possibilidade do paciente chegar ao ponto do suicídio”, pontua Admoni.


 

Diagnóstico


O diagnóstico costuma ser bastante difícil e pode demorar em média dez anos para ser estabelecido devido a tratamentos equivocados, ausência de comunicação entre os profissionais envolvidos, desconhecimento sobre como a doença se manifesta (seja pela falta de conhecimento como pela confusão dos seus sintomas com os de outros tipos de depressão), preconceito e autoestigmatização.

 

O histórico do indivíduo é decisivo para o diagnóstico conclusivo, já que alterações de humor anteriores, episódios atuais ou passados de depressão, histórico familiar de perturbação do humor ou suicídio e ausência de resposta ao tratamento com antidepressivos alertam para o diagnóstico do transtorno bipolar.

 

“A maioria dos pacientes não procura o psiquiatra na fase de hipomania, mas apenas quando entram em depressão. Se o diagnóstico não for exato, ou seja, se não houver uma maior investigação que aponte o transtorno bipolar, o uso de medicações antidepressivas, sem estabilização do humor, pode piorar o quadro”, alerta Danielle Admoni.


 

Causas e tratamentos


A causa exata do transtorno bipolar é desconhecida, mas estudos sugerem que o problema pode estar associado a alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores, como noradrenalina, serotonina e dopamina. “Esse desequilíbrio reflete uma base genética ou hereditária para o transtorno. Há também fatores ambientais/externos, conhecidos como epigenéticos, como o uso de substâncias psicoativas (anfetaminas, álcool e cocaína, por exemplo)”.

 

O tratamento depende da fase da doença. De acordo com a psiquiatra, os quadros maníacos/hipomaníacos são tratados com estabilizadores do humor, como o lítio, anticonvulsivantes e antipsicóticos. Já nos quadros depressivos podem ser antidepressivos devidamente associadas com estabilizadores do humor e por curto período de tempo, para evitar a ocorrência de um quadro maníaco/hipomaníaco.

 

“O transtorno bipolar tem forte impacto na vida da pessoa e de seus familiares, comprometendo aspectos sociais, afetivos e profissionais. Além disso, mais da metade dos pacientes não respondem adequadamente às medicações. Portanto, há uma necessidade urgente de tratamentos coadjuvantes, visando à remissão completa do transtorno”, finaliza Danielle Admoni.


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