Pesquisar no Blog

terça-feira, 28 de março de 2023

Transformação digital é questão de sobrevivência para negócios em manufatura


A indústria de manufatura no Brasil vem perdendo participação no produto interno bruto (PIB). De acordo com o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), essa participação, que já foi superior a 25% nos anos 1980, caiu para pouco acima dos 10%, no início da atual década. A retomada da importância desse setor, tão amplo, passa por uma série de providências, entre elas de ordem da estrutura econômica e política do país. Mas há um componente imprescindível também: a transformação digital.

É sobre ela que quero me ater agora. É, digamos assim, “minha praia”, a seara onde atuo. Na COGTIVE, startup da qual sou um dos fundadores e hoje ocupo o posto de CEO, desenvolvemos software para o chão de fábrica de plantas da indústria de manufatura. Atendemos o segmento farmacêutico, de cosméticos, de vestuário, de alimentos e bebidas, química e plástico, o eletroeletrônico e o automobilístico.

A rotina e a experiência acumulada vivenciando essas atividades me permitem afirmar: a transformação digital não é mais um “diferencial”. Para negócios que lidam com manufatura, é questão de sobrevivência.

Alguns países já se deram conta disso há pouquinho mais de tempo. Levantamento de três anos atrás da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) indicava que em países como Estados Unidos, Alemanha, Coreia do Sul e Israel a manufatura 4.0, isto é, com alto grau tecnológico nos processos produtivos, alcançava 15% de seus respectivos setores industriais, ao passo que no Brasil atingia 2%. É verdade que depois tivemos a pandemia de covid-19, que acelerou a digitalização em alguns setores, mas na indústria é ainda processo aquém do necessário.

De modo que serei taxativo: a transformação digital passa a ser obrigatória. E, evidentemente, quando falamos em transformação digital não estamos nos referindo apenas à digitalização de processos, trâmites, operações, procedimentos. Tampouco da automação de máquinas e equipamentos. Estamos falando de um estágio em outro patamar.

A transformação digital é investir em soluções em que a robotização, a inteligência artificial e mesmo a internet das coisas estejam presentes não por luxo, status, requinte, mas por necessidade. As inovações em tecnologias da informação e comunicação se tornam indispensáveis para que tenhamos processos mais ágeis, com menos desperdício, menos sujeitos a gargalos, interrupções, atrasos. As soluções que startups e outros empreendimentos em TI colocam no mercado vêm para atender essa necessidade.

É bem verdade que esses avanços devem estar acessíveis às empresas. Isso inclui soluções que tenham operacionalização e manutenção simplificadas ao máximo, dentro da complexidade que as envolve. Aliás, por essas duas razões – a imprescindibilidade da transformação digital, e que esta se encontre ao alcance de todos – é que trabalhamos incansavelmente para combinar tecnologias disruptivas às interfaces de fácil utilização, ajudando nossos clientes a aumentar sua eficiência.

Afinal, o investimento em mais linhas produtivas, em mais fábricas, só faz sentido e dá retornos à empresa e à sociedade se vier acompanhado de maior produtividade e eficiência. Nos tempos atuais, e em um futuro em curto e médio prazo, é a transformação digital o passo decisivo para se viabilizar as almejadas produtividade e eficiência.

A mensagem que aqui transmito é válida a negócios de todos os portes. Por sinal, é outra barreira que devemos superar: transformação digital não é feita só para grandes corporações. Ao contrário. Até por dependerem sobremaneira de produtividade e eficiência, é que os empreendimentos de menor porte precisam incorporar soluções tecnológicas que proporcionem tais ganhos.

Aliás, essas soluções podem estar sendo desenvolvidas mais perto do que se imagina. Não é preciso recorrer à importação de tecnologia para impulsionar a transformação digital de seu negócio. Assim como tantas startups brasileiras, a COGTIVE põe no mercado soluções reconhecidas no mundo. Tanto que, agora no final de 2022, estamos nos instalando em Chicago, Estados Unidos, para atendermos indústrias de lá.

Ou seja, a manufatura brasileira pode e deve contar com o ecossistema tecnológico nacional para impulsionar sua transformação digital.

  

Reginaldo Ribeiro - fundador e CEO da COGTIVE, startup brasileira com sede em São Paulo e escritório em Chicago, Estados Unidos


O Quarteto Fantástico dos Processos de Precificação nas Empresas

No filme ‘Quarteto Fantástico’, há um famoso grupo de super-heróis, concebido pela Marvel Comics na década de 1960, que é composto pelos quatro elementos essenciais: Terra (representado pela Coisa), Fogo (Tocha Humana), Vento (Mulher Invisível) e Água (Senhor Fantástico).

Sabiam que muitas analogias podem ser feitas entre esses fantásticos personagens da ficção e a realidade do mundo corporativo? A seguir, é estabelecido o quarteto fantástico da precificação no mundo de instituições financeiras.

Determinar a taxa de financiamento de veículos ou de um empréstimo pessoal representa uma atividade que envolve muitos processos dentro da indústria financeira. Eles contemplam uma mistura de arte e ciência e representam uma atividade crucial dentro do universo de gestão de produtos e de risco de crédito em bancos e financeiras - já que uma taxa baixa demais pode atrair muitos clientes, porém gerar prejuízos para a operação, enquanto uma taxa alta demais pode gerar uma operação rentável, porém sem a escala necessária.

Afinal, qual a taxa ideal para cada cliente em distintos produtos de crédito? Quando falamos em produtos de crédito, nos referimos às distintas opções que um cliente pode ter para acessar crédito em uma determinada instituição financeira - como financiamento de automóveis, imobiliário, cartão de crédito e empréstimo pessoal, só para citar alguns produtos clássicos do chamado retail banking. O termo “taxa ideal” é subjetivo, pois depende dos objetivos estratégicos das empresas em cada um de seus produtos. Assim, digamos que o banco XYZ queira encontrar a taxa ideal que alavanque a rentabilidade da carteira de empréstimos pessoais, garantindo uma produção mínima que impacte positivamente no market share da empresa no mercado. Como chegar a essa taxa ótima e como ela varia dentro dos distintos segmentos e perfis de clientes?

As respostas podem ser bem distintas, dependendo do grau de maturidade analítica e de processos de cada organização. Algumas podem usar basicamente uma tabela padrão com poucas variações, outras podem usar políticas de preços que segmentem os clientes em diferentes perfis. Há ainda empresas que podem ir além e, assim, utilizar uma combinação de quatro elementos, que pode ser chamado de ‘quarteto fantástico’ dos processos de decisão: ciência de dados; pesquisa operacional; estratégia de negócio e tecnologia. Quando combinados, esses elementos podem ajudar as empresas a obterem respostas mais acuradas e melhores resultados em termos financeiros.


Entendendo o papel de cada um dos elementos desse quarteto

Ciência de dados: É um ramo de atuação que tem crescido de forma vertiginosa nos últimos 11 anos e representa o uso de métodos quantitativos (matemática, estatística e ciência da computação) para encontrar padrões complexos nos dados, insights e usá-los para uma melhor tomada de decisão. No contexto de precificação, pode ser muito útil para determinar a propensão de um cliente aceitar diferentes taxas, a propensão do cliente não pagar as parcelas do financiamento e gerar prejuízo para a empresa, assim como entender que fatores podem influenciar na formação do preço.

Pesquisa operacional: Também conhecida como otimização ou analítico prescritivo, é um ramo da matemática que usa todo o poder computacional e dos algoritmos (os chamados solvers) para ajudar a encontrar as melhores decisões a serem tomadas, baseadas em objetivos a serem atingidos e restrições existentes. Assim, no universo de precificação, ela pode ser tremendamente poderosa para encontrar, dentro de um conjunto de infinitas possibilidades de combinações de preço, aquelas taxas que, para cada perfil ou grupos de segmentos de clientes (clusters), geram potencialmente os melhores resultados (rentabilidade, receita, lucro, eficiência operacional, etc.), respeitando restrições como, por exemplo, valor mínimo de produção mensal em financiamentos, diferenças máximas para taxas de concorrentes, entre outras.

Estratégia de negócio: De nada adianta ter um canhão à disposição se não for adequada a direção para onde se deve atirar. A estratégia de negócio ajuda a estabelecer onde a empresa quer crescer mais em volume, onde quer crescer mais em rentabilidade, como quer tratar clientes de diferentes regiões, que podem ter características e expectativas distintas. Mais do que isso, como calcular o impacto financeiro gerado por cada estratégia de preço definida pelos times analíticos e de precificação. É na estratégia de negócio que reside todo o poder da hiperpersonalização de preços que se pode atingir, interpretando de forma adequada os poderosos insights que a ciência de dados e a otimização podem proporcionar e, com isso, entregar ofertas mais aderentes ao perfil de cada cliente, cada vez mais exigente e com mais opções em mãos para sua tomada de decisão.

Tecnologia: Em um mundo cada vez mais competitivo, as empresas precisam ter velocidade para simulação, construção, comparação e teste de distintos cenários de estratégias otimizadas de preço, assim como agilidade para que essas taxas personalizadas cheguem aos clientes corretos e no momento em que eles precisam tomar uma decisão de financiamento. Mais do que isso, a possibilidade de tomar decisões em tempo real pode ter impacto significativo no resultado das operações de financiamento como veículos e imóveis.

Muitas instituições financeiras ao redor do mundo já possuem estratégias de preços apoiadas no formidável quarteto. O caminho é árduo, mas os resultados compensam e estão em linha com as mais recentes tendências globais de adoção de estratégias orientadas por dados e personalização das ofertas de produtos e serviços.


Marcelo Fernandes - Consultor Sênior da FICO América Latina

Public Relation – FICO
milladelfino@fico.com


KPMG: transformação radical na saúde é necessária para enfrentamento de futuras crises


O relatório “Horizontes de Saúde” (do inglês Healthcare Horizon) que alerta que sistemas em todo o mundo - desde serviços financiados pelo governo até modelos baseados em seguros privatizados - estão todos enfrentando crises potencialmente existenciais que exigem um novo pensamento radical e inovador. Olhando para o futuro, o relatório destaca que a pandemia provavelmente será apenas a primeira de várias ondas sucessivas de crises que devem atingir a indústria, como uma recessão global, instabilidade geopolítica e desastres em relação às mudanças climáticas. 

A publicação aponta que os sistemas de saúde no Brasil e em todo o mundo estão enfrentando dificuldades com as mesmas questões relacionadas ao acesso e à demanda dos serviços, à falta e ao esgotamento físico dos funcionários. 

“O relatório tem como objetivo oferecer uma visão sinérgica que enfoca o equilíbrio entre o investimento em tecnologia, o empoderamento da força de trabalho, envolvimento da comunidade e a tomada de decisões. Estamos falando da verdadeira devolução de decisões e serviços -- permitindo aos usuários das funções de saúde assumir um papel mais ativo na orientação dos serviços em sua área -- respaldados pela inovação e pela tecnologia”, disse o sócio-líder de infraestrutura, governo, saúde e ciências da vida da KPMG no Brasil, Leonardo Giusti. 

A Healthcare Horizons prevê três cenários futuros possíveis para a indústria. São eles: 

Nesse primeiro cenário, os sistemas de saúde voltam a ser 'negócios normalmente' pré-pandemia. Elas continuam a depender principalmente de modelos de atendimento centrados no hospital, enfocar esforços na contratação de novos funcionários sem abordar a retenção e o bem-estar e adotar algumas novas tecnologias de maneira desarticulada. 

Nesse seguinte, os sistemas de saúde passam por transformações tecnológicas radicais, alavancando dados e tecnologias emergentes. No entanto, isso não é acompanhado pelo engajamento e integração da comunidade, nem pelo foco na força de trabalho. 

Já no terceiro, a tecnologia e os ativos da comunidade são alavancados para aumentar a capacidade da força de trabalho de oferecer cuidados de alta qualidade. A tecnologia é vista como um meio para o fim - ativando os pacientes em seus próprios cuidados, permitindo aos profissionais de saúde que se envolvam melhor no atendimento. 

Ainda sobre isso, a sócia-diretora líder do segmento de saúde da KPMG no Brasil, Rita Ragazzi, acrescentou: “Por isso, a realização de sistemas de saúde inclusivos exigirá uma transformação radical que alavanque a tecnologia para aprimorar os modelos da força de trabalho, empoderar as comunidades e criar ecossistemas que permitam interações sem atropelos entre organizações locais, nacionais e globais. A transformação de tal magnitude exigirá uma grande colaboração entre todas as partes interessadas do sistema de saúde e o planejamento de horizontes de crise e mudança em vez dos ciclos típicos de planejamento comercial de um ou quatro anos”.

 

Padrões de tensão 127 e 220 Volts: entenda as diferenças entre as tensões elétricas fornecidas em cada instalação

O que são as tensões elétricas disponíveis para o funcionamento dos equipamentos elétricos em casa? A Sil Fios e Cabos Elétricos explica 

 

Antes de realizar o projeto elétrico, é fundamental verificar quais as tensões disponíveis na cidade/Estado, uma vez que o Brasil disponibiliza basicamente duas tensões127 e 220 V. Cada instalação demanda um projeto elétrico específico| Foto: Pexels

 

Equipamentos elétricos e eletrônicos funcionam nas tensões 127 V ou 220 V: quando se faz um projeto elétrico, é necessário averiguar as especificações da localidade onde se está construindo ou reformando para saber qual a voltagem elétrica disponibilizada pela empresa responsável pelo fornecimento. Essa informação é de extrema importância, uma vez que no Brasil não existe um padrão nos Estados e essa variação pode acontecer mesmo entre municípios pertencentes a uma mesma unidade Federativa.

Segundo Nelson Volyk, gerente de Engenharia de Produto da Sil Fios e Cabos Elétricos, a distinção surgiu desde o início do processo de instalação das redes elétricas no país, entre os séculos XIX e XX. “Oriundas de diversos partes do mundo, várias companhias vieram para o Brasil e, nesse momento, não tínhamos um padrão estipulado por aqui”, relata. Dados da ABRADEE (Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica) mostram que os Estados das regiões Sudeste, Norte e parte do Centro-Oeste utilizam a tensão 127 V, enquanto o Sul e alguns Estados do Nordeste utilizam 220 V.

Líder de mercado na produção e comercialização de fios e cabos elétricos de baixa tensão de até 1kV, a Sil Fios e Cabos Elétricos é reconhecida, em todo país, como referência em alta qualidade, tecnologia e inovação com produtos para instalações em residências, indústrias e condomínios, entre outros. Acompanhe o guia realizado pela empresa com os principais esclarecimentos sobre as tensões de 127 e 220 V.

 

No cotidiano dos brasileiros, ter ciência sobre a tensão elétrica 127 V ou 220 V é fundamental para a adequação dos circuitos elétricos durante a realização das instalações dos projetos residenciais e comerciais, bem como na aquisição dos aparelhos eletroeletrônicos | Foto: Freekip

  

O que muda de uma voltagem para a outra?

Quando um fabricante elabora um produto elétrico, parte-se do princípio de que a sua alimentação acontecerá por meio de uma pilha ou tomada – nesse caso, também pode ser bivolt, como a maioria dos produtos atuais, mas para produtos de maior consumo elétrico, geralmente são 127 V ou 220 V.

O gasto elétrico de um produto não tem relação com a sua tensão elétrica. Isto significa que dois produtos de mesma potência elétrica podem ser fabricados para serem ligados em tensões diferentes e o que define o consumo é justamente a potência do produto, independentemente de ser 127 V ou 220 V.

Para mesma potência elétrica, um produto 127 V consome mais corrente elétrica que um de 220 V, devido à seguinte fórmula:


P = V x I

P - Potência elétrica em Watts (W)

V – Tensão elétrica em Volts (V)

I – Corrente elétrica em Ampère (A)


Dessa forma um chuveiro de 7500 W, fabricado com resistência para 127 V, possui uma corrente elétrica maior, se comparado com uma resistência para 220 V. De acordo com o especialista da Sil, o equipamento 127 V necessitará de um condutor elétrico de maior seção nominal se comparado com um de mesma potência ligado em 220 V, deixando a instalação elétrica mais cara.

Ele também faz a ressalva para que um produto 127 V não seja ligado em uma tomada 220 V. “Por não ser elaborado para trabalhar com uma tensão mais elevada, é fato que o equipamento queimará. Pensando em uma situação inversa, não haverá danos, mas seu funcionamento não será o esperado”, orienta Nelson.

Vale ressaltar que a tarifa mensal não é impactada pela tensão e muitos erram ao considerar que os aparelhos de 220 V são os vilões. “A potência (em Watts) e o tempo de uso do equipamento são os fatores que influenciam o consumo de energia elétrica”, detalha o gerente da Sil.

Atualmente, produtos com menor consumo são fabricados para serem ligados em qualquer tomada, ou seja, ele reconhece a tensão que foi conectado. Estes produtos bivolts permitem o funcionamento em qualquer uma das tensões, sem comprometer o funcionamento, eliminam a preocupação de usuários que se movimentam de uma cidade para outra e não sabem se o seu aparelho está adequado para funcionar na voltagem disponível. “O sistema presente em notebooks, e carregadores de celular são casos clássicos de bivolts”, detalha o especialista.


Instalação das tensões de 127 e 220 V

No Brasil, a Norma Brasileira de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (NBR 5410) estabelece como padrão as seguintes cores:

- Azul-claro para condutores neutros;

- Verde ou verde/amarelo para condutores de proteção, também conhecido como terra.

As demais cores possuem uso livre e só não podem ser utilizadas como neutro e terra.

 

De acordo com a Sil Fios e Cabos Elétricos, a NBR 5410 determina as cores dos revestimentos de acordo com a função do condutor. A empresa produz os materiais em diversas cores como preto, vermelho, branco, cinza, amarelo, azul-claro, verde e verde com uma listra amarela (brasileirinho) | Foto Freepik

A diferença de cor é essencial em uma instalação elétrica. Para uma tomada de 127 V, o profissional manuseará um condutor com isolação azul-claro, saindo do barramento neutro do quadro de distribuição e um condutor fase (de qualquer cor, exceto azul-claro e verde ou verde/amarelo) saindo do disjuntor. Para o condutor terra, o profissional usará o cabo da cor verde ou verde/amarelo.

Já as tomadas de 220 V utilizam dois condutores fase saindo de um disjuntor bipolar e o condutor terra na cor verde ou verde/amarelo. Como vimos acima, as cores das fases são livres, não sendo permitido o azul-claro e verde ou verde/amarelo. Em algumas regiões do Brasil, é possível encontrar a tomada de 220 V formada por um condutor fase e um neutro.

No portfólio da Sil Fios e Cabos Elétricos, os mais empregados nos projetos de instalação são o Cabo FlexSil 750V, com isolação em PVC e reconhecido por sua excelente flexibilidade e facilidade para a instalação, e o Cabo Flexível Silnax 0,6/1kV HEPR 90⁰C, que apresenta uma capacidade de corrente elétrica superior com relação aos cabos isolados em PVC. A decisão entre os dois produtos acontece de acordo com as especificidades do circuito e a localização. “O Flexsil 750V é recomendado para instalações protegidas, como, por exemplo, em eletroduto, enquanto o Silnax tem uma aplicação mais ampla, onde além da utilização em eletroduto, pode ser utilizado em bandejas e leitos”, explica o gerente especialista da empresa.
 

Os cabos FlexSil 750V e Silnax 0,6/1kV são especificados em consonância com os atributos dos projetos | Foto Sil Fios e Cabos Elétricos

Como identificar se uma tensão é 127 V ou 220 V?

De acordo com o especialista da Sil Fio e Cabos e Elétricos, caso não se conheça a tensão, a medição ser aferida nas tomadas por meio do multímetro na escala de tensão ou, de maneira mais popular, com o chaveiro de teste de tensão.

Como o consumidor pode ter a certeza sobre as instalações seguras nas duas tensões?

Seja para uma nova instalação ou um reparo, ou complemento na instalação existente, a Sil sempre recomenda a contratação de um profissional especializado para o exercício da função. “Por isso, apresentamos a palestra Condutores Elétricos de Baixa Tensão para contribuir com a capacitação dos profissionais, bem como ajudar na escolha dos materiais. Só em 2022, a Sil realizou treinamentos para mais de 3 mil pessoas”, informa Nelson Volyk.
 

 

Multímetro usado para identificar tensão 127V ou 220V. Foto Freepik


Ainda assim, caso o consumidor queira, por conta própria, fazer alguma intervenção na instalação, a empresa esclarece que a norma técnica NBR 5410 solicita que os condutores estejam desenergizados, de maneira que não haja risco de choque elétrico ou curto-circuito.


Quais erros mais comuns nas instalações das tensões 127 V e 220 V?

A empresa alerta sobre duas situações a serem evitadas durante as instalações:

- Cabo dimensionado de forma incorreta: situação em que a seção nominal do cabo, também conhecido como ‘bitola’, é inferior ao necessário para o projeto, podendo incorrer em aquecimento excessivo, aumento da conta de energia e riscos de curto-circuito;

- Cabos fora de norma: quando o fio em questão não apresenta a quantidade correta de cobre, a instalação torna-se insegura e responsável por uma conta de energia mais alta.


O que acontece se o equipamento eletrônico for ligado na tensão errada?

Como cada aparelho é produzido para trabalhar em uma tensão nominal – exceto aqueles com sistema bivolt –, a conexão incorreta de um equipamento 127 V na tensão 220 V acarretará na queima do equipamento. Se a situação for inversa, um equipamento 220 V ligado em 127 V não queimará, porém, não funcionará adequadamente ou ligará.
 

 

www.sil.com.br 

Instagram: @sil_fios_e_cabos 


Amigos, amigos, negócios à parte?

Uma a cada três empresas são formadas por amigos que decidem empreender. Advogados especialistas em Direito Empresarial trazem dicas e orientações que podem salvar, não só uma empresa, mas uma longa e feliz amizade 

 

Segundo dados de uma pesquisa direcionada ao empreendedorismo, realizada pela consultoria MindMiners, uma a cada três empresas no Brasil são formadas por sócios que se consideram amigos, o que representa 29% das sociedades empresárias no País. Mas quem não conhece ou já ouviu falar de amizades que se desfizeram junto com uma sociedade que parecia promissora? 

O advogado Fabrício Cândido, especializado em direito empresarial e um dos sócios do escritório Celso Cândido de Souza Advogados, compara o início de uma relação societária a um namoro. No começo tudo são flores. Não há desconfianças. Mas à medida que a relação vai avançando, as situações adversas começam a surgir. “O segredo é não deixar os problemas crescerem”, diz.

E uma coisa é certa: os conflitos inevitavelmente irão surgir, é só uma questão de tempo porque a sociedade é, antes de tudo, uma relação entre pessoas. Por isso, segundo Fabrício, o início da sociedade é o momento crucial para estabelecer regras, para que tanto o negócio quanto a amizade sejam longevos. 

“O ideal é prever os pontos de possíveis conflitos e já estabelecer critérios para resolvê-los”, orienta ele, que junto com a advogada Nara Lidia Turra, trazem dicas para que os sócios não coloquem em risco os amigos nem os negócios. 

 

Redija o acordo entre sócios

Obrigatório por lei, o Contrato Social é a certidão de nascimento de uma empresa, um documento onde constam informações públicas da pessoa jurídica, entre elas as cotas de cada sócio.  

Normalmente, os empreendedores se limitam apenas a ele como documento formal da sociedade, mas o ideal é ir além dele para definir melhor as obrigações e direitos de cada sócio. Trata-se do acordo entre sócios, uma das principais formas de prevenir problemas futuros. 

“Assim como no relacionamento pessoal, diálogo e boa comunicação são fundamentais para o sucesso das relações, mas o acordo de sócios é uma ferramenta que pode ajudar muito a blindar tanto a amizade quanto o negócio dos conflitos", define Fabrício Cândido.

Nesse documento, pode-se definir a divisão de tarefas, a responsabilidade de cada sócio, como será feito o pagamento de pró-labore, como proceder em caso de ausência do sócio por motivos de doença, férias etc.  “Quanto mais situações prevenir, menos pontos de conflito haverá”, complementa a advogada Nara Lidia Turra.

Diferentemente do Contrato Social, o acordo entre sócios é privativo aos sócios, portanto, não precisa ser registrado na Junta Comercial, a não ser que contenha alguma cláusula que envolva terceiros fora da relação societária. 

Aprenda que o pró-labore é diferente de lucro Fabrício Cândido explica que muitos empreendedores, no início de sua jornada, confundem essas duas receitas, o que pode gerar problemas de gestão financeira e também desentendimentos. 

O lucro da empresa são os resultados financeiros positivos, a qual é repartida entre os sócios, conforme suas cotas estabelecidas no contrato social.Já o pró-labore é uma remuneração mensal destinada ao sócio-administrador de uma empresa, aquele responsável pelas demandas administrativas do dia a dia da empresa, como a organização financeira, contratação de funcionário e a prospecção de novos clientes.Importante destacar que a regra geral é que apenas o sócio-administrador receba o pró-labore. “Ou seja: nem todos os sócios têm direito a recebê-lo no final de cada mês, mesmo trabalhando no negócio”, explica Fabrício.O advogado explica que esse já pode ser um ponto de desentendimento entre os sócios e, nessa hora, o acordo entre os sócios pode definir qual será a conduta dentro da empresa. “Os sócios têm liberdade de mudar essa prática por meio do documento”, completa. 

Defina áreas de atuação para cada sócio Quando a tomada de decisão de um setor está sob o comando de vários sócios, ao mesmo tempo, a expressão “é muito cacique para pouco índio” se encaixa como uma luva. Nem sempre as decisões são unânimes e, em decorrência, podem acontecer os desentendimentos, especialmente se uma medida tomada for mal sucedida. Por isso, definir a área de atuação para cada sócio pode não apenas otimizar a gestão da empresa como também eliminar o foco de conflitos. 

Fabrício Cândido usa um exemplo para ilustrar: “em uma construtora, por exemplo, em que dois sócios são engenheiros, um pode administrar as obras e o outro se dedicar à parte mercadológica e comercial. Cada um se responsabiliza por sua parte, corre atrás das metas e responde pelos problemas que surgirem em sua área”, exemplifica.

Essa divisão, continua o advogado, além de ser mais produtiva porque cada um se dedica a uma frente do negócio, também deixa definida a responsabilidade de cada um em caso de demandas judiciais ou prejuízos.Como serão as férias e licenças de cada sócio Apesar dos direitos trabalhistas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) serem uma referência para o brasileiro, elas não valem para os sócios de uma empresa. Por isso, é importante que os empreendedores definam entre si e registrem no acordo entre sócios como serão tratadas as ausências do negócio, seja por motivo de doença, necessidade de descanso e assim por diante. “Já fizemos acordo entre sócios que previu como seria a remuneração e divisão de lucros até mesmo em caso de um dos cotistas tirarem um ano sabático”, comenta Fabrício Cândido, ao salientar que é positivo fazer essas previsões porque a lógica de trabalho em uma sociedade é diferente da lógica de trabalho de quem é empregado. 

 

Eleja um mediador

E se os amigos não fizeram um acordo entre sócios já na abertura de negócios, o que fazer quando surgir o conflito? Nessa hora, recomenda Nara Lidai Turra, é que se busque um mediador neutro, sem vínculo entre as partes. “Isso porque, nesse momento, cada um só enxerga sua parte. Uma pessoa que não está emocionalmente envolvida com o problema vai ajudar mais do que tentar resolvê-lo por si só”, diz.  

Mesmo com a adesão ao acordo entre sócios, é recomendável que o documento também tenha um mediador eleito entre o grupo para ajudar na resolução de situações conflituosas não previstas.  É recomendável que o mediador seja um advogado, para que as soluções estejam dentro das normativas vigentes e, assim, se evite questionamentos futuros.

 

Equidade na prática: passo a passo para empresas de qualquer tamanho

Divulgação
Pequenos ajustes nos processos de contratação e retenção de talentos contribuem para um quadro de colaboradores mais diverso 

 

Durante a pandemia de covid-19, as mulheres perderam seus empregos com uma frequência maior que os homens. Cerca de 72% das vagas brasileiras encerradas no período eram ocupadas por mulheres. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas o problema não atinge só o Brasil. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, ao longo de 2022 15% das mulheres em idade produtiva em todo o mundo não conseguiram emprego. Com um cenário desfavorável, boa parte das empresas precisa começar a investir na contratação de quadros femininos para equilibrar essa balança.

Para Michaela Vicare, diretora de Gente & Gestão (RH) da Tecnobank - que tem em suas fileiras 50% de mulheres, incluindo a presidente e a diretora de tecnologia, pequenas mudanças nos processos de contratação e retenção de talentos têm impacto significativo na equidade de gênero nas empresas. “Quando falamos em equidade, muitos gestores tendem a pensar no quadro macro, o que é um erro. O que faz diferença, nesse caso, são os pequenos gestos e esforços para garantir um número de colaboradores mais igualitário, em diversas áreas, entre homens e mulheres”, explica. Ela lembra que esses esforços precisam, necessariamente, ir além do discurso. A boa notícia é que, seguindo um passo a passo simples, essa missão pode se tornar mais prática.


  1. Analise a situação atual da empresa quanto à equidade

Junto aos gestores e responsáveis pelas diversas áreas existentes na organização, busque avaliar a quantidade de mulheres já contratadas para as funções estabelecidas. Essa análise pode trazer mais clareza sobre a intensidade dos esforços necessários para trazer mais equidade para o quadro de colaboradores. “É importante conhecer o cenário atual para entender de que ponto a empresa está partindo rumo a um quadro mais diverso”, detalha a especialista.


  1. Crie vagas pensadas especificamente para mulheres

Não se trata de demitir colaboradores para substituí-los por quadros femininos. Depois de ter clareza sobre o ponto em que a empresa se encontra, é preciso começar a pensar em funções que poderiam ser ocupadas por mulheres no futuro próximo. Assim, quando novas contratações forem necessárias, essas vagas poderão ser criadas já tendo em mente a necessidade de ocupá-las com mulheres.


  1. Desenvolva políticas internas que garantam a permanência de mulheres nas equipes

“Antigamente, era comum escutar afirmações como ‘contratar mulheres é trabalhoso ou custa mais caro, porque elas têm filhos’. Hoje, ainda bem, esse pensamento, além de arcaico, provou-se incorreto. No entanto, é preciso, sim, pensar estratégias para que as mulheres possam desempenhar suas funções com tranquilidade”, detalha Michaela. Essas políticas internas podem incluir, por exemplo, auxílio-creche, horários para amamentação e flexibilidade de horários para quando as crianças estiverem doentes, por exemplo. Outra forma de ser uma empresa responsável, nesse sentido, é permitir que os homens que têm filhos também disponham dessa flexibilidade, como forma de contribuir para que suas companheiras também possam manter seus empregos.


  1. Ofereça treinamentos

A falta de oportunidade para assumir novas responsabilidades e desafios dentro da organização pode ser o único obstáculo para que as mulheres da equipe alcancem novos horizontes. Por isso, é fundamental promover internamente ou oferecer benefícios em forma de mensalidades e descontos em cursos de capacitação e desenvolvimento. Atualmente, essa prática é considerada um diferencial na hora de contratar e reter talentos, ajudando a atrair profissionais dedicados e interessados em evoluir.


  1. Atenção à igualdade salarial

De nada adianta, entretanto, atrair e manter boas profissionais, se a política salarial da organização não for também voltada à equidade. Na prática, isso significa que pessoas que desempenham a mesma função, independentemente do gênero, precisam receber o mesmo valor. “Esse é o tipo de ponto inegociável quando o assunto é equidade. Não existe um motivo plausível para que homens ganhem mais que mulheres que exercem o mesmo cargo e/ou as mesmas atividades”, ressalta a especialista.


  1. Mulheres na liderança

Por fim, além de ter um quadro equilibrado, do ponto de vista do gênero, também é preciso assegurar-se de que essas mulheres tenham acesso a posições de liderança e estratégicas dentro da organização. Não basta trazê-las para dentro da equipe, se elas não puderem alçar voos mais altos ou ter perspectivas de crescimento dentro da própria organização que as contratou. “Ter mulheres na liderança é imprescindível não apenas como forma de reconhecer e valorizar o trabalho delas, mas também para inspirar outras mulheres”, finaliza Michaela

 

 Tecnobank


Locações crescem 58% e venda de imóvel usado tem alta de 10% com preço menor em São Paulo

Pesquisa CreciSP

Cidade de São Paulo

Fevereiro de 2023

Imóveis residenciais usados

Venda e Locação

 

Destaques:

- 52% dos novos inquilinos de Fevereiro vão pagar aluguel de até R$ 1,5 mil

- preços dos aluguéis novos aumentaram 0,85% em média sobre Janeiro

- pesquisa com 247 imobiliárias registrou queda de 3,4% nos preços dos usados

- presidente do CreciSP critica proposta de excluir imóvel usado de compulsório   

            As vendas de imóveis usados e a locação de residências tiveram em Fevereiro o segundo mês de alta na cidade de São Paulo. Pesquisa feita com 247 imobiliárias pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP) apurou aumento de 10,8% nas vendas e de 58,18% nas locações em comparação com Janeiro. Nesse primeiro mês do ano, as vendas cresceram 12,89% e as locações 21,35% frente a Dezembro.

            Os imóveis usados mais vendidos em Janeiro na Capital foram os de preços até R$ 800 mil, com 65,17% do total. Por faixas de preços de metro quadrado, 61,8% estão enquadrados nas de até R$ 8 mil o m2. Os preços médios das casas e apartamentos vendidos caíram em média 3,4% na comparação de Fevereiro com Janeiro.

            Na locação, 52,25% das casas e apartamentos foram alugados por até R$ 1.500,00 mensais, com os preços apresentando queda de 0,85% em relação a Janeiro.

            Foram vendidos mais apartamentos (56,18%) do que casas (43,82%) e alugadas mais casas (50,35%) que apartamentos (49,65%).

Os descontos concedidos sobre os preços originais dos aluguéis variaram de 11,67% para os imóveis situados em bairros da Zona D, como Casa Verde e Sacomã, a 5,21% para os da Zona E, que agrupa bairros como Parelheiros e Cangaíba.

            Sobre os preços de venda anunciados, os proprietários concederam descontos médios sobre os valores que inicialmente pediram de 13,93% para os imóveis localizados também na Zona D e de 3% para aqueles que estão em bairros da Zona B, como Pompéia e Sumaré.


                                         Venda sem financiamento

            “Com o crédito mais caro e mais difícil de conseguir, a saída para a maioria das famílias é o aluguel”, afirma José Augusto Viana Neto, presidente do CreciSP, ao justificar o crescimento das locações nesse primeiro bimestre do ano.

            Sobre as vendas de imóveis usados, ele observa que o mercado “vive uma distorção” devido à prevalência de outros meios aquisitivos sobre os financiamentos bancários. Em Fevereiro, conforme a pesquisa CreciSP, 60,67% das vendas foram feitas à vista, 2,25% em parcelas pagas aos proprietários e 37,08% por meio de empréstimos de bancos públicos e privados.

            Em Janeiro, as vendas à vista somaram 52,5%, as feitas por crédito de consórcios imobiliários 1,25% e as realizadas por financiamento, 46,25%.

            “Vendas à vista em níveis como esses representam uma distorção comprometedora dos fundamentos do mercado imobiliário, que tem sua sustentação baseada no financiamento exatamente por se tratar de um bem caro e que demanda pagamento em prazos longos”, critica Viana Neto.

            Ele rejeita com veemência, por isso, a sugestão feita por representantes de entidades do setor de exclusão dos imóveis usados de um pretendido aumento dos recursos para financiamento que se obteria com a redução de 5% dos depósitos compulsórios retidos pelos bancos. A sugestão feita ao Banco Central criaria um funding (recurso) para os bancos manterem o mesmo volume de financiamento de 2022, o que deixaria de pressionar os juros.

“Não podemos aceitar que os imóveis usados sejam deixados de fora dos financiamentos sob o argumento de que é nos novos que estaria a geração de empregos que movimentaria a Economia”, afirma Viana Neto. “Essa é uma visão míope, distorcida da realidade, pois ignora o fato de que milhares de famílias precisam do financiamento para vender seu imóvel usado e comprar um novo, fazendo assim girar a roda de todo o sistema habitacional e não apenas de um segmento que quer absolutizar o crédito para si”, ressalta.

Deixar os imóveis usados de fora do crédito bancário, adverte Viana Neto, “é alijar da possibilidade de acesso à casa própria outras milhares de famílias que anseiam comprar uma casa ou apartamento usados porque são mais baratos que os similares novos, acessíveis a seus padrões de renda, e ainda contam com mais espaço e, em muitos, casos, melhor localização”.


                   Vendas maiores na Zona A,  que reúne bairros mais caros  

            A Zona A foi onde mais se venderam imóveis usados em Fevereiro na Capital, 25,82% do total segundo a pesquisa CreciSP. Ela agrupa os bairros de maiores preços médios da cidade, como os Jardins, Campo Belo e Higienópolis.

            O segundo lugar em volume de vendas coube aos bairros da Zona D (20,23%), seguidos pelos da Zona C (19,08%), Zona B (17,99%) e Zona E (16,87%).

            Têm padrão construtivo médio 76% das casas e apartamentos vendidos pelas 247 imobiliárias pesquisadas, 16% são do padrão standard e 8% do padrão luxo.

            Imóveis com três dormitórios predominaram sobre os demais tipos entre os que foram vendidos nas Zonas A (14,61% do total), B (12,36%) e C (10,11%). Os de dois dormitórios foram maioria nas Zonas D (13,48%) e E (13,48%).

       

  Bairros da Zona C lideram locação de residências  

            A maioria dos imóveis alugados na Capital em Janeiro (56,05%) está em bairros da Zona C, como Cambuci, Ipiranga e Jabaquara. Na sequência vêm a Zona D (17,62% das locações), a E (12,51%), a B (9,11%) e a A (4,71%).

            Foi na Zona C que a pesquisa CreciSP encontrou o apartamento mais barato alugado em Fevereiro – R$ 600,00 por quitinetes. O aluguel mais caro de apartamentos foi dos com três dormitórios na Zona A, R$ 4.000,77 em média.

            Casas de dois cômodos na Zona D foram os imóveis com aluguel mais barato em Janeiro, alugados por R$ 465,38 em média. Os mais caros também foram casas – R$ 4.272,22 por residências de três dormitórios na Zona B.

            Os novos inquilinos alugaram seus imóveis oferecendo como garantia de pagamento do aluguel o seguro de fiança (32,83%), o depósito de três aluguéis (30,43%), o fiador (21,22%), a caução de imóveis (2,6%) e a cessão fiduciária (1,8%).

            Nas 247 imobiliárias pesquisadas, estavam inadimplentes em Fevereiro 4,28% dos inquilinos, percentual 3,63% superior aos 4,13% que estavam devedores em Janeiro.    

            As imobiliárias também relataram que o volume de imóveis devolvidos por inquilinos em Fevereiro equivaleu a 57,66% do total alugado, sendo 34,2% por motivos financeiros e 65,8% por outras razões, como mudança de imóvel. Esse percentual de devoluções foi 40,74% menor que o apurado em Janeiro, quando representaram 97,3% das novas locações.


A (quase) falência do SVB e o potencial em criar uma crise financeira global

Muitos de nós certamente se lembram da crise financeira de 2008, desencadeada por – dentre vários motivos – uma bolha no setor imobiliário dos Estados Unidos. Grandes bancos faliram, e o governo estadunidense foi forçado a intervir. Dentre essas grandes instituições, o maior banco de investimentos do país, o Lehman Brothers, fundado em 1847 e que contava com 25 mil funcionários, faliu. Da mesma forma, o Washington Mutual, um banco de poupança e empréstimos sediado em Seattle, encerrou suas atividades e o governo dos EUA o vendeu para o JPMorgan Chase.

Com sede na Califórnia, o IndyMac foi fechado pelo FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) em julho de 2008 e vendido para um grupo de investidores; enquanto o quarto maior banco dos EUA à época, o Wachovia, foi adquirido pelo Wells Fargo em outubro do mesmo ano. Ao caso do colapso do sistema bancário 15 anos atrás, seguiram-se aumentos expressivos nos índices de desemprego, empobrecimento de famílias e milhares de pessoas sendo despejadas não só nos Estados Unidos mas no mundo todo. Tudo isso faz com que as imagens e lembranças daquela crise sejam realmente assustadoras.

Agora, o fantasma de 2008 volta a rondar o mundo, mas com outro nome: Silicon Valley Bank, o SVB. Trata-se de um banco fundado em 1983 por Bill Biggerstaff e Robert Medearis e com sede em Santa Clara, na Califórnia. Desde o início, a estratégia focou-se em capital de risco, seja de empresas financiadas por esse tipo de capital ou por investidores e serviços financeiros. A oferta inicial de ações do banco ocorreu em 1988, e, desde a década de 1990, o SVB atendeu uma variedade de grandes empresas, como a Cisco Systems, e startups como o Airbnb, o Twillio ou mesmo o Zoom Video Communications.

No dia 9 de março, as ações do SVB caíram mais de 62% após a proposta da empresa em vender ações para reforçar seu balanço patrimonial. A isso seguiu-se uma corrida dos correntistas ao banco para sacar os valores depositados ali. O Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia alegou risco de insolvência e, no domingo, 12 de março, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou medidas emergenciais para evitar a falência do banco.

O Silicon Valley Bank possui operações em países como Canadá, China, Dinamarca, Alemanha, Irlanda, Israel, Suécia e Reino Unido; e se beneficiou tanto do crescimento do setor de tecnologia na Califórnia e nos EUA nos últimos anos quanto dos empréstimos a juros baixos até meados da pandemia. Entre 2019 e 2022, os ativos do SVB saíram de US$ 71 bilhões para US$ 220 bilhões.

A falência de uma instituição financeira é algo extremamente arriscado não só para a economia de um país como também, dependendo do caso, para a economia de todo o planeta. Primeiramente, pelo papel crítico dos bancos no sistema financeiro: ao armazenar e gerenciar recursos, fornecer empréstimos e financiamentos. Segundo, pela série de efeitos negativos que uma falência bancária pode causar: desde a perda de confiança dos consumidores no sistema financeiro até o efeito dominó. Nesse último caso, trata-se de uma reação em cadeia em que outras empresas e instituições financeiras que possuem relação com o banco em processo falimentar podem tornar-se incapazes de honrar as próprias dívidas. Por fim, a falência de um banco reduz o fornecimento de crédito. Para os EUA, neste exato momento, isso também é muito preocupante: o país está em franca disputa tecnológica e comercial com a China, e a redução na sua capacidade de gerar inovações pode ter severos efeitos geopolíticos.

Embora as diferenças entre o que ocorre agora com o SVB e a crise financeira de 2008 sejam bastante grandes – em especial pois, àquela época, as instituições financeiras possuíam inúmeros ativos sem lastro –, o receio do contágio de uma crise financeira permanece. Estima-se que os ativos do SVB estejam na casa de US$ 209 bilhões. Era o que faltava: após uma pandemia e uma guerra, uma crise financeira.

 

João Alfredo Lopes Nyegray - doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray


3 passos para transformar uma produção artesanal em um negócio lucrativo

Imagem: eduK
Especialista aponta 3 passos para deixar a gestão do negócio mais fácil, dinâmica


Quem já se lançou no mundo do empreendedorismo quebrou muito a cabeça tentando melhorar e otimizar a gestão e a parte financeira do seu negócio. No Brasil, 99% de todas as empresas são micro e pequenas, incluindo os microempreendedores individuais (MEI). Ao todo, são cerca de 20 milhões de empresas, sendo 14 milhões de MEIs. O segredo para aumentar a sua capacidade de lucro é ter controle de todas as etapas de sua produção e saber precificar o seu produto, destaca a especialista parceira da eduK, Vanessa Longo. 

Com base nesses conceitos, ela e o sócio Rafael Longo criaram a plataforma Calcularte, um sistema para precificação e gestão de negócios artesanais. O objetivo é otimizar recursos e fazer seu negócio de confeitaria, artesanato ou beleza decolar. Segundo Vanessa, há 3 passos fundamentais para fazer de uma produção um negócio lucrativo. A eduK fez uma parceria com a empresa Calcularte, e lançou um curso sobre o tema. 


Passo 1: Entenda que você tem um negócio, e suas preocupações precisam ir além da produção. Mesmo que você trabalhe em um cantinho de casa, compreenda que você tem um negócio e precisa cuidar dele. Ou seja, é necessário ter gestão e controle financeiro, criar e executar ações de marketing, e não só produzir e vender. Se você não olhar para essas outras áreas, você não terá um retorno financeiro. 


Passo 2: Tenha um controle financeiro. Uma ferramenta é o fluxo de caixa. Você precisa saber controlar todas as despesas que tem para produzir e vender. Para ter uma noção se está gastando muito com algum insumo, para controlar pagamentos e valores a receber. Muitas vezes, você vende parcelado e se perde no momento da cobrança, tomando um prejuízo. 

Dentro deste controle de despesas, é importante que a pessoa, mesmo que trabalhe em casa, considere despesas da casa que também são usadas no negócio, como internet, energia, água e gás. “Muita gente deixa de lado essas despesas, mas se provavelmente fizesse só uso pessoal, elas iriam ser mais baixas, e isso, no final, impacta no seu lucro”, observou Vanessa.
 

Passo 3: Precifique seu produto. E tenha em mente os 6 pontos necessários. Para formar o seu preço, você precisa considerar: material usado, mão-de-obra (que compõem o seu salário), lucro (que você irá reinvestir no seu negócio), impostos (caso tenha um CNPJ), custos com meios de venda (taxas de marketplaces, comissão, tarifa da máquina do cartão de crédito) e despesas do negócio. 

Essas são as bases de um negócio. É lógico que é importante ter um bom atendimento, uma boa divulgação, escolher onde vender, testando os melhores canais de venda. Mas se você só tiver uma boa técnica, o seu negócio não se sustenta. Por isso, outra dica importante é saber gerenciar o seu tempo entre estas etapas. E organizar o dia entre produzir, gerenciar e divulgar o seu produto.
 


Vanessa Longo já usou muito a eduK para aprender técnicas e inovar no negócio de papelaria que tinha até 2017. A ideia da Calcularte surgiu pela necessidade de precificar corretamente e de fazer a administração do negócio de forma mais otimizada e organizada, pois na época não existia nenhum sistema de gestão focado em negócios artesanais.

eduK


Especialista do Senac ensina como se tornar DJ

Tocar, mixar e fazer um set list de músicas para animar a festa dos amigos, as pistas das principais casas noturnas ou agitar uma multidão nos grandes festivais é a arte do DJ (disc jóquei), atividade que pode ser encarada como hobby ou carreira cobiçada.

A regulamentação da profissão de DJ ainda está em tramitação no governo federal, mas os profissionais do toca-discos têm amplo mercado de trabalho e poderão comandar as cabines de som em casas noturnas, bares, casamentos, aniversários e eventos corporativos. Além disso, poderão atuar em empresas especializadas em trilhas sonoras e com curadoria musical para lojas, academias e até em desfiles de moda.

“Para se tornar um DJ, o primeiro passo é fazer um curso específico para adquirir o conhecimento básico em áudio, equipamentos de discotecagem, mídias (vinil, CD, MP3) e o princípio básico de percepção musical, o ritmo, diz Paulo Agulhari, DJ e docente da Oficina de DJ e do curso de Disc Jóquei (DJ) do Senac São Paulo, que dá dicas para ativar o DJ que existe em você. 

  • O DJ deve gostar e frequentar festas e eventos, ser uma pessoa carismática para lidar com o público, construir um bom relacionamento e repertório que surpreenda o público.
  • O profissional deve ser versátil e nunca se prender somente aos hits do momento. É imprescindível pesquisar as novidades e tendências musicais e manter um acervo pessoal.
  • Defina o estilo e a área de atuação. Atualmente existem DJs ‘open format’, profissionais que tocam todos os estilos e agradam em diferentes eventos. Porém, em sua maioria, os DJs se especializam nos gêneros musicais que tenham afinidade.
  • Capriche na montagem do set list e conte uma história musical, com começo, meio e fim. Comece com músicas dançantes, mas contidas, para que as pessoas possam se ambientar. Quando a pista estiver enchendo e ‘esquentando’, é a hora de tocar os grandes hits.
  • Invista no visual, moda e música caminham juntos. Ter um visual bacana faz parte da apresentação pessoal. Além disso, é muito importante estar presente e compartilhar vídeos das discotecagens nas redes sociais.

Posts mais acessados